quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

 

PARÓQUIAS DE NISA

 

Sexta-feira, 01 de janeiro de 2021 

 

Oitava de Natal

 

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LITURGIA

 

Sexta-feira: Oitava do Natal do Senhor

SANTA MARIA, MÃE DE DEUS – SOLENIDADE
Branco – Ofício da solenidade. Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. de Nossa Senhora.

L 1 Num 6, 22-27; Sal 66 (67), 2-3. 5-6 e 8
L 2 Gal 4, 4-7
Ev Lc 2, 16-21

* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* LIV Dia Mundial da Paz.
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – Aniversário da aprovação do Instituto da Hospitalidade, mais tarde designado Ordem Hospitaleira (1572).
* Na Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição – Santa Maria, Mãe de Deus, Padroeira do Vicariato Português – SOLENIDADE
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Ofertório para a Obra da Santa Infância.
* II Vésperas da solenidade – Compl. dep. II Vésp. dom.

 

Missa

 

ANTÍFONA DE ENTRADA Sedúlio
Salvé, Santa Mãe, que destes à luz o Rei do céu e da terra.

Ou cf. Is 9, 2.6; Lc 1,33
Hoje sobre nós resplandece uma luz: nasceu o Senhor.
O seu nome será admirável, Deus forte, Pai da eternidade,
Príncipe da paz. E o seu reino não terá fim.
Diz-se o Glória.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus,
que, pela virgindade fecunda de Maria Santíssima,
destes aos homens a salvação eterna,
fazei-nos sentir a intercessão daquela
que nos trouxe o Autor da vida, Jesus Cristo, vosso filho.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Num 6, 22-27
«Invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e Eu os abençoarei»

Leitura do Livro dos Números


O Senhor disse a Moisés: «Fala a Aarão e aos seus filhos e diz-lhes: Assim abençoareis os filhos de Israel, dizendo: ‘O Senhor te abençoe e te proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz’. Assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e Eu os abençoarei».


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 66 (67), 2-3.5.6 e 8 (R. 2a)
Refrão: Deus Se compadeça de nós
e nos dê a sua bênção.
Repete-se

Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção,
resplandeça sobre nós a luz do seu rosto.
Na terra se conhecerão os seus caminhos
e entre os povos a sua salvação. Refrão

Alegrem-se e exultem as nações,
porque julgais os povos com justiça
e governais as nações sobre a terra. Refrão

Os povos Vos louvem, ó Deus,
todos os povos Vos louvem.
Deus nos dê a sua bênção
e chegue o seu temor aos confins da terra. Refrão


LEITURA II Gal 4, 4-7
«Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher»


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Gálatas


Irmãos: Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher e sujeito à Lei, para resgatar os que estavam sujeitos à Lei e nos tornar seus filhos adotivos. E porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: «Abá! Pai!». Assim, já não és escravo, mas filho. E, se és filho, também és herdeiro, por graça de Deus.


Palavra do Senhor.


ALELUIA Hebr 1, 1-2
Refrão: Aleluia. Repete-se
Muitas vezes e de muitos modos
falou Deus antigamente aos nossos pais pelos Profetas.
Nestes dias, que são os últimos,
Deus falou-nos por seu Filho. Refrão

EVANGELHO Lc 2, 16-21
«Encontraram Maria, José e o Menino.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Naquele tempo, os pastores dirigiram-se apressadamente para Belém e encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura. Quando O viram, começaram a contar o que lhes tinham anunciado sobre aquele Menino. E todos os que ouviam admiravam-se do que os pastores diziam. Maria conservava todos estes acontecimentos, meditando-os em seu coração. Os pastores regressaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes tinha sido anunciado. Quando se completaram os oito dias para o Menino ser circuncidado, deram-Lhe o nome de Jesus, indicado pelo Anjo, antes de ter sido concebido no seio materno.


Palavra da salvação.


Diz-se o Credo.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que dais origem a todos os bens
e os levais à sua plenitude,
nós vos pedimos,
nesta solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus:
Assim como celebramos festivamente as primícias da vossa graça,
tenhamos também a alegria de receber os seus frutos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio de Nossa Senhora I [na maternidade]
No Cânone Romano diz-se o communicantes (Em comunhão com toda a Igreja) próprio. Nas Orações Eucarísticas II e III faz-se também a comemoração própria do Natal.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Hebr 13, 8
Jesus Cristo, ontem e hoje e por toda a eternidade.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus,
recebemos com alegria os vossos sacramentos
nesta solenidade em que proclamamos
a Virgem Santa Maria, Mãe do vosso Filho e Mãe da Igreja:
fazei que esta comunhão nos ajude a crescer para a vida eterna.
Por Nosso Senhor.

