quarta-feira, 31 de julho de 2019




PARÓQUIAS DE NISA


Quinta, 01 de agosto de 2019








Quinta da XVII semana do tempo comum



Ofício da memória



QUINTA-FEIRA da semana XVII

S. Afonso Maria de Ligório, bispo e doutor da Igreja – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Ex 40, 16-21. 34-38; Sal 83 (84), 3. 4. 5-6a e 8b. 11
Ev Mt 13, 47-53

* Na Congregação do Santíssimo Redentor – S. Afonso Maria de Ligório, bispo e doutor da Igreja, Padroeiro dos confessores e moralistas, e Fundador da Congregação – SOLENIDADE
* Na Ordem Franciscana (Convento dos Anjos, no Porto) – I Vésp. de Nossa Senhora dos Anjos da Porciúncula





S. AFONSO MARIA DE LIGÓRIO, bispo e doutor da Igreja


Nota Histórica

Nasceu em Nápoles no ano 1696; obteve o doutorado em Direito Civil e Eclesiástico, recebeu a ordenação sacerdotal e fundou a Congregação do Santíssimo Redentor. Para fomentar entre o povo a vida cristã, dedicou-se à pregação e escreveu vários livros, sobretudo de teologia moral, matéria em que é considerado mestre insigne. Foi eleito bispo de Sant’Agata dei Goti, mas renunciou pouco depois ao cargo e morreu entre os seus, em Pagani, na Campânia, no ano 1787.

MISSA


ANTÍFONA DE ENTRADA Dan 12, 3
Os sábios resplandecerão como a luz do firmamento
e os que ensinam à multidão os caminhos da justiça
brilharão como estrelas por toda a eternidade.


ORAÇÃO COLECTA
Deus omnipotente e misericordioso, que despertais continuamente na vossa Igreja novos exemplos de virtude, fazei que, imitando Santo Afonso Maria de Ligório no seu zelo pela salvação das almas, alcancemos com ele a recompensa celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
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Leitura própria:
LEITURA I Rom 8, 1-4
«A lei do Espírito, que dá a vida em Cristo Jesus,
me libertou da lei do pecado e da morte»


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos: Nenhuma condenação existe agora para aqueles que estão em Cristo Jesus, porque a lei do Espírito, que dá a vida em Cristo Jesus, me libertou da lei do pecado e da morte. Na verdade, o que era impossível para a Lei, por causa da fragilidade humana, foi possível para Deus: Enviando o seu próprio Filho, numa carne semelhante à carne pecadora, como sacrifício de expiação pelo pecado, condenou o pecado na carne, para que a justiça exigida pela Lei fosse plenamente cumprida em nós, que não vivemos segundo a carne, mas segundo o Espírito.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 118 (119), 9 e 10.11 e 12.13 e 14 (R.12b)
Refrão: Ensinai-me, Senhor,
o caminho dos vossos mandamentos.

Como há de o jovem manter puro o seu caminho?
Guardando as vossas palavras.
De todo o coração Vos procuro,
não me deixeis afastar dos vossos mandamentos.

Conservo a vossa palavra dentro do coração,
para não pecar contra Vós.
Bendito sejais, Senhor,
ensinai-me os vossos decretos.

Enuncio com os meus lábios
todos os juízos da vossa boca.
Sinto mais alegria em seguir as vossas ordens
do que em todas as riquezas.

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LEITURA I (anos ímpares) Ex 40, 16-21.34-38
«A nuvem cobriu a Tenda da Reunião
e a glória do Senhor encheu o Tabernáculo»


Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias, Moisés fez tudo como o Senhor lhe tinha ordenado. No primeiro dia do primeiro mês do ano segundo, foi erguido o Tabernáculo. Moisés construiu assim o Tabernáculo: assentou as bases, colocou as pranchas, aplicou as travessas e levantou as colunas. Depois estendeu a Tenda sobre o Tabernáculo e pôs sobre ele a cobertura da Tenda, conforme o Senhor lhe tinha ordenado. Colocou as tábuas da Lei dentro da Arca; pôs os varais na Arca e, sobre esta, o propiciatório. Levou a Arca para dentro do Tabernáculo e colocou o véu de proteção para encobrir a Arca da Lei, conforme o Senhor lhe tinha ordenado. Então a nuvem cobriu a Tenda da Reunião e a glória do Senhor encheu o Tabernáculo. Moisés não podia entrar na Tenda da Reunião, porque a nuvem estava poisada sobre ela e a glória do Senhor enchia o Tabernáculo. Sempre que a nuvem se elevava acima do Tabernáculo, os filhos de Israel levantavam o acampamento para nova jornada. Mas se a nuvem não se elevava, eles não se moviam enquanto ela não se elevasse de novo. De dia repousava a nuvem do Senhor sobre o Tabernáculo e de noite aparecia fogo sobre ele, à vista de toda a casa de Israel, em todas as suas jornadas.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 83 (84), 3.4.5-6a e 8b.11 (R. 2)
Refrão: Como é agradável a vossa morada,
Senhor do Universo! Repete-se


