PARÓQUIAS DE NISA
Segunda, 01de novembro de 2021
Segunda-feira da XXXI semana do tempo comum
TODOS
OS SANTOS
LITURGIA
TODOS OS SANTOS –
SOLENIDADE
Branco – Ofício da
solenidade. Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. próprio.
L 1 Ap 7, 2-4. 9-14; Sal 23 (24), 1-2.
3-4ab. 5-6
L2 1 Jo 3, 1-3
Ev Mt 5, 1-12a
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Proibidas as Missas em oratórios privados.
* II Vésp. da solenidade – Compl. dep. II Vésp. dom.
TODOS
OS SANTOS
Nota
Histórica
«Os Santos, tendo atingido pela
multiforme graça de Deus a perfeição e alcançado a salvação eterna, cantam hoje
a Deus no Céu, o louvor perfeito e intercedem por nós.
A Igreja proclama o mistério pascal, realizado na paixão e glorificação deles
com Cristo, propõe aos fiéis os seus exemplos, que conduzem os homens ao Pai
por Cristo; e implora, pelos seus méritos, as bênçãos de Deus.
Segundo a sua tradição, a Igreja venera os Santos e as suas relíquias
autênticas, bem como as suas imagens. É que as festas dos Santos proclamam as
grandes obras de Cristo nos Seus servos e oferecem aos fiéis os bons exemplos a
imitar» (Constituição Litúrgica, n.º 104 e 111).
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA
Exultemos de alegria no Senhor,
celebrando este dia de festa
em honra de Todos os Santos.
Nesta solenidade alegram-se os Anjos
e cantam louvores ao Filho de Deus.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
que nos concedeis a graça de honrar numa única solenidade
os méritos de Todos os Santos,
dignai-Vos derramar sobre nós,
em atenção a tão numerosos intercessores,
a desejada abundância da vossa misericórdia.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Ap 7, 2-4.9-14
«Vi uma multidão imensa, que ninguém podia contar,
de todas as nações, tribos, povos e línguas»
Leitura do
Apocalipse de São João
Eu, João, vi um Anjo que subia do Nascente,
trazendo o selo do Deus vivo.
Ele clamou em alta voz
aos quatro Anjos a quem foi dado o poder
de causar dano à terra e ao mar:
«Não causeis dano à terra, nem ao mar, nem às árvores,
até que tenhamos marcado na fronte
os servos do nosso Deus».
E ouvi o número dos que foram marcados:
cento e quarenta e quatro mil,
de todas as tribos dos filhos de Israel.
Depois disto, vi uma multidão imensa,
que ninguém podia contar,
de todas as nações, tribos, povos e línguas.
Estavam de pé, diante do trono e na presença do Cordeiro,
vestidos com túnicas brancas e de palmas na mão.
E clamavam em alta voz:
«A salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono,
e ao Cordeiro».
Todos os Anjos formavam círculo
em volta do trono, dos Anciãos e dos quatro Seres Vivos.
Prostraram-se diante do trono, de rosto por terra,
e adoraram a Deus, dizendo:
«Amen! A bênção e a glória, a sabedoria e a acção de graças,
a honra, o poder e a força
ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amen!».
Um dos Anciãos tomou a palavra e disse-me:
«Esses que estão vestidos de túnicas brancas,
quem são e de onde vieram?».
Eu respondi-lhe:
«Meu Senhor, vós é que o sabeis».
Ele disse-me:
«São os que vieram da grande tribulação,
os que lavaram as túnicas
e as branquearam no sangue do Cordeiro».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 23 (24), 1-2.3-4ab.5-6 (R. cf. 6)
Refrão: Esta é a geração dos que procuram
o Senhor.
Do Senhor é a terra e o que nela existe,
o mundo e quantos nele habitam.
Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre as águas.
Quem poderá subir à montanha do Senhor?
Quem habitará no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração puro,
o que não invocou o seu nome em vão.
Este será abençoado pelo Senhor
e recompensado por Deus, seu Salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
que procuram a face de Deus.
