PARÓQUIAS
DE NISA
Quinta-feira,
01 de julho de 2021
Quinta
da XIII semana do tempo comum
LITURGIA
Quinta-feira da semana XIII
Verde – Ofício da féria.
L 1 Gen 22, 1-19; Sal 114 (115), 1-2. 3-4. 5-6. 8-9
Ev Mt 9, 1-8
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – Aniversário da restauração da
Ordem em Portugal, com o Hospício de Santa Marta, em Lisboa, para clérigos
pobres (1890).
* Na Congregação das Irmãs Missionárias do Precioso Sangue e na Congregação dos
Missionários do Preciosíssimo Sangue – Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor
Jesus Cristo, Titular das Congregações – SOLENIDADE
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Preciosíssimo Sangue de Nosso
Senhor Jesus Cristo – FESTA
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA cf.
Salmo 46, 2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
aclamai a Deus com brados de alegria.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que pela vossa graça nos tornastes filhos da luz,
não permitais que sejamos envolvidos pelas trevas do erro,
mas permaneçamos sempre no esplendor da verdade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Gen 22, 1-19
O sacrifício do nosso pai Abraão
“Pela fé, Abraão posto à prova ofereceu Isaac, seu filho único, que havia
recebido as promessas. Pensava ele que Deus era até capaz de ressuscitar alguém
de entre os mortos; e assim ele recobrou o filho, como figura das realidades
futuras” (Hebr 11, 17-19). O sacrifício de Abraão prefigura o sacrifício da
Cruz, donde surge a ressurreição.
Leitura do Livro do Génesis
Naqueles dias, Deus quis pôr à prova
Abraão e chamou-o: «Abraão!» Ele respondeu: «Aqui estou». Deus disse: «Toma o
teu filho, o teu único filho, a quem tanto amas, Isaac, e vai à terra de Moriá,
onde o oferecerás em holocausto, num dos montes que Eu te indicar». Abraão
levantou-se de manhã cedo, aparelhou o jumento, tomou consigo dois dos seus
servos e o seu filho Isaac. Cortou a lenha para o holocausto e pôs-se a caminho
do local que Deus lhe indicara. Ao terceiro dia, Abraão ergueu os olhos e viu
de longe o local. Disse então aos servos: «Ficai aqui com o jumento. Eu e o
menino iremos além fazer adoração e voltaremos para junto de vós». Abraão
apanhou a lenha do holocausto e pô-la aos ombros do seu filho Isaac. Depois,
tomou nas mãos o fogo e o cutelo e seguiram juntos o caminho. Isaac disse a
Abraão: «Meu pai». Ele respondeu: «Que queres, meu filho?» Isaac prosseguiu:
«Temos aqui fogo e lenha; mas onde está o cordeiro para o holocausto?» Abraão
respondeu: «Deus providenciará o cordeiro para o holocausto, meu filho». E
continuaram juntos o caminho. Quando chegaram ao local designado por Deus,
Abraão levantou um altar e colocou a lenha sobre ele, atou seu filho Isaac e
pô-lo sobre o altar, em cima da lenha. Depois, estendendo a mão, puxou do
cutelo para degolar o filho. Mas o Anjo do Senhor gritou-lhe do alto do Céu:
«Abraão, Abraão!» «Aqui estou, Senhor», respondeu ele. O Anjo prosseguiu: «Não
levantes a mão contra o menino, não lhe faças mal algum. Agora sei que na
verdade temes a Deus, uma vez que não Me recusaste o teu filho, o teu filho
único». Abraão ergueu os olhos e viu atrás de si um carneiro, preso pelos
chifres num silvado. Foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto, em vez do filho.
Abraão deu ao local este nome: «O Senhor providenciará». E ainda hoje se diz:
«Sobre a colina o Senhor providenciará». O Anjo do Senhor chamou Abraão, do
Céu, pela segunda vez, e disse-lhe: «Por Mim próprio te juro – oráculo do
Senhor – já que assim procedeste, e não Me recusaste o teu filho, o teu filho
único, abençoar-te-ei e multiplicarei a tua descendência como as estrelas do
céu e como a areia que está nas praias do mar, e a tua descendência conquistará
as portas das cidades inimigas. Porque obedeceste à minha voz, na tua
descendência serão abençoadas todas as nações da terra». Abraão foi ter de novo
com os seus servos e juntos puseram-se a caminho de Bersabé, onde Abraão ficou
a morar.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 114 (116), 1-2.3-4.5-6.8-9(R. 9)
Refrão: Andarei na presença do Senhor
sobre a terra dos vivos. Repete-se
Ou: Caminharei na terra dos vivos na
presença do Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Amo o Senhor,
porque ouviu a voz da minha súplica.
Ele me atendeu
no dia em que O invoquei. Refrão
Apertaram-me os laços da morte,
caíram sobre mim as angústias do além,
vi-me na aflição e na dor.
Então invoquei o Senhor:
«Senhor, salvai a minha alma». Refrão
Justo e compassivo é o Senhor,
o nosso Deus é misericordioso.
