quarta-feira, 3 de outubro de 2018









PARÓQUIAS DE NISA


Quinta, 04 de outubro de 2018














Quinta da XXVI semana do tempo comum


Salt. II









QUARTA-FEIRA da semana XXVI

Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 Job 9, 1-12. 14-16; Sal 87 (88), 10bc-11. 12-13. 14-15
Ev Lc 9, 57-62

* No Patriarcado de Lisboa (Lisboa) – SS. Veríssimo, Máxima e Júlia – MO
* Na Companhia de Jesus – S. Francisco de Borja, presbítero – MO
* Na Ordem Franciscana e na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – I Vésp. de S. Francisco de Assis.
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus (Hospital de S. João de Deus de Montemor-o-Novo) – I Vésp. do Aniversário da Dedicação da Igreja própria.




S. FRANCISCO DE ASSIS

Nota Histórica
Nasceu em Assis, no ano 1182. Depois de uma juventude leviana, converteu se a Cristo, renunciou a todos os bens paternos e entregou se inteiramente a Deus. Abraçou a pobreza para seguir mais perfeitamente o exemplo de Cristo e pregava a todos o amor de Deus. Formou os seus companheiros com normas excelentes, inspiradas no Evangelho, que foram aprovadas pela Sé Apostólica. Fundou também uma Ordem de religiosas e uma Ordem Terceira para seculares; e promoveu a pregação da fé entre os infiéis. Morreu em 1226.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA
São Francisco, homem de Deus, deixou a sua casa
e a sua herança
e fez-se pobre e humilde: mas o Senhor tomou-o para Si.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que fizestes de São Francisco de Assis, pobre e humilde, uma imagem viva de Jesus Cristo, concedei-nos que, percorrendo os mesmos caminhos, sigamos o vosso Filho e vivamos unidos a Vós na alegria da caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Gal 6, 14-18
«Por Ele o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo»


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Gálatas
 
Irmãos: Longe de mim gloriar-me, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo. Pois nem a circuncisão nem a incircuncisão valem alguma coisa: o que tem valor é a nova criatura. Paz e misericórdia para quantos seguirem esta norma, bem como para o Israel de Deus. Doravante ninguém me importune, porque eu trago no meu corpo os estigmas de Jesus. Irmãos, a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com o vosso espírito. Amen.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 15 (16), 1-2a e 5.7-8.11 (R. cf. 5a)
Refrão: O Senhor é a minha herança.


Defendei-me, Senhor: Vós sois o meu refúgio.
Digo ao Senhor: «Vós sois o meu Deus».
Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas vossas mãos o meu destino.

Bendigo o Senhor por me ter aconselhado,
até de noite me inspira interiormente.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele a meu lado não vacilarei.

Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena na vossa presença,
delícias eternas à vossa direita.


ALELUIA cf. Mt 11, 25
Refrão: Aleluia. Repete-se


Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos humildes os mistérios do reino. Refrão


EVANGELHO Mt 11, 25-30
«Escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes
e as revelaste aos pequeninos»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, Eu Te bendigo, porque assim foi do teu agrado. Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve».

Palavra da salvação
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Leituras da féria.

LEITURA I Job 19, 21-27
«Eu sei que o meu Redentor está vivo»


Leitura do Livro de Job

Job tomou a palavra e disse: «Tende compaixão, meus amigos, tende compaixão de mim, pois a mão de Deus me atingiu! Porque me perseguis, como Deus faz, e não vos cansais de me torturar? Quem dera que as minhas palavras fossem escritas num livro, ou gravadas em bronze com estilete de ferro, ou esculpidas em pedra para sempre! Eu sei que o meu Redentor está vivo e no último dia Se levantará sobre a terra. Revestido da minha pele, estarei de pé; na minha carne verei a Deus. Eu próprio O verei, meus olhos O hão de contemplar. Dentro de mim suspira o meu coração».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 26 (27), 7-8.9abd.13-14 (R. 13)
Refrão: Espero contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos. Repete-se


Ouvi, Senhor, a voz da minha súplica,
tende compaixão de mim e atendei-me.
Diz-me o coração: «Procurai a sua face».
A vossa face, Senhor, eu procuro. Refrão

Não escondais de mim o vosso rosto,
nem afasteis com ira o vosso servo.
Não me rejeiteis nem me abandoneis,
meu Deus e meu Salvador. Refrão

Espero vir a contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte.
Tem coragem e confia no Senhor. Refrão


