domingo, 31 de outubro de 2021

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Segunda, 01de novembro de 2021

 

Segunda-feira da XXXI semana do tempo comum

 

TODOS OS SANTOS

 

 

LITURGIA

 

 

 

TODOS OS SANTOS – SOLENIDADE

Branco – Ofício da solenidade. Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. próprio.

L 1 Ap 7, 2-4. 9-14; Sal 23 (24), 1-2. 3-4ab. 5-6
L2 1 Jo 3, 1-3
Ev Mt 5, 1-12a


* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Proibidas as Missas em oratórios privados.
* II Vésp. da solenidade – Compl. dep. II Vésp. dom.
 

TODOS OS SANTOS

Nota Histórica

«Os Santos, tendo atingido pela multiforme graça de Deus a perfeição e alcançado a salvação eterna, cantam hoje a Deus no Céu, o louvor perfeito e intercedem por nós.
A Igreja proclama o mistério pascal, realizado na paixão e glorificação deles com Cristo, propõe aos fiéis os seus exemplos, que conduzem os homens ao Pai por Cristo; e implora, pelos seus méritos, as bênçãos de Deus.
Segundo a sua tradição, a Igreja venera os Santos e as suas relíquias autênticas, bem como as suas imagens. É que as festas dos Santos proclamam as grandes obras de Cristo nos Seus servos e oferecem aos fiéis os bons exemplos a imitar» (Constituição Litúrgica, n.º 104 e 111).

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA
Exultemos de alegria no Senhor,
celebrando este dia de festa
em honra de Todos os Santos.
Nesta solenidade alegram-se os Anjos
e cantam louvores ao Filho de Deus.

Diz-se o Glória.

ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
que nos concedeis a graça de honrar numa única solenidade
os méritos de Todos os Santos,
dignai-Vos derramar sobre nós,
em atenção a tão numerosos intercessores,
a desejada abundância da vossa misericórdia.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I Ap 7, 2-4.9-14
«Vi uma multidão imensa, que ninguém podia contar,
de todas as nações, tribos, povos e línguas»


Leitura do Apocalipse de São João

 Eu, João, vi um Anjo que subia do Nascente,
trazendo o selo do Deus vivo.
Ele clamou em alta voz
aos quatro Anjos a quem foi dado o poder
de causar dano à terra e ao mar:
«Não causeis dano à terra, nem ao mar, nem às árvores,
até que tenhamos marcado na fronte
os servos do nosso Deus».
E ouvi o número dos que foram marcados:
cento e quarenta e quatro mil,
de todas as tribos dos filhos de Israel.
Depois disto, vi uma multidão imensa,
que ninguém podia contar,
de todas as nações, tribos, povos e línguas.
Estavam de pé, diante do trono e na presença do Cordeiro,
vestidos com túnicas brancas e de palmas na mão.
E clamavam em alta voz:
«A salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono,
e ao Cordeiro».
Todos os Anjos formavam círculo
em volta do trono, dos Anciãos e dos quatro Seres Vivos.
Prostraram-se diante do trono, de rosto por terra,
e adoraram a Deus, dizendo:
«Amen! A bênção e a glória, a sabedoria e a acção de graças,
a honra, o poder e a força
ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amen!».
Um dos Anciãos tomou a palavra e disse-me:
«Esses que estão vestidos de túnicas brancas,
quem são e de onde vieram?».
Eu respondi-lhe:
«Meu Senhor, vós é que o sabeis».
Ele disse-me:
«São os que vieram da grande tribulação,
os que lavaram as túnicas
e as branquearam no sangue do Cordeiro».
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 23 (24), 1-2.3-4ab.5-6 (R. cf. 6)
Refrão: Esta é a geração dos que procuram o Senhor.

Do Senhor é a terra e o que nela existe,
o mundo e quantos nele habitam.
Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre as águas.

Quem poderá subir à montanha do Senhor?
Quem habitará no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração puro,
o que não invocou o seu nome em vão.

Este será abençoado pelo Senhor
e recompensado por Deus, seu Salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
que procuram a face de Deus.

LEITURA II 1 Jo 3, 1-3
«Veremos a Deus tal como Ele é»


Leitura da Primeira Epístola de São João

Caríssimos:
Vede que admirável amor o Pai nos consagrou
em nos chamar filhos de Deus.
E somo-lo de facto.
Se o mundo não nos conhece,
é porque não O conheceu a Ele.
Caríssimos, agora somos filhos de Deus
e ainda não se manifestou o que havemos de ser.
Mas sabemos que, na altura em que se manifestar,
seremos semelhantes a Deus,
porque O veremos tal como Ele é.
Todo aquele que tem n’Ele esta esperança
purifica-se a si mesmo,
para ser puro, como Ele é puro.

