PARÓQUIAS DE NISA
Segunda, 01 de outubro de 2018
Segunda, 01 de outubro de 2018
Segunda da XXVI semana
do tempo comum
Salt. II
SEGUNDA DA XXVI SEMANA DO TEMPO COMUM
Santa Teresa do Menino Jesus
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Job 1,6-22; Sl 16,1-3.6-7
Ev Lc 9,46-50
MISSA
Antífona
O Senhor protegeu-a e ensinou-a,
guardou-a como a menina dos seus olhos.
Como a águia, estendendo as asas,
o Senhor tomou-a a seu cuidado.
Só o Senhor a conduzia (cf. Deut 32, 10-12).
guardou-a como a menina dos seus olhos.
Como a águia, estendendo as asas,
o Senhor tomou-a a seu cuidado.
Só o Senhor a conduzia (cf. Deut 32, 10-12).
Oração
Colecta
Deus de infinita bondade, que abris as
portas do vosso reino aos pequeninos e humildes, fazei que sigamos
confiadamente o caminho espiritual de Santa Teresa do Menino Jesus, para que,
por sua intercessão, cheguemos à revelação da vossa glória. Por Nosso Senhor
Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Primeira Leitura Is 66, 10-14c
Primeira Leitura Is 66, 10-14c
Farei
correr para Jerusalém a paz como um rio
Leitura do Livro de Isaías
Alegrai-vos
com Jerusalém, exultai com ela, todos vós que a amais. Com ela enchei-vos de
júbilo, todos vós que participastes no seu luto. Assim podereis beber e
saciar-vos com o leite das suas consolações, podereis deliciar-vos no seio da
sua magnificência. Porque assim fala o Senhor: «Farei correr para Jerusalém a
paz como um rio e a riqueza das nações como torrente transbordante. Os seus
meninos de peito serão levados ao colo e acariciados sobre os joelhos. Como a
mãe que anima o seu filho, também Eu vos confortarei: em Jerusalém sereis
consolados». Quando o virdes, alegrar-se-á o vosso coração e, como a verdura,
retomarão vigor os vossos membros. A mão do Senhor manifestar-se-á aos seus
servos.
Palavra
do Senhor.
Salmo
Responsorial Sl
130 (131), 1.2 e 3
Refrão:
Guardai-me na vossa paz, Senhor.
Senhor, não se eleva soberbo o meu
coração,
nem se levantam altivos os meus olhos.
Não ambiciono riquezas,
nem coisas superiores a mim.
Antes fico sossegado e tranquilo,
como criança ao colo da mãe.
Espera, Israel, no Senhor,
agora e para sempre.
nem se levantam altivos os meus olhos.
Não ambiciono riquezas,
nem coisas superiores a mim.
Antes fico sossegado e tranquilo,
como criança ao colo da mãe.
Espera, Israel, no Senhor,
agora e para sempre.
Aclamação
ao Evangelho cf.
Mt 11, 25
Refrão:
Aleluia Repete-se
Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos pequeninos os mistérios do reino. Refrão
Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos pequeninos os mistérios do reino. Refrão
Evangelho
Mt 18, 1-5
Vede
bem: não desprezeis um só destes pequeninos
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo
São Mateus
Naquela
hora, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-Lhe: «Quem é o maior
no reino dos Céus?». Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles e
disse-lhes: «Em verdade vos digo: Se não vos converterdes e não vos tornardes
como as crianças, não entrareis no reino dos Céus. Quem for humilde como esta
criança, esse será o maior no reino dos Céus. E quem acolher em meu nome uma
criança como esta, acolhe-Me a Mim».
Palavra
da salvação.
Antífona e Oração depois da Comunhão
Antífona e Oração depois da Comunhão
Se não vos tornardes como as crianças,
não entrareis no reino dos Céus, diz o Senhor (Mt 18, 3).
não entrareis no reino dos Céus, diz o Senhor (Mt 18, 3).
Oração
depois da Comunhão
Fazei, Senhor, que a comunhão deste
divino sacramento acenda em nós o fogo da caridade que levou Santa Teresa a
consagrar-se inteiramente a Vós e a implorar da vossa misericórdia a salvação
de todos os homens. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
convosco na unidade do Espírito Santo.
«O ferro afia-se com
ferro e a pessoa afia-se com a presença do seu próximo»
Livro dos Provérbios 27,17
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURA:
_____________________________
LEITURA DO EVANGELHO:
MEDITAÇÃO:
ORAÇÃO
AGENDA
08.30 horas: Missa em
Alpalhão
18.00 horas: Missa em
Nisa´
21.00 horas: Oração de
louvor no Calvário.
A VOZ DO PASTOR
EM DEFESA DA SENHORA ANASTÁCIA
Ainda
em aquecimento para a entrada, em breve, na nova época do grande desafio de
levar a Boa Nova a todos com novo entusiasmo, novas motivações e sincero fair
play, hoje, porém, não posso deixar de dar um palpite sobre uma questão de
supina elevação literária. Ora vejam só!...
Um
amigo leitor do facebook, a propósito do meu escrito de há duas semanas sob o
título “Podem mandar-nos para o chilindró”, insinuou-me, com amizade, que era
xilindró e não chilindró. Agradeci a amabilidade e expliquei que, em português,
há, na verdade, as duas versões: com ch ou com x. Agora lá saber bem porquê,
isso não sei, mesmo que o dicionário abra pistas ao nos apresentar uma abada
cheia de sinónimos, e qual deles o mais sonante!... Mas, jogando sério com essa
bola, vou dar um palpite sem esgarafunchar muito no sótão: pensar dá muito
trabalho!...
