sábado, 31 de agosto de 2019





PARÓQUIAS DE NISA

Domingo, 01 de setembro de 2019










XXII domingo do tempo comum



Ofício do domingo




DOMINGO XXII DO TEMPO COMUM

Verde – Ofício do domingo (Semana II do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.

L 1 Sir 3, 19-21. 30-31 (gr. 17-18.20.28-29);
Sal 67 (68), 4-5ac. 6-7ab. 10-11
L 2 Hebr 12, 18-19. 22-24a
Ev Lc 14, 1. 7-14


* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Dia Mundial de Oração pela Criação (instituído pelo Papa Francisco em 2015).
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.



MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 85, 3.5
Tende compaixão de mim, Senhor,
que a Vós clamo o dia inteiro.
Vós, Senhor, sois bom e indulgente,
cheio de misericórdia para aqueles que Vos invocam.


ORAÇÃO COLECTA
Deus do universo, de quem procede todo o dom perfeito,
infundi em nossos corações o amor do vosso nome
e, estreitando a nossa união convosco,
dai vida ao que em nós é bom
e protegei com solicitude esta vida nova.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Sir 3, 19-21.30-31 (gr.17-18.20.28-29)
«Humilha-te e encontrarás graça diante do Senhor»


Leitura do Livro de Ben-Sirá

Filho, em todas as tuas obras procede com humildade e serás mais estimado do que o homem generoso. Quanto mais importante fores, mais deves humilhar-te e encontrarás graça diante do Senhor. Porque é grande o poder do Senhor e os humildes cantam a sua glória. A desgraça do soberbo não tem cura, porque a árvore da maldade criou nele raízes. O coração do sábio compreende as máximas do sábio e o ouvido atento alegra-se com a sabedoria.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 67 (68), 4-7ab.10-11 (R. cf. 11b)

Refrão: Na vossa bondade, Senhor,
preparastes uma casa para o pobre
. Repete-se

Os justos alegram-se na presença de Deus,
exultam e transbordam de alegria.
Cantai a Deus, entoai um cântico ao seu nome;
o seu nome é Senhor: exultai na sua presença. Refrão

Pai dos órfãos e defensor das viúvas,
é Deus na sua morada santa.
Aos abandonados Deus prepara uma casa,
conduz os cativos à liberdade. Refrão

Derramastes, ó Deus, uma chuva de bênçãos,
restaurastes a vossa herança enfraquecida.
A vossa grei estabeleceu-se numa terra
que a vossa bondade, ó Deus,
preparara ao oprimido. Refrão


LEITURA II Hebr 12, 18-19.22-24a
«Aproximastes-vos do monte Sião, da cidade do Deus vivo»


Leitura da Epístola aos Hebreus

Irmãos: Vós não vos aproximastes de uma realidade sensível, como os israelitas no monte Sinai: o fogo ardente, a nuvem escura, as trevas densas ou a tempestade, o som da trombeta e aquela voz tão retumbante que os ouvintes suplicaram que não lhes falasse mais. Vós aproximastes-vos do monte Sião, da cidade do Deus vivo, a Jerusalém celeste, de muitos milhares de Anjos em reunião festiva, de uma assembleia de primogénitos inscritos no Céu, de Deus, juiz do universo, dos espíritos dos justos que atingiram a perfeição e de Jesus, mediador da nova aliança.

Palavra do Senhor.


ALELUIA Mt 11, 29ab
Refrão: Aleluia. Repete-se

Tomai o meu jugo sobre vós, diz o Senhor,
e aprendei de Mim,
que sou manso e humilde de coração. Refrão


EVANGELHO Lc 14, 1.7-14
«Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, Jesus entrou, num sábado, em casa de um dos principais fariseus para tomar uma refeição. Todos O observavam. Ao notar como os convidados escolhiam os primeiros lugares, Jesus disse-lhes esta parábola: «Quando fores convidado para um banquete nupcial, não tomes o primeiro lugar. Pode acontecer que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu; então, aquele que vos convidou a ambos, terá que te dizer: ‘Dá o lugar a este’; e ficarás depois envergonhado, se tiveres de ocupar o último lugar. Por isso, quando fores convidado, vai sentar-te no último lugar; e quando vier aquele que te convidou, dirá: ‘Amigo, sobe mais para cima’; ficarás então honrado aos olhos dos outros convidados. Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado». Jesus disse ainda a quem O tinha convidado: «Quando ofereceres um almoço ou um jantar, não convides os teus amigos nem os teus irmãos, nem os teus parentes nem os teus vizinhos ricos, não seja que eles por sua vez te convidem e assim serás retribuído. Mas quando ofereceres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos; e serás feliz por eles não terem com que retribuir-te: ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, a oferta que Vos apresentamos
e realizai em nós, com o poder da vossa graça,
a redenção que celebramos nestes mistérios.
Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 30, 20
Como é grande, Senhor,
a vossa bondade para aqueles que Vos servem!

Ou Mt 5, 9-10
Bem-aventurados os pacíficos,
porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por amor da justiça,
porque deles é o reino dos céus.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão da mesa celeste,
fazei que esta fonte de caridade
fortaleça os nossos corações
e nos leve a servir-Vos nos nossos irmãos.
Por Nosso Senhor.