 Palavra do Senhor.

ALELUIA Mt 11, 28
Refrão: Aleluia. Repete-se

Vinde a Mim, vós todos os que andais cansados
e oprimidos
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor. Refrão

EVANGELHO Mt 5, 1-12a
«Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo,
ao ver as multidões, Jesus subiu ao monte e sentou-Se.
Rodearam-n’O os discípulos
e Ele começou a ensiná-los, dizendo:
«Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados os humildes,
porque possuirão a terra.
Bem-aventurados os que choram,
porque serão consolados.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração,
porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz,
porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça,
porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa,
vos insultarem, vos perseguirem
e, mentindo, disserem todo o mal contra vós.
Alegrai-vos e exultai,
porque é grande nos Céus a vossa recompensa».

Palavra da salvação.

Diz-se o credo

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor,
os dons que Vos apresentamos
em honra de Todos os Santos
e fazei-nos sentir a intercessão
daqueles que já alcançaram a imortalidade.
Por Nosso Senhor.

PREFÁCIO A glória da nova Jerusalém, nossa mãe
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.

Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte:
Hoje nos dais a alegria de celebrar
a cidade santa, a nossa mãe, a Jerusalém celeste,
onde a assembleia dos Santos, nossos irmãos,
glorificam eternamente o vosso nome.
Peregrinos dessa cidade santa,
para ela caminhamos na fé e na alegria,
ao vermos glorificados os ilustres filhos da Igreja,
que nos destes como exemplo e auxílio
para a nossa fragilidade.
Por isso, com todos os Anjos e Santos,
proclamamos a vossa glória,
cantando numa só voz:
Santo, Santo, Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 5, 8-10
Bem-aventurados os puros de coração,
porque verão a Deus.
Bem-aventurados os pacíficos,
porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por amor da justiça,
porque deles é o reino dos Céus.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos adoramos, Senhor nosso Deus,
única fonte de santidade,
admirável em todos os Santos,
e confiadamente Vos pedimos a graça
de chegarmos também nós à plenitude do vosso amor
e passarmos desta mesa de peregrinos
ao banquete da pátria celeste.
Por Nosso Senhor.

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS:

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo.

10.00 horas: Missa em Arez

10.45 horas: Missa em Tolosa

11.00 horas: Missa em Nisa

12.00 horas: Missa em Alpalhão

12.00 horas: Missa em Gáfete

15.30 horas: Missa em Cacheiro

15.30 horas: Missa em Arneiro.

 

 

PENSAMENTO DO DIA

 

 

«Buscai primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»

São João XXIII

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

PARA ALÉM DA MORTE A VIDA SEM FIM

 

Os cristãos rezam pelos seus falecidos desde os primórdios. Foram encontradas orações escritas em túmulos, sobretudo de mártires. Esta devoção foi crescendo como demonstração de fé na vida eterna e de amor para com os falecidos. No século V, já se teria determinado um dia para rezar por aqueles pelos quais ninguém rezava, iniciativa que se foi consolidando até ao século XI, rezando por todos os defuntos. Cerca de dois séculos depois foi estabelecido um dia oficial, o dia 2 de novembro. Depois do Dia de Todos os Santos, o Dia de Todos os Fiéis Defuntos. Bento XV, por causa da mortandade havida no primeira Grande Guerra, decretou que os Padres rezassem três Eucaristias no Dia de Todos os Fiéis Defuntos. A doutrina católica baseia-se em passagens bíblicas do Antigo e Novo Testamento, e apoia-se na Tradição da Igreja.

Conforme as culturas e os lugares, há diferentes formas  de celebrar e honrar os mortos, algumas até bastante festivas. Entre nós, os cristãos, fazemo-lo com iniciativas diversas, segundo a fé e a devoção de cada um, de cada família, e segundo os costumes das comunidades cristãs. As expressões mais comuns vão desde a confissão sacramental para se participar na comunhão eucarística, à celebração ou participação na Eucaristia, rezando também pelas intenções do Santo Padre. Desde a oração pessoal ou familiar, em casa e na comunidade cristã, à esmola, à mortificação e ao voluntariado por essa intenção. Desde as visitas ou romagens ao Cemitério para rezar pelos falecidos, à participação em eventos organizados. Desde o acender de velas sobre a campa, como que a iluminar o caminho da eternidade, ao colocar uma coroa ou ramo de flores, a simbolizar a vitória da vida sobre a morte e o amor para com os ali sepultados...

