PARÓQUIAS DE NISA
Quinta, 01 de novembro de 2018
Quinta, 01 de novembro de 2018
Quarta da XXX
semana do tempo comum
Todos os Santos
QUINTA-FEIRA da semana XXX
Dia de todos os Santos
Branco – Ofício da solenidade, Te Deum
L
1 Apc 7,2-4.9-14; Sl 23 (24),1-2.3-4ab.5-6
L2
1Jo 3,1-3
Ev.
Mt. 5, 1-12ª
Proibidas
todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial
Proibidas
as Missas em oratórios privados
II
Vésp. da solenidade – Compl. dep. II Vésperas de dom.
MISSA
ANTÍFONA DE
ENTRADA
Exultemos
de alegria no Senhor,
celebrando este dia de festa
em honra de Todos os Santos.
Nesta solenidade alegram-se os Anjos
e cantam louvores ao Filho de Deus.
Diz-se o Glória.
celebrando este dia de festa
em honra de Todos os Santos.
Nesta solenidade alegram-se os Anjos
e cantam louvores ao Filho de Deus.
Diz-se o Glória.
Oração
Colecta
Deus eterno e omnipotente,
que nos concedeis a graça de honrar numa única solenidade
os méritos de Todos os Santos,
dignai-Vos derramar sobre nós,
em atenção a tão numerosos intercessores,
a desejada abundância da vossa misericórdia.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
que nos concedeis a graça de honrar numa única solenidade
os méritos de Todos os Santos,
dignai-Vos derramar sobre nós,
em atenção a tão numerosos intercessores,
a desejada abundância da vossa misericórdia.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Primeira Leitura Ap
7, 2-4.9-14
Vi
uma multidão imensa, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos,
povos e línguas
Leitura do Apocalipse de São
João
Eu, João, vi um Anjo que subia do
Nascente,
trazendo o selo do Deus vivo.
Ele clamou em alta voz
aos quatro Anjos a quem foi dado o poder
de causar dano à terra e ao mar:
«Não causeis dano à terra, nem ao mar, nem às árvores,
até que tenhamos marcado na fronte
os servos do nosso Deus».
E ouvi o número dos que foram marcados:
cento e quarenta e quatro mil,
de todas as tribos dos filhos de Israel.
Depois disto, vi uma multidão imensa,
que ninguém podia contar,
de todas as nações, tribos, povos e línguas.
Estavam de pé, diante do trono e na presença do Cordeiro,
vestidos com túnicas brancas e de palmas na mão.
E clamavam em alta voz:
«A salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono,
e ao Cordeiro».
Todos os Anjos formavam círculo
em volta do trono, dos Anciãos e dos quatro Seres Vivos.
Prostraram-se diante do trono, de rosto por terra,
e adoraram a Deus, dizendo:
«Amen! A bênção e a glória, a sabedoria e a acção de graças,
a honra, o poder e a força
ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amen!».
Um dos Anciãos tomou a palavra e disse-me:
«Esses que estão vestidos de túnicas brancas,
quem são e de onde vieram?».
Eu respondi-lhe:
«Meu Senhor, vós é que o sabeis».
Ele disse-me:
«São os que vieram da grande tribulação,
os que lavaram as túnicas
e as branquearam no sangue do Cordeiro».
trazendo o selo do Deus vivo.
Ele clamou em alta voz
aos quatro Anjos a quem foi dado o poder
de causar dano à terra e ao mar:
«Não causeis dano à terra, nem ao mar, nem às árvores,
até que tenhamos marcado na fronte
os servos do nosso Deus».
E ouvi o número dos que foram marcados:
cento e quarenta e quatro mil,
de todas as tribos dos filhos de Israel.
Depois disto, vi uma multidão imensa,
que ninguém podia contar,
de todas as nações, tribos, povos e línguas.
Estavam de pé, diante do trono e na presença do Cordeiro,
vestidos com túnicas brancas e de palmas na mão.
E clamavam em alta voz:
«A salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono,
e ao Cordeiro».
Todos os Anjos formavam círculo
em volta do trono, dos Anciãos e dos quatro Seres Vivos.
Prostraram-se diante do trono, de rosto por terra,
e adoraram a Deus, dizendo:
«Amen! A bênção e a glória, a sabedoria e a acção de graças,
a honra, o poder e a força
ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amen!».
Um dos Anciãos tomou a palavra e disse-me:
«Esses que estão vestidos de túnicas brancas,
quem são e de onde vieram?».