«Se queres ir depressa vai sozinho; se queres ir longe vai com companhia»

Provérbio africano



ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia

1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS Sir 3, 19-21.30-31 (gr.17-18.20.28-29): Se “a humildade é a verdade”, no dizer de S. Teresa, nada pode ser mais certo e mais agradável a Deus do que a humildade. É ela que prepara o íntimo do coração para poder receber a palavra de Deus e permitir-lhe que aí lance raízes e dê fruto.

Hebr 12, 18-19.22-24a: O povo de Deus do Antigo Testamento vivia da lembrança das maravilhas que Deus por ele tinha feito, sobretudo aquando da saída do Egipto e da entrada na Terra Prometida. Nesta leitura declara-se que hoje não são já esses milagres que se repetem para nós, mas que muito mais foi o que Deus por nós fez ao introduzir-nos com Cristo na Igreja, a cidade santa de Deus, de que o monte Sião era uma imagem, visto que lá estava o Templo de Deus.

Lc 14, 1.7-14: A propósito de um caso muito concreto, Jesus ensina aos seus discípulos a humildade, particularmente nas relações com os outros, e que é melhor ir ao encontro dos simples e humildes do que apoiar-se, egoistamente, naqueles de quem se espera vir a receber.

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA


09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo
10.00 horas: Missa em Arez
11.00 horas: Missa em Nisa
12.00 horas: Missa em Alpalhão
12.00 horas: Missa em Gáfete
17.30 horas: Missa no Arneiro
16.00 horas: Missa em Steyl
17.30 horas: Missa em Montalvão




A VOZ DO PASTOR


MAS QUE GRANDE GRITARIA AQUELA!....