A minha alma suspira ansiosamente
pelos átrios do Senhor.
O meu ser e a minha carne
exultam no Deus vivo. Refrão

Até as aves do céu encontram abrigo
e as andorinhas um ninho para os seus filhos,
junto dos vossos altares, Senhor dos Exércitos,
meu Rei e meu Deus. Refrão

Felizes os que moram em vossa casa:
podem louvar-Vos continuamente.
Felizes os que em Vós encontram a sua força,
os que caminham para ver a Deus em Sião. Refrão

Um dia em vossos átrios
vale por mais de mil longe de Vós.
Antes quero ficar no vestíbulo da casa do meu Deus,
do que habitar nas tendas dos pecadores. Refrão


ALELUIA cf. Atos 16, 14b
Refrão: Aleluia Repete-se

Abri, Senhor, o nosso coração,
para recebermos a palavra do vosso Filho. Refrão


EVANGELHO
Mt 13, 47-53
«Escolhem os bons para os cestos
e o que não presta deitam-no fora»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O reino dos Céus é semelhante a uma rede que, lançada ao mar, apanha toda a espécie de peixes. Logo que se enche, puxam-na para a praia e, sentando-se, escolhem os bons para os cestos e o que não presta deitam-no fora. Assim será no fim do mundo: os Anjos sairão a separar os maus do meio dos justos e a lançá-los na fornalha ardente. Aí haverá choro e ranger de dentes. Entendestes tudo isto?». Eles responderam-Lhe: «Entendemos». Disse-lhes então Jesus: «Por isso, todo o escriba instruído sobre o reino dos Céus é semelhante a um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e coisas velhas». Quando acabou de proferir estas parábolas, Jesus continuou o seu caminho.

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Acendei, Senhor, em nossos corações o fogo celeste do Espírito com que Santo Afonso Maria celebrava estes mistérios e se oferecia a si mesmo como sacrifício santo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lc 12,42
Este é o servo fiel e prudente
que o Senhor pôs à frente da sua família,
para dar a seu tempo a cada um a sua medida de trigo.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que fizestes de Santo Afonso Maria um fiel ministro e apóstolo deste grande sacramento, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de participar assiduamente nos santos mistérios para cantarmos sem fim os vossos louvores. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.






« Se Deus  pôde criar o universo do nada, também pode intervir neste mundo, vencendo qualquer forma de mal».

Papa Francisco




ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: Ex 40, 16-21.34-38: Uma vez construído o Tabernáculo, que foi, no tempo do deserto, o antecedente do futuro Templo em Jerusalém, a nuvem poisou sobre ele, indicando assim a especial presença de Deus naquele lugar. Deus procurou sempre tornar visível a sua presença no meio do povo através de sinais. Para Israel, o Tabernáculo onde se encontrava a arca com as tábuas da aliança, foi um dos lugares mais privilegiados da presença de Deus. Mas, quando Deus assumiu figura humana em Jesus Cristo, aquele sinal caducou. O imperfeito cedeu o lugar ao perfeito. A humanidade de Jesus Cristo é agora o verdadeiro Tabernáculo de Deus no meio dos homens.
 
Mt 13, 47-53 :Uma nova parábola pretende fazer compreender o que é o reino dos Céus. Se o entenderam, os discípulos estão agora capazes de o anunciar aos outros. Esta nova parábola refere-se à presença simultânea de bons e maus no seio da comunidade cristã até ao fim dos tempos. Mas nesta parábola insiste-se particularmente no perigo que ameaça aquilo “que não presta”, como diz o texto. Isso não poderá ser recebido no reino dos Céus, quando chegar a hora de se fazer a recolha da rede.

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.




