terça-feira, 30 de abril de 2019




PARÓQUIAS DE NISA

Quarta, 01 de maio de 2019






Quarta da II da segunda semana e Páscoa

Ofício da féria ou da memória





QUARTA-FEIRA da semana II

S. José Operário – MF
Branco – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal.

L 1 Act 5, 17-26; Sal 33 (34), 2-3. 4-5. 6-7. 8-9
Ev Jo 3, 16-21

ou
L 1 Gen 1, 26 – 2, 3 ou Col 3, 14-15.17.23-24;
Sal 89 (90), 2.3-4.12-13. 14 e 16
Mt 13, 54-58 (próprio)


* Na Diocese de Beja – S. José Operário, Padroeiro principal – SOLENIDADE
* Na Diocese do Funchal – S. Tiago Menor, Padroeiro principal – SOLENIDADE
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos (Convento da Baixa da Banheira) – S. José Operário, Padroeiro da Casa e da Igreja – SOLENIDADE
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – S. Ricardo Pampuri, religioso – MO
* Nos Missionários Combonianos do Coração de Jesus – S. José Operário – FESTA


S. JOSÉ OPERÁRIO

Nota Histórica:
O primeiro de Maio, considerado hoje na Europa o dia da «Festa do trabalho», foi, durante muitos anos, nos fins do século XIX e princípios do século XX, um dia de reivindicações e mesmo de lutas violentas pela promoção da classe operária.
 A Igreja que se mostrou sempre sensível aos problemas do mundo do trabalho, quis dar uma dimensão cristã a este dia. Nesse sentido, Pio XII, em 1955, colocava a «Festa do trabalho» sob a proteção de S. José, na certeza de que ninguém melhor do que este trabalhador poderia ensinar aos outros trabalhadores a dignidade sublime do trabalho.
Operário durante toda a sua vida, S. José teve como companheiro de trabalho, na oficina de Nazaré, o próprio Filho de Deus, Jesus Cristo.
 E foi, na verdade, Jesus que lhe ensinou que o trabalho nos associa ao Criador, dando-nos a possibilidade de aperfeiçoar a natureza, de acabar a criação divina. O trabalho é um serviço prestado aos irmãos. O trabalho é um meio de nos associarmos à obra redentora de Cristo. (Gaudium et Spes, 67).

MISSA (da memória)

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 127, 1-2
Feliz de ti que temes o Senhor e andas na sua lei:
comerás do trabalho das tuas mãos
e serás feliz em todos os teus caminhos. Aleluia.


ORAÇÃO COLECTA
Deus, criador do universo,
que estabelecestes a lei do trabalho para todos os homens,
concedei-nos que,
a exemplo de São José e com a sua protecção,
realizemos a obra que nos mandais
e recebamos o prémio que nos prometeis.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Gen 1, 26 – 2, 3
«Enchei e dominai a terra»


Leitura do Livro do Génesis

Disse Deus:
«Façamos o homem à nossa imagem e semelhança.
Domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu,
sobre os animais domésticos, sobre os animais selvagens
e sobre todos os répteis que rastejam pela terra».
Deus criou o ser humano à sua imagem,
criou-o à imagem de Deus.
Ele o criou homem e mulher.
Deus abençoou-os, dizendo:
«Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra.
Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu
e sobre todos os animais que se movem na terra».
Disse Deus:
«Dou-vos todas as plantas com semente
que existem em toda a superfície da terra,
assim como todas as árvores de fruto com semente,
para que vos sirvam de alimento.
E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu
e a todos os seres vivos que se movem na terra
dou as plantas verdes como alimento».
E assim sucedeu.
Deus viu tudo o que tinha feito: era tudo muito bom.
Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o sexto dia.
Assim se completaram o céu e a terra
e tudo o que eles contêm.
Deus concluiu, no sétimo dia, a obra que fizera
e, no sétimo dia, descansou do trabalho que tinha realizado.
Deus abençoou e santificou o sétimo dia,
porque nele descansou de todo o trabalho da criação.

Palavra do Senhor.


Em vez da leitura precedente, pode utilizar-se a seguinte:

LEITURA I Col 3, 14-15.17.23-24
«Qualquer que seja o vosso trabalho, fazei-o de boa vontade,
como quem serve ao Senhor e não aos homens»


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Colossenses

Irmãos:
Acima de tudo, revesti-vos da caridade,
que é o vínculo da perfeição.
Reine em vossos corações a paz de Cristo,
à qual fostes chamados para formar um só corpo.
Vivei em acção de graças.
Tudo o que fizerdes, por palavras ou por obras,
seja tudo em nome do Senhor Jesus,
dando graças, por Ele, a Deus Pai.
Qualquer que seja o vosso trabalho,
fazei-o de boa vontade,
como quem serve ao Senhor e não aos homens,
certos de que recebereis como recompensa a herança do Senhor.
Servi a Cristo, que é o Senhor.
 