 

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MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

 

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 

 2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28

 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

 

LEITURAS – Num 6, 22-27: Recitada sobre o povo, que se havia reunido para o sacrifício da manhã, esta bênção sacerdotal é um augúrio de paz para os filhos de Israel. Esta «paz», que em si concentra todos os bens, é um dom de Deus. Invadiu o mundo com o Nascimento de Jesus, pois o Salvador, realizando em Si as promessas divinas de salvação, reconciliou-nos com o Pai e estabeleceu relações fraternais entre os homens. Mas esta Paz, que se fundamenta na Paternidade divina, é também uma conquista do homem. Na verdade, a paz, antes de ser uma realidade externa, é uma disposição interior. «Se antes não se travassem guerras em milhões de corações, também se não travariam no campo de batalha». Cada um de nós deve ser, pois, construtor da paz verdadeira.

 

Gal 4, 4-7: O Mistério da Incarnação realiza-se na plenitude dos tempos, no termo duma longa expectativa da humanidade, numa maravilhosa manifestação da benevolência divina. Em Cristo, com efeito, Deus cumula os homens de todas as bênçãos, concedendo-lhes a filiação divina e libertando-os da escravidão da lei mosaica. Para produzir, porém, este duplo efeito, a Encarnação realiza-se pela via normal dos homens e da lei. Cristo aceita um nascimento humano e a submissão à lei. A lei situa-O na História da Salvação, na História do Seu Povo; Maria situa-O entre os homens, Seus irmãos, que vem libertar e salvar, tornando-os, à Sua semelhança, filhos do Pai. Maria assume assim um papel insubstituível nesta revelação da Paternidade divina. É a Mãe de Deus, que concebe Seu Filho por obra e graça do Espírito Santo. É a Mãe da Igreja, Corpo de Cristo na terra.

 

Lc 2, 16-21: De todos aqueles que virão a ser adotados em Cristo como filhos de Deus, os pastores são os primeiros a receberem a Boa Notícia da Salvação. É, porém, junto de Maria, Sua Mãe, a primeira crente, a totalmente disponível a Deus, que encontram o Salvador e, n’Ele, se encontram com Deus. A intervenção discreta de Maria ajudou-os, na verdade, a descobrir o verdadeiro rosto de Seu Filho. «A Virgem Santíssima, predestinada para Mãe de Deus desde toda a eternidade, simultaneamente com a Encarnação do Verbo, por disposição da divina providência foi na terra a nobre Mãe do divino Redentor, a Sua mais generosa cooperadora e a escrava humilde do Senhor – Cooperou de modo singular, com a sua fé, esperança e ardente caridade, na obra do Salvador, para restaurar nas almas a vida sobrenatural. É por esta razão nossa Mãe na ordem da graça» (LG., 61).

 

 

AGENDA DO DIA

 

09.00 horas: Missa em Montalvão

09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo

09.30 horas: Missa em Santana

10.30 horas: Missa em Arez

10.45 horas: Missa em Tolosa

11.30 horas: Missa em Nisa

12.00 horas: Missa em Alpalhão

12.00 horas: Missa em Gáfete

15.00 horas: Funeral em Nisa.

 

 

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A VOZ DO PASTOR:

 

 

A CULTURA DO CUIDADO E O DOM DA PAZ

 

Ano novo vida nova, para todos e em toda a parte, sem exceção, com muita saúde, alegria e paz! O ano 2020 causou muitos estragos e dissabores. Embora a ciência esteja a indicar a porta de saída a essa coisa a que se deu o nome de Covid-19, é de prever que, enquanto não a obrigarem a fazer as malas e a partir definitivamente, ainda vá continuar a esgotar quem a combate, a fazer perder mais vidas, a forçar a porta para entrar e fazer sofrer, a prejudicar a economia, a cultura, o emprego, a alegria, a liberdade, o convívio, a vida. Todos alimentamos a esperança de que a vacina a consiga vencer e varrer, e que, quem de direito, garanta o acesso de todos à vacina, promovendo a cultura do cuidado por esse mundo além, sem exceção de pessoa e lugar.

