PARÓQUIAS DE NISA
Sexta, 01 de outubro de 2021
Sexta-feira da XXVI semana do tempo comum
LITURGIA
Sexta-feira
da semana XXVI
S. Teresa do Menino Jesus, virgem e
doutora da Igreja – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 Bar 1, 15-22; Sal 78 (79), 1-2. 3-5. 8. 9
Ev Lc 10, 13-16
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Teresa do Menino
Jesus, virgem e doutora da Igreja – FESTA
* No Instituto Missionário da Consolata – S. Teresa do Menino Jesus, Padroeira
Universal das Missões e do Instituto – FESTA
* Nos Missionários Combonianos do Coração de Jesus e nas Irmãs Missionárias
Combonianas – S. Teresa do Menino Jesus, Padroeira Universal das Missões –
FESTA
* Na Sociedade Missionária da Boa Nova – S. Teresa do Menino Jesus, Padroeira
Universal das Missões – FESTA
* Nas Dioceses de Cabo Verde – S. Teresa do Menino Jesus, Padroeira Universal
das Missões – FESTA
* Na Prelatura da Santa Cruz e Opus Dei – I Vésp. dos Santos Anjos da Guarda.
S. TERESA DO MENINO JESUS, virgem e
doutora da Igreja
Nota
Histórica:
Nasceu em
Alençon (França) no ano 1873. Entrou ainda muito jovem no mosteiro das
Carmelitas de Lisieux e exercitou se de modo singular na humildade,
simplicidade evangélica e confiança em Deus, virtudes que também procurou
inculcar especialmente nas noviças do seu mosteiro. Morreu a 30 de Setembro de
1897, oferecendo a sua vida pela salvação das almas e pela Igreja.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Deut 32,
10-12
O Senhor protegeu-a e ensinou-a,
guardou-a como a menina dos seus olhos.
Como a águia, estendendo as asas,
o Senhor tomou-a a seu cuidado.
Só o Senhor a conduzia.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de infinita bondade, que abris as portas do vosso reino aos pequeninos e
humildes, fazei que sigamos confiadamente o caminho espiritual de Santa Teresa
do Menino Jesus, para que, por sua intercessão, cheguemos à revelação da vossa
glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na
unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 66, 10-14c
«Farei correr para Jerusalém a paz como um rio»
Leitura do Livro
de Isaías
Alegrai-vos com Jerusalém, exultai com ela, todos vós que a amais. Com ela
enchei-vos de júbilo, todos vós que participastes no seu luto. Assim podereis
beber e saciar-vos com o leite das suas consolações, podereis deliciar-vos no
seio da sua magnificência. Porque assim fala o Senhor: «Farei correr para
Jerusalém a paz como um rio e a riqueza das nações como torrente transbordante.
Os seus meninos de peito serão levados ao colo e acariciados sobre os joelhos.
Como a mãe que anima o seu filho, também Eu vos confortarei: em Jerusalém
sereis consolados». Quando o virdes, alegrar-se-á o vosso coração e, como a
verdura, retomarão vigor os vossos membros. A mão do Senhor manifestar-se-á aos
seus servos.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 130 (131), 1.2 e 3
Refrão: Guardai-me na vossa paz, Senhor.
Senhor, não se eleva soberbo o meu coração,
nem se levantam altivos os meus olhos.
Não ambiciono riquezas,
nem coisas superiores a mim.
Antes fico sossegado e tranquilo,
como criança ao colo da mãe.
Espera, Israel, no Senhor,
agora e para sempre.
ALELUIA cf. Mt 11, 25
Refrão: Aleluia Repete-se
Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos pequeninos os mistérios do reino. Refrão
EVANGELHO Mt 18, 1-5
«Vede bem: não desprezeis um só destes pequeninos»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquela hora, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-Lhe: «Quem é
o maior no reino dos Céus?». Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles
e disse-lhes: «Em verdade vos digo: Se não vos converterdes e não vos tornardes
como as crianças, não entrareis no reino dos Céus. Quem for humilde como esta
criança, esse será o maior no reino dos Céus. E quem acolher em meu nome uma
criança como esta, acolhe-Me a Mim».
Palavra da salvação.
