PARÓQUIAS
DE NISA
Segunda,
01 de julho de 2019
Segunda da XIII semana do tempo comum
Ofício da féria
SEGUNDA-FEIRA da semana XIII
Verde
– Ofício da féria.
Missa à escolha
L 1 Gen 18, 16-33; Sal 102 (103), 1-2. 3-4. 8-9. 10-11
Ev Mt 8, 18-22
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – Aniversário da restauração da Ordem em Portugal, com o Hospício de Santa Marta, em Lisboa, para clérigos pobres (1890).
* Na Congregação das Irmãs Missionárias do Precioso Sangue e na Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue – Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, Titular das Congregações – SOLENIDADE
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo – FESTA
Missa à escolha
L 1 Gen 18, 16-33; Sal 102 (103), 1-2. 3-4. 8-9. 10-11
Ev Mt 8, 18-22
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – Aniversário da restauração da Ordem em Portugal, com o Hospício de Santa Marta, em Lisboa, para clérigos pobres (1890).
* Na Congregação das Irmãs Missionárias do Precioso Sangue e na Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue – Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, Titular das Congregações – SOLENIDADE
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo – FESTA
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Salmo 46,
2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
aclamai a Deus com brados de alegria.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que pela vossa graça nos tornastes filhos da luz,
não permitais que sejamos envolvidos pelas trevas do erro,
mas permaneçamos sempre no esplendor da verdade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Gen 18, 16-33
«Irás destruir o justo com o pecador?»
Leitura do Livro do Génesis
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
aclamai a Deus com brados de alegria.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que pela vossa graça nos tornastes filhos da luz,
não permitais que sejamos envolvidos pelas trevas do erro,
mas permaneçamos sempre no esplendor da verdade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Gen 18, 16-33
«Irás destruir o justo com o pecador?»
Leitura do Livro do Génesis
Naqueles dias, os homens que tinham estado com Abraão, junto do Carvalho de Mambré, levantaram-se e dirigiram o seu olhar para Sodoma. Abraão ia com eles, para se despedir. Disse o Senhor: «Deverei ocultar a Abraão o que tenciono fazer? Ele será, na verdade, a origem de uma nação grande e poderosa e nele serão abençoadas todas as nações da terra. Porque Eu o escolhi para ordenar a seus filhos e aos seus descendentes que sigam o caminho do Senhor, praticando a justiça e o direito. Assim realizará o Senhor tudo o que prometeu a Abraão». Disse então o Senhor: «O clamor contra Sodoma e Gomorra é tão forte, o seu pecado é tão grave que Eu vou descer para verificar se o clamor que chegou até Mim corresponde inteiramente às suas obras. Se sim ou não, hei-de sabê-lo». Os homens que tinham vindo à residência de Abraão dirigiram-se então para Sodoma, enquanto o Senhor continuava junto de Abraão. Este aproximou-se e disse: «Ireis destruir o justo com o pecador? Talvez haja cinquenta justos na cidade. Matá-los-eis a todos? Não perdoareis a essa cidade, por causa dos cinquenta justos que nela residem? Longe de Vós fazer tal coisa: dar a morte ao justo e ao pecador, de modo que o justo e o pecador tenham a mesma sorte! Longe de Vós! O juiz de toda a terra não fará justiça?» O Senhor respondeu-lhe: «Se encontrar em Sodoma cinquenta justos, perdoarei a toda a cidade por causa deles». Abraão insistiu: «Atrevo-me a falar ao meu Senhor, eu que não passo de pó e cinza: talvez para cinquenta justos faltem cinco. Por causa de cinco, destruireis toda a cidade?» O Senhor respondeu: «Não a destruirei se lá encontrar quarenta e cinco justos». Abraão insistiu mais uma vez: «Talvez se encontrem nela só quarenta». O Senhor respondeu: «Não a destruirei em atenção a esses quarenta». Abraão disse ainda: «Se o meu Senhor não levar a mal, falarei mais uma vez: talvez haja lá somente trinta justos». O Senhor respondeu: «Não farei a destruição, se lá encontrar esses trinta». Abraão insistiu novamente: «Atrevo-me ainda a falar ao meu Senhor: talvez haja lá somente vinte justos». O Senhor respondeu: «Não destruirei a cidade em atenção a esses vinte». Abraão prosseguiu: «Se o meu Senhor não levar a mal, falarei ainda esta vez: talvez haja lá somente dez». O Senhor respondeu: «Em atenção a esses dez, não destruirei a cidade». Quando acabou de falar a Abraão, o Senhor retirou-Se; e Abraão voltou para a sua tenda.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 102 (103), 1-2.3-4.8-9.10-11 (R. 8a)
Refrão: O Senhor é clemente e cheio de compaixão. Repete-se
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças nenhum dos seus benefícios. Refrão
Ele perdoa todos os teus pecados
e cura as tuas enfermidades.
