terça-feira, 16 de outubro de 2018







PARÓQUIAS DE NISA


Quarta, 17 de outubro de 2018








Quarta da XXVIII semana do tempo comum


Salt. IV



QUARTA-FEIRA da semana XXVIII

S. Inácio de Antioquia, bispo e mártir – MO
Vermelho – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Gal 5, 18-25; Sal 1, 1-2. 3. 4 e 6
Ev Lc 11, 42-46

* Na Diocese do Funchal (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.


S. INÁCIO DE ANTIOQUIA, bispo e mártir


Nota Histórica>

Inácio foi o sucessor de Pedro no governo da Igreja de Antioquia. Condenado às feras, foi conduzido a Roma e aí, no tempo do imperador Trajano, recebeu a gloriosa coroa do martírio, no ano 107. Durante a viagem escreveu sete cartas a várias Igrejas, nas quais se refere, com profunda sabedoria e erudição, a Cristo, à organização da Igreja e aos princípios fundamentais da vida cristã. A sua memória era celebrada neste dia, já no século IV, em Antioquia.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Gal 2, 19-20
Estou crucificado com Cristo.
Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim.
Vivo na fé em Cristo, Filho de Deus, que me amou e Se entregou por mim.


ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente, que pelo testemunho dos santos mártires honrais todo o corpo da Igreja, concedei que o glorioso martírio de Santo Inácio de Antioquia que hoje celebramos, assim como mereceu para ele a glória eterna, seja também para nós um auxílio permanente. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Filip 3, 17- 4,1
«A nossa pátria está nos Céus
»

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses
Irmãos: Sede meus imitadores e ponde os olhos naqueles que procedem segundo o modelo que tendes em nós. Porque há muitos, de quem tenho falado várias vezes e agora falo a chorar, que procedem como inimigos da cruz de Cristo. O fim deles é a perdição: têm por deus o ventre, orgulham-se da sua vergonha e só apreciam as coisas terrenas. Mas a nossa pátria está nos Céus, donde esperamos, como Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo miserável, para o tornar semelhante ao seu corpo glorioso, pelo poder que Ele tem de sujeitar a Si todo o universo. Portanto, meus amados e queridos irmãos, minha alegria e minha coroa, permanecei firmes no Senhor.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 33 (34), 2-3.4-5.6-7.8-9 (R. 5b)
Refrão: O Senhor libertou-me de toda a ansiedade.


A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.

Enaltecei comigo ao Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.

O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.


ALELUIA Tg 1, 12
Refrão: Aleluia. Repete-se

Feliz de quem suporta com paciência a provação,
porque, vencida a prova, receberá a coroa da vida. Refrão

EVANGELHO Jo 12, 24-26
«Se o grão de trigo, lançado à terra, morrer, dará muito fruto»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só; mas se morrer, dará muito fruto. Quem ama a sua vida, perdê-la-á, e quem despreza a sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna. Se alguém Me quiser servir, que Me siga, e onde Eu estiver, ali estará também o meu servo. E se alguém Me servir, meu Pai o honrará».

Palavra da salvação.
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Leituras da féria
LEITURA I Gal 5, 18-25
«Os que pertencem a Cristo
crucificaram a carne com as suas paixões e apetites»


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Gálatas

Irmãos: Se vos deixais conduzir pelo Espírito, não estais sujeitos à Lei de Moisés. As obras da carne são bem conhecidas: luxúria, imoralidade, libertinagem, idolatria, feitiçaria, inimizades, ciúmes, discórdias, ira, rivalidades, dissenções, facciosismos, invejas, embriaguez, orgias e coisas semelhantes a estas, sobre as quais vos previno, como já vos disse: os que praticam estas acções não herdarão o reino de Deus. Pelo contrário, os frutos do Espírito são: caridade, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, temperança. Contra coisas como estas não há lei. Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e apetites. Se vivemos pelo Espírito, caminhemos também segundo o Espírito. 

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 1, 1-2.3.4 e 6 (R. cf. Jo 8, 12)
Refrão: Quem Vos segue, Senhor, terá a luz da vida. Repete-se

Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios,
não se detém no caminho dos pecadores
nem toma parte na reunião dos maldizentes;
mas antes se compraz na lei do Senhor
e nela medita dia e noite. Refrão

É como árvore plantada à beira das águas:
dá fruto a seu tempo
e a sua folhagem não murcha.
Tudo quanto fizer será bem sucedido. Refrão

Bem diferente é a sorte dos ímpios:
são como a palha que o vento leva.
O Senhor vela pelo caminho dos justos,
mas o caminho dos pecadores leva à perdição. Refrão


ALELUIA Jo 10, 27
Refrão: Aleluia. Repete-se
As minhas ovelhas escutam a minha voz, diz o Senhor;
Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.
Refrão


EVANGELHO Lc 11, 42-46
«Ai de vós, fariseus! Ai de vós, doutores da lei!»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, disse o Senhor: «Ai de vós, fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças, mas desprezais a justiça e o amor de Deus! Devíeis praticar estas coisas, sem omitir aquelas. Ai de vós, fariseus, porque gostais do primeiro lugar nas sinagogas e das saudações na praça pública! Ai de vós, porque sois como sepulcros disfarçados, sobre os quais passamos sem o saber!». Então um dos doutores da lei tomou a palavra e disse a Jesus: «Mestre, ao dizeres essas palavras também nos insultas a nós». Jesus respondeu: «Ai de vós também, doutores da lei, porque impondes aos homens fardos insuportáveis e vós próprios nem com um só dedo tocais nesses fardos!». 