Cochicha-me
a musa que a dualidade da escrita da referida palavra, chilindró ou xilindró,
não deve ser por causa da maior ou menor qualidade de tal alojamento
presidiário, nem pela divisão interna dos utentes: ricos e importantes aqui,
pobres e desgraçados acolá. Seja qual for a categoria desses locais, para o
povo que tem um forte sentido da desonra e da justiça, isso não deixa de ser
uma pildra que humilha e envergonha. Envergonha e humilha tanto os engravatados
que falam desde o alto dos poderes e das sacadas da república, como os de pé
descalço ou da patuleia, como os que, de credo na boca, gastam a vida a dizer
aos outros que se devem comportar bem. Como sabemos, as pessoas respeitam-se e
amam-se. Os erros, porém, têm de se combater e rejeitar. A correção ou a
reparação do mal feito, porém, implica, por vezes, e por tempo mais ou menos
longo, a hospedagem, contrariada mas gratuita, nesses lugares de repouso, de
sonhos desfeitos, de sol aos quadradinhos.
É
verdade que, não raro, encontramos pessoas que nunca estiveram lá dentro,
sempre viveram em liberdade, mas numa liberdade verdadeiramente encarcerada
atrás das grades dum sofrimento amargo e terrível que as marcou, persegue,
tortura e esmaga. As que, injustamente, de forma profusa e abusivamente
reiterada, de forma leviana e sem dados credíveis, foram, por invejas,
vingança, preconceitos mesquinhos ou para sacudir a água do capote de alguém,
foram publicamente acusadas de crimes ou coisas que nunca cometeram ou fizeram.
O Papa Francisco diz-nos que isso “é terrorismo”, são “bombas” que se atiram
com efeitos devastadores. Mesmo quando julgadas e absolvidas como inocentes, os
efeitos da calúnia não têm reversão. Por mais desmentidos que se façam
dificilmente se consegue anular os danos pessoais, familiares, profissionais e
sociais causados a essas vítimas. E quem propagou a calúnia, se era isso o que
pretendia, também não estará disposto a retratar-se, a pedir perdão e desculpa,
a reparar o mal feito. Já o Livro da Sabedoria alude com veemência a estes
detratores da fama alheia, cegos que estão pela terrível doença da sua maldade:
“Armemos ciladas ao justo, porque nos incomoda e se opõe às nossas obras…” (Sb
2, 12).
Mas
se isso, infelizmente, acontece, também é capaz de haver gente que está lá
dentro, mas já ou até devia estar cá fora. É por esses meandros que passa o meu
inspirado e científico palpite. Para essa gente, qualquer desses abrigos, seja
um hotel altamente estrelado ou um boteco por onde a zelosa ASAE nem passa, é
sempre um aborrecimento, um enfado, uma adversidade!... Talvez um chilindró,
uma chatice chata, chatíssima, com ch, pois!... Chilindró!...
Outras
pessoas haverá que sob a certeza ou a possibilidade de virem a estar lá dentro,
andam por aí, dando ares de xilofone marimbas. Será com x. Xilindró!... Dão
música, sabem usar bem as baquetas no teclado, trabalham bem e de forma
bastante elaborada a sua melodia musical. As portas dos grandes palcos são lhe
facilmente escancaradas para que deem espetáculo, provem a sua arte e valia e
desmontem os esquemas de que dizem estar a ser vítimas. O auditório, porém,
logo se vê a escabichar os ouvidos porque a melodia é rasca, soa a teatro de
robertos desafinados. Ao executar a peça, ao manejar as baquetas, ao tocar esse
xilofone marimbas, deixam transparecer que se estão mesmo marimbando para tudo
e todos, continuando contentes em ouvir os aplausos do ridículo. Dostoevskij
afirmava que “quem mente a si mesmo e escuta as próprias mentiras, chega a
pontos de já não poder distinguir a verdade dentro de si nem ao redor…” (Os
Irmãos Karamazov, II, 2).
Fazem
lembrar a americana Florence Foster Jenkins e a portuguesa Natália de Andrade
que se tinham como grandes divas. Não se apercebiam que os aplausos que
recebiam das plateias que se enchiam, para, por diversão e gozo, as ouvir,
afinal não passavam de gargalhadas e troça humilhante. Em tempos, a jornalista
Catarina Mendes, a propósito do filme sobre a vida de Florence Foster Jenkins,
escreveu assim, no jornal Público, falando da portuguesa Natália de Andrade:
“Fora do ambiente protegido da sua casa foram poucos os que disseram a Natália
a verdade cruel, a de que a fama que obteve não vinha do talento musical. Pelo
contrário, a convicção da sua pretensa qualidade foi sendo estimulada”. E de
tal forma que, quando já decrépita, “era só o som de Puccini que conseguia que
Natália abrisse a boca para comer a sopa”. Há vítimas estimuladas no seu ego
por bajuladores hipócritas. Sem coragem para lhes dizer a verdade, tudo fazem a
pretexto de amizade e admiração: adulando, manipulando, mentindo, exaltando.
Dizem-lhes e fazem o que não sentem nem pensam para logo se rirem ao vê-las
cair no ridículo e enxovalho.
Incapaz
de bajular era a Senhora Anastácia em relação ao seu marido, o Senhor Manuel
dos andaimes, um trepante bajulador de alto gabarito. Essa sim, uma grande
mulher, verdadeira, transparente, merecedora de uma grande estátua e de uma
elevada peleja parlamentar em busca de unanimidade para uma esquininha num
panteão nacional:
-
Manel, veio cá o Sr. Joaquim da Encosta da Serra para levar o burro...
-
E tu que lhe disseste?
-
Ora, que lhe havia de dizer, disse-lhe que tu não estavas, que viesse mais
tarde.
Antonino
Dias
Portalegre,
28-09-2018