PARÓQUIAS DE NISA
Terça, 30 de outubro de 2018
Terça, 30 de outubro de 2018
Terça da XXX semana do tempo comum
Salt. II
TERÇA-FEIRA da semana XXX
Verde –
Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Ef 5, 21-33; Sal 127 (128), 1-2. 3. 4-5
Ev Lc 13, 18-21
* Na Ordem Franciscana – Aniversário da Dedicação da igreja própria, em todas as igrejas dedicadas da Ordem – SOLENIDADE
* Na Ordem de São Domingos (São Domingos – Lisboa) – Aniversário da Dedicação da igreja do convento – SOLENIDADE
* Na Companhia de Jesus – B. Domingos Collins, religioso – MF
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Ef 5, 21-33; Sal 127 (128), 1-2. 3. 4-5
Ev Lc 13, 18-21
* Na Ordem Franciscana – Aniversário da Dedicação da igreja própria, em todas as igrejas dedicadas da Ordem – SOLENIDADE
* Na Ordem de São Domingos (São Domingos – Lisboa) – Aniversário da Dedicação da igreja do convento – SOLENIDADE
* Na Companhia de Jesus – B. Domingos Collins, religioso – MF
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo
104, 3-4
Alegre-se o coração dos que procuram o Senhor.
Buscai o Senhor e o seu poder,
procurai sempre a sua face.
ORAÇÃO
Deus eterno e omnipotente,
aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade;
e para merecermos alcançar o que prometeis,
fazei-nos amar o que mandais.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Ef 5, 21-33
«É grande este mistério, em relação a Cristo e à Igreja»
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Alegre-se o coração dos que procuram o Senhor.
Buscai o Senhor e o seu poder,
procurai sempre a sua face.
ORAÇÃO
Deus eterno e omnipotente,
aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade;
e para merecermos alcançar o que prometeis,
fazei-nos amar o que mandais.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Ef 5, 21-33
«É grande este mistério, em relação a Cristo e à Igreja»
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos: Sede submissos uns aos outros no temor de Cristo. As mulheres submetam-se aos maridos como ao Senhor, porque o marido é a cabeça da mulher, como Cristo é a cabeça da Igreja, seu Corpo, do qual é o Salvador. Ora, como a Igreja se submete a Cristo, assim também as mulheres se devem submeter em tudo aos maridos. Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e Se entregou por ela. Ele quis santificá-la, purificando-a no batismo da água pela palavra da vida, para a apresentar a Si mesmo como Igreja cheia de glória, sem mancha nem ruga, nem coisa alguma semelhante, mas santa e imaculada. Assim devem os maridos amar as suas mulheres, como os seus corpos. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo. Ninguém, de facto, odiou jamais o seu corpo, antes o alimenta e lhe presta cuidados, como Cristo à Igreja; porque nós somos membros do seu Corpo. Por isso, o homem deixará pai e mãe, para se unir à sua mulher, e serão dois numa só carne. É grande este mistério, digo-o em relação a Cristo e à Igreja. Portanto, cada um de vós ame a sua mulher como a si mesmo e a mulher respeite o marido.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 127 (128), 1-2.3.4-5 (R. cf. 1a)
Refrão: Felizes os que esperam no Senhor. Repete-se
Feliz de ti, que temes o Senhor
e andas nos seus caminhos.
Comerás do trabalho das tuas mãos,
serás feliz e tudo te correrá bem. Refrão
Tua esposa será como videira fecunda
no íntimo do teu lar;
teus filhos serão como ramos de oliveira
ao redor da tua mesa. Refrão
Assim será abençoado o homem que teme o Senhor.
De Sião te abençoe o Senhor:
vejas a prosperidade de Jerusalém
todos os dias da tua vida. Refrão
ALELUIA cf. Mt 11, 25
Refrão: Aleluia. Repete-se
Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos pequeninos os mistérios do reino. Refrão
EVANGELHO Lc 13, 18-21
«O grão cresceu e tornou-se árvore»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus: «A que é semelhante o reino de Deus, a que hei de compará-lo? É semelhante ao grão de mostarda que um homem tomou e lançou na sua horta. Cresceu, tornou-se árvore e as aves do céu vieram abrigar-se nos seus ramos». Jesus disse ainda: «A que hei de comparar o reino de Deus? É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai, Senhor, para os dons que Vos apresentamos
e fazei que a celebração destes mistérios
dê glória ao vosso nome.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Salmo 19, 6
Celebramos, Senhor, a vossa salvação
e glorificamos o vosso santo nome.