Para este primeiro dia do ano, Dia Litúrgico de Santa Maria Mãe de Deus e Dia Mundial da Paz, o Papa Francisco escolheu como tema «a cultura do cuidado como percurso de paz». Entende que a cultura do cuidado, “enquanto compromisso comum, solidário e participativo para proteger e promover a dignidade e o bem de todos, enquanto disposição a interessar-se, a prestar atenção, disposição à compaixão, à reconciliação e à cura, ao respeito mútuo e ao acolhimento recíproco, constitui uma via privilegiada para a construção da paz”. É mais um contributo do Papa “para erradicar a cultura da indiferença, do descarte e do conflito, que hoje muitas vezes parece prevalecer”. Se em todas as tradições religiosas há referências à origem do homem, “à sua relação com o Criador, com a natureza e com os seus semelhantes”, também na Bíblia, desde o início, “já estava contida a convicção atual de que tudo está inter-relacionado e o cuidado autêntico da nossa própria vida e das nossas relações com a natureza é inseparável da fraternidade, da justiça e da fidelidade aos outros», acentua o Papa, para quem “a paz e a violência não podem habitar na mesma morada” e “o auge da compreensão bíblica da justiça se manifesta na forma como uma comunidade trata os mais frágeis no seu seio”.

A própria vida e o ministério de Jesus foram pautados pelo gosto de cuidar e ensinar a cuidar dos outros, sobretudo dos mais frágeis, até culminar na doação de si próprio, por todos, na Cruz. Cumpriu plenamente a missão que o amor do Pai pela humanidade lhe confiou e abriu-nos “o caminho do amor e disse a cada um: ‘Segue-Me! Faz tu também o mesmo’ (cf. Lc 10, 37).

As obras de misericórdia espirituais e corporais e o serviço social da Igreja, que existe desde as origens e tem sido enriquecido ao longo dos tempos, proporcionam “a todas as pessoas de boa vontade um precioso património de princípios, critérios e indicações, donde se pode haurir a ‘gramática’ do cuidado: a promoção da dignidade de toda a pessoa humana, a solidariedade com os pobres e indefesos, a solicitude pelo bem comum e a salvaguarda da criação”.

Além disso, “o conceito de pessoa, que surgiu e amadureceu no cristianismo, ajuda a promover um desenvolvimento plenamente humano. Porque a pessoa exige sempre a relação e não o individualismo, afirma a inclusão e não a exclusão, a dignidade singular, inviolável e não a exploração”. Da dignidade da pessoa “derivam os direitos humanos, bem como os deveres, que recordam, por exemplo, a responsabilidade de acolher e socorrer os pobres, os doentes, os marginalizados, o nosso ‘próximo, vizinho ou distante no espaço e no tempo’.

Francisco fala, pois, de Deus como modelo do cuidado, do cuidado no ministério de Jesus, da cultura do cuidado na vida dos seguidores de Jesus, dos princípios da doutrina social da Igreja como base da cultura do cuidado, do cuidado como promoção da dignidade e dos direitos da pessoa, do cuidado pelo bem comum, do cuidado através da solidariedade, do cuidado e da salvaguarda da criação. E desafia “os responsáveis das Organizações internacionais e dos Governos, dos mundos económico e científico, da comunicação social e das instituições educativas a pegarem nesta ‘bússola’ dos princípios acima lembrados para dar um rumo comum ao processo de globalização, ‘um rumo verdadeiramente humano’. Este rumo “permitiria estimar o valor e a dignidade de cada pessoa, agir conjunta e solidariamente em prol do bem comum, aliviando quantos padecem por causa da pobreza, da doença, da escravidão, da discriminação e dos conflitos”.

Através desta bússola, Francisco encoraja “todos a tornarem-se profetas e testemunhas da cultura do cuidado, a fim de preencher tantas desigualdades sociais”, coisa que só será possível “com um forte e generalizado protagonismo das mulheres na família e em todas as esferas sociais, políticas e institucionais”.

Mas esta bússola dos princípios sociais, necessária para promover a cultura do cuidado, “vale também para as relações entre as nações, que deveriam ser inspiradas pela fraternidade, o respeito mútuo, a solidariedade e a observância do direito internacional”, reafirmando “a proteção e a promoção dos direitos humanos fundamentais, que são inalienáveis, universais e indivisíveis”.