AGENDA DO DIA


09h00: Funeral em Alpalhão
11h00: Missa no Lar da  Amieira
18h00: Missa em Nisa





A VOZ DO PASTOR


DIOCESE DE PORTALEGRE-CASTELO BRANCO
APELO À AJUDA FRATERNA E SOLIDÁRIA


Todos os anos os fogos florestais atingem de forma dolorosa muitas localidades da nossa Diocese de Portalegre-Castelo Branco. Este ano atingiu de novo os martirizados concelhos de Vila de Rei, Sertã e Mação deixando um enorme rasto de destruição, incluindo, pelo menos, cinco casas de primeira habitação. Não é difícil imaginar quanto desespero e dor isto provoca nas populações, quanto sofrimento, quanta pobreza a curto e a longo prazo. Embora nos sintamos pequeninos e impotentes perante tais calamidades, manifestamos a nossa proximidade junto dos Senhores Presidentes das Câmaras Municipais e das Juntas de freguesia e, de forma muito particular, junto das queridas populações tão sofridas.
Considerando o bom trabalho desenvolvido, em anos anteriores, pela Cáritas Diocesana conjuntamente com as Paróquias e Autarquias afetadas e, não existindo uma campanha nacional de angariação de fundos, torna-se necessário envolver as comunidades cristãs e a comunidade mais alargada da nossa Diocese, na ajuda fraterna e solidária às famílias vitimadas.
Para o efeito mandatei a Cáritas Diocesana da incumbência de organizar a ajuda, a partir do levantamento das necessidades que se irá iniciar após a fase de rescaldo. Nesta organização está incluída a recolha de donativos através da

conta bancária - IBAN:  PT50.0036.0057.99100143379.08

para a qual deverão ser canalizados todos os donativos angariados pelas paróquias ou que pessoas individualmente o desejem fazer.
Também o acompanhamento das pessoas em especial situação de vulnerabilidade e o respetivo apoio a prestar a nível afetivo, espiritual e religioso, deve ser promovido pelas comunidades paroquiais afetadas.
Numa situação de emergência ou catástrofe está implícita a resolução das necessidades básicas de sobrevivência. Esta missão confiada à Cáritas Diocesana, implica uma gestão concertada, não apenas com as estruturas civis existentes, mas também com a rede Cáritas, seja a nível diocesano, seja a nível local através dos párocos e grupos paroquiais de ação social.
A Cáritas Diocesana manterá a Diocese informada sobre as diligências efetuadas e sobre os resultados obtidos.
Que a oração a Deus Pai, que, em Jesus Cristo, Se revelou um Deus próximo de cada experiência humana, sobretudo da experiência da dor e do sofrimento, nos faça encontrar na oração a serenidade e a força interior para darmos as mãos e, na caridade cristã, nos sentirmos verdadeiramente irmãos e solidários.


Portalegre, 27 de julho de 2019.
Antonino Dias, Bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco.


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DESPORTO: UM SINAL DOS TEMPOS COM VALOR DE FESTA

A vida é um jogo! Um jogo muito mal jogado logo por Adão e Eva. Se vivessem hoje, não sabemos se eles usariam o sistema tático 4-4-2 ou o 3-5-2 ou qualquer outro dos reconhecidos pela FIFA. Não sabemos de que club é que eles seriam; se iriam sentir-se pressionados por alguma claque ou injustiçados por algum árbitro; se contestariam o vídeo-árbitro e se gostariam de tanta fartura de futebol em debates tão inflamados nas televisões. O que sabemos é que não cumpriram as regras do jogo e nenhum quis assumir as responsabilidades. Por isso, embora com a promessa de novos tempos e sem assaltos à academia, foram expulsos do relvado – um relvado belo como um jardim! -, que passou a ser guardado por querubins e espada flamejante (cf. Gn 3).