Ou Ef 5, 2
Cristo amou-nos e deu a vida por nós,
oferecendo-Se em sacrifício agradável a Deus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que os vossos sacramentos
realizem em nós o que significam,
para alcançarmos um dia em plenitude
o que celebramos nestes santos mistérios.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo
«Deus ampara-me a ada instante, e tudo quanto observo me fala do seu poder
e do seu amor».
Teresa dos Andes
3.Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que
leste
2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que
leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que
leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da
Sua Palavra.
LEITURA: Ef 5, 21-33: Ao falar do
matrimónio cristão, S. Paulo vê nele um reflexo da união de Cristo e da Igreja.
Quase se poderia dizer que a união de Cristo e da Igreja é o tipo do matrimónio
cristão. Este é, por isso, um “mistério”, quer dizer que ele, para além de ser
acontecimento humano, encerra uma significação divina. Ele é, por isso, um
sacramento. Foi a propósito da vida familiar dos cristãos que o Apóstolo expôs
esta doutrina.
Lc 13, 18-21:
Duas breves
parábolas, a do grão de mostarda e a do fermento, sublinham a força interna e o
poder de transformação que animam o reino de Deus. Esta vitalidade íntima do
reino nunca diminuirá, mesmo que a experiência nem sempre seja igual à que S.
Lucas possuía. O reino de Deus só será realidade perfeita no fim dos tempos,
que hão de dar o verdadeiro sentido a toda a história; mas ele já está no meio
de nós, embora em humildade cheio de vida, como o grão de semente em comparação
com a árvore que ele há de vir a ser um dia.
___________________________
LEITURA DO EVANGELHO:
MEDITAÇÃO:
ORAÇÃO: Obrigado, Senhor,
porque nos ensinas a reconhecer os que necessitam de ajuda e a não passar ao
lado do seu sofrimento.
AGENDA
15.00 horas: Funeral em Arez
15.00 horas: Atendimento em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em Alpalhão.
A VOZ DO PASTOR
A GLÓRIA DOS JOVENS É
A SUA FORÇA E VIGOR
Vivemos tempos de viragens
antropológicas e culturais. Assistimos a uma espécie de metamorfose da condição
humana. A ciência e a tecnologia, e bem, correm na esperança de encontrar e
encontram com a vontade de correr ainda mais para irem muito mais além. O mundo,
porém, embora ciente de todos os seus avanços civilizacionais, positivos e
negativos, nem por isso se sente mais seguro porque “os homens aprenderam a
dominar a natureza antes de se dominarem a si próprios”. Muitos esquecem-se que
os céus continuam a proclamar a glória de Deus e que o firmamento anuncia a
obra das Suas mãos (Sl19,1). Neste tempo assim tão multifacetado, bonito e a
formigar, e porque nem só de pão vive o homem, decorreu, em Roma, sem grandes
ruídos nem alaridos, o Sínodo sobre temáticas juvenis.