Ao longo da história, sempre existiram pessoas a despertar e a manter viva a consciência coletiva. Atentas aos sinais dos tempos, sem preconceitos, sabem apreciar e interpretar os fenómenos sociais e os seus impactos no futuro. Por isso, sem subserviências e com olhos de ver, tornam-se críticos mordazes do poder e da governança e nada moles na forma de o fazer. Procuram sacudir, fazer acordar, forçar a inversão das coisas. Não são pessoas frustradas ou de mal com a vida, são profetas, e basta!... Por isso, embora sejam indispensáveis no desenrolar da História, não raro, tornam-se antipáticos, fazem aquecer os fusíveis dos dormentes e instalados nas suas seguranças, ao ponto de serem fortemente admoestados, silenciados, perseguidos, presos... Vivem convictos de que o poder não pertence à essência da humanidade. Mesmo que constituídas em autoridade, as pessoas são relativas, e quem o tem, exerce um poder delegado e em função do bem comum. Exerce-o não só para cuidar da prosperidade económica e do bem estar social, mas também para que a pessoa se realize em plenitude. E a pessoa aspira à imortalidade, tem dentro de si ambições de infinito, parece-lhe impossível que para lá do horizonte da História e da complexidade majestosa e bela do universo, não haja algo que corresponda a esta sua ânsia interior de sobrevivência e sentido. Para nós, os crentes, a história caminha, de facto, em direção aos Novos Céus e à Nova Terra (cf. Ap 21,1). Em direção a uma realidade que nem os olhos viram, nem os ouvidos escutaram, nem qualquer mente humana, por mais  sagaz que seja, pode sequer imaginar! (cf. 1Cor 2,9).
O sentido último da existência de qualquer autoridade é servir, rasgando horizontes de alegria e de verdadeira esperança. Não se trata de querer teocracias ou regimes sagrados. Tampouco se trata de querer ferir a justa autonomia das realidades terrenas ou de querer que todos pensem e digam a mesma coisa ou governem de igual forma. Trata-se de um exercício do poder que seja capaz de promover o bem comum de forma verdadeiramente solidária e fraterna, na justiça e na paz. Que faça convergir as energias de todos os cidadãos no bom uso da sua liberdade e na consciência do próprio dever e sentido de responsabilidade. Esta missão de congregar e conduzir o povo à alegria de viver com esperança, se reclama competência, também exige humildade e respeito por todos, tendo presente que todas as formas de absolutismo significam retrocesso e fiasco. Quando se tem consciência do exercício do poder como responsabilidade delegada e se age em conformidade, todos, crentes e não crentes, poderemos ir petiscando, desde já, um pouquinho dessa vida que nós, os crentes, esperamos viver em plenitude nos Novos Céus e na Nova Terra, onde também esperamos ver, com grande júbilo e satisfação, os Tomés de hoje, emocionalmente deslumbrados e a confessar: “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20, 28).
Tudo isto vem a propósito do profeta Elias e da sua ação. Outrora, o grande império do rei Salomão, por razões da fragilidade humana, dividira-se em dois reinos. Cada um sem qualquer projeção política e ambos sempre mal servidos. O profeta Elias constata o mal estar do povo e confronta-se com os desmandos governativos do rei Acab. Acab tinha-se casado com uma princesa fenícia que logo arrasta consigo os costumes e a religião dos fenícios, onde o deus Baal era considerado o senhor da fertilidade e da vida. No entanto, em vez da vida que o povo esperava, o país, para além da incompetência governativa, sofre uma terrível seca e, consequentemente, a ruina do povo. Elias mostra que se a situação se deve à débil governança sem justiça e sem direito, também se deve ao facto de terem voltado as costas ao Deus da Aliança. Surge assim um forte quiproquó entre Elias e o rei Acab e os profetas de Baal subservientes ao poder do rei. Elias desmascara os deuses falsos e aqueles que os servem. Esforça-se por levar o povo à redescoberta da verdade e a fazer com que ele escolha, de novo, o Deus que dá a vida e não os ídolos que provocam a morte. O rei Acab não gostou da festa, saiu ao encon­tro de Elias considerando-o a ruína de Israel e com vontade de lhe cortar o pescoço. Elias, porém, responde que «Não, eu não sou a ruína de Israel. Pelo con­trá­rio, tu e a casa de teu pai é que o sois, por terdes abandonado os pre­ceitos do Senhor”.  Empoleirados nas suas certezas, travam-se de razões e fazem uma aposta para fazer valer cada um a sua razão e a sua força. Assim, o rei Acab convocou a sua malta e todos os profe­tas de Baal e de Achera, centenas deles. Elias, o único profeta do Senhor que ainda restava, aproximou-se deles e chama-os a atenção pelo facto de viverem na indecisão, com um pé dentro e outro fora: “Até quando coxeareis com as duas pernas? Se Javé é o Deus verdadeiro, segui a Javé. Se é Baal, segui a Baal!» O povo não respon­deu a esta tirada de Elias, não sabia o que responder. Então, Elias coloca sobre a mesa os dados da aposta, um momento com certo humor que até podemos imaginar e espreitar da nossa janela. Elias pediu dois novilhos para que eles escolhessem um, o preparassem e colocassem sobre a lenha, mas sem lhe chegar fogo. Elias ficaria com o outro, prepará-lo-ia e colocá-lo-ia sobre a lenha, também sem lhe chegar fogo. Invocariam então, cada um o seu Deus e aquele que respondesse enviando o fogo para consumir a vítima seria reconhecido como o único Deus verdadeiro. Todos acharam muito bem. Com certeza que apertaram a mão ou trocaram outro gesto habitual a selar a aposta. E lá chegou a hora do ajuste de contas. As centenas de profetas de Baal, ligados ao rei Acab, depois de terem preparado as coisas, foram os primeiros a invocar o seu deus, Baal. Invocaram-no “desde manhã até ao meio-dia, gritando: «Baal, escuta-nos!» Mas nenhuma voz se ouviu, nem houve quem respon­desse. E dan­­­çavam à volta do altar que tinham levantado. Quando era já meio-dia, Elias começou a escar­ne­­cer deles, dizendo: «Gritai com mais força! Talvez esse deus esteja entre­tido com alguma conversa! Ou então estará ocupado, ou anda de viagem. Talvez esteja a dormir! É preciso acordá-lo!» Então eles gri­ta­vam em voz alta, feriam-se, se­gun­do o seu cos­tume, com espadas e lanças, até ficarem cobertos de sangue. Pas­sado o meio-dia, conti­nuaram enfureci­dos, até à hora em que era habitual fazer-se a oblação. Mas não se ouviu res­posta nem qualquer sinal de atenção”.
Chegou então a vez de Elias invocar o seu Deus. Todo o povo se aproximou dele enquanto ele preparava as coisas. Erigiu um altar ao nome do Senhor e cavou um sulco em volta do altar. Dispôs a le­nha e colo­cou o novinho já esquar­te­jado e pronto sobre ela, e disse-lhes: «Enchei quatro talhas de água e derramai-a sobre o holo­causto e sobre a lenha.» Depois acres­centou: «Tornai a fazer o mes­mo.» Tendo eles repetido o gesto, acres­centou: «Fazei-o pela terceira vez.» Eles obede­ceram. A água correu à volta do altar até o sulco ficar com­pleta­mente cheio. À hora do sacri­fício, o profeta Elias aproxi­mou-se, di­zendo: «Se­nhor, Deus de Abraão, de Isaac e de Israel, mostra hoje que és Tu o Deus em Israel, que eu sou o teu servo; às tuas ordens é que eu fiz tudo isto. Res­ponde-me, Se­nhor, responde-me! Que este povo reco­nheça que Tu, Senhor, é que és Deus, aquele que lhes converte os corações.» De repente, o fogo do Senhor caiu do céu e consumiu o holocausto, a lenha, as pedras, a lama e até mesmo a própria água do sulco. Ao ver isto, o povo prostrou-se de rosto por terra, exclamando: «O Se­nhor é que é Deus! O Senhor é que é Deus!» (1Reis 18).
Perante tantos deuses que o mundo de hoje nos oferece e entroniza, é bom que não nos deixemos coxear com as duas pernas, que não andemos também nós com um pé dentro e outro fora...

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 30-08-2019





sexta-feira, 30 de agosto de 2019






PARÓQUIAS DE NISA

Sábado, 31 de agosto de 2019











Sábado da XXI semana do tempo comum



Ofício da féria





SÁBADO da semana XXI

Santa Maria no Sábado – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 1 Tes 4, 9-11; Sal 97 (98), 1. 7-8. 9
Ev Mt 25, 14-30


* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.



MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 85, 1-3
Inclinai o vosso ouvido e atendei-me, Senhor,
salvai o vosso servo, que em vós confia.
Tende compaixão de mim, Senhor,
que a Vós clamo o dia inteiro.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor Deus,
que unis os corações dos fiéis num único desejo,
fazei que o vosso povo ame o que mandais
e espere o que prometeis,
para que, no meio da instabilidade deste mundo,
fixemos os nossos corações
onde se encontram as verdadeiras alegrias.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 1 Tes 4, 9-11
«Vós mesmos aprendestes de Deus
a amar-vos uns aos outros»



Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses

Irmãos: Sobre o amor fraterno, não precisais que vos escreva, porque vós mesmos aprendestes de Deus a amar-vos uns aos outros. E assim fazeis com todos os irmãos na Macedónia. Nós vos exortamos, irmãos, a progredir cada vez mais, tendo como ponto de honra viver em paz, ocupando-vos dos vossos assuntos e trabalhando com as vossas próprias mãos, como vos ordenámos.