Se a vida é um jogo, o jogo é desporto e desporto “é uma atividade física em movimento, individual ou em grupo, de caráter lúdico e competitivo, codificada mediante um sistema de regras, que gera uma prestação confortável com outras em condições de iguais oportunidades”. Existe desde o alvorecer da história. É um fenómeno civilizacional, permeia os estilos e as opções de vida de muita gente. Faz parte da sociedade e participa nas suas dinâmicas. Ultrapassa as fronteiras nacionais e a diversidade das culturas. É global, tem alcance planetário, está no coração de toda a humanidade e também no coração de toda a Igreja.
O Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, publicou um documento interessante sobre a perspetiva cristã do desporto e da pessoa humana. Tem por título “Dar o melhor de si”. Pretende falar “a todos aqueles que amam e promovem o desporto, quer sejam atletas, professores, treinadores, pais ou pessoas para quem o desporto é uma profissão ou uma vocação”. Aborda “quer as grandes oportunidades e possibilidades que o desporto oferece, quer os riscos, as ameaças e os desafios que ele nos apresenta”. O Papa Francisco, a propósito do Documento, enviou uma mensagem em que realça o desporto como lugar de encontro, veículo de formação e meio de missão e santificação: “Numa cultura dominada pelo individualismo e pelo descarte das gerações mais jovens e dos mais idosos, o desporto é um âmbito privilegiado em torno do qual as pessoas se encontram sem distinção de raça, sexo, religião ou ideologia e onde podemos experimentar a alegria de competir para juntos alcançar uma meta”.

A Igreja, com a sua presença organizada e institucional no sistema desportivo, segue o desporto e procura ajudar a promovê-lo do ponto de vista institucional, pastoral e cultural. Em vários países, existem, há mais de um século, associações e sociedades desportivas eclesiais, plenamente envolvidas nos eventos desportivos de caráter local e nacional. Várias Conferências Episcopais colaboram de perto com associações desportivas nacionais e internacionais. A par da ação de muitos leigos neste campo, há numerosos sacerdotes que estão empenhados em grupos desportivos paroquiais e associações desportivas amadoras ou que prestam serviço como capelães em sociedades desportivas profissionais ou nos Jogos Olímpicos. São belos sinais de uma Igreja em saída!...

São Paulo usava metáforas desportivas para explicar a vida dos cristãos aos gentios. Pensadores cristãos dos primeiros tempos, também pensaram na vida cristã como um desafio competitivo e opunham-se, com determinação, a certas ideologias que desvalorizavam o corpo em nome de uma mal-entendida exaltação do espírito. São Tomás de Aquino escreveu sobre o valor dos jogos e a importância de as pessoas dedicarem tempo ao recreio e aos jogos. Os humanistas do Renascimento e os primeiros jesuítas, no seguimento de São Tomás, acentuaram a importância de haver tempo para o jogo e o recreio no percurso escolar, e assim se foi incluindo nas instituições escolares do ocidente. A revolução industrial, as suas mudanças sociais, políticas e económicas ofereceram condições para favorecer a origem, difusão e afirmação do desporto moderno a nível global. Os meios de comunicação social sempre foram incansáveis na sua difusão. A luta constante pela sua autonomia com a redescoberta das ideias pedagógicas da antiga Grécia, fizeram com que as atividades físicas fossem ganhando cada vez mais estatuto nos percursos da educação, também para promover o reconhecimento da igualdade entre as pessoas e formar para a democracia. Fazer um programa pedagógico global para educar os jovens de todo o mundo, educando para a paz, a democracia, a cultura do encontro e a busca da perfeição humana foi o sonho de Pierre de Coubertin, no fim do século XIX. Foi ele que, sob o lema “citius, altius, fortius” (mais veloz, mais alto, mais forte), levou a cabo a primeira edição das Olimpíadas, a primeira com êxito e reconhecimento internacional, não só com intuito desportivo e competitivo, mas também para celebrar a nobreza e a beleza da humanidade.

Em 1904, São Pio X, fazendo abrir a boca ao mundo mais puritano, acolheu um espetáculo juvenil de ginástica no Vaticano. Tal iniciativa parece que foi areia demais para a cabeça de alguns membros da Cúria romana que, mostrando-se escandalizados, logo um casquinou: “Onde é que nós vamos parar?”. Ao que o Papa terá respondido: “Ao paraíso, meu caro, ao paraíso!”.

Pio XII abriu fortemente o diálogo entre a Igreja e o mundo desportivo. Paulo VI, na mesma linha, reconhecendo a universalidade da experiência do desporto, a sua força comunicativa e simbólica e as suas grandes potencialidades educativas e formativas, interrogava: “Como poderia a Igreja desinteressar-se dele?”

