PARÓQUIAS DE NISA
Domingo, 01 de agosto de 2021
XVIII domingo do tempo comum
LITURGIA
DOMINGO XVIII DO TEMPO COMUM
Verde – Ofício do domingo (Semana II do Saltério).
Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Ex 16, 2-4. 12-15; Sal 77 (78), 3 e 4bc. 23-24, 25 e 54
L2 Ef 4, 17. 20-24
Ev Jo 6, 24-35
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Na Congregação do Santíssimo Redentor – S. Afonso Maria de Ligório, bispo e
doutor da Igreja, Padroeiro dos confessores e moralistas, e Fundador da
Congregação – SOLENIDADE
* Na Ordem Franciscana (Convento dos Anjos, no Porto) – I Vésp. de Nossa
Senhora dos Anjos da Porciúncula.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo
69, 2.6
Deus, vinde em meu auxílio,
Senhor, socorrei-me e salvai-me.
Sois o meu libertador e o meu refúgio: não tardeis, Senhor.
ORAÇÃO COLECTA
Mostrai, Senhor, a vossa imensa bondade
aos filhos que Vos imploram
e dignai-Vos renovar e conservar os dons da vossa graça
naqueles que se gloriam
de Vos ter por seu criador e sua providência.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Ex 16, 2-4.12-15
«Eu farei que chova para vós pão do céu»
Leitura do Livro
do Êxodo
Naqueles dias, toda a comunidade dos filhos de Israel começou a murmurar no
deserto contra Moisés e Aarão. Disseram-lhes os filhos de Israel: «Antes
tivéssemos morrido às mãos do Senhor na terra do Egipto, quando estávamos
sentados ao pé das panelas de carne e comíamos pão até nos saciarmos.
Trouxestes-nos a este deserto, para deixar morrer à fome toda esta multidão».
Então o Senhor disse a Moisés: «Vou fazer que chova para vós pão do céu. O povo
sairá para apanhar a quantidade necessária para cada dia. Vou assim pô-lo à
prova, para ver se segue ou não a minha lei. Eu ouvi as murmurações dos filhos
de Israel. Vai dizer-lhes: ‘Ao cair da noite comereis carne e de manhã
saciar-vos-eis de pão. Então reconhecereis que Eu sou o Senhor, vosso Deus’».
Nessa tarde apareceram codornizes, que cobriram o acampamento, e na manhã
seguinte havia uma camada de orvalho em volta do acampamento. Quando essa
camada de orvalho se evaporou, apareceu à superfície do deserto uma substância
granulosa, fina como a geada sobre a terra. Quando a viram, os filhos de Israel
perguntaram uns aos outros: «Man-hu?», quer dizer: «Que é isto?», pois não
sabiam o que era. Disse-lhes então Moisés: «É o pão que o Senhor vos dá em
alimento».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 77 (78), 3.4bc.23-24.25.54 (R. 24b )
Refrão: O Senhor deu-lhes o pão do céu.
Repete-se
Nós ouvimos e aprendemos,
os nossos pais nos contaram
os louvores do Senhor e o seu poder
e as maravilhas que Ele realizou. Refrão
Deu suas ordens às nuvens do alto
e abriu as portas do céu;
para alimento fez chover o maná,
deu-lhes o pão do céu. Refrão
O homem comeu o pão dos fortes!
Mandou-lhes comida com abundância
e introduziu-os na sua terra santa,
na montanha que a sua direita conquistou. Refrão
LEITURA II Ef 4, 17.20-24
«Revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus»
Leitura da
Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos: Eis o que vos digo e aconselho em nome do Senhor: Não torneis a
proceder como os pagãos, que vivem na futilidade dos seus pensamentos. Não foi
assim que aprendestes a conhecer a Cristo, se é que d’Ele ouvistes pregar e
sobre Ele fostes instruídos, conforme a verdade que está em Jesus. É necessário
abandonar a vida de outrora e pôr de parte o homem velho, corrompido por
desejos enganadores. Renovai-vos pela transformação espiritual da vossa
inteligência e revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus na justiça e santidade
verdadeiras.
Palavra do Senhor.