O Senhor guarda os simples:
estava sem forças e o Senhor salvou-me. Refrão
Livrou da morte a minha alma,
das lágrimas os meus olhos, da queda os meus pés.
Andarei na presença do Senhor,
sobre a terra dos vivos. Refrão
ALELUIA 2 Cor 5, 19
Refrão: Aleluia Repete-se
Em Cristo, Deus reconcilia o mundo consigo
e confiou-nos a palavra da reconciliação. Refrão
EVANGELHO Mt 9, 1-8
«Glorificaram a Deus por ter dado tal poder aos homens»
Ao mesmo tempo que revela o seu poder sobre as próprias leis da natureza, Jesus
mostra que também tem o poder de perdoar os pecados. E é sempre em seu nome que
a Igreja os continuará a perdoar, ela que é o sacramento universal da salvação,
como disse o Concílio, que torna presente, no meio dos homens, a obra da
salvação realizada pelo Senhor.
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo seg. São Mateus
Naquele tempo, Jesus subiu para um
barco, atravessou o mar e foi para a cidade de Cafarnaum. Apresentaram-Lhe
então um paralítico que jazia numa enxerga. Ao ver a fé daquela gente, Jesus
disse ao paralítico: «Filho, tem confiança; os teus pecados estão perdoados».
Alguns escribas disseram para consigo: «Este homem está a blasfemar». Mas
Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: «Porque pensais mal em vossos
corações? Na verdade, que é mais fácil: dizer: ‘Os teus pecados estão
perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te e anda’? Pois bem. Para saberdes que o Filho
do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados, ‘Levanta-te – disse Ele ao
paralítico – toma a tua enxerga e vai para casa’. O homem levantou-se e foi
para casa. Ao ver isto, a multidão ficou cheia de temor e glorificava a Deus
por ter dado tal poder aos homens.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que assegurais a eficácia dos vossos sacramentos,
fazei que este serviço divino
seja digno dos mistérios que celebramos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 102, 1
A minha alma louva o Senhor,
todo o meu ser bendiz o seu nome santo.
Ou cf. Jo 17, 20-21
Pai santo, Eu rogo por aqueles que hão de acreditar em Mim,
para que sejam em Nós confirmados na unidade
e o mundo acredite que Tu Me enviaste.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei-nos, Senhor,
que o Corpo e o Sangue do vosso Filho,
oferecidos em sacrifício e recebidos em comunhão,
nos dêem a verdadeira vida,
para que, unidos convosco em amor eterno,
dêmos frutos que permaneçam para sempre.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Gen 22, 1-19: “Pela fé, Abraão posto à prova ofereceu Isaac, seu filho
único, que havia recebido as promessas. Pensava ele que Deus era até capaz de
ressuscitar alguém de entre os mortos; e assim ele recobrou o filho, como figura
das realidades futuras” . (Hebr 11, 17-19). O sacrifício de Abraão prefigura o
sacrifício da Cruz, donde surge a ressurreição.
Mt 9, 1-8: Ao
mesmo tempo que revela o seu poder sobre as próprias leis da natureza, Jesus
mostra que também tem o poder de perdoar os pecados. E é sempre em seu nome que
a Igreja os continuará a perdoar, ela que é o sacramento universal da salvação,
como disse o Concílio, que torna presente, no meio dos homens, a obra da
salvação realizada pelo Senhor.
AGENDA DO
DIA:
18.00 horas: Missa em
Nisa
21.00 horas:
Adoração ao Santíssimo.
A VOZ DO
PASTOR:
OS RECURSOS HUMANOS E A NOVA EVANGELIZAÇÃO
Na passada semana,
abordei quanto bem poderia acontecer nas nossas paróquias se as famílias
cristãs se organizassem. Isto é, se não se fechassem em si mesmas e dessem as
mãos para levar mais vida a outras famílias e às comunidades que tanto precisam
de dinâmicas que as façam viver com alegria e esperança. Se todos reconhecemos
a importância das famílias neste processo, hoje quero referir-me - com muita
estima, aliás!-, a tanta gente que, se também desse uma mãozinha a essa causa,
tudo seria bem diferente. Embora haja quem o poderia e possa fazer, - e muitos
o fazem! -, hoje venho desafiar ou apelar a todos aqueles e aquelas que
acrescentam aos seus estudos, preparação e saber, o testemunho da sua fé e a
capacidade de intervir e gerar empatia, quer pelo seu humanismo e coerência de
vida quer pela alegria com que vivem e ajudam a viver. Refiro-me a professores,
gente do setor terciário e profissionais livres, gente com influência positiva
nas comunidades. Atentos ao meio, serão os primeiros a reconhecer que as comunidades
carecem de recursos humanos habilitados para lhes transmitir convenientemente a
mensagem cristã. Também constatarão que, se há falta de formação cristã, também
há quem gostaria de saber mais e de aceitar novos desafios. As próprias
comunidades reconhecem e apontam a necessidade urgente de formação. No entanto,
se se constata a falta de formação e as iniciativas de formação acontecem, as