A promoção da cultura do cuidado requer um processo educativo que nasce na família e se prolonga na escola, na universidade, nos meios da comunicação social, no papel das religiões na medida em que transmitem aos fiéis e à sociedade os “valores da solidariedade, do respeito pelas diferenças, do acolhimento e do cuidado dos irmãos mais frágeis”.

Para todos os leitores, ao iniciarmos o Novo Ano, torno presente a bênção da primeira leitura da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus: “O Senhor te abençoe e proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz”.

Que a Sagrada Família de Nazaré proteja todas as famílias e a todas ajude a compreender o verdadeiro valor e beleza da família, o seu caráter sagrado e inviolável, o seu valor como berço da vida e primeira instância educativa na cultura do cuidado, bem como o seu importante papel no âmbito da solidariedade social.

Por iniciativa do Papa Francisco, desde o dia 8 de dezembro passado, Dia da Imaculada Conceição, até 8 de dezembro de 2021, estamos a viver um especial Ano dedicado a São José, comemorando os 150 anos desde que foi proclamado Patrono da Igreja Católica. De 19 de março de 2021, Dia de São José, até 26 de junho de 2022, acumularemos a vivência de um Ano “Família Amoris Laetitia”, para avaliar e continuar a promover a receção da Carta Apostólica Amoris Laetitia, publicada por Francisco há cinco anos.

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 31-12-2020.

 

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

 

PARÓQUIAS DE NISA

 

Quinta-feira, 31 de dezembro de 2020 

 

Sétimo dia da oitava de Natal

 

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LITURGIA

 

QUINTA-FEIRA, 7º dia da Oitava do Natal

Branco – Ofício como nos dias 25 e 31. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. do Natal.

L 1 1 Jo 2, 18-21; Sal 95 (96), 1-2. 11-12. 13
Ev Jo 1, 1-18

* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial e no primeiro aniversário.
* Pode celebrar-se a memória de S. Silvestre I, papa, como se indica na p. 33, n. 8.
* I Vésp. de Santa Maria, Mãe de Deus – Compl. dep. I Vésp. dom.

 

Missa

 

ANTÍFONA DE ENTRADA Is 9, 6
Um Menino nasceu para nós, um Filho nos foi dado.
Tem o poder sobre os seus ombros
e será chamado Conselheiro admirável.

Diz-se o Glória.


ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente, que estabelecestes o início e a plenitude da verdadeira religião no nascimento do vosso Filho, concedei-nos a graça de sermos contados entre os membros d’Aquele que resume em Si a salvação do mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 1 Jo 2, 18-21
«Tendes a unção que vem do Santo e todos possuís a ciência»


Leitura da Primeira Epístola de S. João


Meus filhos, esta é a última hora. Ouvistes dizer que há de vir o Anticristo. Pois bem, surgiram já muitos anticristos e por isso sabemos que é a última hora. Eles saíram do meio de nós, mas não eram dos nossos. Se fossem dos nossos, teriam ficado connosco. Assim sucedeu para ficar bem claro que nem todos eram dos nossos. Vós, porém, tendes a unção que vem do Santo e todos possuís a ciência. Não vos escrevo por ignorardes a verdade, mas porque a conheceis e porque nenhuma mentira provém da verdade.


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 95 (96), 1-2.11-12.13 (R. 11a)
Refrão: Alegrem-se os céus, exulte a terra. Repete-se

Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira.
Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome,
anunciai dia a dia a sua salvação. Refrão

Alegrem-se os céus, exulte a terra,
ressoe o mar e tudo o que ele contém.
Exultem os campos e quanto neles existe
alegrem-se as árvores dos bosques. Refrão

Diante do Senhor que vem,
que vem para julgar a terra.
Julgará o mundo com justiça
e os povos com fidelidade. Refrão


ALELUIA Jo 1, 14a.12a
Refrão: Aleluia Repete-se
O Verbo fez-Se carne e habitou entre nós.
Àqueles que O receberam deu-lhes o poder
de se tornarem filhos de Deus. Refrão


EVANGELHO Jo 1, 1-18
«O Verbo fez-Se carne»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João


No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No princípio, Ele estava com Deus. Tudo se fez por meio d’Ele e sem Ele nada foi feito. N’Ele estava a vida e a vida era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas e as trevas não a receberam. Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João. Veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos acreditassem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. O Verbo era a luz verdadeira, que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem. Estava no mundo e o mundo, que foi feito por Ele, não O conheceu. Veio para o que era seu e os seus não O receberam. Mas àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito, cheio de graça e de verdade. João dá testemunho d’Ele, exclamando: «Era deste que eu dizia: ‘O que vem depois de mim passou à minha frente, porque existia antes de mim’». Na verdade, foi da sua plenitude que todos nós recebemos graça sobre graça. Porque, se a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. A Deus, nunca ninguém O viu. O Filho Unigénito, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer.


Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus, fonte da verdadeira devoção e da paz, fazei que esta oblação Vos glorifique dignamente e que a nossa participação nos sagrados mistérios reforce os laços da nossa unidade. Por Nosso Senhor.

Prefácio do Natal



ANTÍFONA DA COMUNHÃO 1 Jo 4, 9
Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito,
para que n’Ele tenhamos a vida.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Sustentai, Senhor, o vosso povo no presente e no futuro, com os auxílios da vossa infinita bondade, para que, com as alegrias que dispondes no seu caminho, se dirija mais confiadamente para os bens eternos. Por Nosso Senhor. 

 

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MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:


1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 

 2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28

 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

 

LEITURAS – 1 Jo 2, 18-21: O Santo é Jesus: a unção é a Palavra de Deus que vem d’Ele, a Palavra que Se fez carne para poder ser escutada pelos homens. Essa Palavra dá-nos o conhecimento íntimo de Deus e o sentido profundo da vida e das coisas. Foi para que A escutássemos que Ela Se fez carne.

 

Jo 1, 1-18: Começamos hoje a ler o Evangelho de S. João de forma contínua, e, para tal, repetimos hoje a leitura da missa do Dia de Natal. É o hino com que abre o Evangelho sacramental de S. João. Tudo nele é revelação e aprofundamento do mistério do Verbo feito carne.

 

AGENDA DO DIA

 

18.00 horas: Missa em Nisa

 

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A VOZ DO PASTOR:

 

 

Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos

 

NOTA SOBRE O DOMINGO DA PALAVRA DE DEUS

 

O Domingo da Palavra de Deus, que o Papa Francisco quis que fosse celebrado todos os anos no Domingo III do Tempo Comum,[1] recorda a todos, Pastores e fiéis, a importância e o valor da Sagrada Escritura para a vida cristã, bem como a relação entre Palavra de Deus e liturgia: «Como cristãos, somos um só povo que caminha na história, fortalecido pela presença no meio de nós do Senhor que nos fala e alimenta. O dia dedicado à Bíblia pretende ser, não “uma vez no ano”, mas uma vez por todo o ano, porque temos urgente necessidade de nos tornar familiares e íntimos da Sagrada Escritura e do Ressuscitado, que não cessa de partir a Palavra e o Pão na comunidade dos crentes. Para tal, precisamos de entrar em confidência assídua com a Sagrada Escritura; caso contrário, o coração fica frio e os olhos permanecem fechados, atingidos, como somos, por inumeráveis formas de cegueira».[2]

Este Domingo constitui, por isso, uma boa ocasião para reler alguns documentos eclesiais[3] e sobretudo os Praenotanda (Preliminares) do Ordo Lectionum Missae (Ordenamento das Leituras da Missa), que apresentam uma síntese dos princípios teológicos, celebrativos e pastorais acerca da Palavra de Deus proclamada na Missa, mas válidos também em cada celebração litúrgica (Sacramentos, Sacramentais, Liturgia das Horas).

 

1.      Através das leituras bíblicas proclamadas na liturgia, Deus fala ao seu povo e o próprio Cristo anuncia o seu Evangelho;[4] Cristo é o centro e a plenitude de toda a Escritura, o Antigo e o Novo Testamento.[5] A escuta do Evangelho, ponto culminante da Liturgia da Palavra,[6] é caraterizada por uma veneração particular,[7] expressa não apenas pelos gestos e aclamações, mas pelo próprio livro dos Evangelhos.[8] Uma das modalidades rituais adequadas para este Domingo poderia ser a procissão de entrada com o Evangeliário[9] ou, se não houver procissão, a sua colocação sobre o altar.[10]

 