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Leituras da feria
LEITURA
I
(anos ímpares) Bar 1, 15-22
«Porque pecámos contra o Senhor e não Lhe obedecemos»
Leitura do Livro
de Baruc
Ao Senhor, nosso Deus, pertence a justiça e a nós a vergonha que sentimos no
rosto, como sucede neste dia ao homem de Judá e aos habitantes de Jerusalém,
aos nossos reis, aos nossos chefes, aos nossos sacerdotes, aos nossos profetas
e aos nossos pais, porque pecámos contra o Senhor. Não obedecemos ao Senhor
nosso Deus, não ouvimos a sua voz, nem seguimos os mandamentos que Ele nos deu.
Desde o dia em que o Senhor fez sair os nossos pais da terra do Egipto até este
dia, fomos rebeldes ao Senhor, nosso Deus, e procedemos levianamente, não
querendo escutar a sua voz. Por isso, como vemos hoje, caíram sobre nós as
desgraças e maldições que o Senhor predissera pela boca do seu servo Moisés, no
dia em que fez sair os nossos pais da terra do Egipto, para nos dar uma terra
onde corre leite e mel. Não ouvimos a voz do Senhor, nosso Deus, apesar das
palavras dos Profetas que Ele nos enviou; mas cada um de nós seguiu as
inclinações do seu coração, servindo deuses falsos e praticando o que é mal aos
olhos do Senhor, nosso Deus.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 78 (79), 1-2.3-5.8.9 (R. 9b)
Refrão: Salvai-nos, Senhor, para glória
do vosso nome. Repete-se
Senhor, as nações invadiram a vossa herança,
profanaram o vosso santo templo,
fizeram de Jerusalém um montão de ruínas.
Deram o corpo dos vossos servos
em alimento às aves do céu,
as carnes de vossos fiéis aos animais da selva. Refrão
Derramaram seu sangue em torno de Jerusalém
e não houve quem lhes desse sepultura.
Tornámo-nos o opróbrio dos nossos vizinhos,
a irrisão e o escárnio dos que nos rodeiam.
Até quando, Senhor, Vos mostrareis sempre irritado
e se reavivará, como fogo, a vossa indignação? Refrão
Não recordeis, Senhor, contra nós
as culpas dos nossos pais.
Corra ao nosso encontro a vossa misericórdia,
porque somos tão miseráveis. Refrão
Ajudai-nos, ó Deus, nosso salvador,
para glória do vosso nome.
Salvai-nos e perdoai os nossos pecados,
para glória do vosso nome. Refrão
ALELUIA cf. Salmo 94 (95), 8ab
Refrão: Aleluia. Repete-se
Se hoje ouvirdes a voz do Senhor,
não fecheis os vossos corações. Refrão
EVANGELHO Lc 10, 13-16
«Quem Me rejeita, rejeita Aquele que Me enviou»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus: «Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se
em Tiro e em Sidónia se tivessem realizado os milagres que em vós se
realizaram, há muito tempo teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e
sentando-se sobre a cinza. Assim, no dia do Juízo, haverá mais tolerância para
Tiro e Sidónia do que para vós. E tu, Cafarnaum, serás elevada até ao céu? Até
ao inferno é que descerás. Quem vos escuta, escuta-Me a Mim; e quem vos
rejeita, rejeita-Me a Mim. Mas quem Me rejeita, rejeita Aquele que Me enviou».
Palavra da salvação.
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ORAÇÃO
SOBRE AS OBLATAS
Ao proclamarmos as maravilhas que realizastes em Santa Teresa do Menino Jesus,
humildemente Vos pedimos, Senhor, que aceiteis a oferta do nosso ministério,
como aceitastes os méritos da sua vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 18, 3
Se não vos tornardes como as crianças,
não entrareis no reino dos Céus, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que a comunhão deste divino sacramento acenda em nós o fogo da
caridade que levou Santa Teresa a consagrar-se inteiramente a Vós e a implorar
da vossa misericórdia a salvação de todos os homens. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO
DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem
que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: Bar 1, 15-22: O
Livro de Baruc fala-nos dos sentimentos do povo de Deus durante o exílio. A sua
humilde oração pode ser também a de nós todos, povo salvo, mas que continua
pecador, oração que é um verdadeiro ato de contrição de quem sabe reconhecer
que tudo o que sofre é consequência dos seus pecados.
Lc 10, 13-16: Com
este grave aviso, Jesus chamava a atenção das cidades que não tinham prestado
atenção à pregação dos seus enviados; e chama-nos a nós a escutarmos todos
aqueles que nos fazem chegar a mesma mensagem de salvação. É a sua própria
mensagem que nos chega através dos seus mensageiros.