Como sabemos, até à vinda gloriosa do Senhor, no final dos tempos, os discípulos de Jesus distribuem-se por três estados da única e mesma Igreja. Uns peregrinam sobre a terra, é a Igreja militante. Outros, passada esta vida, são purificados no Purgatório, é a Igreja padecente. Outros, também tendo passado já esta vida, são glorificados e já contemplam Deus tal como Ele é, a Igreja triunfante. Mas todos comungamos no mesmo amor de Deus e do próximo, embora de modo diverso. Há uma espécie de corrente interna de graça entre os membros de toda a Igreja. Todos entoamos a Deus o mesmo hino de louvor. Todos estamos unidos numa só Igreja e ligados uns aos outros em Cristo. Jamais se interrompe a união dos que ainda caminham sobre a terra com os irmãos que adormeceram na paz de Cristo. Antes pelo contrário, é reforçada pela comunicação dos bens espirituais. Estando mais intimamente unidos com Cristo, os bem-aventurados consolidam mais firmemente a Igreja na santidade. Enobrecem o culto que ela presta a Deus na terra. Contribuem de muitas maneiras para a sua mais ampla edificação em Cristo. Recebidos na Pátria celeste e vivendo junto do Senhor, não cessam de interceder, com Ele e n'Ele, a nosso favor diante do Pai. A nossa fraqueza é assim grandemente ajudada pela sua solicitude de irmãos (cf. Lumen Gentium, 49).

Rezemos pelos vivos, companheiros de viagem em direção à Pátria definitiva, saibamos dar as mãos uns aos outros. Rezemos pelos que, tendo já partido, se purificam no Purgatório, é um dever de gratidão, de caridade e de justiça. Peçamos a intercessão dos santos no Céu para que nos convertamos e vivamos como verdadeiros filhos de Deus, com alegria e esperança.

A lembrar que também há de partir, deixo-lhe a ladainha dos póstumos natais do ‘Cancioneiro de Natal’ de David de Jesus Mourão Ferreira, falecido a 16 de junho de 1996.

 

“LADAINHA DOS PÓSTUMOS NATAIS

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que se veja à mesa o meu lugar vazio

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que hão de me lembrar de modo menos nítido

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que só uma voz me evoque a sós consigo

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que não viva já ninguém meu conhecido

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que nem vivo esteja um verso deste livro

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que terei de novo o Nada a sós comigo

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que nem o Natal terá qualquer sentido

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que o Nada retome a cor do Infinito”

..............

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 29-10-2021.

 

 

 

sábado, 30 de outubro de 2021

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Sábado, 31 de outubro de 2021

 

XXXI domingo do tempo comum

 

 

 

LITURGIA

  

 

DOMINGO XXXI DO TEMPO COMUM

Verde – Ofício do domingo (Semana III do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.

L 1 Deut 6, 2-6; Sal 17 (18), 2-3. 4 e 47. 50-51ab
L2 Hebr 7, 23-28
Ev Mc 12, 28b-34

* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Em todas as Dioceses de Portugal – Começa a Semana dos Seminários.
* Na Diocese do Algarve – Ofertório para o Seminário Diocesano.
* Na Diocese de Viana do Castelo – Começa a Semana da Diocese.
* Nas Congregações e Institutos da Família Paulista – Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, Mestre e Pastor da Humanidade – SOLENIDADE
* I Vésp. de Todos os Santos – Compl. dep. I Vésp. dom.

 

MISSA

 

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 37, 22-23
Não me abandoneis, Senhor;
meu Deus, não Vos afasteis de mim.
Senhor, socorrei-me e salvai-me.

ORAÇÃO COLECTA
Deus omnipotente e misericordioso,
de quem procede a graça de Vos servirmos fiel e dignamente,
fazei-nos caminhar sem obstáculos
para os bens por Vós prometidos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I Deut 6, 2-6
«Escuta, Israel: Amarás o Senhor com todo o teu coração»

Leitura do Livro do Deuteronómio


Moisés dirigiu-se ao povo, dizendo: «Temerás o Senhor, teu Deus, todos os dias da tua vida, cumprindo todas as suas leis e preceitos que hoje te ordeno, para que tenhas longa vida, tu, os teus filhos e os teus netos. Escuta, Israel, e cuida de pôr em prática o que te vai tornar feliz e multiplicar sem medida na terra onde corre leite e mel, segundo a promessa que te fez o Senhor, Deus de teus pais. Escuta, Israel: o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças. As palavras que hoje te prescrevo ficarão gravadas no teu coração».