pessoas não correspondem, são poucas as que aparecem, e, se aparecem, são quase
sempre as mesmas. Desta falta de formação ou de cultura da fé, surgem algumas
atitudes. Por um lado, temos aqueles que, mesmo muito bem formados noutras
áreas, adaptam a Igreja ao seu modo de pensar e estar na vida, afastam-se do
culto, dizem-se não praticantes mas católicos. A Igreja torna-se, para eles,
qualquer coisa que não faz parte deles, está fora deles. A ela recorrem como se
recorre a uma repartição pública em busca de serviços vários, como festas,
batizados, casamentos e funerais. Por outro lado, temos aqueles que querem culto,
muito culto, é verdade, sobretudo culto e religiosidade popular. Sendo um valor
a preservar e a purificar, se lhe falta a formação, pode degenerar em
sentimentalismo estéril. E se há muita gente que aposta na formação pessoal,
tem consciência de pertença à Igreja, vive integrado e cumpre em caminhada de
conversão constante, outros poderá haver, que, embora muito cumpridores, se
lhes falta a formação também podem meter os pés pelas mãos: de manhã são
capazes de frequentar a igreja e o culto, de tarde, se lhes der na gana,
procuram adivinhos, quiromantes, magos, bruxos, necromantes, como se tudo fosse
igual a tudo. Se se pergunta a razão disto acontecer, facilmente se distribuem
culpas, as causas, porém, são várias e complexas, afirmamo-lo sem querer julgar
ninguém. Mas entre essas causas também está a falta de quem faça essa formação
de maneira inteligente e atrativa, com método e capacidade de bem expor. Se as
pessoas a quem hoje me dirijo, aposentadas ou não, tivessem o gosto desse
voluntariado junto dos adultos das suas comunidades, como esse serviço marcaria
a diferença! Até porque, se essas iniciativas de formação não surgirem dos
leigos, torna-se difícil a sua implementação. E mesmo que, porventura, alguém
reconhecesse que não tem formação aprofundada em conteúdos e pedagogia
apropriada, tem experiência e traquejo verbal, tem capacidade de preparar os
temas, tem a arte de bem os expor e transmitir, tem facilidade de gerar empatia
e de aguçar o apetite dos participantes para mais saber. É certo que, sendo
indispensável, nem sempre basta ter a capacidade de se preparar e ser bom
comunicador. É importante perceber que, quando alguém fala ou ensina em nome de
Cristo, é Cristo que fala ou ensina, e é Cristo que é falado ou ensinado. Não é
momento para transmitir ideias pessoais, para inventar e ocupar o tempo de
qualquer forma, ou para ideologizar os presentes, mas, tal como Cristo o fez, é
tempo de os servir com humildade, amor e verdade: “Assim como o Pai Me enviou,
também Eu vos envio a vós” (Jo 20, 21).
Sabemos como tanta
gente animou e continua a animar a criação de Universidades Seniores, e bem,
são um valor a fazer com que todos permaneçam em processo de formação
permanente, com regularidade e tempos combinados. E por que não formar grupos
semelhantes para a formação cristã de adultos? Inventem-se nomes para tais
grupos, clubes ou academias que atraiam e não afastem. Muitíssima gente ficaria
eternamente grata por essas iniciativas e serviço. Quem, para além da sua
azáfama familiar e profissional, tivesse este gesto de bem fazer às suas
comunidades e promovesse tais iniciativas, até descansaria nisso, sentir-se-ia
bem consigo próprio, entraria naquele processo de igreja em saída a que o Papa
Francisco tanto apela, ajudaria à nova evangelização com o seu saber, a sua
paciência e dedicação. Há tanta coisa que os leigos podem e devem sugerir e
fazer sem a presença de quem preside às comunidades, embora sempre em comunhão
com eles. Que as comunidades cristãs, sem qualquer espécie de preconceito,
estejam atentas a quem, de dentro delas mesmas, as possa fazer crescer em
sabedoria e graça. Que essas pessoas oiçam os apelos, mesmo que silenciosos das
comunidades, reconheçam quanto bem podem fazer aos outros e, por tabela, a si
próprias, colaborando, sentindo-se mais úteis, pondo a render os seus talentos,
conhecimento e saber. Que sintam o acolhimento, o apoio e o estímulo dos
responsáveis e de toda a comunidade, distribuindo tarefas, confiando, ganhando
confiança uns nos outros. Que ninguém esqueça: “em cada pegada de amor nascerá
sempre uma flor de gratidão”. E é sempre um aliciante desafio ajudar a fazer de
cada paróquia um verdadeiro jardim do qual todos se orgulhem, dele cuidem e
usufruam, na certeza de que até um copo de água dado por amor não ficará sem
recompensa (Mt 10, 42). Por isso, “se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não
fecheis o vosso coração” (Sl94/95). As comunidades cristãs merecem, precisam da
vossa colaboração, e “quão formosos são os pés daqueles que anunciam o
Evangelho” (Rom 10,15).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 25-06-2021.