LEITURA II 1 Jo 3, 1-3
«Veremos a Deus tal como Ele é»
Leitura da
Primeira Epístola de São João
Caríssimos:
Vede que admirável amor o Pai nos consagrou
em nos chamar filhos de Deus.
E somo-lo de facto.
Se o mundo não nos conhece,
é porque não O conheceu a Ele.
Caríssimos, agora somos filhos de Deus
e ainda não se manifestou o que havemos de ser.
Mas sabemos que, na altura em que se manifestar,
seremos semelhantes a Deus,
porque O veremos tal como Ele é.
Todo aquele que tem n’Ele esta esperança
purifica-se a si mesmo,
para ser puro, como Ele é puro.
Palavra
do Senhor.
ALELUIA Mt 11, 28
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vinde a Mim, vós todos os que andais cansados
e oprimidos
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor. Refrão
EVANGELHO Mt 5, 1-12a
«Alegrai-vos e exultai, porque é grande
nos Céus a vossa recompensa»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo,
ao ver as multidões, Jesus subiu ao monte e sentou-Se.
Rodearam-n’O os discípulos
e Ele começou a ensiná-los, dizendo:
«Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados os humildes,
porque possuirão a terra.
Bem-aventurados os que choram,
porque serão consolados.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração,
porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz,
porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça,
porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa,
vos insultarem, vos perseguirem
e, mentindo, disserem todo o mal contra vós.
Alegrai-vos e exultai,
porque é grande nos Céus a vossa recompensa».
Palavra
da salvação.
Diz-se o credo
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor,
os dons que Vos apresentamos
em honra de Todos os Santos
e fazei-nos sentir a intercessão
daqueles que já alcançaram a imortalidade.
Por Nosso Senhor.
PREFÁCIO A glória da nova Jerusalém, nossa mãe
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.
Senhor, Pai santo, Deus eterno e
omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte:
Hoje nos dais a alegria de celebrar
a cidade santa, a nossa mãe, a Jerusalém celeste,
onde a assembleia dos Santos, nossos irmãos,
glorificam eternamente o vosso nome.
Peregrinos dessa cidade santa,
para ela caminhamos na fé e na alegria,
ao vermos glorificados os ilustres filhos da Igreja,
que nos destes como exemplo e auxílio
para a nossa fragilidade.
Por isso, com todos os Anjos e Santos,
proclamamos a vossa glória,
cantando numa só voz:
Santo, Santo, Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 5, 8-10
Bem-aventurados os puros de coração,
porque verão a Deus.
Bem-aventurados os pacíficos,
porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por amor da justiça,
porque deles é o reino dos Céus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos adoramos, Senhor nosso Deus,
única fonte de santidade,
admirável em todos os Santos,
e confiadamente Vos pedimos a graça
de chegarmos também nós à plenitude do vosso amor
e passarmos desta mesa de peregrinos
ao banquete da pátria celeste.
Por Nosso Senhor.
MÉTODO
DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS:
AGENDA
DO DIA:
09.30
horas: Missa em Amieira do Tejo.
10.00
horas: Missa em Arez
10.45
horas: Missa em Tolosa
11.00
horas: Missa em Nisa
12.00
horas: Missa em Alpalhão
12.00
horas: Missa em Gáfete
15.30 horas: Missa em Cacheiro
15.30 horas: Missa em Arneiro.
PENSAMENTO
DO DIA
«Buscai
primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»
São
João XXIII
A VOZ DO PASTOR
PARA ALÉM DA MORTE A VIDA SEM FIM
Os cristãos rezam pelos seus falecidos desde os
primórdios. Foram encontradas orações escritas em túmulos, sobretudo de
mártires. Esta devoção foi crescendo como demonstração de fé na vida eterna e
de amor para com os falecidos. No século V, já se teria determinado um dia para
rezar por aqueles pelos quais ninguém rezava, iniciativa que se foi
consolidando até ao século XI, rezando por todos os defuntos. Cerca de dois
séculos depois foi estabelecido um dia oficial, o dia 2 de novembro. Depois do
Dia de Todos os Santos, o Dia de Todos os Fiéis Defuntos. Bento XV, por causa
da mortandade havida no primeira Grande Guerra, decretou que os Padres rezassem
três Eucaristias no Dia de Todos os Fiéis Defuntos. A doutrina católica baseia-se em
passagens bíblicas do Antigo e Novo Testamento, e apoia-se na Tradição da
Igreja.