Palavra do Senhor.



SALMO RESPONSORIAL Salmo 97 (98), 1.7-8.9 (R. 9)
Refrão: O Senhor julgará os povos com justiça. Repete-se


Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória. Refrão

Ressoe o mar e tudo o que ele encerra,
a terra inteira e tudo o que nela habita;
aplaudam os rios
e as montanhas exultem de alegria. Refrão

Diante do Senhor que vem,
que vem para julgar a terra:
julgará o mundo com justiça
e os povos com equidade. Refrão


ALELUIA Jo 13, 34
Refrão: Aleluia Repete-se

Dou-vos um mandamento novo, diz o Senhor:
amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Refrão


EVANGELHO Mt 25, 14-30
«Foste fiel em coisas pequenas:
vem tomar parte na alegria do teu Senhor»



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Um homem, ao partir de viagem, chamou os seus servos e confiou-lhes os seus bens. A um entregou cinco talentos, a outro dois e a outro um, conforme a capacidade de cada qual; e depois partiu. O que tinha recebido cinco talentos fê-los render e ganhou outros cinco. Do mesmo modo, o que recebera dois talentos ganhou outros dois. Mas, o que recebera um só talento foi escavar a terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. Muito tempo depois, chegou o senhor daqueles servos e foi ajustar contas com eles. O que recebera cinco talentos aproximou-se e apresentou outros cinco, dizendo: ‘Senhor, confiaste-me cinco talentos: aqui estão outros cinco que eu ganhei’. Respondeu-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel. Porque foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes. Vem tomar parte na alegria do teu senhor’. Aproximou-se também o que recebera dois talentos e disse: ‘Senhor, confiaste-me dois talentos: aqui estão outros dois que eu ganhei’. Respondeu-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel. Porque foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes. Vem tomar parte na alegria do teu senhor’. Aproximou-se também o que recebera um só talento e disse: ‘Senhor, eu sabia que és um homem severo, que colhes onde não semeaste e recolhes onde nada lançaste. Por isso, tive medo e escondi o teu talento na terra. Aqui tens o que te pertence’. O senhor respondeu-lhe: ‘Servo mau e preguiçoso, sabias que ceifo onde não semeei e recolho onde nada lancei; devias, portanto, depositar no banco o meu dinheiro e eu teria, ao voltar, recebido com juro o que era meu. Tirai-lhe então o talento e dai-o àquele que tem dez. Porque, a todo aquele que tem, dar-se-á mais e terá em abundância; mas, àquele que não tem, até o pouco que tem lhe será tirado. Quanto ao servo inútil, lançai-o às trevas exteriores. Aí haverá choro e ranger de dentes’».

Palavra do salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor, que pelo único sacrifício da cruz,
formastes para Vós um povo de adopção filial,
concedei à vossa Igreja o dom da unidade e da paz.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 103, 13-15
Encheis a terra, Senhor, com o fruto das vossas obras.
Da terra fazeis brotar o pão
e o vinho que alegra o coração do homem.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Realizai em nós plenamente, Senhor,
a acção redentora da vossa misericórdia
e fazei-nos tão generosos e fortes
que possamos agradar-Vos em toda a nossa vida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.




«O ensinamento mais  importante que transmitimos é aquele que vivemos».


S. Francisco de Assis




ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia

1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS 1 Tes 4, 9-11: S. Paulo exorta os Tessalonicenses à caridade cada vez maior de uns para com os outros, ainda que eles já assim vivessem habitualmente. Respira-se nesta passagem a paz e a alegria em que as primitivas comunidades cristãs viviam, como novidade que tinham aprendido do próprio Deus, pelo Evangelho de seu Filho, Jesus Cristo. Esta santidade de vida manifesta-se, no dia a dia, nas ocupações normais da vida de cada um, na caridade fraterna, na vida em paz, no trabalho feito com as próprias mãos.

Mt 25, 14-30 : Escutamos hoje outra parábola, que sublinha o sentido que a vida deve tomar, quando se olha para o seu fim. Em vida, somos administradores dos dons de Deus; por isso, o julgamento recairá sobre o uso que tivermos feito desses dons. A boa administração dos mesmos, levar-nos-á à comunhão eterna com a fonte de todos eles, na alegria do Senhor.

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA


09.00 horas: Funeral em Nisa - Misericórdia
16.00 horas: Missa no Pardo
18.00 horas: Missa em Nisa.





A VOZ DO PASTOR


MAS QUE GRANDE GRITARIA AQUELA!....

