PARÓQUIAS
DE NISA
Sexta-feira,
01 de janeiro de 2021
Oitava de Natal
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LITURGIA
Sexta-feira:
Oitava do Natal do Senhor
SANTA
MARIA, MÃE DE DEUS – SOLENIDADE
Branco
– Ofício da solenidade. Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. de Nossa Senhora.
L 1 Num 6, 22-27; Sal 66 (67), 2-3. 5-6 e 8
L 2 Gal 4, 4-7
Ev Lc 2, 16-21
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* LIV Dia Mundial da Paz.
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – Aniversário da aprovação do
Instituto da Hospitalidade, mais tarde designado Ordem Hospitaleira (1572).
* Na Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição – Santa Maria, Mãe
de Deus, Padroeira do Vicariato Português – SOLENIDADE
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Ofertório para a Obra da Santa Infância.
* II Vésperas da solenidade – Compl. dep. II Vésp. dom.
Missa
ANTÍFONA
DE ENTRADA Sedúlio
Salvé, Santa Mãe, que destes à luz o Rei do céu e da terra.
Ou cf. Is 9, 2.6; Lc 1,33
Hoje sobre nós resplandece uma luz: nasceu o Senhor.
O seu nome será admirável, Deus forte, Pai da eternidade,
Príncipe da paz. E o seu reino não terá fim.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus,
que, pela virgindade fecunda de Maria Santíssima,
destes aos homens a salvação eterna,
fazei-nos sentir a intercessão daquela
que nos trouxe o Autor da vida, Jesus Cristo, vosso filho.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Num 6, 22-27
«Invocarão o meu nome sobre os filhos de
Israel e Eu os abençoarei»
Leitura do Livro
dos Números
O Senhor disse a Moisés: «Fala a Aarão e aos seus filhos e diz-lhes: Assim
abençoareis os filhos de Israel, dizendo: ‘O Senhor te abençoe e te proteja. O
Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O Senhor volte
para ti os seus olhos e te conceda a paz’. Assim invocarão o meu nome sobre os
filhos de Israel e Eu os abençoarei».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 66 (67), 2-3.5.6 e 8 (R. 2a)
Refrão: Deus Se compadeça de nós
e nos dê a sua bênção. Repete-se
Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção,
resplandeça sobre nós a luz do seu rosto.
Na terra se conhecerão os seus caminhos
e entre os povos a sua salvação. Refrão
Alegrem-se e exultem as nações,
porque julgais os povos com justiça
e governais as nações sobre a terra. Refrão
Os povos Vos louvem, ó Deus,
todos os povos Vos louvem.
Deus nos dê a sua bênção
e chegue o seu temor aos confins da terra. Refrão
LEITURA II Gal 4, 4-7
«Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher»
Leitura da
Epístola do apóstolo São Paulo aos Gálatas
Irmãos: Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido
de uma mulher e sujeito à Lei, para resgatar os que estavam sujeitos à Lei e
nos tornar seus filhos adotivos. E porque sois filhos, Deus enviou aos nossos
corações o Espírito de seu Filho, que clama: «Abá! Pai!». Assim, já não és
escravo, mas filho. E, se és filho, também és herdeiro, por graça de Deus.
Palavra do Senhor.
ALELUIA Hebr 1, 1-2
Refrão: Aleluia. Repete-se
Muitas vezes e de muitos modos
falou Deus antigamente aos nossos pais pelos Profetas.
Nestes dias, que são os últimos,
Deus falou-nos por seu Filho. Refrão
EVANGELHO Lc 2, 16-21
«Encontraram Maria, José e o Menino.
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, os pastores dirigiram-se apressadamente para Belém e encontraram
Maria, José e o Menino deitado na manjedoura. Quando O viram, começaram a
contar o que lhes tinham anunciado sobre aquele Menino. E todos os que ouviam
admiravam-se do que os pastores diziam. Maria conservava todos estes
acontecimentos, meditando-os em seu coração. Os pastores regressaram,
glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes
tinha sido anunciado. Quando se completaram os oito dias para o Menino ser
circuncidado, deram-Lhe o nome de Jesus, indicado pelo Anjo, antes de ter sido
concebido no seio materno.
Palavra da salvação.
Diz-se o Credo.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que dais origem a todos os bens
e os levais à sua plenitude,
nós vos pedimos,
nesta solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus:
Assim como celebramos festivamente as primícias da vossa graça,
tenhamos também a alegria de receber os seus frutos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio de Nossa Senhora I [na
maternidade]
No
Cânone Romano diz-se o communicantes
(Em comunhão com toda a Igreja) próprio. Nas Orações Eucarísticas II e III
faz-se também a comemoração própria do Natal.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Hebr 13, 8
Jesus Cristo, ontem e hoje e por toda a eternidade.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus,
recebemos com alegria os vossos sacramentos
nesta solenidade em que proclamamos
a Virgem Santa Maria, Mãe do vosso Filho e Mãe da Igreja:
fazei que esta comunhão nos ajude a crescer para a vida eterna.
