PARÓQUIAS
DE NISA
Domingo,
01 de setembro de 2019
XXII domingo do tempo comum
Ofício do domingo
DOMINGO
XXII DO TEMPO COMUM
Verde – Ofício do
domingo (Semana II do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Sir 3, 19-21. 30-31 (gr. 17-18.20.28-29);
Sal 67 (68), 4-5ac. 6-7ab. 10-11
L 2 Hebr 12, 18-19. 22-24a
Ev Lc 14, 1. 7-14
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Dia Mundial de Oração pela Criação (instituído pelo Papa Francisco em 2015).
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Sir 3, 19-21. 30-31 (gr. 17-18.20.28-29);
Sal 67 (68), 4-5ac. 6-7ab. 10-11
L 2 Hebr 12, 18-19. 22-24a
Ev Lc 14, 1. 7-14
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Dia Mundial de Oração pela Criação (instituído pelo Papa Francisco em 2015).
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 85, 3.5
Tende compaixão de mim, Senhor,
que a Vós clamo o dia inteiro.
Vós, Senhor, sois bom e indulgente,
cheio de misericórdia para aqueles que Vos invocam.
ORAÇÃO COLECTA
Deus do universo, de quem procede todo o dom perfeito,
infundi em nossos corações o amor do vosso nome
e, estreitando a nossa união convosco,
dai vida ao que em nós é bom
e protegei com solicitude esta vida nova.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Sir 3, 19-21.30-31 (gr.17-18.20.28-29)
«Humilha-te e encontrarás graça diante do Senhor»
Leitura do Livro de Ben-Sirá
Tende compaixão de mim, Senhor,
que a Vós clamo o dia inteiro.
Vós, Senhor, sois bom e indulgente,
cheio de misericórdia para aqueles que Vos invocam.
ORAÇÃO COLECTA
Deus do universo, de quem procede todo o dom perfeito,
infundi em nossos corações o amor do vosso nome
e, estreitando a nossa união convosco,
dai vida ao que em nós é bom
e protegei com solicitude esta vida nova.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Sir 3, 19-21.30-31 (gr.17-18.20.28-29)
«Humilha-te e encontrarás graça diante do Senhor»
Leitura do Livro de Ben-Sirá
Filho, em todas as tuas obras procede com humildade e serás mais estimado do que o homem generoso. Quanto mais importante fores, mais deves humilhar-te e encontrarás graça diante do Senhor. Porque é grande o poder do Senhor e os humildes cantam a sua glória. A desgraça do soberbo não tem cura, porque a árvore da maldade criou nele raízes. O coração do sábio compreende as máximas do sábio e o ouvido atento alegra-se com a sabedoria.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 67 (68), 4-7ab.10-11 (R. cf. 11b)
Refrão: Na vossa bondade, Senhor,
preparastes uma casa para o pobre. Repete-se
Os justos alegram-se na presença de Deus,
exultam e transbordam de alegria.
Cantai a Deus, entoai um cântico ao seu nome;
o seu nome é Senhor: exultai na sua presença. Refrão
Pai dos órfãos e defensor das viúvas,
é Deus na sua morada santa.
Aos abandonados Deus prepara uma casa,
conduz os cativos à liberdade. Refrão
Derramastes, ó Deus, uma chuva de bênçãos,
restaurastes a vossa herança enfraquecida.
A vossa grei estabeleceu-se numa terra
que a vossa bondade, ó Deus,
preparara ao oprimido. Refrão
LEITURA II Hebr 12, 18-19.22-24a
«Aproximastes-vos do monte Sião, da cidade do Deus vivo»
Leitura da Epístola aos Hebreus
Irmãos: Vós não vos aproximastes de uma realidade sensível, como os israelitas no monte Sinai: o fogo ardente, a nuvem escura, as trevas densas ou a tempestade, o som da trombeta e aquela voz tão retumbante que os ouvintes suplicaram que não lhes falasse mais. Vós aproximastes-vos do monte Sião, da cidade do Deus vivo, a Jerusalém celeste, de muitos milhares de Anjos em reunião festiva, de uma assembleia de primogénitos inscritos no Céu, de Deus, juiz do universo, dos espíritos dos justos que atingiram a perfeição e de Jesus, mediador da nova aliança.