Ao longo da história, sempre existiram pessoas a despertar e a manter viva a consciência coletiva. Atentas aos sinais dos tempos, sem preconceitos, sabem apreciar e interpretar os fenómenos sociais e os seus impactos no futuro. Por isso, sem subserviências e com olhos de ver, tornam-se críticos mordazes do poder e da governança e nada moles na forma de o fazer. Procuram sacudir, fazer acordar, forçar a inversão das coisas. Não são pessoas frustradas ou de mal com a vida, são profetas, e basta!... Por isso, embora sejam indispensáveis no desenrolar da História, não raro, tornam-se antipáticos, fazem aquecer os fusíveis dos dormentes e instalados nas suas seguranças, ao ponto de serem fortemente admoestados, silenciados, perseguidos, presos... Vivem convictos de que o poder não pertence à essência da humanidade. Mesmo que constituídas em autoridade, as pessoas são relativas, e quem o tem, exerce um poder delegado e em função do bem comum. Exerce-o não só para cuidar da prosperidade económica e do bem estar social, mas também para que a pessoa se realize em plenitude. E a pessoa aspira à imortalidade, tem dentro de si ambições de infinito, parece-lhe impossível que para lá do horizonte da História e da complexidade majestosa e bela do universo, não haja algo que corresponda a esta sua ânsia interior de sobrevivência e sentido. Para nós, os crentes, a história caminha, de facto, em direção aos Novos Céus e à Nova Terra (cf. Ap 21,1). Em direção a uma realidade que nem os olhos viram, nem os ouvidos escutaram, nem qualquer mente humana, por mais  sagaz que seja, pode sequer imaginar! (cf. 1Cor 2,9).
O sentido último da existência de qualquer autoridade é servir, rasgando horizontes de alegria e de verdadeira esperança. Não se trata de querer teocracias ou regimes sagrados. Tampouco se trata de querer ferir a justa autonomia das realidades terrenas ou de querer que todos pensem e digam a mesma coisa ou governem de igual forma. Trata-se de um exercício do poder que seja capaz de promover o bem comum de forma verdadeiramente solidária e fraterna, na justiça e na paz. Que faça convergir as energias de todos os cidadãos no bom uso da sua liberdade e na consciência do próprio dever e sentido de responsabilidade. Esta missão de congregar e conduzir o povo à alegria de viver com esperança, se reclama competência, também exige humildade e respeito por todos, tendo presente que todas as formas de absolutismo significam retrocesso e fiasco. Quando se tem consciência do exercício do poder como responsabilidade delegada e se age em conformidade, todos, crentes e não crentes, poderemos ir petiscando, desde já, um pouquinho dessa vida que nós, os crentes, esperamos viver em plenitude nos Novos Céus e na Nova Terra, onde também esperamos ver, com grande júbilo e satisfação, os Tomés de hoje, emocionalmente deslumbrados e a confessar: “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20, 28).
Tudo isto vem a propósito do profeta Elias e da sua ação. Outrora, o grande império do rei Salomão, por razões da fragilidade humana, dividira-se em dois reinos. Cada um sem qualquer projeção política e ambos sempre mal servidos. O profeta Elias constata o mal estar do povo e confronta-se com os desmandos governativos do rei Acab. Acab tinha-se casado com uma princesa fenícia que logo arrasta consigo os costumes e a religião dos fenícios, onde o deus Baal era considerado o senhor da fertilidade e da vida. No entanto, em vez da vida que o povo esperava, o país, para além da incompetência governativa, sofre uma terrível seca e, consequentemente, a ruina do povo. Elias mostra que se a situação se deve à débil governança sem justiça e sem direito, também se deve ao facto de terem voltado as costas ao Deus da Aliança. Surge assim um forte quiproquó entre Elias e o rei Acab e os profetas de Baal subservientes ao poder do rei. Elias desmascara os deuses falsos e aqueles que os servem. Esforça-se por levar o povo à redescoberta da verdade e a fazer com que ele escolha, de novo, o Deus que dá a vida e não os ídolos que provocam a morte. O rei Acab não gostou da festa, saiu ao encon­tro de Elias considerando-o a ruína de Israel e com vontade de lhe cortar o pescoço. Elias, porém, responde que «Não, eu não sou a ruína de Israel. Pelo con­trá­rio, tu e a casa de teu pai é que o sois, por terdes abandonado os pre­ceitos do Senhor”.  Empoleirados nas suas certezas, travam-se de razões e fazem uma aposta para fazer valer cada um a sua razão e a sua força. Assim, o rei Acab convocou a sua malta e todos os profe­tas de Baal e de Achera, centenas deles. Elias, o único profeta do Senhor que ainda restava, aproximou-se deles e chama-os a atenção pelo facto de viverem na indecisão, com um pé dentro e outro fora: “Até quando coxeareis com as duas pernas? Se Javé é o Deus verdadeiro, segui a Javé. Se é Baal, segui a Baal!» O povo não respon­deu a esta tirada de Elias, não sabia o que responder. Então, Elias coloca sobre a mesa os dados da aposta, um momento com certo humor que até podemos imaginar e espreitar da nossa janela. Elias pediu dois novilhos para que eles escolhessem um, o preparassem e colocassem sobre a lenha, mas sem lhe chegar fogo. Elias ficaria com o outro, prepará-lo-ia e colocá-lo-ia sobre a lenha, também sem lhe chegar fogo. Invocariam então, cada um o seu Deus e aquele que respondesse enviando o fogo para consumir a vítima seria reconhecido como o único Deus verdadeiro. Todos acharam muito bem. Com certeza que apertaram a mão ou trocaram outro gesto habitual a selar a aposta. E lá chegou a hora do ajuste de contas. As centenas de profetas de Baal, ligados ao rei Acab, depois de terem preparado as coisas, foram os primeiros a invocar o seu deus, Baal. Invocaram-no “desde manhã até ao meio-dia, gritando: «Baal, escuta-nos!» Mas nenhuma voz se ouviu, nem houve quem respon­desse. E dan­­­çavam à volta do altar que tinham levantado. Quando era já meio-dia, Elias começou a escar­ne­­cer deles, dizendo: «Gritai com mais força! Talvez esse deus esteja entre­tido com alguma conversa! Ou então estará ocupado, ou anda de viagem. Talvez esteja a dormir! É preciso acordá-lo!» Então eles gri­ta­vam em voz alta, feriam-se, se­gun­do o seu cos­tume, com espadas e lanças, até ficarem cobertos de sangue. Pas­sado o meio-dia, conti­nuaram enfureci­dos, até à hora em que era habitual fazer-se a oblação. Mas não se ouviu res­posta nem qualquer sinal de atenção”.
Chegou então a vez de Elias invocar o seu Deus. Todo o povo se aproximou dele enquanto ele preparava as coisas. Erigiu um altar ao nome do Senhor e cavou um sulco em volta do altar. Dispôs a le­nha e colo­cou o novinho já esquar­te­jado e pronto sobre ela, e disse-lhes: «Enchei quatro talhas de água e derramai-a sobre o holo­causto e sobre a lenha.» Depois acres­centou: «Tornai a fazer o mes­mo.» Tendo eles repetido o gesto, acres­centou: «Fazei-o pela terceira vez.» Eles obede­ceram. A água correu à volta do altar até o sulco ficar com­pleta­mente cheio. À hora do sacri­fício, o profeta Elias aproxi­mou-se, di­zendo: «Se­nhor, Deus de Abraão, de Isaac e de Israel, mostra hoje que és Tu o Deus em Israel, que eu sou o teu servo; às tuas ordens é que eu fiz tudo isto. Res­ponde-me, Se­nhor, responde-me! Que este povo reco­nheça que Tu, Senhor, é que és Deus, aquele que lhes converte os corações.» De repente, o fogo do Senhor caiu do céu e consumiu o holocausto, a lenha, as pedras, a lama e até mesmo a própria água do sulco. Ao ver isto, o povo prostrou-se de rosto por terra, exclamando: «O Se­nhor é que é Deus! O Senhor é que é Deus!» (1Reis 18).
Perante tantos deuses que o mundo de hoje nos oferece e entroniza, é bom que não nos deixemos coxear com as duas pernas, que não andemos também nós com um pé dentro e outro fora...