ALELUIA Mt 4, 4b
Refrão: Aleluia. Repete-se
Nem só de pão vive o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Refrão
EVANGELHO Jo 6, 24-35
«Quem vem a Mim nunca mais terá fome,
quem acredita em Mim nunca mais terá sede»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, quando a multidão viu que nem Jesus nem os seus discípulos
estavam à beira do lago, subiram todos para as barcas e foram para Cafarnaum, à
procura de Jesus. Ao encontrá-l’O no outro lado do mar, disseram-Lhe: «Mestre,
quando chegaste aqui?». Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo:
vós procurais-Me, não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e
ficastes saciados. Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo
alimento que dura até à vida eterna e que o Filho do homem vos dará. A Ele é
que o Pai, o próprio Deus, marcou com o seu selo». Disseram-Lhe então: «Que
devemos nós fazer para praticar as obras de Deus?». Respondeu-lhes Jesus: «A
obra de Deus consiste em acreditar n’Aquele que Ele enviou». Disseram-Lhe eles:
«Que milagres fazes Tu, para que nós vejamos e acreditemos em Ti? Que obra
realizas? No deserto os nossos pais comeram o maná, conforme está escrito:
‘Deu-lhes a comer um pão que veio do Céu’». Jesus respondeu-lhes: «Em verdade,
em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do Céu; meu Pai é que vos
dá o verdadeiro pão do Céu. O pão de Deus é o que desce do Céu para dar a vida
ao mundo». Disseram-Lhe eles: «Senhor, dá-nos sempre desse pão». Jesus
respondeu-lhes: «Eu sou o pão da vida: quem vem a Mim nunca mais terá fome,
quem acredita em Mim nunca mais terá sede».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, estes dons
que Vos oferecemos como sacrifício espiritual,
e fazei de nós mesmos
uma oblação eterna para vossa glória.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Sab 16, 20
Saciastes o vosso povo com o pão dos Anjos,
destes-nos, Senhor, o pão do Céu.
Ou Jo 6, 35
Eu sou o pão da vida, diz o Senhor.
Quem vem a Mim nunca mais terá fome,
quem crê em Mim nunca mais terá sede.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos renovais com o pão do Céu,
protegei-nos sempre com o vosso auxílio,
fortalecei-nos todos os dias da nossa vida
e tornai-nos dignos da redenção eterna.
Por Nosso Senhor.
MÉTODO
DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS - Ex 16, 2-4.12-15: O
maná descido do céu, no tempo de Moisés, foi o alimento providencial que Deus
enviou ao seu povo para o sustentar durante a travessia do deserto, a caminho
da Terra Prometida. Jesus vai citar este acontecimento na terceira leitura e faz sobre ele a respetiva
catequese. O maná era alimento para matar a fome corporal. Mas há fomes mais
urgentes e mais exigentes, as do espírito. O maná é chamado pão do céu, só
porque vinha do alto; mas do Céu virá um Pão que dará a vida que não morre:
Cristo, Aquele que o Pai celeste enviará.
Ef 4, 17.20-24: Jesus
Cristo, o Filho de Deus, ao fazer-Se homem, fez aparecer sobre a terra o que S.
Paulo chamou o “homem novo”. Ele é a Cabeça de um Corpo novo, do qual os
cristãos se tornam
membros pela fé e pelo Batismo. Ele é agora o padrão por onde os
outros homens poderão aferir a sua existência e a sua vida. A vida dos cristãos
é também agora a vida deste Corpo místico, a vida de Cristo vivida pelos seus
membros. Vida nova requer nova maneira de a viver!
Jo 6, 24-35: Depois
da multiplicação dos pães, Jesus faz um longo comentário, em que Se vai
apresentando, pouco a pouco, como o verdadeiro pão da vida. Ele é o verdadeiro
Moisés, ou melhor, é Aquele que realiza agora em plenitude a missão que Moisés,
no Antigo Testamento, realizou como figura dos tempos de Jesus. Hoje o Senhor
convida-nos a recebê-l’O, antes de mais, pela fé.
AGENDA DO DIA:
09.30 horas: Missa em
Amieira do Tejo.
10.45 horas: Missa em
Tolosa
11.00 horas: Missa em Nisa
– Senhora da Graça com batismo
12.00 horas: Missa em
Alpalhão.