Por Nosso Senhor.
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MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS – Num
6, 22-27: Recitada sobre o povo, que se havia reunido para o
sacrifício da manhã, esta bênção sacerdotal é um augúrio de paz para os filhos
de Israel. Esta «paz», que em si concentra todos os bens, é um dom de Deus.
Invadiu o mundo com o Nascimento de Jesus, pois o Salvador, realizando em Si as
promessas divinas de salvação, reconciliou-nos com o Pai e estabeleceu relações
fraternais entre os homens. Mas esta Paz, que se fundamenta na Paternidade
divina, é também uma conquista do homem. Na verdade, a paz, antes de ser uma
realidade externa, é uma disposição interior. «Se antes não se travassem
guerras em milhões de corações, também se não travariam no campo de batalha».
Cada um de nós deve ser, pois, construtor da paz verdadeira.
Gal
4, 4-7: O Mistério da Incarnação realiza-se na plenitude dos
tempos, no termo duma longa expectativa da humanidade, numa maravilhosa
manifestação da benevolência divina. Em Cristo, com efeito, Deus cumula os
homens de todas as bênçãos, concedendo-lhes a filiação divina e libertando-os
da escravidão da lei mosaica. Para produzir, porém, este duplo efeito, a
Encarnação realiza-se pela via normal dos homens e da lei. Cristo aceita um
nascimento humano e a submissão à lei. A lei situa-O na História da Salvação,
na História do Seu Povo; Maria situa-O entre os homens, Seus irmãos, que vem
libertar e salvar, tornando-os, à Sua semelhança, filhos do Pai. Maria assume
assim um papel insubstituível nesta revelação da Paternidade divina. É a Mãe de
Deus, que concebe Seu Filho por obra e graça do Espírito Santo. É a Mãe da
Igreja, Corpo de Cristo na terra.
Lc 2, 16-21: De
todos aqueles que virão a ser adotados em Cristo como filhos de Deus, os
pastores são os primeiros a receberem a Boa Notícia da Salvação. É, porém,
junto de Maria, Sua Mãe, a primeira crente, a totalmente disponível a Deus, que
encontram o Salvador e, n’Ele, se encontram com Deus. A intervenção discreta de
Maria ajudou-os, na verdade, a descobrir o verdadeiro rosto de Seu Filho. «A
Virgem Santíssima, predestinada para Mãe de Deus desde toda a eternidade,
simultaneamente com a Encarnação do Verbo, por disposição da divina providência
foi na terra a nobre Mãe do divino Redentor, a Sua mais generosa cooperadora e
a escrava humilde do Senhor – Cooperou de modo singular, com a sua fé,
esperança e ardente caridade, na obra do Salvador, para restaurar nas almas a
vida sobrenatural. É por esta razão nossa Mãe na ordem da graça» (LG., 61).
AGENDA DO DIA
09.00
horas: Missa em Montalvão
09.30
horas: Missa em Amieira do Tejo
09.30
horas: Missa em Santana
10.30
horas: Missa em Arez
10.45
horas: Missa em Tolosa
11.30
horas: Missa em Nisa
12.00
horas: Missa em Alpalhão
12.00
horas: Missa em Gáfete
15.00
horas: Funeral em Nisa.
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A VOZ DO PASTOR:
A CULTURA DO CUIDADO E O DOM DA PAZ
Ano novo vida nova, para todos e em toda a parte, sem
exceção, com muita saúde, alegria e paz! O ano 2020 causou muitos estragos e
dissabores. Embora a ciência esteja a indicar a porta de saída a essa coisa a
que se deu o nome de Covid-19, é de prever que, enquanto não a obrigarem a fazer
as malas e a partir definitivamente, ainda vá continuar a esgotar quem a
combate, a fazer perder mais vidas, a forçar a porta para entrar e fazer
sofrer, a prejudicar a economia, a cultura, o emprego, a alegria, a liberdade,
o convívio, a vida. Todos alimentamos a esperança de que a vacina a consiga vencer
e varrer, e que, quem de direito, garanta o acesso de todos à vacina, promovendo
a cultura do cuidado por esse mundo além, sem exceção de pessoa e lugar.
Para este primeiro dia do ano, Dia Litúrgico de Santa
Maria Mãe de Deus e Dia Mundial da Paz, o Papa Francisco escolheu como tema «a
cultura do cuidado como percurso de paz». Entende que a cultura do cuidado, “enquanto compromisso
comum, solidário e participativo para proteger e promover a dignidade e o bem
de todos, enquanto disposição a interessar-se, a prestar atenção, disposição à
compaixão, à reconciliação e à cura, ao respeito mútuo e ao acolhimento
recíproco, constitui uma via privilegiada para a construção da paz”. É mais um contributo do Papa “para erradicar a cultura
da indiferença, do descarte e do conflito, que hoje muitas vezes parece
prevalecer”. Se em todas as tradições religiosas há referências à origem do
homem, “à sua relação com o Criador, com a natureza e com os seus semelhantes”,
também na Bíblia, desde o início, “já estava contida a convicção atual de que
tudo está inter-relacionado e o cuidado autêntico da nossa própria vida e das
nossas relações com a natureza é inseparável da fraternidade, da justiça e da
fidelidade aos outros», acentua o Papa, para quem “a paz e a violência não
podem habitar na mesma morada” e “o auge da compreensão bíblica da justiça se
manifesta na forma como uma comunidade trata os mais frágeis no seu seio”.