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 30-08-2019




quinta-feira, 29 de agosto de 2019






PARÓQUIAS DE NISA

Sexta, 30 de agosto de 2019











Sexta da XXI semana do tempo comum



Ofício da féria





SEXTA-FEIRA da semana XXI

Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha

L 1 1 Tes 4, 1-8; Sal 96 (97), 1 e 2ab. 5-6. 10. 11-12
Ev Mt 25, 1-13

* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – B. Ghêbré Miguel, presbítero e mártir – MO
* Na Congregação dos Sagrados Corações – B. Eustáquio van Lieshout, presbítero – MF
* Na Congregação das Irmãzinhas dos Pobres – S. Joana Jugan, virgem e Fundadora da Congregação – SOLENIDADE



MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 85, 1-3
Inclinai o vosso ouvido e atendei-me, Senhor,
salvai o vosso servo, que em vós confia.
Tende compaixão de mim, Senhor,
que a Vós clamo o dia inteiro.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor Deus,
que unis os corações dos fiéis num único desejo,
fazei que o vosso povo ame o que mandais
e espere o que prometeis,
para que, no meio da instabilidade deste mundo,
fixemos os nossos corações
onde se encontram as verdadeiras alegrias.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) 1 Tes 4, 1-8
«A vontade de Deus é que vos santifiqueis»


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses

Irmãos: Eis o que vos pedimos e recomendamos no Senhor Jesus: Recebestes de nós instruções sobre o modo como deveis proceder para agradar a Deus e assim estais procedendo. Mas continuai a progredir ainda mais, pois conheceis bem as normas que vos demos da parte do Senhor Jesus. A vontade de Deus é que vos santifiqueis, que eviteis a imoralidade, que saiba cada um de vós conservar o seu corpo em santidade e honra, sem se deixar dominar pelas paixões, como os pagãos, que não conhecem a Deus. Ninguém lese ou prejudique seu irmão nesta matéria, pois de tudo isto Se vinga o Senhor, como já vos temos dito e assegurado. Porque Deus não nos chamou a viver na impureza, mas na santidade. Portanto, quem rejeita estas instruções não rejeita um homem mas o próprio Deus, que vos dá o Espírito Santo.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 96 (97), 1 e 2ab.5-6.10.11-12 (R. 12a)
Refrão: Alegrai-vos, justos, no Senhor. Repete-se

O Senhor é rei: exulte a terra,
rejubile a multidão das ilhas.
Ao seu redor nuvens e trevas;
a justiça e o direito são a base do seu trono. Refrão

Derretem-se os montes como cera
diante do Senhor de toda a terra.
Os céus proclamam a sua justiça
e todos os povos contemplam a sua glória. Refrão

O Senhor ama os que detestam o mal,
guarda as almas dos seus fiéis;
o Senhor protege os seus servos
e livra-os das mãos dos ímpios. Refrão

A luz resplandece para os justos
e a alegria para os corações rectos.
Alegrai-vos, ó justos, no Senhor
e louvai o seu nome santo. Refrão


ALELUIA Lc 21, 36
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vigiai e orai em todo o tempo,
para vos apresentardes sem temor
diante do Filho do homem. Refrão