12.00 horas: Missa em
Gáfete
15.30 horas: Missa em
Montalvão
15.30 horas: Celebração da
Palavra no Arneiro
15.30 horas: Missa no Cacheiro
A VOZ DO PASTOR:
OS SONHOS, A MEMÓRIA E A ORAÇÃO DOS AVÓS!...
Muitas pessoas já
celebram o Dia dos Avós em 26 de julho de cada ano, dia litúrgico de Santa Ana
e São Joaquim, avós maternos de Jesus. Com o Santo Padre, saudamos todos os
avôs e avós, cada idoso e cada idosa, pedindo ao Senhor para todos eles a graça
da alegria e da paz, em saúde e bom acolhimento familiar e social, ou
institucional, se for o caso. Que a vida lhes sorria sempre. Aos que já
partiram, que o Senhor lhes dê o eterno descanso e intercedam por nós junto de
Deus.
A Assembleia da
República Portuguesa, em 3 de abril de 2003, nos termos do n.º 5 do artigo
166.º da Constituição da República, que nos termos do artigo 67.º define a
família como elemento fundamental da nossa sociedade, resolveu, a pedido de
várias pessoas e instituições, instituir esse dia 26 de julho de cada ano como
Dia Nacional dos Avós. No projeto de resolução n.º 142/IX, pelo qual instituiu
esse Dia Nacional dos Avós, a Assembleia da República realça a importância dos
avós como agentes de equilíbrio de relações afetivas em família, pelo seu papel
na transmissão de valores sociais e de valores da família, pelo seu importante
papel na educação dos netos, já que os pais estão ausentes em grande parte do
dia, bem como pela sua troca de saberes e de experiências em família e na
sociedade, permitindo a continuidade.
O Papa Francisco, este ano,
instituiu, a nível da Igreja Católica, o Dia Mundial dos Avós, a celebrar
sempre no Domingo mais próximo do dia 26 de julho, dia litúrgico de Santa Ana e
São Joaquim. Neste primeiro Dia Mundial dos Avós, a Igreja manifesta a sua
solidariedade com todos os avós e idosos, dizendo a cada um: a Igreja
“preocupa-se contigo, ama-te e não quer deixar-te abandonado”. Esta afirmação
da Igreja é feita pela voz do Papa Francisco. Ele recorda a cada um a promessa
que o Senhor fez aos discípulos antes de subir ao Céu: «Eu estou contigo todos
os dias» (cf. Mt 28, 20).
Lembrando o anjo que
veio animar e incutir esperança ao avô materno de Jesus em hora menos boa da
sua vida, Francisco afirma que “mesmo quando tudo parece escuro, como nestes
meses de pandemia, o Senhor continua a enviar anjos para consolar a nossa
solidão, repetindo-nos: «Eu estou contigo todos os dias». Di-lo a ti, di-lo a
mim, a todos. Está aqui o sentido deste Dia Mundial que eu quis celebrado pela
primeira vez precisamente neste ano, depois dum longo isolamento e com uma
retoma ainda lenta da vida social: oxalá cada avô, cada idoso, cada avó, cada
idosa – especialmente quem dentre vós está mais sozinho – receba a visita de um
anjo! Este anjo, algumas vezes, terá o rosto dos nossos netos; outras vezes,
dos familiares, dos amigos de longa data ou conhecidos precisamente neste
momento difícil. Neste período, aprendemos a entender como são importantes,
para cada um de nós, os abraços e as visitas, e muito me entristece o facto de
as mesmas não serem ainda possíveis em alguns lugares”.
Acentuando também a
importância da Palavra de Deus em nos ajudar a entender o que o Senhor nos pede
em cada estação da vida, acrescenta: “Eu mesmo posso dar testemunho de que
recebi a chamada para me tornar Bispo de Roma quando tinha chegado, por assim
dizer, à idade da aposentação e imaginava que já não podia fazer muito de novo.
O Senhor está sempre junto de nós – sempre – com novos convites, com novas
palavras, com a sua consolação, mas está sempre junto de nós. Como sabeis, o
Senhor é eterno e nunca vai para a reforma. Nunca”.