AGENDA DO DIA:
11.30
horas: Funerais no Arneiro
18.00
horas: Missa em Alpalhão
18.00
horas: Missa em Nisa
21.00
horas: Reunião de catequista em Nisa.
PENSAMENTO
DO DIA
“Não obstante a minha pequenez, quereria iluminar as
almas como os Profetas, os Doutores, sentia a vocação de ser Apóstolo... Queria ser missionário, não apenas durante
alguns anos mas queria tê-lo sido desde o princípio do mundo e continuar até à
consumação dos séculos. Mas acima de tudo, ó meu amado Salvador, quereria
derramar o sangue por Vós até à última gota. Porque durante a oração estes
desejos me faziam sofrer um autêntico martírio, abri as epístolas de São Paulo
a fim de encontrar uma resposta. Casualmente fixei me nos capítulos XII e XIII
da primeira epístola aos Coríntios; e li no primeiro que nem todos podem ser ao
mesmo tempo Apóstolos, Profetas, Doutores, etc.... que a Igreja é formada por
membros diferentes e que os olhos não podem ao mesmo tempo ser as mãos. A
resposta era clara, mas não satisfazia completamente os meus desejos e não me
trazia a paz.
Continuei a ler e encontrei esta frase que me confortou profundamente: Procurai com ardor os dons mais perfeitos; eu vou mostrar vos um caminho mais excelente. E o Apóstolo explica como todos os dons mais perfeitos não são nada sem o amor e que a caridade é o caminho mais excelente que nos leva com segurança até Deus. Finalmente tinha encontrado a tranquilidade”.
(Santa Teresa do
Menino Jesus, Padroeira das Missões)
A VOZ DO PASTOR:
SOBRE ÓRGÃOS SOCIAS E RESPONSÁVEIS PAROQUIAIS
O
amigo leitor sabe o que é um papibaquígrafo? É um trava-línguas. Há muitos, e
este também é: “percebeste? Se percebeste, percebeste, se não percebeste, faz
que percebeste para que eu perceba que tu percebeste, percebeste?” Ora, dado
este rigoroso e total esclarecimento, mesmo que alguém me olhe de soslaio e eu
finja não perceber, vou mesmo parlengar. Sobretudo para ver se ajudo a
destravar outras ideias e outro modo de estar em quem, na matéria em título,
descarrilou.... Vou falar sobre o papel de Responsáveis disto ou daquilo, mais
daquilo do que disto. Não de Órgãos Sociais, ou Equiparados, que o são com
todos os pergaminhos. Perante esses, e pela parte que me toca, curvo-me
respeitosamente e tiro o meu chapéu, mui grato pelo seu serviço e sentido de corresponsabilidade!...
Também não me refiro aos órgãos sociais de instituições meramente civis, como
associações humanitárias, culturais, desportivas, fundações, sociedades
anónimas ou seja lá o que for. Cada uma dessas organizações sabe bem com que
linhas se cose e que espécie de águas por lá correm: se saudáveis, se
inquinadas, se turbas ou assim-assim. Refiro-me aos Órgãos Sociais de pessoa
jurídica canónica ou de pessoa jurídica canónico-civil, como, por exemplo,
Paróquia, Irmandade/Confraria, Centro Social Paroquial... A grande maioria
funciona como deve ser, merece os nossos aplausos. No entanto, pode haver
certos cozinhados que temos de colocar na beirinha do prato, não apreciamos, é
coisa papibaquígrafa! Neste reino de Portugal e dos Algarves, d’aquém e
d’além-mar, por vezes bufa uma aragem incómoda que chega a sacudir alguns
jornais. Leva a crer que há Responsáveis de uma ou de outra dessas
instituições, que o são de direito, mas, de facto, nunca o foram, não o são,
são-no de fachada ou do faz de conta! Embora eleitos ou propostos e homologados
pela autoridade competente com toda a seriedade, confiança e esperança no seu
trabalho, logo são tidos como verbos de encher por quem tem dificuldade em
entender que o exercício da presidência reclama comunhão corresponsável e
respeitosa. Ou, então, são eles mesmos que, por indigna subserviência, falso
respeito ou confiança mal entendida em quem preside, logo se dispensam de
assumir o seu lugar e função. Quem aceita ser eleito ou nomeado, é nomeado ou
eleito para verdadeiramente assumir e exercer a missão em causa. Não raro,
porém, em discreta informação ou em estardalhaço de guerra aberta, ecoa, de
facto, o mal-estar de quem tem as responsabilidades atribuídas mas se sente
marginalizado ou impossibilitado de as levar a cabo, de forma colegial e
complementar. Sabemos que há quem invente, deturpe, exagere, seja de difícil
trato ou de difícil inserção em equipas de trabalho onde sempre gosta de falar
alto, de se impor ou manipular. Por isso, tudo se ouve com delicadeza e
atenção, deita-se água na fervura, não se tiram conclusões precipitadas. Mas,
sem grande demora, incrédulos, crentes ou na dúvida, lá se procura auscultar o
que, no terreno, na verdade se passa. Nem sempre tal alarido corresponde à
verdade, as razões são outras, nem sempre as mais sadias. Noutras vezes, porém,
a coisa é mesmo verdade, fica-se triste, sente-se o dever de agir, às vezes sem
saber bem como... É muito difícil lidar com pessoas que se julgam donas da
verdade e intocáveis. Estão sempre prontas a inventar desculpas ou a escavar
razões sem qualquer espécie de razão!...