São João Paulo II via o desporto como “um dos fenómenos típicos da modernidade, quase um ‘sinal dos tempos’ capaz de interpretar novas exigências e novas expectativas da humanidade”. Apoiou sempre o desporto e abriu, na Santa Sé, um departamento dedicado ao desporto. Ele acreditava que a Igreja “deve estar na linha da frente para elaborar uma pastoral do desporto adequada às necessidades dos desportistas e, sobretudo, para promover um desporto que crie as condições necessárias a uma vida rica de esperança”. Bento XVI olhou para o desporto como um moderno pátio dos gentios e um areópago onde anunciar o Evangelho, um ginásio de vida em que as virtudes podem ser interiorizadas e feitas próprias, em que é possível encontrar-se com o que é belo, bom e verdadeiro, em que é possível testemunhar a alegria de viver e conferir plenitude à experiência desportiva.

Porque vai começar uma nova época desportiva, e atendendo à importância deste Documento do Dicastério, voltarei a ele, desejando que todo o desporto fomente a sua dimensão de festa e descubra os valores e a moral que o possam ajudar a enfrentar as problemáticas que o afligem, nomeadamente “o doping, a corrupção, a violência dos adeptos e a comercialização desenfreada que avilta a alma do desporto”.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 26-07-2019.




terça-feira, 30 de julho de 2019




PARÓQUIAS DE NISA


Quarta, 31 de julho de 2019








Quarta da XVII semana do tempo comum



Ofício da memória



QUARTA-FEIRA da semana XVII

S. Inácio de Loiola, presbítero – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Ex 34, 29-35; Sal 98 (99), 5. 6. 7. 8
Ev Mt 13, 44-46


* Aniversário da Ordenação episcopal de D. João Miranda Teixeira, Bispo Emérito de Castello Jabar (1983).
* Na Companhia de Jesus – S. Inácio de Loiola, presbítero, Fundador da Companhia de Jesus – SOLENIDADE
* Na Congregação do Santíssimo Redentor – I Vésp. de S. Afonso Maria de Ligório.


S. INÁCIO DE LOIOLA, presbítero

Nota Histórica
Nasceu no ano 1491 em Loiola, na Cantábria (Espanha); seguiu primeiramente a vida da corte e a vida militar. Depois, consagrando-se totalmente ao Senhor, estudou teologia em Paris e aí reuniu os primeiros companheiros, com quem mais tarde fundou em Roma a Companhia de Jesus. Exerceu intensa atividade apostólica e, particularmente com os seus escritos e com a formação de discípulos, contribuiu grandemente para a reforma da vida cristã e para a renovação da ação missionária. Morreu em Roma no ano 1556.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Filip 2, 10-11
Ao nome de Jesus todos se ajoelhem no céu,
na terra e nos abismos
e toda a língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor
para glória de Deus Pai.

ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que suscitastes na vossa Igreja Santo Inácio de Loiola para propagar a maior glória do vosso nome, concedei que, à sua imitação e com o seu auxílio, combatendo o bom combate na terra, participemos da sua vitória no Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
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Leitura apropriada

LEITURA I 1 Cor 10, 31 - 11, 1
«Fazei tudo para glória de Deus»


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios

Irmãos: Quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus. Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à Igreja de Deus. Fazei como eu, que em tudo procuro agradar a toda a gente, não buscando o próprio interesse, mas o de todos, para que possam salvar-se. Sede meus imitadores, como eu o sou de Cristo.
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 33 (34), 2-3.4-5.6-7.8-9.10-11 (R. 9a)
Refrão: Saboreai e vede como o Senhor é bom.

A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.

Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.

O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.

Temei o Senhor, vós os seus fiéis,
porque nada falta aos que O temem.
Os poderosos empobrecem e passam fome,
aos que procuram o Senhor não faltará riqueza alguma.
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LEITURA I (anos ímpares) Ex 34, 29-35
«Viram que o rosto de Moisés irradiava luz
e temeram aproximar-se dele»