E no contexto do mandato
que o Senhor nos deu de ir e ensinar, o Papa lembra aos idosos que a sua
vocação “é salvaguardar as raízes, transmitir a fé aos jovens e cuidar dos
pequeninos. Atenção! Qual é a nossa vocação hoje, na nossa idade? Salvaguardar
as raízes, transmitir a fé aos jovens e cuidar dos pequeninos. Não vos
esqueçais disto. Não importa quantos anos tens, se ainda trabalhas ou não, se
ficaste sozinho ou tens uma família, se te tornaste avó ou avô ainda
relativamente jovem ou já avançado nos anos, se ainda és autónomo ou precisas
de ser assistido, porque não existe uma idade para aposentar-se da tarefa de
anunciar o Evangelho, da tarefa de transmitir as tradições aos netos. É preciso
pôr-se a caminho e, sobretudo, sair de si mesmo para empreender algo de novo”.
Há “uma renovada vocação, também para ti, num momento crucial da história.
Perguntar-te-ás: Mas, como é possível? As minhas energias vão-se exaurindo e
não creio que possa ainda fazer muito. Como posso começar a comportar-me de
maneira diferente, quando o hábito se tornou a regra da minha existência? Como
posso dedicar-me a quem é mais pobre, se já tenho tantas preocupações com a
minha família? Como posso alongar o meu olhar, se não me é permitido sequer
sair da residência onde vivo? Não é um fardo já demasiado pesado a minha
solidão? Quantos de vós se interrogam: Não é um fardo já demasiado pesado a
minha solidão? O próprio Jesus ouviu Nicodemos dirigir-Lhe uma pergunta deste
tipo: «Como pode um homem nascer, sendo velho?» (Jo 3, 4). Isso é possível –
responde o Senhor –, abrindo o próprio coração à obra do Espírito Santo, que
sopra onde quer. Com a liberdade que tem, o Espírito Santo move-Se por toda a
parte e faz aquilo que quer”.
Repetindo que ninguém se
salva sozinho e que desta crise jamais sairemos iguais, o Papa diz a cada avó,
avô, idoso ou idosa, que cada um é necessário “para se construir, na
fraternidade e na amizade social, o mundo de amanhã”, todos devemos ser «parte
ativa na reabilitação e apoio das sociedades feridas». E apresenta três de
entre vários pilares que os idosos deverão sustentar nesta nova construção: “os
sonhos, a memória e a oração”.
Recordando a passagem
bíblica de Joel: «Os vossos anciãos terão sonhos e os jovens terão visões»,
Francisco diz que “o futuro do mundo está nesta aliança entre os jovens e os
idosos. Quem, senão os jovens, pode agarrar os sonhos dos idosos e levá-los por
diante? Mas, para isso, é necessário continuar a sonhar: nos nossos sonhos de justiça,
de paz, de solidariedade reside a possibilidade de os nossos jovens terem novas
visões e, juntos, construirmos o futuro. É preciso que testemunhes, também tu,
a possibilidade de se sair renovado duma experiência dolorosa. E tenho a
certeza de que não será a única, pois, na tua vida, terás tido tantas e sempre
conseguiste triunfar delas. E, dessa experiência que tens, aprende como sair da
provação atual. Nisto se vê como os sonhos estão entrelaçados com a memória.
Penso como pode ser de grande valor a memória dolorosa da guerra, e quanto
podem as novas gerações aprender dela a respeito do valor da paz. E, a
transmitir isto, és tu que viveste a tribulação das guerras. Recordar é uma
missão verdadeira e própria de cada idoso: conservar na memória e levar a
memória aos outros”. E volta à sua vivência pessoal: “Penso também nos meus
avós e naqueles de vós que tiveram de emigrar e sabem quanto custa deixar a
própria casa, como fazem muitos ainda hoje à procura dum futuro. Talvez
tenhamos algum deles ao nosso lado a cuidar de nós. Esta memória pode ajudar a
construir um mundo mais humano, mais acolhedor. Mas, sem a memória, não se pode
construir; sem alicerces, tu nunca construirás uma casa. Nunca. E os alicerces
da vida estão na memória”.
Aliada aos sonhos e à
memória, está a oração, afirma Francisco: “A tua oração é um recurso
preciosíssimo: é um pulmão de que não se podem privar a Igreja e o mundo.
Sobretudo neste tempo tão difícil para a humanidade em que estamos – todos na
mesma barca – a atravessar o mar tempestuoso da pandemia, a tua intercessão
pelo mundo e pela Igreja não é vã, mas indica a todos a serena confiança de um
porto seguro”.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 23-07-2021.