Saltitando sobre mais alguns capítulos
do Documento de trabalho da Assembleia sinodal, ressalto, de forma livre e sem
comas, que os jovens, sentinelas e sismógrafos de todas as épocas, são quem
mais percebe as grandes oportunidades que esta mudança de era lhes oferece bem
como percebem as ameaças que os podem tramar. Sendo uma idade específica da
vida, a juventude faz parte da condição humana. É uma idade original e
entusiasmante, cheia de força e de vigor, buscadora de significado, chamada à
alegria do amor e caraterizada pela vontade naturalmente proactiva que aceita
desafios e ousa trilhar novos caminhos. Para melhor navegar nesses mares, um
dos maiores desafios que a juventude de hoje enfrenta é, de facto, a de
construir uma identidade individual verdadeiramente sólida em que o sonho, sem
grandes pesadelos, lhes comande a vida. A complexidade, a contingência, a
incerteza quanto ao futuro e a fragmentação existencial, porém, não facilitam
essa tarefa tão urgente quão necessária. A cultura ditatorial da aparência, a
cultura da indecisão perante a superabundância das propostas, a cultura do
descarte, a cultura light, o fascínio por experiências extremas, a sexualidade
precoce, a pornografia digital, a exibição do próprio corpo online, o fenómeno
das fake news, a irrupção das tecnologias e a transversalidade do continente
digital, a falta de uma hierarquia de verdades, a generosidade ferida pelas
colonizações ideológicas e tecnológicas que roubam a liberdade, o refúgio numa
felicidade ilusória e inconsistente que gera formas de dependência, a fraqueza
das instituições e a cada vez menos credibilidade nelas, a falta de lideranças
confiáveis, a propagação da corrupção, a falta de emprego que dificulta a
concretização de projetos existenciais, o advento da inteligência artificial,
da robótica e automação, e sei lá mais o quê, tudo, tudo questiona, tudo deve
questionar, tudo implica o verdadeiro discernimento que passa pelo
reconhecimento das coisas boas e menos boas, pela interpretação da sua
qualidade e valia e pela capacidade de escolher o melhor, o mais útil e o mais
importante.
Deixando de parte as possíveis formas de
manipulação comercial, especulativa e outras, sabemos quanto os jovens
encontram na música uma linguagem fundamental que suscita emoções, abre espaços
de interioridade, sociabiliza, faz passar mensagens relevantes, veicula estilos
de vida e proporciona muitas experiências de construção de uma identidade
coletiva. Temos presente quanto eles também prezam outras formas de expressão
artística que lhes permitem o exercício da criatividade pessoal e a sua
participação feliz no desenvolvimento cultural. A par, não ignoramos como eles
apreciam os valores e os bons modelos que as sociedades desportivizadas lhes
dão quando, na verdade, estão centradas nos valores do fair play competitivo e
na inclusão de pessoas e não no sucesso a todo o custo, na fraude, na
corrupção, na violência e na humilhação dos vencidos.
Sobretudo na literatura científica, hoje
vai-se falando de um “retorno do sagrado”. Será que sim?... Talvez, mas não se
trata de um regresso ao passado, de um regresso ao dantes. Trata-se de um novo
paradigma de religiosidade, pouco institucionalizado, cada vez mais “líquido”,
mais New Age e marcado por uma variedade radical de percursos individuais e
privados mais espirituais que religiosos, às vezes substituídos por ideologias
e outras correntes de pensamento ou pelo sucesso pessoal ou profissional. No
meio de tudo isto, não falta, quem, por vezes, aqui ou ali, na primavera da
vida, seja atraído por propostas integralistas ou fundamentalistas que os molda
e pode transtornar.
A Igreja, tendo em vista este contexto
simultaneamente de oportunidades e ameaças, de medos e de esperança, confia nos
jovens e convida-nos a todos a procurar novos caminhos e a percorrê-los com
audácia e confiança, mantendo o olhar fixo em Jesus. Num ambiente da
pós-verdade, é preciso, de facto, encontrar a linguagem e o modo de transmitir
o anúncio cristão em circunstâncias culturais mudadas. Essa tarefa será tanto
mais empática e eficaz quanto mais apreciarmos este admirável mundo novo e
quanto mais os jovens, acolhidos, respeitados e acompanhados nas suas
especificidades, tendências e gostos próprios da juventude, se tornarem
protagonistas entusiastas e felizes do sonho missionário. A Verdade que é
Cristo tem uma base relacional e precisa de ser testemunhada e praticada no
concreto da vida quotidiana e não apenas argumentada e demonstrada de forma
arrevesada e tantas vezes ininteligível. Isto implica conversão, conversão individual
e comunitária, conversão pastoral na humildade, competência e sentido da
missão. Implica fé viva e sacudida, tal como afirma Francisco: “Uma fé que não
nos põe em crise é uma fé em crise; uma fé que não nos faz crescer é uma fé que
deve crescer; uma fé que não nos questiona é uma fé sobre a qual nos devemos
questionar; uma fé que não nos anima é uma fé que deve ser animada; uma fé que
não nos sacode é uma fé que deve ser sacudida”.
Antonino Dias
26-10-2018
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