EVANGELHO C

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a dez virgens, que, tomando as suas lâmpadas, foram ao encontro do esposo. Cinco eram insensatas e cinco eram prudentes. As insensatas, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo, enquanto as prudentes, com as lâmpadas, levaram azeite nas almotolias. Como o esposo se demorava, começaram todas a dormitar e adormeceram. No meio da noite ouviu-se um brado: ‘Aí vem o esposo; ide ao seu encontro’. Então, as virgens levantaram-se todas e começaram a preparar as lâmpadas. As insensatas disseram às prudentes: ‘Dai-nos do vosso azeite, que as nossas lâmpadas estão a apagar-se’. Mas as prudentes responderam: ‘Talvez não chegue para nós e para vós. Ide antes comprá-lo aos vendedores’. Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o esposo: as que estavam preparadas entraram com ele para o banquete nupcial; e a porta fechou-se. Mais tarde, chegaram também as outras virgens e disseram: ‘Senhor, senhor, abre-nos a porta’. Mas ele respondeu: ‘Em verdade vos digo: Não vos conheço’. Portanto, vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora».
 
Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor, que pelo único sacrifício da cruz,
formastes para Vós um povo de adopção filial,
concedei à vossa Igreja o dom da unidade e da paz.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 103, 13-15
Encheis a terra, Senhor, com o fruto das vossas obras.
Da terra fazeis brotar o pão
e o vinho que alegra o coração do homem.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Realizai em nós plenamente, Senhor,
a acção redentora da vossa misericórdia
e fazei-nos tão generosos e fortes
que possamos agradar-Vos em toda a nossa vida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.




«Se queres mandar com dignidade aprende a servir com diligência».


Conde de Chesterfield




ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia

1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS 1 Tes 4, 1-8: A santidade de vida há de manifestar-se em todas as atitudes. S. Paulo recorda, em especial, a pureza e a castidade, bem dignas de serem lembradas no meio de um mundo pagão, então como agora.

1 Tes 4, 1-8: A santidade de vida há de manifestar-se em todas as atitudes. S. Paulo recorda, em especial, a pureza e a castidade, bem dignas de serem lembradas no meio de um mundo pagão, então como agora.

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA


17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em Tolosa.




A VOZ DO PASTOR


1 DE SETEMBRO: ORAÇÃO E CONVERSÃO ECOLÓGICA

O Planeta Terra faz soar os seus alarmes, merece atenção, precisa da solidariedade universal, do envolvimento de todos. Cada vez com maior criatividade, o homem sempre usou e transformou a natureza para superar condicionalismos, buscar soluções e dar resposta às perguntas que a luta pela vida e a sua curiosidade aliada à liberdade, inteligência e vontade lhe iam colocando. Desde o primeiro investimento tecnológico em busca das ferramentas básicas para quebrar as nozes, ir à caça ou para outros afazeres de subsistência imediata; desde (talvez!) as “Lomekiwan” até aos nossos dias, o homem, para ajustar os bens da natureza ao seu modo de estar e viver com mais qualidade, foi aguçando o engenho e deitando foguetes face aos avanços que ia conseguindo. Descobriu coisas, inventou coisas, produziu coisas, acumulou conhecimentos, contribuiu sempre para o avanço da ciência e desenvolvimento coletivo. Nestes nossos tempos, lembramos a “máquina a vapor, a ferrovia, o telégrafo, a eletricidade, o automóvel, o avião, as indústrias químicas, a medicina moderna, a informática e, mais recentemente, a revolução digital, a robótica, as biotecnologias e as nanotecnologias” (Laudato Si,102-LS). Alegramo-nos com isso e usufruímos desse progresso que continua a rasgar novos horizontes para ir mais além em busca de novas conquistas. Todas essas aquisições, porém, vão dando ao homem um poder enorme, sobretudo àqueles que detêm o conhecimento e o poder económico para o disfrutar. “Nunca a humanidade teve tanto poder sobre si mesma, e nada garante que o utilizará bem, sobretudo se se considera a maneira como o está a fazer”, como refere o Papa Francisco (id.104). O homem moderno “não foi educado para o reto uso do poder». O imenso crescimento tecnológico “não foi acompanhado por um desenvolvimento do ser humano quanto à responsabilidade, aos valores, à consciência”. E por isso, a sua ”liberdade adoece quando se entrega às forças cegas do inconsciente, das necessidades imediatas, do egoísmo, da violência brutal. Neste sentido, ele está nu e exposto frente ao seu próprio poder que continua a crescer, sem ter os instrumentos para o controlar. Talvez disponha de mecanismos superficiais, mas podemos afirmar que carece de uma ética sólida, uma cultura e uma espiritualidade que lhe ponham realmente um limite e o contenham dentro dum lúcido domínio de si” (id.105). Esta é hoje uma grande preocupação da humanidade. O Planeta Terra “clama contra o mal que lhe provocamos por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela colocou. Crescemos a pensar que éramos seus proprietários e dominadores, autorizados a saqueá-la” (id.2). E não somos.