Eu respondi-lhe:
«Meu Senhor, vós é que o sabeis».
Ele disse-me:
«São os que vieram da grande tribulação,
os que lavaram as túnicas
e as branquearam no sangue do Cordeiro».
Palavra
do Senhor.
Salmo Responsorial Salmo 23 (24), 1-2.3-4ab.5-6
Refrão:
Esta é a geração dos que procuram o Senhor.
Do Senhor é a terra e o que nela existe,
o mundo e quantos nele habitam.
Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre as águas.
Quem poderá subir à montanha do Senhor?
Quem habitará no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração puro,
o que não invocou o seu nome em vão.
Este será abençoado pelo Senhor
e recompensado por Deus, seu Salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
que procuram a face de Deus.
o mundo e quantos nele habitam.
Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre as águas.
Quem poderá subir à montanha do Senhor?
Quem habitará no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração puro,
o que não invocou o seu nome em vão.
Este será abençoado pelo Senhor
e recompensado por Deus, seu Salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
que procuram a face de Deus.
Segunda Leitura 1 Jo 3, 1-3
Veremos a Deus tal como Ele é.
Leitura da Primeira Epístola de São João
Caríssimos:
Vede que admirável amor o Pai nos consagrou
em nos chamar filhos de Deus.
E somo-lo de facto.
Se o mundo não nos conhece,
é porque não O conheceu a Ele.
Caríssimos, agora somos filhos de Deus
e ainda não se manifestou o que havemos de ser.
Mas sabemos que, na altura em que se manifestar,
seremos semelhantes a Deus,
porque O veremos tal como Ele é.
Todo aquele que tem n’Ele esta esperança
purifica-se a si mesmo,
para ser puro, como Ele é puro.
Vede que admirável amor o Pai nos consagrou
em nos chamar filhos de Deus.
E somo-lo de facto.
Se o mundo não nos conhece,
é porque não O conheceu a Ele.
Caríssimos, agora somos filhos de Deus
e ainda não se manifestou o que havemos de ser.
Mas sabemos que, na altura em que se manifestar,
seremos semelhantes a Deus,
porque O veremos tal como Ele é.
Todo aquele que tem n’Ele esta esperança
purifica-se a si mesmo,
para ser puro, como Ele é puro.
Palavra do Senhor.
Aclamação ao Evangelho
Mt 11, 28
Refrão:
Aleluia. Repete-se
Vinde a Mim, vós todos os que andais cansados
e oprimidos e Eu vos aliviarei, diz o Senhor. Refrão
Vinde a Mim, vós todos os que andais cansados
e oprimidos e Eu vos aliviarei, diz o Senhor. Refrão
Evangelho Mt 5, 1-12ª
Alegrai-vos e exultai, porque é
grande nos Céus a vossa recompensa
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo,
ao ver as multidões, Jesus subiu ao monte e sentou-Se.
Rodearam-n’O os discípulos
e Ele começou a ensiná-los, dizendo:
«Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados os humildes,
porque possuirão a terra.
Bem-aventurados os que choram,
porque serão consolados.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração,
porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz,
porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça,
porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa,
vos insultarem, vos perseguirem
e, mentindo, disserem todo o mal contra vós.
Alegrai-vos e exultai,
porque é grande nos Céus a vossa recompensa».
ao ver as multidões, Jesus subiu ao monte e sentou-Se.
Rodearam-n’O os discípulos
e Ele começou a ensiná-los, dizendo:
«Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados os humildes,
porque possuirão a terra.
Bem-aventurados os que choram,
porque serão consolados.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração,
porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz,
porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça,
porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa,
vos insultarem, vos perseguirem
e, mentindo, disserem todo o mal contra vós.
Alegrai-vos e exultai,
porque é grande nos Céus a vossa recompensa».
Palavra
da salvação.
Diz-se
o Credo
Prefácio
V.
O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.
Senhor, Pai santo, Deus eterno e
omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte:
Hoje nos dais a alegria de celebrar
a cidade santa, a nossa mãe, a Jerusalém celeste,
onde a assembleia dos Santos, nossos irmãos,
glorificam eternamente o vosso nome.
Peregrinos dessa cidade santa,
para ela caminhamos na fé e na alegria,
ao vermos glorificados os ilustres filhos da Igreja,
que nos destes como exemplo e auxílio
para a nossa fragilidade.
Por isso, com todos os Anjos e Santos,
proclamamos a vossa glória,
cantando numa só voz:
Santo, Santo, Santo.