ALELUIA Mc 1, 15
Refrão: Aleluia. Repete-se

Está próximo o reino de Deus:
arrependei-vos e acreditai no Evangelho. Refrão


EVANGELHO Lc 10, 1-12
«A vossa paz repousará sobre eles»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, designou o Senhor setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir. E dizia-lhes: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao dono da seara que mande trabalhadores para a sua seara. Ide: Eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos. Não leveis bolsa nem alforge nem sandálias, nem vos demoreis a saudar alguém pelo caminho. Quando entrardes nalguma casa, dizei primeiro: ‘Paz a esta casa’. E se lá houver gente de paz, a vossa paz repousará sobre eles; senão, ficará convosco. Ficai nessa casa, comei e bebei do que tiverem, que o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa. Quando entrardes nalguma cidade e vos receberem, comei do que vos servirem, curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: ‘Está perto de vós o reino de Deus’. Mas quando entrardes nalguma cidade e não vos receberem, saí à praça pública e dizei: ‘Até o pó da vossa cidade que se pegou aos nossos pés sacudimos para vós. No entanto, ficai sabendo: Está perto o reino de Deus’. Eu vos digo: Haverá mais tolerância, naquele dia, para Sodoma do que para essa cidade».

Palavra da salvação.

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ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei, Senhor, os nossos dons e tornai-nos dignos de cele¬brar o mistério da cruz, ao qual São Francisco se consagrou com todo o ardor do seu coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 5, 3
Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Por esta comunhão que recebemos, concedei-nos, Senhor, que, imitando a caridade e o zelo apostólico de São Francisco, sintamos em nós a eficácia do vosso amor e trabalhemos pela salvação de todos os homens. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Fi¬lho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.






«Anuncia o Evangelho a todo o momento e, quando for necessário, utiliza mesmo a palavra»


S. Francisco de Assis





3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURA:  Job 19, 21-27: Depois de várias invetivas dos seus amigos, nem sempre muito caridosos, Job proclama de novo a sua fé em Deus e a esperança de que Ele fará justiça e o salvará. Àqueles amigos, faltava-lhes a sabedoria de Deus, que Job, apesar da sua infelicidade, tinha em abundância

 Job 19, 21-27: Depois de várias invetivas dos seus amigos, nem sempre muito caridosos, Job proclama de novo a sua fé em Deus e a esperança de que Ele fará justiça e o salvará. Àqueles amigos, faltava-lhes a sabedoria de Deus, que Job, apesar da sua infelicidade, tinha em abundância.

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LEITURA DO EVANGELHO: As indicações para a realização da missão são precisas. Jesus inclui nelas as dificuldades que os seus seguidores poderão encontrar. Apesar disso, os discípulos devem anunciar que o Reino está perto, independentemente do modo como os recebam: quer de mãos abertas ou mesmo se os recusem.

MEDITAÇÃO:  Devemo-nos perguntar pelo modo como concebemos a missão a que Deus nos chama. Sou capaz de  me  colocar pessoalmente o modo como edvo tornar presente a Boa Nova de Jesus? Com que comunidade anuncio o Evangelho?

ORAÇÃO: Agradecemos-Te, Senhor, por nos fazeres participantes na missão. Que nela sejamos pessoas de bem e de paz.





AGENDA


08.30 horas: Missa em Alpalhão
11.00 horas: Missa em Amieira
18.00 horas: Missa em Nisa´
21.00 horas: Reunião com a comunidade de Alpalhão