 
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 17 (18), 2-3.4.47.50-51ab (R. 2)
Refrão: Eu Vos amo, Senhor:
Vós sois a minha força
. Repete-se

Eu Vos amo, Senhor, minha força,
minha fortaleza, meu refúgio e meu libertador,
meu Deus, auxílio em que ponho a minha confiança,
meu protector, minha defesa e meu salvador. Refrão

Invoquei o Senhor – louvado seja Ele –
e fiquei salvo dos meus inimigos.
Viva o Senhor, bendito seja o meu protector;
exaltado seja Deus, meu salvador. Refrão

Senhor, eu Vos louvarei entre os povos
e cantarei salmos ao vosso nome.
O Senhor dá ao seu Rei grandes vitórias
e usa de bondade para com o seu Ungido. Refrão

LEITURA II Hebr 7, 23-28
«Porque permanece para sempre, possui um sacerdócio eterno»


Leitura da Epístola aos Hebreus


Irmãos: Os sacerdotes da antiga aliança sucederam-se em grande número, porque a morte os impedia de durar sempre. Mas Jesus, que permanece eternamente, possui um sacerdócio eterno. Por isso pode salvar para sempre aqueles que por seu intermédio se aproximam de Deus, porque vive perpetuamente para interceder por eles. Tal era, na verdade, o sumo sacerdote que nos convinha: santo, inocente, sem mancha, separado dos pecadores e elevado acima dos céus, que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiro pelos seus próprios pecados, depois pelos pecados do povo, porque o fez de uma vez para sempre quando Se ofereceu a Si mesmo. A Lei constitui sumos sacerdotes homens revestidos de fraqueza, mas a palavra do juramento, posterior à Lei, estabeleceu o Filho sumo sacerdote perfeito para sempre.


Palavra do Senhor.

ALELUIA Jo 14, 23
Refrão: Aleluia. Repete-se
Se alguém Me ama, guardará a minha palavra, diz o Senhor;
meu Pai o amará e faremos nele a nossa morada. Refrão

EVANGELHO Mc 12, 28b-34
«Amarás o Senhor teu Deus. Amarás o teu próximo»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Marcos


Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um escriba e perguntou-Lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?». Jesus respondeu: «O primeiro é este: ‘Escuta, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças’. O segundo é este: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’. Não há nenhum mandamento maior que estes». Disse-Lhe o escriba: «Muito bem, Mestre! Tens razão quando dizes: Deus é único e não há outro além d’Ele. Amá-l’O com todo o coração, com toda a inteligência e com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, vale mais do que todos os holocaustos e sacrifícios». Ao ver que o escriba dera uma resposta inteligente, Jesus disse-lhe: «Não estás longe do reino de Deus». E ninguém mais se atrevia a interrogá-l’O.


Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor, fazei que este sacrifício
seja para Vós uma oblação pura
e para nós o dom generoso da vossa misericórdia.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 15, 11
O Senhor me ensinará o caminho da vida,
a seu lado viverei na plenitude da alegria.

Ou Jo 6, 58
Assim como o Pai que Me enviou
é o Deus vivo e Eu vivo pelo Pai,
também o que Me come viverá por Mim, diz o Senhor.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Multiplicai em nós, Senhor, os frutos da vossa graça,
para que os sacramentos celestes
que nos alimentam na vida presente
nos preparem para alcançarmos a herança prometida.
Por Nosso Senhor.

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS: Deut 6, 2-6: Amar a Deus de todo o coração, acima de todas as coisas, é lei fundamental para todo o homem. Não é novidade trazida por Cristo; constitui princípio absoluto já no Antigo Testamento. Jesus há de recordá-lo para o levar depois à perfeição. Não é por acaso que o povo judaico, já desde o Antigo Testamento, introduziu esta passagem bíblica na sua oração da manhã diária. Nós também agora a lemos na oração da noite (Completas) na Véspera de cada domingo.

Hebr 7, 23-28: Na continuação dos domingos anteriores, a leitura da Epístola aos Hebreus aprofunda o sentido do sacerdócio de Cristo; ele é superior ao da Antiga Aliança, porque é intransmissível, por isso, eterno. Na glória da ressurreição, em que vive agora para sempre, Jesus intercede por nós, e as ações sacerdotais da Igreja sobre a terra significam e tornam operante para os homens de todos os tempos e lugares o sacerdócio eterno de Jesus Cristo.