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte:
Hoje nos dais a alegria de celebrar
a cidade santa, a nossa mãe, a Jerusalém celeste,
onde a assembleia dos Santos, nossos irmãos,
glorificam eternamente o vosso nome.
Peregrinos dessa cidade santa,
para ela caminhamos na fé e na alegria,
ao vermos glorificados os ilustres filhos da Igreja,
que nos destes como exemplo e auxílio
para a nossa fragilidade.
Por isso, com todos os Anjos e Santos,
proclamamos a vossa glória,
cantando numa só voz:
Santo, Santo, Santo.
Antífona (Mt
5, 8-10).
Bem-aventurados os puros de
coração,
porque verão a Deus.
Bem-aventurados os pacíficos,
porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por amor da justiça,
porque deles é o reino dos Céus
porque verão a Deus.
Bem-aventurados os pacíficos,
porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por amor da justiça,
porque deles é o reino dos Céus
Oração depois da Comunhão
Nós Vos adoramos, Senhor nosso
Deus,
única fonte de santidade,
admirável em todos os Santos,
e confiadamente Vos pedimos a graça
de chegarmos também nós à plenitude do vosso amor
e passarmos desta mesa de peregrinos
ao banquete da pátria celeste.
Por Nosso Senhor.
única fonte de santidade,
admirável em todos os Santos,
e confiadamente Vos pedimos a graça
de chegarmos também nós à plenitude do vosso amor
e passarmos desta mesa de peregrinos
ao banquete da pátria celeste.
Por Nosso Senhor.
«Quanto mais humilde e simples é o viver de alguém, mais profunda é a sua
vida».
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURA:
___________________________
LEITURA DO EVANGELHO: Jesus apresenta a todos uma proposta
que torna realmente feliz todo o ser humano. A expressão “bem-aventurados”
exprime favor e bênção. Os bem-aventurados são os necessitados, os que
trabalham pela paz e pela justiça e os perseguidos por causa do Senhor.
MEDITAÇÃO: A proposta de Jesus consiste em dar uma volta ao conceito
de bênção, que não passa por esperar de Deus todos os bens que nos venham à
cabeça. É querido por Deus o trabalhar por melhorar os espaços de convivência e
ultrapassar o medo de denunciar tudo aquilo que vá contra a vida. Assim seremos
chamados filhos de Deus.
AGENDA
09.30 horas: Missa em
Amieira do Tejo
10.00 horas: Missa em
Arez
10.45 horas: Missa em
Tolosa
11.00 horas: Missa em
Nisa
12.00 horas: Missa em
Gáfete
12.00 horas: Missa em Alpalhão
12.00 horas: Missa em Alpalhão
15.30 horas: Missa em
Montalvão
15.30 horas: Missa no
Arneiro
15.30 horas: Missa no
Cacheiro.
A VOZ DO PASTOR
A GLÓRIA DOS JOVENS É A SUA FORÇA E VIGOR
Vivemos tempos de viragens antropológicas e
culturais. Assistimos a uma espécie de metamorfose da condição humana. A
ciência e a tecnologia, e bem, correm na esperança de encontrar e encontram com
a vontade de correr ainda mais para irem muito mais além. O mundo, porém,
embora ciente de todos os seus avanços civilizacionais, positivos e negativos,
nem por isso se sente mais seguro porque “os homens aprenderam a dominar a
natureza antes de se dominarem a si próprios”. Muitos esquecem-se que os céus
continuam a proclamar a glória de Deus e que o firmamento anuncia a obra das
Suas mãos (Sl19,1). Neste tempo assim tão multifacetado, bonito e a formigar, e
porque nem só de pão vive o homem, decorreu, em Roma, sem grandes ruídos nem
alaridos, o Sínodo sobre temáticas juvenis.