Leitura do Livro do Êxodo

Quando Moisés descia do monte Sinai, trazendo nas mãos as duas tábuas da Lei, não sabia que o seu rosto irradiava luz, depois de se encontrar com o Senhor. Aarão e todos os filhos de Israel, ao olharem para Moisés, viram que o seu rosto irradiava luz e temeram aproximar-se dele. Então Moisés chamou-os. Aarão e todos os chefes da comunidade aproximaram-se e Moisés falou com eles. Depois todos os filhos de Israel se aproximaram e ele transmitiu-lhes todas as ordens que tinha recebido do Senhor no monte Sinai. Quando Moisés acabou de lhes falar, cobriu o rosto com um véu. Sempre que Moisés comparecia na presença do Senhor para falar com Ele, tirava o véu até sair de lá. Então comunicava aos filhos de Israel as ordens que recebera. Mas como os filhos de Israel viam que o rosto de Moisés irradiava luz, ele voltava a cobrir o rosto com o véu, até voltar a entrar de novo na Tenda para falar com o Senhor.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 98 (99), 5.6.7.9 (R. cf. 9c)
Refrão: Vós sois santo, Senhor, nosso Deus. Repete-se

Aclamai o Senhor, nosso Deus,
prostrai-vos a seus pés:
Ele é santo. Refrão

Moisés e Aarão estão entre os seus sacerdotes
e Samuel entre os que invocam o seu nome;
invocavam o Senhor e Ele os atendia. Refrão

Falava-lhes da coluna de nuvem;
eles observavam os seus mandamentos
e os preceitos que lhes dera. Refrão

Aclamai o Senhor, nosso Deus
e prostrai-vos diante da sua montanha santa:
é santo o Senhor, nosso Deus. Refrão


ALELUIA Jo 15, 15b
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu chamo-vos amigos, diz o Senhor,
porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. Refrão


EVANGELHO Mt 13, 44-46
«Vendeu tudo quanto possuía para comprar aquele campo»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo. O homem que o encontrou tornou a escondê-lo e ficou tão contente que foi vender tudo quanto possuía e comprou aquele campo. O reino dos Céus é semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. Ao encontrar uma de grande valor, foi vender tudo quanto possuía e comprou essa pérola».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, a oblação que Vos apresentamos na festa de Santo Inácio de Loiola e concedei que os santos mistérios que instituístes como fonte de toda a santidade nos santifiquem na verdade. Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lc 12, 49
Eu vim trazer o fogo à terra, diz o Senhor;
e que quero Eu senão que ele se acenda?


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos pedimos, Senhor nosso Deus, que este sacrifício de louvor, oferecido em acção de graças, na festa de Santo Inácio de Loiola, nos conduza à bem-aventurança eterna para louvarmos sem fim a vossa imensa glória. Por Nosso Senhor.



«O ódio jamais foi uma força criativa. Somente o amor é força criativa».

Maximiliano Kolb




ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: Ex 34, 29-35: A aproximação de Deus transfigura sempre o homem. Assim aconteceu com Moisés, assim acontece com os discípulos de Cristo, que ‘refletem, como num espelho, a glória do Senhor, e são transformados nesta mesma imagem’, como diz S. Paulo, comentando esta passagem (11 Cor 3, 18).
  
Mt 13, 44-46: Jesus compara o reino de Deus a um tesouro escondido no campo e a uma pérola preciosa. O reino é o “único necessário”; só ele responde ao desejo mais profundo de realização do homem: imagem de Deus, o homem só n’Ele encontra o sentido da sua vida e a sua felicidade. Por isso, a novidade da descoberta do reino torna tudo o mais de interesse relativo. O reino merece todas as renúncias.

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.




AGENDA DO DIA


17h00: Missa em Gáfete
18h00: Missa em Tolosa
18h00: Missa em Nisa





A VOZ DO PASTOR


DIOCESE DE PORTALEGRE-CASTELO BRANCO
APELO À AJUDA FRATERNA E SOLIDÁRIA


Todos os anos os fogos florestais atingem de forma dolorosa muitas localidades da nossa Diocese de Portalegre-Castelo Branco. Este ano atingiu de novo os martirizados concelhos de Vila de Rei, Sertã e Mação deixando um enorme rasto de destruição, incluindo, pelo menos, cinco casas de primeira habitação. Não é difícil imaginar quanto desespero e dor isto provoca nas populações, quanto sofrimento, quanta pobreza a curto e a longo prazo. Embora nos sintamos pequeninos e impotentes perante tais calamidades, manifestamos a nossa proximidade junto dos Senhores Presidentes das Câmaras Municipais e das Juntas de freguesia e, de forma muito particular, junto das queridas populações tão sofridas.
Considerando o bom trabalho desenvolvido, em anos anteriores, pela Cáritas Diocesana conjuntamente com as Paróquias e Autarquias afetadas e, não existindo uma campanha nacional de angariação de fundos, torna-se necessário envolver as comunidades cristãs e a comunidade mais alargada da nossa Diocese, na ajuda fraterna e solidária às famílias vitimadas.
Para o efeito mandatei a Cáritas Diocesana da incumbência de organizar a ajuda, a partir do levantamento das necessidades que se irá iniciar após a fase de rescaldo. Nesta organização está incluída a recolha de donativos através da