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 89 (90), 2.3-4.12-13.14 e 16 (R. 17c)
Refrão: Confirmai, Senhor, a obra das nossas mãos.


Antes de se formarem as montanhas
e nascer a terra e o mundo,
desde toda a eternidade
Vós, Senhor, sois Deus.

Vós reduzis o homem ao pó da terra
e dizeis: «Voltai, filhos de Adão».
Mil anos a vossos olhos
são como o dia de ontem que passou
e como uma vigília da noite.

Ensinai-nos a contar os nossos dias,
para chegarmos à sabedoria do coração.
Voltai, Senhor! Até quando...
Tende piedade dos vossos servos.

Saciai-nos, desde a manhã, com a vossa bondade,
para nos alegrarmos e exultarmos todos os dias.
Manifestai a vossa obra aos vossos servos
e aos seus filhos a vossa majestade.


ALELUIA Salmo 67 (68), 20
Refrão: Aleluia. Repete-se

Bendito seja Deus em cada dia.
Vela por nós o Senhor, nosso Salvador. Refrão


EVANGELHO Mt 13, 54-58
«Não é Ele o filho do carpinteiro?»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo,
Jesus foi à sua terra
e começou a ensinar os que estavam na sinagoga,
de tal modo que ficavam admirados e diziam:
«De onde Lhe vem esta sabedoria
e este poder de fazer milagres?
Não é Ele o filho do carpinteiro?
A sua Mãe não se chama Maria
e os seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?
E as suas irmãs não vivem entre nós?
De onde Lhe vem tudo isto?».
E estavam escandalizados com Ele.
Mas Jesus disse-lhes:
«Um profeta só é desprezado na sua terra e em sua casa».
E por causa da falta de fé daquela gente,
Jesus não fez ali muitos milagres.
 
Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Deus, fonte de misericórdia,
olhai para os dons que Vos apresentamos na festa de São José
e fazei que estas oferendas alcancem a vossa proteção
para aqueles que Vos invocam.
Por Nosso Senhor.
Prefácio de S. José: p. 492


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Col 3, 17
Tudo o que fizerdes, por palavras ou por obras,
fazei-o em nome do Senhor Jesus Cristo,
dando graças, por Ele, a Deus Pai. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão do Céu,
ouvi as nossas súplicas
e fazei que, à imitação de São José,
levemos sempre em nossos corações o testemunho do vosso amor
e gozemos eternamente da verdadeira paz.
Por Nosso Senhor.
_________________________

Missa da féria:

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 17, 50; 21, 23
Eu Vos louvarei, Senhor, entre os povos
e anunciarei o vosso nome aos meus irmãos. Aleluia.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que pelo mistério pascal de Cristo restaurastes a dignidade da natureza humana e lhe destes a nova esperança da ressurreição, fazei-nos viver em amor constante o mistério que anualmente celebramos na fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Atos 5, 17-26
«Os homens que metestes na prisão estão no templo a ensinar o povo»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, o sumo sacerdote e todo o seu grupo, isto é, o partido dos saduceus, enfurecidos contra os Apóstolos, mandaram-nos prender e meteram-nos na cadeia pública. Mas, durante a noite, o Anjo do Senhor abriu as portas da prisão, levou-os para fora e disse-lhes: «Ide apresentar-vos no templo, a anunciar ao povo todas estas palavras de vida». Tendo ouvido isto, eles entraram no templo de madrugada e começaram a ensinar. Entretanto, chegou o sumo sacerdote com o seu grupo. Convocaram o Sinédrio e todo o Senado dos israelitas e mandaram buscar os Apóstolos à cadeia. Os guardas foram lá, mas não os encontraram na prisão; e voltaram para avisar: «Encontrámos a cadeia fechada com toda a segurança e os guardas de sentinela à porta. Abrimo-la, mas não encontrámos ninguém lá dentro». Ao ouvirem estas palavras, o comandante do templo e os príncipes dos sacerdotes ficaram muito perplexos, perguntando entre si o que se tinha passado com os presos. Entretanto, veio alguém comunicar-lhes: «Os homens que metestes na cadeia estão no templo a ensinar o povo». Então o comandante do templo foi lá com os guardas e trouxe os Apóstolos, mas sem violência, porque tinham receio de serem apedrejados pelo povo.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Sal. 33 (34), 2-3.4-5.6-7.8-9 (R. cf. 7a ou Aleluia)
Refrão: O pobre clamou e o Senhor ouviu a sua voz. Repete-se

Ou: Aleluia. Repete-se

A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes. Refrão

Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade. Refrão

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias. Refrão

O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia. Refrão


ALELUIA Jo 3, 16
Refrão: Aleluia Repete-se

Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho
Unigénito;
quem acredita n’Ele tem a vida eterna. Refrão