A própria vida e o ministério de Jesus foram pautados
pelo gosto de cuidar e ensinar a cuidar dos outros, sobretudo dos mais frágeis,
até culminar na doação de si próprio, por todos, na Cruz. Cumpriu plenamente a
missão que o amor do Pai pela humanidade lhe confiou e abriu-nos “o caminho do
amor e disse a cada um: ‘Segue-Me! Faz tu também o mesmo’ (cf. Lc 10,
37).
As obras de misericórdia espirituais e corporais e o
serviço social da Igreja, que existe desde as origens e tem sido enriquecido ao
longo dos tempos, proporcionam “a todas as pessoas de boa vontade um precioso
património de princípios, critérios e indicações, donde se pode haurir a ‘gramática’
do cuidado: a promoção da dignidade de toda a pessoa humana, a solidariedade
com os pobres e indefesos, a solicitude pelo bem comum e a salvaguarda da
criação”.
Além disso, “o conceito de pessoa, que surgiu e
amadureceu no cristianismo, ajuda a promover um desenvolvimento plenamente
humano. Porque a pessoa exige sempre a relação e não o individualismo, afirma a
inclusão e não a exclusão, a dignidade singular, inviolável e não a exploração”. Da
dignidade da pessoa “derivam os direitos humanos, bem como os deveres, que
recordam, por exemplo, a responsabilidade de acolher e socorrer os pobres, os
doentes, os marginalizados, o nosso ‘próximo, vizinho ou distante no espaço e
no tempo’.
Francisco fala, pois, de Deus como modelo do cuidado,
do cuidado no ministério de Jesus, da cultura do cuidado na vida dos seguidores
de Jesus, dos princípios da doutrina social da Igreja como base da cultura do
cuidado, do cuidado como promoção da dignidade e dos direitos da pessoa, do
cuidado pelo bem comum, do cuidado através da solidariedade, do cuidado e da
salvaguarda da criação. E desafia “os responsáveis das Organizações
internacionais e dos Governos, dos mundos económico e científico, da comunicação
social e das instituições educativas a pegarem nesta ‘bússola’ dos princípios
acima lembrados para dar um rumo comum ao processo de globalização, ‘um
rumo verdadeiramente humano’. Este rumo “permitiria estimar o valor e a
dignidade de cada pessoa, agir conjunta e solidariamente em prol do bem comum,
aliviando quantos padecem por causa da pobreza, da doença, da escravidão, da
discriminação e dos conflitos”.
Através desta bússola, Francisco encoraja “todos a
tornarem-se profetas e testemunhas da cultura do cuidado, a fim de preencher
tantas desigualdades sociais”, coisa que só será possível “com um forte e
generalizado protagonismo das mulheres na família e em todas as esferas
sociais, políticas e institucionais”.
Mas esta bússola dos princípios sociais, necessária
para promover a cultura do cuidado, “vale também para as relações entre as
nações, que deveriam ser inspiradas pela fraternidade, o respeito mútuo, a
solidariedade e a observância do direito internacional”, reafirmando “a
proteção e a promoção dos direitos humanos fundamentais, que são inalienáveis,
universais e indivisíveis”.
A promoção da cultura do cuidado requer
um processo educativo que nasce na família e se prolonga na escola,
na universidade, nos meios da comunicação social, no papel das religiões na
medida em que transmitem aos fiéis e à sociedade os “valores da solidariedade,
do respeito pelas diferenças, do acolhimento e do cuidado dos irmãos mais
frágeis”.
Para todos os leitores, ao iniciarmos o Novo Ano,
torno presente a bênção da primeira leitura da Solenidade de Santa Maria Mãe de
Deus: “O Senhor te abençoe e proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face
e te seja favorável. O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz”.
Que a Sagrada Família de Nazaré proteja todas as
famílias e a todas ajude a compreender o verdadeiro valor e beleza da família,
o seu caráter sagrado e inviolável, o seu valor como berço da vida e primeira
instância educativa na cultura do cuidado, bem como o seu importante papel no âmbito
da solidariedade social.
Por iniciativa do Papa Francisco, desde o dia 8 de
dezembro passado, Dia da Imaculada Conceição, até 8 de dezembro de 2021, estamos
a viver um especial Ano dedicado a São José, comemorando os 150 anos desde que foi
proclamado Patrono da Igreja Católica. De 19 de março de 2021, Dia de São José,
até 26 de junho de 2022, acumularemos a vivência de um Ano “Família Amoris
Laetitia”, para avaliar e continuar a promover a receção da Carta Apostólica
Amoris Laetitia, publicada por Francisco há cinco anos.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 31-12-2020.