conta bancária - IBAN:  PT50.0036.0057.99100143379.08

para a qual deverão ser canalizados todos os donativos angariados pelas paróquias ou que pessoas individualmente o desejem fazer.
Também o acompanhamento das pessoas em especial situação de vulnerabilidade e o respetivo apoio a prestar a nível afetivo, espiritual e religioso, deve ser promovido pelas comunidades paroquiais afetadas.
Numa situação de emergência ou catástrofe está implícita a resolução das necessidades básicas de sobrevivência. Esta missão confiada à Cáritas Diocesana, implica uma gestão concertada, não apenas com as estruturas civis existentes, mas também com a rede Cáritas, seja a nível diocesano, seja a nível local através dos párocos e grupos paroquiais de ação social.
A Cáritas Diocesana manterá a Diocese informada sobre as diligências efetuadas e sobre os resultados obtidos.
Que a oração a Deus Pai, que, em Jesus Cristo, Se revelou um Deus próximo de cada experiência humana, sobretudo da experiência da dor e do sofrimento, nos faça encontrar na oração a serenidade e a força interior para darmos as mãos e, na caridade cristã, nos sentirmos verdadeiramente irmãos e solidários.


Portalegre, 27 de julho de 2019.
Antonino Dias, Bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco.


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DE MÃOS DADAS SEM APERTAR NEM MAGOAR

O Direito Canónico tem um fundo teológico e, cada norma, tem atrás de si uma longa história de experiências e práticas vividas, boas e menos boas, que o senso comum foi regulando. Não sendo Palavra de Deus, ele nasce a partir da doutrina da Igreja e esta provém do Evangelho, da Palavra e dos gestos de Jesus. Fiel à sua doutrina, a Igreja procura transmitir essa Boa Nova em linguagem mais pastoral que jurídica, mais à maneira de Jesus, pois há sempre situações de vida que saltam fora dos cânones. O Direito Canónico, porém, tem uma função de serviço, de apoio à pastoral, tem função educativa e organizativa. O seu objetivo é guiar os cristãos quanto aos direitos e deveres de uns para com os outros, para com a comunidade cristã e as instituições católicas. Ajuda a promover uma cultura ajustada aos ensinamentos e à missão espiritual da Igreja. Embora o principal papel pertença à Palavra e aos Sacramentos, a norma jurídica desempenha um papel importante na evangelização, não para usar apenas quando interessa ou em jeito de pedrada ou de força para matar e vencer, mas para usar como serviço à caridade e em destreza pedagógica. Direito e Pastoral andam de mãos dadas, sem se apertarem nem magoarem, amorosamente. Como afirma Bento XVI, “Uma sociedade sem Direito seria uma sociedade desprovida de direitos. O Direito é condição do amor” (18/10/2010).

Dentro deste entendimento e sem decretos, como alguns gostariam, volto a falar dos Padrinhos do Batismo. Não raro, a sua escolha continua a provocar momentos desconfortáveis, dando até a impressão, em reuniões faiscantes, que esse assunto é o único importante ou que a atividade e a preocupação pastoral se resumem a isso. Mas que causa mossa, lá isso causa, é verdade. Há sempre gente que se julga superior e digna de exceção. E há sempre gente que entende que o acolhimento, a bondade e o bom trabalho pastoral é viver à margem da comunhão eclesial e dizer sim a tudo!...

O Batismo não é uma formalidade ou um simples acontecimento social. É um sacramento, o fundamento de toda a vida cristã. Não é a mesma coisa ser-se batizado ou não se ser batizado. Tendo em conta o que é e significa, atendendo aos seus efeitos e consequências, o Batismo não deve ser negado nem adiado por razões sem razão, mas deve ser convenientemente evangelizado e preparado. E se toda a comunidade eclesial tem uma parte de responsabilidade no anúncio, salvaguarda e crescimento da graça recebida no Batismo; se os pais têm o primeiro e principal dever de ajudar a integrar na comunidade e fazer crescer a fé dos filhos; os padrinhos, atendendo ao múnus que assumem, devem ser pessoas de fé sólida, capazes e preparados para ajudar quem é batizado no seu caminho de vida cristã, assim o pede a Igreja. Eles são padrinhos em nome da comunidade eclesial, em nome da Igreja, devem ter a consciência de pertença à Igreja e vida em conformidade.