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, a nossa humilde oferta, como recebestes Santo Inácio, trigo de Cristo, que, triturado pelo seu martírio, se tornou pão imaculado. Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO
Eu sou trigo de Cristo: vou ser moído
pelos dentes das feras,
para me transformar em pão imaculado e santo.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fortalecei-nos e renovai-nos, Senhor, com o pão celeste que recebemos neste sacramento, ao celebrarmos o martírio de Santo Inácio, para que, pelo nome e pelas obras, sejamos verdadeiramente cristãos. Por Nosso Senhor.





«Ensina-se muito com o que se diz, mais com aquilo que se faz, mas muito mais com aquilo que se é».

Inácio de Antioquia





3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURA: Gal 5, 18-25: A lei de Moisés passou; era o guia até Cristo. No entanto, agora os discípulos de Cristo não vivem sem lei; a sua lei é ditada pelo Espírito de Deus, que o Senhor ressuscitado lhes deu. São Paulo apresenta, de forma concreta, essa lei, que há de manifestar-se nas obras que se praticam. Uma é a lei da natureza decaída, outra a lei ditada pelo Espírito. São dois caminhos opostos, como se canta no salmo.

Lc 11, 42-46: Esta passagem, na continuação da leitura de ontem, apresenta uma série de maldições, dirigidas contra os fariseus, por meio das quais o Senhor quer fazer compreender o espírito da sua nova doutrina. Jesus não condena as formas de vida anteriores à sua pregação, mas pretende levar os seus ouvintes a descobrir que, por detrás do cumprimento material da lei, está a justiça e o amor, a pobreza de espírito e a humildade de coração, coisas que os seus ouvintes ainda não tinham chegado a descobrir.
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LEITURA DO EVANGELHO:
 
MEDITAÇÃO:

ORAÇÃO: Senhor, concede-nos a graça de sermos transparente e coerentes. Que mais do representar, sejamos de verdade teus discípulos.






AGENDA


17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em Tolosa
21.00 horas: Reunião com os pais dos alunos da catequese de Gáfete .




A VOZ DO PASTOR



JOVENS CONCORRENTES OU POTENCIAIS ALIADOS?!...

Está a decorrer, em Roma, durante este mês de outubro, o Sínodo dedicado aos jovens, sob o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. O Documento de trabalho da Assembleia contém um balanço da situação juvenil atual nos quatro cantos do mundo. Oferece algumas chaves de leitura sobre as questões apresentadas ao debate e discernimento sinodal. Recolhe elementos que ajudarão a Assembleia a colocar nas mãos do Santo Padre o que pensam e discerniram, para que o Santo Padre, se assim o entender, possa dar, em documento conclusivo e oficial, algumas orientações para o futuro. A terminar, o Documento fala e propõe a santidade como «o rosto mais bonito da Igreja».

Mas o que é a igreja? Como sabemos, Deus não é propriedade de nenhum povo, é certo. Mas quis adquirir para Si um povo constituído pela fé em Cristo e pelo batismo. Não por ser melhor que os outros, mas para um nível maior de comunhão com Ele e ser enviado em seu nome como fermento, sal e luz. Um povo que tem por cabeça o próprio Cristo. Tem como condição a dignidade e a liberdade dos filhos de Deus. A sua lei é o mandamento do amor, amar como Cristo amou, dando a vida. A sua missão é ser sal da terra e luz do mundo, constituindo para todos o mais forte gérmen de unidade, esperança e salvação. O seu destino é o Reino de Deus já presente na terra mas que há de ser consumado no fim dos tempos (cf. CIgC782). Este povo é a Igreja, o “projeto visível do amor de Deus para com a humanidade”. É simultaneamente humana e divina, visível e invisível, ativa e contemplativa. Presente na terra, ela peregrina por entre a beleza da criação, os tropeços e a poeira dos caminhos do mundo. No entanto, ela sabe que tudo o que nela é humano deve ordenar-se e subordinar-se ao divino, o visível ao invisível, a ação à contemplação, o presente à cidade futura para onde nos dirigimos, peregrinando (cf. SC2).