Saltitando sobre mais alguns capítulos do
Documento de trabalho da Assembleia sinodal, ressalto, de forma livre e sem
comas, que os jovens, sentinelas e sismógrafos de todas as épocas, são quem
mais percebe as grandes oportunidades que esta mudança de era lhes oferece bem
como percebem as ameaças que os podem tramar. Sendo uma idade específica da
vida, a juventude faz parte da condição humana. É uma idade original e
entusiasmante, cheia de força e de vigor, buscadora de significado, chamada à
alegria do amor e caraterizada pela vontade naturalmente proactiva que aceita
desafios e ousa trilhar novos caminhos. Para melhor navegar nesses mares, um
dos maiores desafios que a juventude de hoje enfrenta é, de facto, a de
construir uma identidade individual verdadeiramente sólida em que o sonho, sem
grandes pesadelos, lhes comande a vida. A complexidade, a contingência, a
incerteza quanto ao futuro e a fragmentação existencial, porém, não facilitam
essa tarefa tão urgente quão necessária. A cultura ditatorial da aparência, a
cultura da indecisão perante a superabundância das propostas, a cultura do
descarte, a cultura light, o fascínio por experiências extremas, a sexualidade
precoce, a pornografia digital, a exibição do próprio corpo online, o fenómeno
das fake news, a irrupção das tecnologias e a transversalidade do continente
digital, a falta de uma hierarquia de verdades, a generosidade ferida pelas
colonizações ideológicas e tecnológicas que roubam a liberdade, o refúgio numa
felicidade ilusória e inconsistente que gera formas de dependência, a fraqueza
das instituições e a cada vez menos credibilidade nelas, a falta de lideranças
confiáveis, a propagação da corrupção, a falta de emprego que dificulta a concretização
de projetos existenciais, o advento da inteligência artificial, da robótica e
automação, e sei lá mais o quê, tudo, tudo questiona, tudo deve questionar,
tudo implica o verdadeiro discernimento que passa pelo reconhecimento das
coisas boas e menos boas, pela interpretação da sua qualidade e valia e pela
capacidade de escolher o melhor, o mais útil e o mais importante.
Deixando de parte as possíveis formas de
manipulação comercial, especulativa e outras, sabemos quanto os jovens encontram
na música uma linguagem fundamental que suscita emoções, abre espaços de
interioridade, sociabiliza, faz passar mensagens relevantes, veicula estilos de
vida e proporciona muitas experiências de construção de uma identidade
coletiva. Temos presente quanto eles também prezam outras formas de expressão
artística que lhes permitem o exercício da criatividade pessoal e a sua
participação feliz no desenvolvimento cultural. A par, não ignoramos como eles
apreciam os valores e os bons modelos que as sociedades desportivizadas lhes
dão quando, na verdade, estão centradas nos valores do fair play competitivo e
na inclusão de pessoas e não no sucesso a todo o custo, na fraude, na
corrupção, na violência e na humilhação dos vencidos.
Sobretudo na literatura científica, hoje
vai-se falando de um “retorno do sagrado”. Será que sim?... Talvez, mas não se
trata de um regresso ao passado, de um regresso ao dantes. Trata-se de um novo
paradigma de religiosidade, pouco institucionalizado, cada vez mais “líquido”, mais
New Age e marcado por uma variedade radical de percursos individuais e privados
mais espirituais que religiosos, às vezes substituídos por ideologias e outras
correntes de pensamento ou pelo sucesso pessoal ou profissional. No meio de
tudo isto, não falta, quem, por vezes, aqui ou ali, na primavera da vida, seja
atraído por propostas integralistas ou fundamentalistas que os molda e pode
transtornar.
A Igreja, tendo em vista este contexto
simultaneamente de oportunidades e ameaças, de medos e de esperança, confia nos
jovens e convida-nos a todos a procurar novos caminhos e a percorrê-los com
audácia e confiança, mantendo o olhar fixo em Jesus. Num ambiente da
pós-verdade, é preciso, de facto, encontrar a linguagem e o modo de transmitir
o anúncio cristão em circunstâncias culturais mudadas. Essa tarefa será tanto
mais empática e eficaz quanto mais apreciarmos este admirável mundo novo e
quanto mais os jovens, acolhidos, respeitados e acompanhados nas suas
especificidades, tendências e gostos próprios da juventude, se tornarem
protagonistas entusiastas e felizes do sonho missionário. A Verdade que é
Cristo tem uma base relacional e precisa de ser testemunhada e praticada no
concreto da vida quotidiana e não apenas argumentada e demonstrada de forma
arrevesada e tantas vezes ininteligível. Isto implica conversão, conversão
individual e comunitária, conversão pastoral na humildade, competência e
sentido da missão. Implica fé viva e sacudida, tal como afirma Francisco: “Uma
fé que não nos põe em crise é uma fé em crise; uma fé que não nos faz crescer é
uma fé que deve crescer; uma fé que não nos questiona é uma fé sobre a qual nos
devemos questionar; uma fé que não nos anima é uma fé que deve ser animada; uma
fé que não nos sacode é uma fé que deve ser sacudida”.
Antonino Dias
26-10-2018
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