Mc 12, 28b-34: Na Nova Aliança, Jesus, o Filho de Deus, leva à perfeição o primeiro mandamento da Lei, o amor de Deus, e declara o amor para com o próximo, o segundo mandamento, semelhante ao primeiro. Reconhecê-lo e aceitá-lo é já um grande dom e o ponto de partida para o pôr em prática. Foi assim a primeira atitude do escriba; e Jesus louvou-o por isso. Ele estava já no bom caminho.

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo.

10.00 horas: Missa em Arez

10.45 horas: Celebração da Palavra em Tolosa

11.00 horas: Missa em Nisa

12.00 horas: Missa em Alpalhão

12.00 horas: Celebração da Palavra em Gáfete

15.30 horas: Missa em Montalvão

15.30 horas: Celebração da Palavra em Cacheiro

15.30 horas: Celebração da Palavra no Arneiro

 

 

PENSAMENTO DO DIA

 

 

«Buscai primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»

São João XXIII

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

PARA ALÉM DA MORTE A VIDA SEM FIM

 

Os cristãos rezam pelos seus falecidos desde os primórdios. Foram encontradas orações escritas em túmulos, sobretudo de mártires. Esta devoção foi crescendo como demonstração de fé na vida eterna e de amor para com os falecidos. No século V, já se teria determinado um dia para rezar por aqueles pelos quais ninguém rezava, iniciativa que se foi consolidando até ao século XI, rezando por todos os defuntos. Cerca de dois séculos depois foi estabelecido um dia oficial, o dia 2 de novembro. Depois do Dia de Todos os Santos, o Dia de Todos os Fiéis Defuntos. Bento XV, por causa da mortandade havida no primeira Grande Guerra, decretou que os Padres rezassem três Eucaristias no Dia de Todos os Fiéis Defuntos. A doutrina católica baseia-se em passagens bíblicas do Antigo e Novo Testamento, e apoia-se na Tradição da Igreja.

Conforme as culturas e os lugares, há diferentes formas  de celebrar e honrar os mortos, algumas até bastante festivas. Entre nós, os cristãos, fazemo-lo com iniciativas diversas, segundo a fé e a devoção de cada um, de cada família, e segundo os costumes das comunidades cristãs. As expressões mais comuns vão desde a confissão sacramental para se participar na comunhão eucarística, à celebração ou participação na Eucaristia, rezando também pelas intenções do Santo Padre. Desde a oração pessoal ou familiar, em casa e na comunidade cristã, à esmola, à mortificação e ao voluntariado por essa intenção. Desde as visitas ou romagens ao Cemitério para rezar pelos falecidos, à participação em eventos organizados. Desde o acender de velas sobre a campa, como que a iluminar o caminho da eternidade, ao colocar uma coroa ou ramo de flores, a simbolizar a vitória da vida sobre a morte e o amor para com os ali sepultados...

Como sabemos, até à vinda gloriosa do Senhor, no final dos tempos, os discípulos de Jesus distribuem-se por três estados da única e mesma Igreja. Uns peregrinam sobre a terra, é a Igreja militante. Outros, passada esta vida, são purificados no Purgatório, é a Igreja padecente. Outros, também tendo passado já esta vida, são glorificados e já contemplam Deus tal como Ele é, a Igreja triunfante. Mas todos comungamos no mesmo amor de Deus e do próximo, embora de modo diverso. Há uma espécie de corrente interna de graça entre os membros de toda a Igreja. Todos entoamos a Deus o mesmo hino de louvor. Todos estamos unidos numa só Igreja e ligados uns aos outros em Cristo. Jamais se interrompe a união dos que ainda caminham sobre a terra com os irmãos que adormeceram na paz de Cristo. Antes pelo contrário, é reforçada pela comunicação dos bens espirituais. Estando mais intimamente unidos com Cristo, os bem-aventurados consolidam mais firmemente a Igreja na santidade. Enobrecem o culto que ela presta a Deus na terra. Contribuem de muitas maneiras para a sua mais ampla edificação em Cristo. Recebidos na Pátria celeste e vivendo junto do Senhor, não cessam de interceder, com Ele e n'Ele, a nosso favor diante do Pai. A nossa fraqueza é assim grandemente ajudada pela sua solicitude de irmãos (cf. Lumen Gentium, 49).

Rezemos pelos vivos, companheiros de viagem em direção à Pátria definitiva, saibamos dar as mãos uns aos outros. Rezemos pelos que, tendo já partido, se purificam no Purgatório, é um dever de gratidão, de caridade e de justiça. Peçamos a intercessão dos santos no Céu para que nos convertamos e vivamos como verdadeiros filhos de Deus, com alegria e esperança.

A lembrar que também há de partir, deixo-lhe a ladainha dos póstumos natais do ‘Cancioneiro de Natal’ de David de Jesus Mourão Ferreira, falecido a 16 de junho de 1996.