2.      O ordenamento das leituras bíblicas disposto pela Igreja no Lecionário abre ao conhecimento de toda a Palavra de Deus.[11] Por isso, é necessário respeitar as leituras indicadas, sem as substituir ou suprimir, e utilizando traduções da Bíblia aprovadas para o uso litúrgico.[12] A proclamação dos textos do Lecionário constitui um vínculo de unidade entre todos os fiéis que os escutam. A compreensão da estrutura e da finalidade da Liturgia da Palavra ajuda a assembleia dos fiéis a acolher a palavra que vem de Deus e que salva.[13]

 

3.      É recomendado o canto do Salmo responsorial, resposta da Igreja orante (em oração);[14] por isso, deve-se incrementar o serviço do salmista em todas das comunidades.[15]

 

4.      Na homilia, no decorrer do ano litúrgico e partindo das leituras bíblicas, expõe-se os mistérios da fé e as normas da vida cristã.[16] «Os Pastores têm, antes de mais, a grande responsabilidade de explicar e fazer compreender a todos a Sagrada Escritura. Uma vez que é o livro do povo, todos os que têm a vocação de ser ministros da Palavra devem sentir fortemente a exigência de a tornar acessível à sua comunidade».[17] Os Bispos, os presbíteros e os diáconos devem sentir o compromisso de desempenhar este ministério com especial dedicação, valorizando os meios propostos pela Igreja.[18]

 

5.      O silêncio reveste-se de particular importância, favorecendo a meditação e permitindo que a Palavra de Deus seja acolhida interiormente por quem a escuta.[19]

 

6.      A Igreja sempre manifestou uma atenção particular para com aqueles que proclamam a Palavra de Deus na assembleia: sacerdotes, diáconos e leitores. Este ministério requer uma preparação específica interior e exterior, familiaridade com o texto a proclamar e a necessária prática no modo de o proclamar, evitando qualquer tipo de improvisação.[20] É possível anteceder as leituras com breves e oportunas admonições.[21]

 

7.      Pelo valor que tem a Palavra de Deus, a Igreja convida a cuidar o ambão donde ela é proclamada;[22] não se trata de uma alfaia funcional, mas do lugar conforme à dignidade da Palavra de Deus, em correspondência com o altar: com efeito, falamos da mesa da Palavra de Deus e do Corpo de Cristo, referindo-nos tanto ao ambão como sobretudo ao altar.[23] O ambão é reservado às leituras, ao canto do Salmo responsorial e do precónio pascal; daí se podem proferir a homilia e as intenções da oração universal, sendo menos oportuno aceder a ele para fazer comentários e avisos ou para reger o canto.[24]

 

8.      Os livros que contêm os trechos da Sagrada Escritura suscitam naqueles que os escutam a veneração pelo mistério de Deus que fala ao seu povo.[25] Por esta razão, pede-se que se cuide da sua qualidade material e do seu bom uso. É inadequado recorrer a folhetos, fotocópias, subsídios em substituição dos livros litúrgicos.[26]

 

9.      Ao aproximar-se o Domingo da Palavra de Deus ou nos dias a seguir a ele, é conveniente promover encontros formativos para evidenciar o valor da Sagrada Escritura nas celebrações litúrgicas; pode ser a ocasião para conhecer melhor o modo como a Igreja em oração lê as Sagradas Escrituras, com leitura contínua, semicontínua e tipológica, quais os critérios de distribuição litúrgica dos vários livros bíblicos ao longo do ano e nos seus tempos, a estrutura dos ciclos dominicais e feriais das leituras da Missa.[27]

 

10.   O Domingo da Palavra de Deus constitui também uma ocasião propícia para aprofundar a relação entre a Sagrada Escritura e a Liturgia das Horas, a oração dos Salmos e Cânticos do Ofício, as leituras bíblicas, promovendo a celebração comunitária de Laudes e Vésperas.[28]

 

Entre os numerosos Santos e Santas, todos eles testemunhas do Evangelho de Jesus Cristo, pode propor-se como exemplo São Jerónimo, devido ao grande amor que nutriu pela Palavra de Deus. Como recordou recentemente o Papa Francisco, ele foi um «incansável estudioso, tradutor, exegeta, exímio conhecedor e fervoroso divulgador da Sagrada Escritura. […] Escutando a Sagrada Escritura, Jerónimo encontrou-se a si mesmo nela, bem como o rosto de Deus e o dos irmãos, e apurou o seu amor pela vida comunitária».[29]

 

Esta Nota pretende contribuir para despertar, à luz do Domingo da Palavra de Deus, a consciência da importância da Sagrada Escritura para a nossa vida de crentes, a partir do facto de ressoar na liturgia que nos coloca em diálogo vivo e permanente com Deus. «A Palavra de Deus escutada e celebrada, sobretudo na Eucaristia, alimenta e reforça interiormente os cristãos e torna-os capazes de um autêntico testemunho evangélico na vida quotidiana».[30]

 

Da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, a 17 de dezembro de 2020.