Entre
Conselhos Económicos de Paróquias, Irmandades/Confrarias e Centros Sociais
Paroquiais, cujos dirigentes são homologados pela Bispo diocesano, há mais que
muitos. É verdade que os Conselhos para os assuntos económicos das paróquias,
pela força do Direito Canónico são consultivos, mas, na prática, pelo respeito
que nos merecem e pelo serviço que prestam ao povo de Deus e aos próprios
párocos, que são quem os apresenta ao Bispo para serem homologados, devem ser
tidos e respeitados como se de Órgãos Sociais se tratasse, embora diferentes na
sua constituição e missão. Ora, todas as instituições têm direito à boa imagem
e à boa fama, mas também têm o dever de fazer por isso. O mesmo se diga de quem
as serve, generosa e dedicadamente, com espírito de serviço e boa vontade. O
documento que acaba de nos chegar às mãos sobre o próximo Sínodo convocado pelo
Papa Francisco, também coloca essa questão: “como são vividos na Igreja a
responsabilidade e o poder”? Como se convertem “preconceitos e práticas
distorcidas que não estão enraizadas no Evangelho”?
O
burburinho que se gera à volta desta ou daquela instituição (Paróquia,
Irmandade/Confraria ou Centro Social Paroquial), fazendo correr cobras e
lagartos sobre ela e sobre quem as dirige, mesmo que possa ser mentira, pode
ter origem na forma de agir, ou de não agir, dos seus Responsáveis. Podem
existir muitos vícios acumulados a provocar, mesmo sem maldade, falta de
transparência e nervosismo em quem, generosa e retamente, se apresentou a
colaborar dentro do normal funcionamento das coisas. De facto, pode haver
membros de Órgãos Sociais ou de Conselhos para os assuntos económicos de
paróquias que nunca exerceram o cargo para o qual foram eleitos ou propostos e
homologados. Tesoureiros que nunca exerceram tal lugar, mas assinam de cruz!