Salva da morte a tua vida
e coroa-te de graça e misericórdia. Refrão
O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
Não está sempre a repreender
nem guarda ressentimento. Refrão
Não nos tratou segundo os nossos pecados
nem nos castigou segundo as nossas culpas.
Como a distância da terra aos céus,
assim é grande a sua misericórdia
para os que O temem. Refrão
ALELUIA cf. Salmo 94 (95), 8ab
Refrão: Aleluia Repete-se
Se hoje ouvirdes a voz do Senhor,
não fecheis os vossos corações. Refrão
EVANGELHO Mt 8, 18-22
«Segue-Me»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, vendo Jesus à sua volta uma grande multidão, mandou passar para a outra margem do lago. Aproximou-se então um escriba, que Lhe disse: «Mestre, seguir-Te-ei para onde fores». Jesus respondeu-Lhe: «As raposas têm as suas tocas e as aves os seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça». Disse-Lhe outro discípulo: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai». Mas Jesus respondeu-Lhe: «Segue-Me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que assegurais a eficácia dos vossos sacramentos,
fazei que este serviço divino
seja digno dos mistérios que celebramos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 102, 1
A minha alma louva o Senhor,
todo o meu ser bendiz o seu nome santo.
Ou cf. Jo 17, 20-21
Pai santo, Eu rogo por aqueles que hão de acreditar em Mim,
para que sejam em Nós confirmados na unidade
e o mundo acredite que Tu Me enviaste.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei-nos, Senhor,
que o Corpo e o Sangue do vosso Filho,
oferecidos em sacrifício e recebidos em comunhão,
nos dêem a verdadeira vida,
para que, unidos convosco em amor eterno,
dêmos frutos que permaneçam para sempre.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Não consideres amigo
aquele que só te dá louvores e nunca tem coragem para te apontar algum defeito».
São
João Bosco
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS:
LEITURA I Gen
18, 16-33: A célebre visita de Deus a Abraão é acompanhada das maiores
promessas e revelações da parte de Deus e das mais belas atitudes de coração da
parte de Abraão. Deus revela-Se “amigo dos homens”, como, de maneira especial,
gostam de Lhe chamar os cristãos da Igreja oriental, fiel à sua aliança,
clemente e pronto a atender a súplica de quem O invoca, e a perdoar os pecados
dos homens. Abraão continua a ser o homem cheio de fé, hospitaleiro, amigo dos
pecadores, para quem implora o perdão de Deus.
EVANGELHO Mt
8, 18-22: Os
caminhos de Deus não se podem descobrir pela nossa imaginação ou pelos nossos
caprichos, mais ou menos bem intencionados. Eles revelam-se nos caminhos da
própria vida, trilhados com retidão. É por aí que o Senhor nos conduz e nos
estimula a avançarmos. E, no fim de tudo, um só é o ideal do discípulo de
Cristo: segui-l’O pois que Ele disse de Si mesmo: «Eu sou o Caminho».
ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente.
Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes
de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
21.00 horas: Oração ed
louvor no Calvário
21.00 horas: Reunião
do Conselho económico de Nisa.
A VOZ DO PASTOR
A SERVIR SEM LUVAS NEM ALARDE
Cada um pelo seu caminho e nas suas
circunstâncias existenciais está convidado à santidade. Os santos não são apenas
os que estão nos altares. Há os santos de ao pé da porta, a classe
média da santidade, como refere Francisco. Com certeza que muitos desses santos
são nossos familiares, amigos e outros com quem menos nos relacionámos, mas com
os quais nos cruzámos, sentámos à mesa, trabalhámos e convivemos, outrora com
os que já partiram e hoje com os que vivem ao jeito de Jesus. A santidade não
está “reservada apenas àqueles que têm possibilidade de
se afastar das ocupações comuns, para dedicar muito tempo à oração. Não é
assim. Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o
próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra. És uma
consagrada ou um consagrado? Sê santo, vivendo com alegria a tua doação. Estás
casado? Sê santo, amando e cuidando do teu marido ou da tua esposa, como Cristo
fez com a Igreja. És um trabalhador? Sê santo, cumprindo com honestidade e
competência o teu trabalho ao serviço dos irmãos. És progenitor, avó ou avô? Sê
santo, ensinando com paciência as crianças a seguirem Jesus. Estás investido em
autoridade? Sê santo, lutando pelo bem comum e renunciando aos teus interesses
pessoais (Gaudete et exultate,14).
E se é saudável que os filhos percebam que a
mãe reza pela santificação do pai, que o pai reza pela santificação da mãe, que
ambos rezam pela sua própria santificação e pela santificação dos filhos, e
ensinam os filhos a rezar pelos pais, nestes dias, porém, em que celebramos a
Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, todos somos convidados, a nível mundial,
e já por iniciativa de São João Paulo II, a rezar pela santificação dos
sacerdotes. É uma oportunidade para que os próprios sacerdotes façam memória do
dom recebido e o procurem redescobrir de maneira sempre nova. É também
oportunidade para que todo o Povo de Deus se associe em ação de graças pelo
grande dom do Ministério Sacerdotal à Igreja e pedindo especialmente a
santificação dos seus sacerdotes. É sabido que a Igreja “não precisa de muitos
burocratas e funcionários, mas de missionários apaixonados, devorados pelo
entusiasmo de comunicar a verdadeira vida. Os santos surpreendem, desinstalam,
porque a sua vida nos chama a sair da mediocridade tranquila e anestesiadora”
(id.138).