Resumindo, de novo, os cânones 872 a 875 do Código de Direito Canónico, lembro que: não é obrigatório haver padrinhos; o pai ou a mãe não podem ser padrinhos do próprio filho; pode haver um só padrinho ou uma só madrinha; se forem dois, seja um padrinho e uma madrinha e, em princípio, haja completado 16 anos de idade; tenha celebrado os sacramentos da iniciação cristã – Batismo, Confirmação e Eucaristia -; leve uma vida consentânea com a fé e com o múnus que vai desempenhar; possua capacidade e intenção de o fazer. Uma pessoa pertencente a uma outra igreja cristã, será admitida juntamente com um padrinho católico e assinará apenas como testemunha do Batismo. Num batizado em que não haja padrinhos, alguém assinará, não porque é ou vá assumir o múnus de padrinho, mas apenas assinará como testemunha de que o Batismo se realizou. Fora destes casos, ninguém deve assinar como testemunha: gera confusão, é ludibriar.

Quem, por exemplo, vive em união de facto, por opção consciente, livre e determinada, sabe que não recolhe as necessárias condições, bem como há outras situações assumidas conscientemente e em total liberdade que são objetivamente passíveis de não virem a ser aceites, mesmo que “estas situações devam ser abordadas de modo construtivo, tentando transformá-las em oportunidades” para que se comece a fazer caminho (cf. Francisco, A Alegria do Amor, nºs 292 e 297).

Algumas pessoas mais afastadas da prática eclesial e menos conhecedoras dos princípios que nos orientam, muitas vezes têm dificuldade em aceitar este diálogo pastoral. Embora reconhecendo que a sua união ou a sua situação individual contradiz o normal da vivência cristã, logo invocam a autoridade do Papa Francisco, como se ele tivesse dito o que eles querem ou a gente ignorasse o que Francisco, e bem, pede aos agentes da pastoral. Acham sempre que é um capricho do pároco, até mesmo quando querem ser padrinhos sem terem sido batizados: já aconteceu!... Quando, com verdadeiro acolhimento e verdadeira solicitude pastoral, se fala, atendendo às circunstâncias, que esta ou aquela pessoa não reúne as condições normais para vir a ser padrinho ou madrinha do Batismo, não se está a querer julgar, condenar, discriminar ou a faltar ao respeito a quem quer que seja. Está-se apenas a ter em conta os mais elementares princípios que têm de existir e a Igreja nos aponta e pede.

Também sabemos que há outras situações existenciais que podem não estar de harmonia com a doutrina da Igreja por circunstâncias difíceis da vida e para onde as pessoas, com sofrimento e sem outra solução plausível, foram arrastadas, até com muita dor. Mas elas sabem reconhecer a situação em que se encontram, nunca se afastaram da Igreja, participam naquilo a que a Igreja os aconselha e convida, estão integradas, colaboram. É perante estas situações que os pastores e agentes da pastoral têm a obrigação de, com todo o acolhimento e solicitude pastoral, ajudar a discernir a melhor opção, tendo também em conta, se, sendo essa pessoa aceite como padrinho ou madrinha, não irá criar escândalo ou mal-estar na comunidade cristã. Cada caso é cada caso e as situações, embora aparentemente iguais, podem não o ser, muitas vezes não são. Em situações similares, ninguém se deve comparar com alguém para fazer valer o que pretende. De facto, as situações, embora aparentemente iguais, podem não ser iguais.

O verdadeiro acolhimento implica, por respeito a todos, sentir e manifestar a alegria do encontro sem fingimentos; encetar e facilitar o diálogo pessoal e amigo como partilha do que vai na alma; saber escutar até ao fim sem condenar nem cortar a palavra; afirmar a verdade com humildade e amor; transmitir a beleza da Novidade cristã em linguagem positiva na alegria da fé em Cristo Senhor; gerar empatia e gosto para que amanhã, e depois de amanhã, se possa continuar este diálogo pastoral a transmitir coragem, inspiração, estímulo...

Antonino Dias.
Portalegre-Castelo Branco, 19-07-2019.