Secretários que nunca fizeram uma ata, mas assinam de cruz! Pode haver quem,
por sua própria culpa, não tenha ou não conheça os Estatutos ou o Compromisso
pelos quais a instituição se rege. Ao aceitar o cargo, era pressuposto tê-los e
conhecê-los, sabendo qual é a sua missão e lugar, bem como qual é o espírito da
Instituição e o perfil pessoal que ela reclama. Pode haver responsáveis, de uma
ou de outra destas instituições, que nunca reuniram, nunca avaliaram, nunca
programaram colegialmente, deixam que tudo vá correndo ao sabor dos ventos, de
qualquer forma, sei lá se até ao fracasso total. Se alguma coisa conversam
entre si sobre algum assunto referente à instituição, é capaz de não ir além de
uma mera conversa no café ou no caminho. Por esse falso respeito, subserviência
daninha, ou seja lá o que for perante quem preside (leigo/a ou sacerdote), os
outros membros da direção, que têm consciência da missão e responsabilidade que
lhes foram confiadas, apesar de sofrerem com isso, deixam-se andar até que o
mandato acabe para se irem embora. Não querem fazer barulho, não contestam as
atitudes de quem preside ou manda, embora reconheçam que ele ou ela se serve
deles ou delas como se de joguetes ou de títeres se tratasse. Promove-se o
“eu”, ignora-se o “nós”. Entre nós, porque é difícil conviver com isso, até se
tem feito formação para que se tenha consciência da igual pertença, para que
essa maneira de ser e estar não aconteça, ou, se existe, seja banida, e haja
corresponsabilidade no cuidado a ter com pessoas, património, obras, arquivos,
inventários.... Além disso, todos os membros dos Órgãos Socias e Equiparados
sabem que são responsáveis e respondem pelos atos que a instituição realiza,
pequenos ou grandes, mesmo quando eles, porventura, partam das ordens
arbitrárias de um só. As boas regras e o senso comum, mandam que, de facto,
tudo seja falado e decidido colegialmente e lavrado em ata para a sua real
legalidade e defesa de todos. Esta praxe, mesmo que o trabalho e as decisões
não sejam muitas e o dinheiro a gerir ainda seja menos, não existe porque os
membros da Direção desconfiam uns dos outros, se têm como inimigos ou se julgam
imprevisíveis. Acontece porque todos se estimam e respeitam, no muito e no
pouco, e têm consciência de que a instituição que representam deve construir a
sua história com toda a dignidade e respeito. É possível que haja instituições
com uma história rica e bela pelo bem que fazem à comunidade, com apreço e
garbo. No entanto, pode acontecer que, desde há anos, não tenham dados para
escrever a história: as atas deixaram de existir, nada fica escrito, é pena!
Se
saltarmos para o espaço da corresponsabilidade pastoral, também temos de
reconhecer quão difícil é a escuta e a programação da mesma em itinerário e
modelo sinodal: “como forma, como estilo e como estrutura da Igreja”. Como é
difícil este “processo eclesial participativo e inclusivo”, não só em relação
“àqueles que, por vários motivos, se encontram à margem”, mas também em relação
àqueles que estão dentro e próximos, mas cuja cultura é colocar-se ao lado,
deixando “de contribuir para colocar em movimento as ideias, as energias e a
criatividade”. Há uma cultura demasiadamente passiva e preconceituosa,
promovida, aliás, ao longo dos tempos. A solicitude pastoral, se assim a posso
chamar, não raro, dispensava os outros e baseava-se mais no querer, no poder e
no mandar, mesmo quando não se sabia. Os efeitos prolongam-se, e porque custa
virar o bico ao prego, continua-se a perguntar se a culpa não será de Adão, ou
de Eva, ou da cobra.... A nossa fragilidade é muito criativa em artimanhas
dessas!...
Seja
como for, o Papa Francisco mostrou-se mais uma vez de mangas arregaçadas e a
deitar as mãos ao arado. Ele insiste, oportuna e inoportunamente, a que dêmos
as mãos nesta tarefa de uma nova sementeira, uma sementeira que comprometa,
promova e dê frutos de liberdade e salvação. Se também deitarmos as mãos ao
arado, sem olharmos para trás, até não faltará quem comece a repetir bem e
muito mais depressa papibaquígrafo e outras coisas mais.... As surpresas de
Deus são constantes e gratificantes!...
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 24-09-2021.
Não obstante a minha pequenez, quereria iluminar as almas
como os Profetas, os Doutores, sentia a vocação de ser Apóstolo... Queria ser
missionário, não apenas durante alguns anos mas queria tê lo sido desde o
princípio do mundo e continuar até à consumação dos séculos. Mas acima de tudo,
ó meu amado Salvador, quereria derramar o sangue por Vós até à última gota.
Porque durante a oração estes desejos me faziam sofrer um autêntico martírio,
abri as epístolas de São Paulo a fim de encontrar uma resposta. Casualmente
fixei me nos capítulos XII e XIII da primeira epístola aos Coríntios; e li no
primeiro que nem todos podem ser ao mesmo tempo Apóstolos, Profetas, Doutores,
etc.... que a Igreja é formada por membros diferentes e que os olhos não podem
ao mesmo tempo ser as mãos. A resposta era clara, mas não satisfazia
completamente os meus desejos e não me trazia a paz.
Continuei a ler e encontrei esta frase que me confortou profundamente: Procurai
com ardor os dons mais perfeitos; eu vou mostrar vos um caminho mais excelente.
E o Apóstolo explica como todos os dons mais perfeitos não são nada sem o amor
e que a caridade é o caminho mais excelente que nos leva com segurança até
Deus. Finalmente tinha encontrado a tranquilidade.