 

“LADAINHA DOS PÓSTUMOS NATAIS

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que se veja à mesa o meu lugar vazio

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que hão de me lembrar de modo menos nítido

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que só uma voz me evoque a sós consigo

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que não viva já ninguém meu conhecido

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que nem vivo esteja um verso deste livro

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que terei de novo o Nada a sós comigo

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que nem o Natal terá qualquer sentido

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que o Nada retome a cor do Infinito”

..............

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 29-10-2021.

 

 

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Sábado, 30 de outubro de 2021

 

Sábado-feira da XXX semana do tempo comum

 

 

 

LITURGIA

 

 

 

Sábado da semana XXX

Santa Maria no Sábado – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

L 1 Rom 11, 1-2a. 11-12. 25-29; Sal 93 (94), 12-13a. 14-15. 17-18
Ev Lc 14, 1. 7-11

* Na Ordem dos Carmelitas Descalços – B. Maria Teresa de S. José, virgem – MF
* Na Ordem Franciscana – Aniversário da Dedicação da igreja própria, em todas as igrejas dedicadas da Ordem – SOLENIDADE
* Na Ordem de São Domingos (São Domingos – Lisboa) – Aniversário da Dedicação da igreja do convento – SOLENIDADE
* Na Companhia de Jesus – B. Domingos Collins, religioso – MF
* Na Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias – Nossa Senhora das Vitórias, Padroeira principal da Congregação – SOLENIDADE
* Nas Congregações e Institutos da Família Paulista – I Vésp. de Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, Mestre e Pastor da Humanidade.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.

 

MISSA

 

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 104, 3-4
Alegre-se o coração dos que procuram o Senhor.
Buscai o Senhor e o seu poder,
procurai sempre a sua face.

ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade;
e para merecermos alcançar o que prometeis,
fazei-nos amar o que mandais.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I (anos impares) Rom 11, 1-2a.11-12.25-29
«Se da rejeição dos judeus resultou a reconciliação do mundo,
a sua reintegração será uma ressurreição dos mortos (v. 15)»


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos

 
Irmãos: Eu pergunto: Teria Deus rejeitado o seu povo? De modo nenhum. Porque eu também sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o seu povo, que de antemão conheceu. Pergunto ainda: Teria Israel tropeçado para cair definitivamente? De modo nenhum. Mas da sua queda resultou a salvação dos gentios, para provocar a emulação de Israel. Se a sua queda se tornou riqueza para o mundo e o seu declínio riqueza para os gentios, que não fará a sua participação plena na salvação? Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério, para não pensardes que sois sábios: O endurecimento de uma parte de Israel durará até que chegue à salvação a plenitude dos gentios. Então todo Israel será salvo, como diz a Escritura: «De Sião virá o Libertador, que afastará as iniquidades de Jacob. E esta será a aliança que farei com eles, quando perdoar os seus pecados». Quanto ao Evangelho, eles são inimigos de Deus para vossa utilidade; mas quanto à escolha divina, são por Ele amados por causa dos seus pais. Porque os dons e o chamamento de Deus são irrevogáveis.

 
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 93 (94), 12-13a.14-15.17-18 (R.14a)
Refrão: O Senhor não abandona o seu povo. Repete-se

Feliz o homem
a quem Vós ensinais, Senhor,
e instruís na vossa lei,
para lhe dar a paz nos dias de angústia. Refrão

O Senhor não rejeita o seu povo
nem abandona a sua herança.
Mas há de julgar com justiça
e hão de segui-la todos os corações retos. Refrão

Se o Senhor não viesse em meu auxílio,
em breve a minha alma habitaria no silêncio.
Quando digo: «Os meus pés vacilam»,
a vossa bondade, Senhor, me sustenta. Refrão

ALELUIA Mt 11, 29ab
Refrão: Aleluia. Repete-se
Tomai o meu jugo sobre vós, diz o Senhor,
e aprendei de Mim,
que sou manso e humilde de coração. Refrão

EVANGELHO Lc 14, 1.7-11
«Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Naquele tempo, Jesus entrou, num sábado, em casa de um dos principais fariseus para tomar uma refeição. Todos O observavam. Ao notar como os convidados escolhiam os primeiros lugares, Jesus disse-lhes esta parábola: «Quando fores convidado para um banquete nupcial, não tomes o primeiro lugar. Pode acontecer que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu; então, aquele que vos convidou a ambos, terá que te dizer: ‘Dá o lugar a este’; e ficarás depois envergonhado, se tiveres de ocupar o último lugar. Por isso, quando fores convidado, vai sentar-te no último lugar; e quando vier aquele que te convidou, dirá: ‘Amigo, sobe mais para cima’; ficarás então honrado aos olhos dos outros convidados. Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».


Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai, Senhor, para os dons que Vos apresentamos
e fazei que a celebração destes mistérios
dê glória ao vosso nome.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Salmo 19, 6
Celebramos, Senhor, a vossa salvação
e glorificamos o vosso santo nome.

Ou Ef 5, 2
Cristo amou-nos e deu a vida por nós,
oferecendo-Se em sacrifício agradável a Deus.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que os vossos sacramentos
realizem em nós o que significam,
para alcançarmos um dia em plenitude
o que celebramos nestes santos mistérios.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

 1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

LEITURAS: Rom 11, 1-2a.11-12.25-29: A leitura da epístola aos Romanos, que temos vindo a escutar, leva-nos hoje à presença dos judeus; eles que foram, desde longa data, os destinatários favorecidos da Palavra de Deus, eram, no tempo de S. Paulo, como ainda hoje o são, o povo a quem essa Palavra passa ao lado sem por eles ser acolhida. Para São Paulo, tal atitude da parte dos judeus foi ocasião de os então pagãos, como nós o éramos, entrarem na Igreja de Cristo; mas ele espera que a hora dos judeus chegará também, quando a plenitude dos gentios tiver entrado, pois que os dons de Deus são irrevogáveis.


Lc 14, 1.7-11: Jesus continua a ensinar os verdadeiros valores da vida. A humildade, o saber colocar-se entre os outros sem vaidade de si, nem desdém pelos demais, é esse um dos valores e dos mais fundamentais. Custa tanto a entendê-lo! Mas é o ideal, para o qual devemos caminhar todos os dias, sem cansaço nem angústia, mas com humildade e paz.

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

11.00 horas: Funeral em Nisa

15.00 horas: Missa no Pé da Serra

16.00 horas: Missa no Pardo

18.00 horas: Missa em Nisa

18.00 horas: Missa em Alpalhão

 

 

PENSAMENTO DO DIA

 

 

«Buscai primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»

São João XXIII

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

O AMOR ESTÁ SEMPRE EM MOVIMENTO

O que eles viram e ouviram não lhes permitia que se calassem. E quando tiveram de enfrentar uma grande trupe endiabrada que os queria fazer engolir em seco e proibir de anunciar o que tinham visto e ouvido, eles ainda o anunciavam com mais coragem e entusiasmo. Importava mais obedecer a Deus que aos homens (At 5, 29). É verdade que nós, hoje, não vimos, não ouvimos como eles ouviram e viram. Não somos testemunhas de antemão escolhidas (At 10, 41-42), mas estamos no número daqueles que acreditam sem terem visto (Jo 20,29). E acreditamos pelo testemunho dos que viram, ouviram e conviveram com Jesus (cf. At 4,20). No entanto, pode acontecer que hoje, tal como no tempo dos profetas, muitos tapem os olhos para não ver e deixem endurecer o coração para não entenderem nem quererem saber (cf. Is 44, 18). Mas Jesus continua a dizer-nos: “Vós, porém, sois felizes porque os vossos olhos veem e os vossos ouvidos ouvem. Eu vos garanto: muito profetas e justos desejaram ver o que vós vedes e não viram, e ouvir o que vós ouvis e não ouviram” (Mt 13, 16-17). E São Paulo desafia-nos a que, como discípulos de Jesus, não nos cansemos de levar a Boa Nova a todos, pois, todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Mas como poderão invocar aquele em quem não acreditam? E como poderão acreditar nele se nunca dele ouvirem falar? E como poderão ouvir falar dele se não houver quem lhes vá anunciar? E como se poderá anunciar se ninguém lhes for enviado? (cf. Rm 10, 13-15). Ao nos encaminharmos para o fim deste mês dedicado à reflexão sobre a importância de sermos verdadeiramente missionários, a Sagrada Escritura lembra-nos “como são belos os pés daqueles que anunciam boas notícias!”.