O movimento ecológico mundial tem feito o seu caminho de sensibilização para o problema. Tem havido cimeiras mundiais ainda que aquém das expectativas. As questões ambientais vão ocupando as agendas políticas, o debate público multiplica-se, promove-se o estudo e a proteção dos ecossistemas, luta-se por uma  agricultura mais sustentável e diversificada, por uma gestão mais adequada dos recursos florestais e marinhos e da própria água potável. Procura-se que as energias renováveis, substituam, quanto antes, a tecnologia baseada nos combustíveis fósseis, altamente poluentes. As escolas vão fazendo o seu trabalho, cada um vai sendo sensibilizado para que faça o que pode e deve fazer em favor deste bem coletivo, desta casa comum que é a natureza. Muitas iniciativas vão sendo tomadas, a mudança de hábitos, mesmo que lenta e difícil, vai acontecendo.

O Papa Francisco, numa das suas abordagens a este tema referiu que este cuidado não pode ser apenas tarefa dos ecologistas: “Quando ouvimos falar que as pessoas se reúnem para pensar em como proteger a Criação, podemos dizer: `Mas são ecologistas?` Não, não são ecologistas! Isso é ser Cristão! Um cristão que não preserva a Criação, que não a faz crescer, é um cristão que não se importa com o trabalho de Deus, aquele trabalho que nasceu do Seu amor por nós”.

E na sua Carta Encíclica Laudato Si, ao propor algumas linhas de espiritualidade ecológica, ele acrescenta “que alguns cristãos, até comprometidos e piedosos, com o pretexto do realismo pragmático, frequentemente se burlam das preocupações pelo meio ambiente. Outros são passivos, não se decidem a mudar os seus hábitos e tornam-se incoerentes. Falta-lhes, pois, uma conversão ecológica, que lhes permita deixar emergir, nas relações com o mundo que os rodeia, todas as consequências do encontro com Jesus. Viver a vocação de guardiões da obra de Deus não é algo de opcional nem um aspeto secundário da experiência cristã, mas parte essencial duma existência virtuosa” (id.217).

Tendo em contam a reflexão de inúmeros cientistas, filósofos, teólogos e organizações sociais que foram enriquecendo o pensamento da Igreja, este tema foi abordado muitas vezes pelos últimos Papas. O Papa Francisco recorda isso na Carta Encíclica Laudato Si, tornando presente, em síntese, a preocupação dos seus últimos antecessores. Paulo VI falou da possibilidade de uma “catástrofe ecológica sob o efeito da explosão da civilização industrial”. Entendia que, se o homem não viesse a mudar radicalmente o seu comportamento, ia sofrer graves consequências: “os processos científicos mais extraordinários, as invenções técnicas mais assombrosas, o desenvolvimento económico mais prodigioso, se não estiverem unidos a um progresso social e moral, voltam-se necessariamente contra o homem”. João Paulo II sentiu a necessidade de apelar a uma “conversão ecológica global”, a qual haveria de passar por mudanças profundas “nos estilos de vida, nos modelos de produção e de consumo, nas estruturas consolidadas de poder”. Bento XVI renovou o convite a “eliminar as causas estruturais das disfunções da economia mundial e a corrigir os modelos de crescimento que parecem incapazes de garantir o respeito do meio ambiente”. Esta preocupação também está presente noutras igrejas e comunidades cristãs, bem como noutras religiões. Tem havido trabalho e pronunciamentos interessantes, pois, como afirmava o Patriarca Bartolomeu, “todos, na medida em que causamos danos ecológicos”, somos chamados a reconhecer “a nossa contribuição – pequena ou grande – para a desfiguração e destruição do ambiente” (id. 6-8).

O Papa Francisco, por sua vez, brindou-nos com a sua Carta Encíclica sobre o cuidado da casa comum, Laudato Si, dirigida não só aos cristãos mas a todos os homens e mulheres de boa vontade. Em 6 de agosto de 2015, à semelhança do que já existia na Igreja Ortodoxa, decidiu instituir também, na Igreja Católica, o “Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação”, a celebrar anualmente no primeiro dia de setembro, data em que já é comemorado pela Igreja Ortodoxa. É um dia para oferecer “aos fiéis individualmente e às comunidades a preciosa oportunidade de renovar a pessoal adesão à própria vocação de guardas da criação, elevando a Deus o agradecimento pela obra maravilhosa que Ele confiou ao nosso cuidado, invocando a sua ajuda para a proteção da criação e a sua misericórdia pelos pecados cometidos contra o mundo em que vivemos”. Com todas as pessoas de boa vontade, vivamos nós também este “Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação”, o dia 1 de setembro.

ORAÇÃO DO PAPA FRANCISCO PELA NOSSA TERRA

Deus Omnipotente,
que estais presente em todo o universo
e na mais pequenina das vossas criaturas,
Vós que envolveis com a vossa ternura
tudo o que existe,
derramai em nós a força do vosso amor
para cuidarmos da vida e da beleza.
Inundai-nos de paz,
para que vivamos como irmãos e irmãs
sem prejudicar ninguém.
Ó Deus dos pobres,
ajudai-nos a resgatar
os abandonados e esquecidos desta terra
que valem tanto aos vossos olhos.
Curai a nossa vida,
para que protejamos o mundo
e não o depredemos,
para que semeemos beleza
e não poluição nem destruição.
Tocai os corações
daqueles que buscam apenas benefícios
à custa dos pobres e da terra.
Ensinai-nos a descobrir o valor de cada coisa,
a contemplar com encanto,
a reconhecer que estamos profundamente unidos
com todas as criaturas
no nosso caminho para a vossa luz infinita.
Obrigado porque estais connosco todos os dias.
Sustentai-nos, por favor, na nossa luta
pela justiça, o amor e a paz (Laudato Si, 246)

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 23-08-2019.