No entanto, estamos conscientes que o mundanismo, os tropeços e a poeira dos caminhos podem asfixiar-nos. Podem roubar-nos o ar puro do Espírito renovador. Podem levar-nos a uma mera aparência religiosa, vazia de Deus (EG97) e cheia de sérias consequências. Podem fazer com que deixemos de cumprir a nossa missão, a missão de Cristo, Ele enviou-nos em Seu nome. Mais sensíveis a este entorpecimento e mais livres para a denúncia, os jovens sacodem-nos, fazem-nos avaliar, despertar, aumentar a esperança e mudar de rotas. Eles trazem consigo as novas tendências da humanidade, abrem-nos ao futuro, não permitem que fiquemos encalhados na nostalgia de estruturas e costumes que já não são testemunho nem fonte de vida no mundo atual (cf. EG108).

É certo que o acompanhamento juvenil sempre foi, com mais ou menos êxito, com mais ou menos exigência e qualidade, uma parte fundamental da vocação e missão da Igreja ao longo dos tempos. Mas também é verdade que sempre foram os jovens, com a sua alegria e entusiasmo, “com a sua presença e palavra”, quem mais ajudou a rejuvenescer e a manter jovem o próprio rosto da Igreja. Ciente desta verdade, Francisco, citando a Mensagem aos Jovens do Concílio Vaticano II, afirmou que o Sínodo que está a decorrer em Roma é, nesta mudança de época, um convite a procurar novos caminhos e a percorrê-los com audácia e confiança, mantendo o olhar fixo em Jesus e abrindo-se ao Espírito Santo, para rejuvenescer o próprio rosto da Igreja.

Sendo pouco menos de um quarto da humanidade, há, hoje, no mundo, 1,8 mil milhões de pessoas entre as idades de 16 e 29 anos, em situações existenciais muito desiguais, com oportunidades muitíssimo diferentes, mas com potencialidades pessoais inimagináveis cuja concretização é, para muitos, uma miragem. O Papa recorda-nos que “a realidade é mais importante que a ideia” e que os jovens “têm uma pertença: pertença a uma família, a uma pátria, a uma cultura, a uma fé”. Sim, “há uma globalização poliédrica, há uma unidade, mas cada pessoa, cada raça, cada país, cada cultura conserva sempre a sua própria identidade: é a unidade na diversidade”.

No Documento de trabalho sinodal, entre muitos outros e interessantes dados, consta a informação, vinda de várias partes do mundo, que entre jovens e adultos não há um verdadeiro conflito geracional. No entanto, adianta que eles, jovens e adultos, se olham com “estranheza mútua”. Isto é: em várias partes do mundo, constata-se que “os adultos não estão interessados em transmitir os valores fundadores da existência para as gerações mais jovens, pois as sentem mais como concorrentes do que como potenciais aliados”. Ora, o envolvimento sinodal dos jovens foi percebido como um importante sinal de diálogo intergeracional. Os jovens manifestaram a sua alegria por terem sido convidados a participar neste grande e raro acontecimento eclesial: “Ficamos entusiasmados por termos sido levados a sério pela hierarquia da Igreja e sentimos que este diálogo entre a Igreja jovem e aquela madura é um processo vital e frutuoso”. Também, noutros lugares do planeta e em diversos movimentos de escala mundial, os jovens sentem a alegria de experimentar uma Igreja próxima. Mesmo jovens que não vivem o Evangelho sentem esta proximidade e ligação com a Igreja. Outros, porém, lê-se no documento, “afirmaram estar em busca do sentido da vida, seguir ideais, buscar uma espiritualidade e a própria fé pessoal, mas raramente se dirigem à Igreja”. De facto, é importante uma renovada configuração eclesial. Os jovens sentem-se “atraídos pela alegria”, desejam encontrar formadores que sejam “modelos atrativos, coerentes e autênticos”. Desejam uma igreja “menos institucional e mais relacional”, capaz de “acolher sem antes julgar”. Uma Igreja “amiga e próxima”, “mais autêntica”, “mais comprometida com a justiça”, mais “família onde todos se sentem bem-vindos, ouvidos, cuidados e integrados”. Uma Igreja “acolhedora e misericordiosa, que tenha apreço pelas suas raízes e seus valores, amando a todos, até mesmo aqueles que não seguem o que é considerado padrão”.

Estamos todos neste enorme barco a baloiçar sobre as ondas do mar da vida. Jovens e adultos, livres de preconceitos, estamos desafiados a dar as mãos e a ajustar as velas ao vento. Assim, chegaremos todos a bom porto, na certeza de que quem faz caminhar o barco, não são as velas, mas o vento que não se vê, o Espírito Santo. Não duvides, não tenhas medo, não te afogarás, Ele está no barco do mar da vida!...

“O barco encontrava-se ... açoitado pelas ondas, pois o vento era contrário. De madrugada, Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar ... Pedro, descendo do barco, caminhou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo a violência do vento, teve medo e, começando a ir ao fundo, gritou: «Salva-me, Senhor!» Imediatamente Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?» (Mt 14, 22-33).

Antonino Dias
12-10-2018











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