 

Robert Card. Sarah, Prefeito

X Arthur Roche, Arcebispo Secretário


[1] Cf. Francisco, Carta Apostólica sob a forma de Motu próprio Aperuit illis, 30 de setembro de 2019.

[2] Francisco, Aperuit illis, n. 8; Concílio Vaticano II, Constituição Dei Verbum, n. 25: «É necessário que todos os clérigos e sobretudo os sacerdotes de Cristo e outros que, como os diáconos e os catequistas, se consagram legitimamente ao ministério da Palavra, mantenham um contacto assíduo com as Escrituras, mediante a leitura assídua e o estudo cuidadoso, a fim de que nenhum deles se torne “pregador vão e superficial da Palavra de Deus, por não a escutar interiormente”, tendo, como têm, a obrigação de comunicar aos fiéis que lhes estão confiados as grandíssimas riquezas da palavra divina, sobretudo na sagrada Liturgia. Do mesmo modo, o sagrado Concílio exorta com ardor e insistência todos os fiéis, mormente os religiosos, a que aprendam “a sublime ciência de Jesus Cristo” (Fl 3,8) com a leitura frequente das divinas Escrituras, porque “a ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo”».

[3] Concílio Vaticano II, Constituição Dei Verbum; Bento XVI, Exortação apostólica pós-sinodal Verbum Domini.

[4] Cf.  Sacrosanctum Concilium, nn. 7, 33; Institutio generalis Missalis Romani (IGMR), n. 29; Ordo lectionum Missae (OLM), n. 12.

[5] Cf. OLM, n. 5.

[6] Cf. IGMR, n. 60; OLM, n. 13.

[7] Cf. OLM, n. 17; Caeremoniale Episcoporum, n. 74.

[8] Cf. OLM, nn. 36, 113.

[9] Cf. IGMR, nn. 120, 133.

[10] Cf. IGMR, n. 117.

[11] Cf. IGMR, n. 57; OLM, n. 60.

[12] Cf. OLM, nn. 12, 14, 37, 111.

[13] Cf. OLM, n. 45.

[14] Cf. IGMR, n. 61; OLM, n. 19-20.

[15] Cf. OLM, n. 56.

[16] Cf. OLM, n. 24; Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Diretório homilético, n. 16.

[17] Francisco, Aperuit illis, n. 5; Diretório homilético, n. 26.

[18] Cf. Francisco, Exortação apostólica Evangelii gaudium, nn. 135-144; Diretório homilético.

[19] Cf. IGMR, n. 56; OLM, n. 28.

[20] Cf. OLM, nn. 14, 49.

[21] Cf. OLM, nn. 15, 42.

[22] Cf. IGMR, n. 309; OLM, n. 16.

[23] Cf. OLM, n. 32.

[24] Cf. OLM, n. 33.

[25] Cf. OLM, n. 35; Caeremoniale Episcoporum, n. 115.

[26] Cf. OLM, n. 37.

[27] Cf. OLM, nn. 58-110; Diretório homilético, nn. 37-156.

[28] Institutio generalis de Liturgia Horarum, n. 140: «A leitura da Sagrada Escritura que, segundo a antiga tradição, é feita publicamente na Liturgia, quer na celebração eucarística quer no Ofício divino, deve ser tida na maior estima por todos os cristãos. Esta leitura não é escolhida segundo um critério individual nem para satisfazer tal ou tal inclinação do espírito; é proposta pela Igreja em ordem ao mistério que a Esposa de Cristo vai desenrolando através do ciclo anual […]. Além disso, na celebração litúrgica, a leitura da Sagrada Escritura vem sempre acompanhada da oração».

[29] Francisco, Carta apostólica Scripturae sacrae affectus, no XVI centenário da morte de São Jerónimo, 30 de setembro de 2020.

[30] Cf. Francisco, Exortação apostólica Evangelii gaudium, n. 174.