A melhor das notícias que podemos transmitir aos outros é o Evangelho de Jesus Cristo. Essa é a notícia por excelência! Anunciada com alegria e esperança, com a força e a sabedoria do Espírito Santo, ela não deixa ninguém indiferente, embora, tal como outrora, também hoje as atitudes sejam diferentes de pessoa para pessoa. Alguns contentam-se em apenas vê-lo (Lc 19, 1-28). Outros vão ao templo para ver se o encontram (Lc 2, 25-32). Outros apertam-se ao seu redor para o ouvir (Lc 5, 1). Outros alegram-se com todas as maravilhas que Ele realizou e continua a realizar (Lc 13,17). Outros, julgando-se indignos, apenas ousam tocar-lhe, mas logo sentem o seu terno acolhimento (Mc 5, 25-34). Outros continuam a perguntar-se quem é este homem que até perdoa os pecados (Lc 7, 49). Outros, boquiabertos por até os ventos e as águas lhe obedecerem (Lc 8, 25), maravilhados com a sua doutrina (Mc 11, 18) e cheios de espanto com tudo o que Ele diz e faz (Lc 4, 36), deixam tudo para o seguir (Lc 5, 11). Outros contemplam-no como um grande profeta que apareceu entre nós, que é Deus a visitar o seu povo (Lc 7, 16). Outros louvam a  Deus pelo que ouvem e veem (Lc 5, 26) pelo que experimentam e presenciam (Lc 5, 26). Outros, nem que seja de noite como Nicodemos (Jo 3, 2), vão ao seu encontro para Lhe perguntar o que fazer para serem felizes (Mt 19, 16-30). Outros preferem ser mortos a negar a pessoa de Jesus (At 6, 1-70). Outros saltam de alegria por perceberem que Ele se oferece para ficar em sua casa (Lc 19, 10). Outros ainda, permanecem sensíveis ao toque de Jesus a bater à porta pedindo delicadamente licença para entrar e sentar-se com eles à mesa (Ap 3, 20), sendo à mesa que tantas vezes se resolvem as situações mais complicadas da vida e se tomam as opções mais fundamentais... 

É certo, também continuará a haver quem diga que o mundo já se tornou adulto, que Deus é uma hipótese inútil, que Jesus é um mito, que outros deuses são bem mais dignos de apreço: o poder, o dinheiro fácil, o luxo e o prazer, o conforto do sofá e dos pés à lareira, o ter e o mandar, o usar e deitar fora, o explorar, o descartar... O Deus de Jesus Cristo incomoda, desaconselha a idolatria daqueles deuses, é um desmancha prazeres para quem assim procede. Por isso, continuam a armar-lhe ciladas para o prender (Jo 8, 1-11). Suplicam-lhe que se afaste (Mt 8, 34), entregam-no aos inimigos (Jo 18, 1-3), condenam-no à morte (Jo 19, 1-42).

No entanto, como afirma Francisco na Mensagem para o Dia Mundial das Missões, “o amor está sempre em movimento e põe-nos em movimento, para partilhar o anúncio mais belo e promissor: «Encontramos o Messias» (Jo 1, 41). O grito da esperança ecoou no mundo desde a primeira hora, gerando alegria e esperança: «Não está aqui; ressuscitou» (Lc 24, 6).

Tal como os primeiros cristãos e tantos outros ao longo dos tempos, também nós, hoje, «não podemos deixar de afirmar o que vimos e ouvimos» (At 4, 20). Lembra-nos o Papa Francisco que esta missão “é, e sempre foi, a identidade da Igreja: «ela existe para evangelizar» (EN14). Por isso, todos nós, «mesmo os mais frágeis, limitados e feridos podem [ser missionários] à sua maneira, porque sempre devemos permitir que o bem seja comunicado, embora coexista com muitas fragilidades» (CV239).

Em Dia Mundial das Missões “recordamos com gratidão todas as pessoas, cujo testemunho de vida nos ajuda a renovar o nosso compromisso batismal de ser apóstolos generosos e jubilosos do Evangelho. Lembramos especialmente aqueles que foram capazes de partir, deixar terra e família para que o Evangelho pudesse atingir sem demora e sem medo aqueles ângulos de aldeias e cidades onde tantas vidas estão sedentas de bênção. Contemplar o seu testemunho missionário impele-nos a ser corajosos e a pedir, com insistência, «ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe» (Lc 10, 2)”.

Jesus continua a precisar “de corações que sejam capazes de viver a vocação como uma verdadeira história de amor, que os faça sair para as periferias do mundo e tornar-se mensageiros e instrumentos de compaixão. E esta chamada, fá-la a todos nós, embora não da mesma forma. Lembremo-nos que existem periferias que estão perto de nós, no centro duma cidade ou na própria família. Há também um aspeto da abertura universal do amor que não é geográfico, mas existencial (...) Viver a missão é aventurar-se no cultivo dos mesmos sentimentos de Cristo Jesus e, com Ele, acreditar que a pessoa ao meu lado é também meu irmão, minha irmã”.

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 22-10-2021.