Palavra do Senhor.
ALELUIA Mt 11, 29ab
Refrão: Aleluia. Repete-se
Tomai o meu jugo sobre vós, diz o Senhor,
e aprendei de Mim,
que sou manso e humilde de coração. Refrão
EVANGELHO Lc 14, 1.7-14
«Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus entrou, num sábado, em casa de um dos principais fariseus para tomar uma refeição. Todos O observavam. Ao notar como os convidados escolhiam os primeiros lugares, Jesus disse-lhes esta parábola: «Quando fores convidado para um banquete nupcial, não tomes o primeiro lugar. Pode acontecer que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu; então, aquele que vos convidou a ambos, terá que te dizer: ‘Dá o lugar a este’; e ficarás depois envergonhado, se tiveres de ocupar o último lugar. Por isso, quando fores convidado, vai sentar-te no último lugar; e quando vier aquele que te convidou, dirá: ‘Amigo, sobe mais para cima’; ficarás então honrado aos olhos dos outros convidados. Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado». Jesus disse ainda a quem O tinha convidado: «Quando ofereceres um almoço ou um jantar, não convides os teus amigos nem os teus irmãos, nem os teus parentes nem os teus vizinhos ricos, não seja que eles por sua vez te convidem e assim serás retribuído. Mas quando ofereceres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos; e serás feliz por eles não terem com que retribuir-te: ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, a oferta que Vos apresentamos
e realizai em nós, com o poder da vossa graça,
a redenção que celebramos nestes mistérios.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 30, 20
Como é grande, Senhor,
a vossa bondade para aqueles que Vos servem!
Ou Mt 5, 9-10
Bem-aventurados os pacíficos,
porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por amor da justiça,
porque deles é o reino dos céus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão da mesa celeste,
fazei que esta fonte de caridade
fortaleça os nossos corações
e nos leve a servir-Vos nos nossos irmãos.
Por Nosso Senhor.
«Se
queres ir depressa vai sozinho; se queres ir longe vai com companhia»
Provérbio africano
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1. Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS Sir 3, 19-21.30-31
(gr.17-18.20.28-29): Se “a humildade é a verdade”, no dizer
de S. Teresa, nada pode ser mais certo e mais agradável a Deus do que a
humildade. É ela que prepara o íntimo do coração para poder receber a palavra
de Deus e permitir-lhe que aí lance raízes e dê fruto.
Hebr
12, 18-19.22-24a: O povo de Deus do Antigo Testamento
vivia da lembrança das maravilhas que Deus por ele tinha feito, sobretudo
aquando da saída do Egipto e da entrada na Terra Prometida. Nesta leitura
declara-se que hoje não são já esses milagres que se repetem para nós, mas que
muito mais foi o que Deus por nós fez ao introduzir-nos com Cristo na Igreja, a
cidade santa de Deus, de que o monte Sião era uma imagem, visto que lá estava o
Templo de Deus.
Lc
14, 1.7-14: A propósito de um caso muito concreto, Jesus
ensina aos seus discípulos a humildade, particularmente nas relações com os
outros, e que é melhor ir ao encontro dos simples e humildes do que apoiar-se,
egoistamente, naqueles de quem se espera vir a receber.
ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
09.30 horas: Missa em
Amieira do Tejo
10.00 horas: Missa em
Arez
11.00 horas: Missa em
Nisa
12.00 horas: Missa em
Alpalhão
12.00 horas: Missa em Gáfete
17.30 horas: Missa no
Arneiro
16.00 horas: Missa em Steyl
17.30 horas: Missa em Montalvão
A VOZ DO PASTOR
Ao longo da história, sempre existiram pessoas a despertar e a manter viva
a consciência coletiva. Atentas aos sinais dos tempos, sem preconceitos, sabem
apreciar e interpretar os fenómenos sociais e os seus impactos no futuro. Por
isso, sem subserviências e com olhos de ver, tornam-se críticos mordazes do
poder e da governança e nada moles na forma de o fazer. Procuram sacudir, fazer
acordar, forçar a inversão das coisas. Não são pessoas frustradas ou de mal com
a vida, são profetas, e basta!... Por isso, embora sejam indispensáveis no
desenrolar da História, não raro, tornam-se antipáticos, fazem aquecer os
fusíveis dos dormentes e instalados nas suas seguranças, ao ponto de serem
fortemente admoestados, silenciados, perseguidos, presos... Vivem convictos de
que o poder não pertence à essência da humanidade. Mesmo que constituídas em
autoridade, as pessoas são relativas, e quem o tem, exerce um poder delegado e
em função do bem comum. Exerce-o não só para cuidar da prosperidade económica e
do bem estar social, mas também para que a pessoa se realize em plenitude. E a
pessoa aspira à imortalidade, tem dentro de si ambições de infinito, parece-lhe
impossível que para lá do horizonte da História e da complexidade majestosa e
bela do universo, não haja algo que corresponda a esta sua ânsia interior de
sobrevivência e sentido. Para nós, os crentes, a história caminha, de facto, em
direção aos Novos Céus e à Nova Terra (cf. Ap 21,1). Em direção a uma realidade
que nem os olhos viram, nem os ouvidos escutaram, nem qualquer mente humana,
por mais sagaz que seja, pode sequer
imaginar! (cf. 1Cor 2,9).
O sentido último da existência de qualquer autoridade é servir, rasgando
horizontes de alegria e de verdadeira esperança. Não se trata de querer
teocracias ou regimes sagrados. Tampouco se trata de querer ferir a justa
autonomia das realidades terrenas ou de querer que todos pensem e digam a mesma
coisa ou governem de igual forma. Trata-se de um exercício do poder que seja
capaz de promover o bem comum de forma verdadeiramente solidária e fraterna, na
justiça e na paz. Que faça convergir as energias de todos os cidadãos no bom
uso da sua liberdade e na consciência do próprio dever e sentido de
responsabilidade. Esta missão de congregar e conduzir o povo à alegria de viver
com esperança, se reclama competência, também exige humildade e respeito por
todos, tendo presente que todas as formas de absolutismo significam retrocesso
e fiasco. Quando se tem consciência do exercício do poder como responsabilidade
delegada e se age em conformidade, todos, crentes e não crentes, poderemos ir
petiscando, desde já, um pouquinho dessa vida que nós, os crentes, esperamos
viver em plenitude nos Novos Céus e na Nova Terra, onde também esperamos ver,
com grande júbilo e satisfação, os Tomés de hoje, emocionalmente deslumbrados e
a confessar: “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20, 28).
Tudo isto vem a propósito do profeta Elias e da sua ação. Outrora, o grande
império do rei Salomão, por razões da fragilidade humana, dividira-se em dois
reinos. Cada um sem qualquer projeção política e ambos sempre mal servidos. O
profeta Elias constata o mal estar do povo e confronta-se com os desmandos
governativos do rei Acab. Acab tinha-se casado com uma princesa fenícia que
logo arrasta consigo os costumes e a religião dos fenícios, onde o deus Baal
era considerado o senhor da fertilidade e da vida. No entanto, em vez da vida
que o povo esperava, o país, para além da incompetência governativa, sofre uma
terrível seca e, consequentemente, a ruina do povo. Elias mostra que se a
situação se deve à débil governança sem justiça e sem direito, também se deve
ao facto de terem voltado as costas ao Deus da Aliança. Surge assim um forte
quiproquó entre Elias e o rei Acab e os profetas de Baal subservientes ao poder
do rei. Elias desmascara os deuses falsos e aqueles que os servem. Esforça-se
por levar o povo à redescoberta da verdade e a fazer com que ele escolha, de
novo, o Deus que dá a vida e não os ídolos que provocam a morte. O rei Acab não
gostou da festa, saiu ao encontro de Elias considerando-o a ruína de Israel e
com vontade de lhe cortar o pescoço. Elias, porém, responde que «Não, eu não
sou a ruína de Israel. Pelo contrário, tu e a casa de teu pai é que o sois,
por terdes abandonado os preceitos do Senhor”.