E nestes tempos sofridos pelos escândalos que
correm por esse mundo fora, também nos associamos ao agradecimento que o Papa
Francisco faz a todos aqueles sacerdotes “que servem o Senhor com total
fidelidade e se sentem desonrados e desacreditados pelos vergonhosos
comportamentos dalguns dos seus confrades. Todos – Igreja, consagrados, Povo de
Deus e até o próprio Deus – carregamos as consequências das suas infidelidades.
Agradeço, em nome da Igreja inteira, à grande maioria dos sacerdotes que não só
permanecem fiéis ao seu celibato, mas se gastam no ministério que hoje se tornou
ainda mais difícil pelos escândalos de poucos (mas sempre demasiados) dos seus
irmãos. E obrigado também aos fiéis que conhecem bem os seus pastores e
continuam a rezar por eles e a apoiá-los” (Francisco, 24/02/2019).
Na sua homilia no Jubileu dos Sacerdotes no
Ano Extraordinário da Misericórdia, em 3 de junho de 2016, o Papa convidava os
sacerdotes do mundo inteiro a fixar “o olhar em dois corações: o Coração
do Bom Pastor e o nosso coração de pastores”. É com os olhos fixos no
Coração do Bom Pastor que renovaremos a memória de quando o Senhor nos tocou e
nos chamou para O seguir. “Nele vemos a sua doação incessante, sem limites;
nele encontramos a fonte do amor fiel e manso, que nos deixa livres e torna
livres; nele descobrimos sempre de novo que Jesus nos ama «até ao fim»
(Jo 13,1)”. Para ajudar o coração dos Sacerdotes a inflamar-se na caridade
de Jesus Bom Pastor, Francisco aponta três exercícios muito importantes a ter
em conta nesse treino que passo a sintetizar:
1 - “O pastor segundo Jesus tem o coração
livre para deixar as suas coisas, não vive fazendo a contabilidade do que tem e
das horas de serviço: não é um contabilista do espírito, mas um bom Samaritano
à procura dos necessitados. É um pastor, não um inspetor do rebanho; e
dedica-se à missão, não a cinquenta ou sessenta por cento, mas com todo o seu
ser. Indo à procura encontra, e encontra porque arrisca. Se o pastor não
arrisca, não encontra. Não se detém com as deceções nem se arrende às fadigas;
na realidade, é obstinado no bem, ungido pela obstinação divina de que
ninguém se extravie. Por isso não só mantém as portas abertas, mas sai à
procura de quem já não quer entrar pela porta. Como todo o bom cristão, e como
exemplo para cada cristão, está sempre em saída de si mesmo. O epicentro
do seu coração está fora dele: é um descentrado de si mesmo, porque centrado
apenas em Jesus. Não é atraído pelo seu eu, mas pelo Tu de Deus e pelo “nós”
dos homens”.
2 – O pastor segundo o coração de Jesus “é
ungido para o povo, não para escolher os seus próprios projetos, mas para estar
perto do povo concreto que Deus, através da Igreja, lhe confiou. Ninguém fica
excluído do seu coração, da sua oração e do seu sorriso. Com olhar amoroso e
coração de pai acolhe, inclui e, quando tem que corrigir, é sempre para
aproximar; não despreza ninguém, estando pronto a sujar as mãos por todos. O
Bom Pastor não usa luvas... Ministro da comunhão que celebra e vive, não espera
cumprimentos e elogios dos outros, mas é o primeiro a dar uma mão, rejeitando
as murmurações, os juízos e os venenos. Com paciência, escuta os problemas e
acompanha os passos das pessoas, concedendo o perdão divino com generosa
compaixão. Não ralha a quem deixa ou perde a estrada, mas está sempre pronto a
reintegrar e a compor as contendas. É um homem que sabe incluir”.
3 – “A alegria de Jesus Bom Pastor não é uma
alegria por Si, mas uma alegria pelos outros e com os outros, a
alegria verdadeira do amor. Esta é também a alegria do sacerdote. É
transformado pela misericórdia que dá gratuitamente. Na oração, descobre a
consolação de Deus e experimenta que nada é mais forte do que o seu amor. Por
isso permanece sereno interiormente, sentindo-se feliz por ser um canal de
misericórdia, por aproximar o homem do Coração de Deus. Nele a tristeza não é
normal, mas apenas passageira; a dureza é-lhe estranha, porque é pastor segundo
o Coração manso de Deus”.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 28-06-2019.