A VOZ DO PASTOR



EM DEFESA DA SENHORA ANASTÁCIA

Ainda em aquecimento para a entrada, em breve, na nova época do grande desafio de levar a Boa Nova a todos com novo entusiasmo, novas motivações e sincero fair play, hoje, porém, não posso deixar de dar um palpite sobre uma questão de supina elevação literária. Ora vejam só!...
Um amigo leitor do facebook, a propósito do meu escrito de há duas semanas sob o título “Podem mandar-nos para o chilindró”, insinuou-me, com amizade, que era xilindró e não chilindró. Agradeci a amabilidade e expliquei que, em português, há, na verdade, as duas versões: com ch ou com x. Agora lá saber bem porquê, isso não sei, mesmo que o dicionário abra pistas ao nos apresentar uma abada cheia de sinónimos, e qual deles o mais sonante!... Mas, jogando sério com essa bola, vou dar um palpite sem esgarafunchar muito no sótão: pensar dá muito trabalho!...
Cochicha-me a musa que a dualidade da escrita da referida palavra, chilindró ou xilindró, não deve ser por causa da maior ou menor qualidade de tal alojamento presidiário, nem pela divisão interna dos utentes: ricos e importantes aqui, pobres e desgraçados acolá. Seja qual for a categoria desses locais, para o povo que tem um forte sentido da desonra e da justiça, isso não deixa de ser uma pildra que humilha e envergonha. Envergonha e humilha tanto os engravatados que falam desde o alto dos poderes e das sacadas da república, como os de pé descalço ou da patuleia, como os que, de credo na boca, gastam a vida a dizer aos outros que se devem comportar bem. Como sabemos, as pessoas respeitam-se e amam-se. Os erros, porém, têm de se combater e rejeitar. A correção ou a reparação do mal feito, porém, implica, por vezes, e por tempo mais ou menos longo, a hospedagem, contrariada mas gratuita, nesses lugares de repouso, de sonhos desfeitos, de sol aos quadradinhos.
É verdade que, não raro, encontramos pessoas que nunca estiveram lá dentro, sempre viveram em liberdade, mas numa liberdade verdadeiramente encarcerada atrás das grades dum sofrimento amargo e terrível que as marcou, persegue, tortura e esmaga. As que, injustamente, de forma profusa e abusivamente reiterada, de forma leviana e sem dados credíveis, foram, por invejas, vingança, preconceitos mesquinhos ou para sacudir a água do capote de alguém, foram publicamente acusadas de crimes ou coisas que nunca cometeram ou fizeram. O Papa Francisco diz-nos que isso “é terrorismo”, são “bombas” que se atiram com efeitos devastadores. Mesmo quando julgadas e absolvidas como inocentes, os efeitos da calúnia não têm reversão. Por mais desmentidos que se façam dificilmente se consegue anular os danos pessoais, familiares, profissionais e sociais causados a essas vítimas. E quem propagou a calúnia, se era isso o que pretendia, também não estará disposto a retratar-se, a pedir perdão e desculpa, a reparar o mal feito. Já o Livro da Sabedoria alude com veemência a estes detratores da fama alheia, cegos que estão pela terrível doença da sua maldade: “Armemos ciladas ao justo, porque nos incomoda e se opõe às nossas obras…” (Sb 2, 12).
Mas se isso, infelizmente, acontece, também é capaz de haver gente que está lá dentro, mas já ou até devia estar cá fora. É por esses meandros que passa o meu inspirado e científico palpite. Para essa gente, qualquer desses abrigos, seja um hotel altamente estrelado ou um boteco por onde a zelosa ASAE nem passa, é sempre um aborrecimento, um enfado, uma adversidade!... Talvez um chilindró, uma chatice chata, chatíssima, com ch, pois!... Chilindró!...
Outras pessoas haverá que sob a certeza ou a possibilidade de virem a estar lá dentro, andam por aí, dando ares de xilofone marimbas. Será com x. Xilindró!... Dão música, sabem usar bem as baquetas no teclado, trabalham bem e de forma bastante elaborada a sua melodia musical. As portas dos grandes palcos são lhe facilmente escancaradas para que deem espetáculo, provem a sua arte e valia e desmontem os esquemas de que dizem estar a ser vítimas. O auditório, porém, logo se vê a escabichar os ouvidos porque a melodia é rasca, soa a teatro de robertos desafinados. Ao executar a peça, ao manejar as baquetas, ao tocar esse xilofone marimbas, deixam transparecer que se estão mesmo marimbando para tudo e todos, continuando contentes em ouvir os aplausos do ridículo. Dostoevskij afirmava que “quem mente a si mesmo e escuta as próprias mentiras, chega a pontos de já não poder distinguir a verdade dentro de si nem ao redor…” (Os Irmãos Karamazov, II, 2).
Fazem lembrar a americana Florence Foster Jenkins e a portuguesa Natália de Andrade que se tinham como grandes divas. Não se apercebiam que os aplausos que recebiam das plateias que se enchiam, para, por diversão e gozo, as ouvir, afinal não passavam de gargalhadas e troça humilhante. Em tempos, a jornalista Catarina Mendes, a propósito do filme sobre a vida de Florence Foster Jenkins, escreveu assim, no jornal Público, falando da portuguesa Natália de Andrade: “Fora do ambiente protegido da sua casa foram poucos os que disseram a Natália a verdade cruel, a de que a fama que obteve não vinha do talento musical. Pelo contrário, a convicção da sua pretensa qualidade foi sendo estimulada”. E de tal forma que, quando já decrépita, “era só o som de Puccini que conseguia que Natália abrisse a boca para comer a sopa”. Há vítimas estimuladas no seu ego por bajuladores hipócritas. Sem coragem para lhes dizer a verdade, tudo fazem a pretexto de amizade e admiração: adulando, manipulando, mentindo, exaltando. Dizem-lhes e fazem o que não sentem nem pensam para logo se rirem ao vê-las cair no ridículo e enxovalho.
Incapaz de bajular era a Senhora Anastácia em relação ao seu marido, o Senhor Manuel dos andaimes, um trepante bajulador de alto gabarito. Essa sim, uma grande mulher, verdadeira, transparente, merecedora de uma grande estátua e de uma elevada peleja parlamentar em busca de unanimidade para uma esquininha num panteão nacional:
- Manel, veio cá o Sr. Joaquim da Encosta da Serra para levar o burro...
- E tu que lhe disseste?
- Ora, que lhe havia de dizer, disse-lhe que tu não estavas, que viesse mais tarde.

Antonino Dias
Portalegre, 28-09-2018





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