Empoleirados nas suas certezas, travam-se de razões e fazem uma aposta
para fazer valer cada um a sua razão e a sua força. Assim, o rei Acab convocou
a sua malta e todos os profetas de Baal e de Achera, centenas deles. Elias, o
único profeta do Senhor que ainda restava, aproximou-se deles e chama-os a
atenção pelo facto de viverem na indecisão, com um pé dentro e outro fora: “Até
quando coxeareis com as duas pernas? Se Javé é o Deus verdadeiro, segui a Javé.
Se é Baal, segui a Baal!» O povo não respondeu a esta tirada de Elias, não
sabia o que responder. Então, Elias coloca sobre a mesa os dados da aposta, um
momento com certo humor que até podemos imaginar e espreitar da nossa janela.
Elias pediu dois novilhos para que eles escolhessem um, o preparassem e colocassem
sobre a lenha, mas sem lhe chegar fogo. Elias ficaria com o outro,
prepará-lo-ia e colocá-lo-ia sobre a lenha, também sem lhe chegar fogo.
Invocariam então, cada um o seu Deus e aquele que respondesse enviando o fogo
para consumir a vítima seria reconhecido como o único Deus verdadeiro. Todos
acharam muito bem. Com certeza que apertaram a mão ou trocaram outro gesto
habitual a selar a aposta. E lá chegou a hora do ajuste de contas. As centenas
de profetas de Baal, ligados ao rei Acab, depois de terem preparado as coisas,
foram os primeiros a invocar o seu deus, Baal. Invocaram-no “desde manhã até ao
meio-dia, gritando: «Baal, escuta-nos!» Mas nenhuma voz se ouviu, nem houve
quem respondesse. E dançavam à volta do altar que tinham
levantado. Quando era já meio-dia, Elias começou a escarnecer deles,
dizendo: «Gritai com mais força! Talvez esse deus esteja entretido com alguma
conversa! Ou então estará ocupado, ou anda de viagem. Talvez esteja a dormir! É
preciso acordá-lo!» Então eles gritavam em voz alta, feriam-se, segundo
o seu costume, com espadas e lanças, até ficarem cobertos de sangue. Passado
o meio-dia, continuaram enfurecidos, até à hora em que era habitual fazer-se
a oblação. Mas não se ouviu resposta nem qualquer sinal de atenção”.
Chegou então a vez de Elias invocar o seu Deus. Todo o povo se aproximou
dele enquanto ele preparava as coisas. Erigiu um altar ao nome do Senhor e
cavou um sulco em volta do altar. Dispôs a lenha e colocou o novinho já
esquartejado e pronto sobre ela, e disse-lhes: «Enchei quatro talhas de
água e derramai-a sobre o holocausto e sobre a lenha.» Depois acrescentou:
«Tornai a fazer o mesmo.» Tendo eles repetido o gesto, acrescentou: «Fazei-o
pela terceira vez.» Eles obedeceram. A água correu à volta do altar até o
sulco ficar completamente cheio. À hora do sacrifício, o profeta Elias
aproximou-se, dizendo: «Senhor, Deus de Abraão, de Isaac e de Israel, mostra
hoje que és Tu o Deus em Israel, que eu sou o teu servo; às tuas ordens é que eu
fiz tudo isto. Responde-me, Senhor, responde-me! Que este povo reconheça
que Tu, Senhor, é que és Deus, aquele que lhes converte os corações.» De
repente, o fogo do Senhor caiu do céu e consumiu o holocausto, a lenha, as
pedras, a lama e até mesmo a própria água do sulco. Ao ver isto, o povo
prostrou-se de rosto por terra, exclamando: «O Senhor é que é Deus! O Senhor é
que é Deus!» (1Reis 18).
Perante tantos deuses que o mundo de hoje nos oferece e entroniza, é bom
que não nos deixemos coxear com as duas pernas, que não andemos também nós com
um pé dentro e outro fora...
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 30-08-2019