Conforme as culturas e os lugares, há diferentes
formas de celebrar e honrar os mortos,
algumas até bastante festivas. Entre nós, os cristãos, fazemo-lo com
iniciativas diversas, segundo a fé e a devoção de cada um, de cada família, e
segundo os costumes das comunidades cristãs. As expressões mais comuns vão
desde a confissão sacramental para se participar na comunhão eucarística, à
celebração ou participação na Eucaristia, rezando também pelas intenções do
Santo Padre. Desde a oração pessoal ou familiar, em casa e na comunidade
cristã, à esmola, à mortificação e ao voluntariado por essa intenção. Desde as
visitas ou romagens ao Cemitério para rezar pelos falecidos, à participação em
eventos organizados. Desde o acender de velas sobre a campa, como que a
iluminar o caminho da eternidade, ao colocar uma coroa ou ramo de flores, a
simbolizar a vitória da vida sobre a morte e o amor para com os ali
sepultados...
Como sabemos, até à vinda gloriosa do
Senhor, no final dos tempos, os discípulos de Jesus distribuem-se por três
estados da única e mesma Igreja. Uns peregrinam sobre a terra, é a Igreja
militante. Outros, passada esta vida, são purificados no Purgatório, é a Igreja
padecente. Outros, também tendo passado já esta vida, são glorificados e já
contemplam Deus tal como Ele é, a Igreja triunfante. Mas todos comungamos no
mesmo amor de Deus e do próximo, embora de modo diverso. Há uma espécie de
corrente interna de graça entre os membros de toda a Igreja. Todos entoamos a
Deus o mesmo hino de louvor. Todos estamos unidos numa só Igreja e ligados uns
aos outros em Cristo. Jamais se interrompe a união dos que ainda caminham sobre
a terra com os irmãos que adormeceram na paz de Cristo. Antes pelo contrário, é
reforçada pela comunicação dos bens espirituais. Estando mais intimamente
unidos com Cristo, os bem-aventurados consolidam mais firmemente a Igreja na
santidade. Enobrecem o culto que ela presta a Deus na terra. Contribuem de muitas
maneiras para a sua mais ampla edificação em Cristo. Recebidos na Pátria
celeste e vivendo junto do Senhor, não cessam de interceder, com Ele e n'Ele, a
nosso favor diante do Pai. A nossa fraqueza é assim grandemente ajudada pela
sua solicitude de irmãos (cf. Lumen Gentium, 49).
Rezemos pelos vivos, companheiros de
viagem em direção à Pátria definitiva, saibamos dar as mãos uns aos outros.
Rezemos pelos que, tendo já partido, se purificam no Purgatório, é um dever de
gratidão, de caridade e de justiça. Peçamos a intercessão dos santos no Céu
para que nos convertamos e vivamos como verdadeiros filhos de Deus, com alegria
e esperança.
A lembrar que também há de partir, deixo-lhe a ladainha dos póstumos natais do
‘Cancioneiro de Natal’ de David de Jesus Mourão Ferreira, falecido a 16 de
junho de 1996.
“LADAINHA DOS PÓSTUMOS NATAIS
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que se veja à mesa o meu lugar vazio
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que hão de me lembrar de modo menos nítido
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que só uma voz me evoque a sós consigo
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que não viva já ninguém meu conhecido
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que nem vivo esteja um verso deste livro
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que terei de novo o Nada a sós comigo
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que nem o Natal terá qualquer sentido
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que o Nada retome a cor do Infinito”
..............
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco,
29-10-2021.