EVANGELHO Jo 3, 16-21
«Deus enviou o seu Filho, para que o mundo seja salvo por Ele»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem acredita n’Ele não é condenado, mas quem não acredita já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho Unigénito de Deus. E a causa da condenação é esta: a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque eram más as suas obras. Todo aquele que pratica más ações odeia a luz e não se aproxima dela, para que as suas obras não sejam denunciadas. Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz, para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em Deus».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus, que pela admirável permuta de dons neste sacrifício nos fazeis participar na comunhão convosco, único e sumo bem, concedei-nos que, conhecendo a vossa verdade, dêmos testemunho dela na prática das boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio pascal


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 15, 16.19
Eu vos escolhi do mundo e vos destinei, diz o Senhor,
para que deis fruto e o vosso fruto permaneça. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Protegei, Senhor, o vosso povo que saciastes nestes divinos mistérios e fazei-nos passar da antiga condição do pecado à vida nova da graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso ¬Fi¬lho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.







«A fé nos ajuda  a nos maravilharmos e a nos enchermos de assombro perante a novidade de Jesus».






ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS Atos 5, 17-26: A palavra de Deus ilumina e salva os que a acolhem com fé e lhe correspondem, como endurece e cega os que se obstinam em se lhe fecharem. Enquanto, aos primeiros, os encanta, aos segundos, irrita-os, e eles acabam por serem por ela preteridos. Mas a palavra de Deus não pode ser julgada; é ela que julga. Foi assim que os Apóstolos, depois de terem sido presos, acabaram por ser libertados e vieram a ser encontrados a anunciar, de novo, essa mesma palavra, pela qual tinham estado prisioneiros.

Jo 3, 16-21: Cristo é o grande dom de Deus aos homens, é a fonte da salvação. É a luz que ilumina mais fortemente que todas as demais luzes. Ao lado d’Ele, todas as outras luzes não passam de trevas. Quem d’Ele se aproximar praticará obras de bem e não terá nenhum receio de ser visto pelos homens; ao contrário, o que d’Ele se afastar tem receio de que os homens o vejam, porque as suas obras o hão de envergonhar.

REZANDO A PALAVRA


ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.






AGENDA DO DIA


17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Misa em Tolosa
18.00 horas: Missa em Nisa - Espírito Santo
18.30 horas: oração do Terço em Alpalhão
21.00 horas:  Oração do Terço em Nisa.



AGENDA DA SEMANA

Segunda:
09.30 horas: Missa em Alpalhão
09.30 horas: Missa na Igreja Matriz de Nisa
11.00 horas: Missa no Santuário de Nossa Senhora da Graça
12.00 horas: Missa na Capela de Santo António em Arez
15.00 horas: Missa na Capela de Nossa Senhora da Arredonda, seguida de procissão
16.00 horas: Terço no santuário de Nossa Senhora da Graça
16.00 horas: Missa na Capela de Santo Amaro de Tolosa, seguida de procissão

Terça:
15.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo

Quarta
17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo
18.00 horas: Missa em Tolosa

Quinta
11.00 horas: Missa na c apela de S. Marcos de Gáfete, precedida de procissão
16.00 horas: Missa no Lar da santa Casa de Nisa
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo
21.00 horas: Adoração em Nisa – Espírito Santo

Sexta:
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo
À noite, começa encontro de jovens em Nisa

Sábado
Todo o dia: encontro de jovens – todo o dia
Sardoal: encontro de catequistas  - Todo o dia
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo.




A VOZ DO PASTOR



TRABALHO E SINDICATOS INOVADORES E PROFÉTICOS

O primeiro de maio é o Dia do Trabalhador. São José Operário associa-se ao dia, é o seu patrono. É verdade que a pessoa não se realiza sem trabalho, mesmo que este possa ser cansativo e nem sempre o desejado. O trabalho, porém, não pode esquecer a pessoa, tornar-se-ia desumano. Não é um absoluto, é um meio. É a pessoa que dá dignidade ao trabalho. Segundo o Papa Francisco, o trabalho é “a forma mais comum de cooperação que a humanidade gerou na sua história”. É “uma forma de amor civil: não é um amor romântico nem sempre intencional, mas verdadeiro, autêntico, que nos faz viver e levar o mundo para a frente”. Olhando a situação atual, o Papa afirma que há quem tenha de trabalhar e não o devia fazer porque é criança ou está doente, que há trabalhadores que são descartados por doença ou em nome da eficiência, que há quem não lhe seja reconhecido o direito a uma reforma justa, isto é, “nem muito pobre nem muito rica. Pois as “aposentadorias de ouro” são uma ofensa ao trabalho, uma ofensa tão grave como aquelas muito pobres que acentuam as desigualdades do tempo de trabalho”. Além disso, não se inibe de dizer que é “uma sociedade insensata e míope aquela que obriga os idosos a trabalhar por demasiado tempo e força uma geração inteira de jovens a não trabalhar quando deveriam fazê-lo para si mesmos e para todos. Quando os jovens estão fora do mundo do trabalho, às empresas faltam energia, entusiasmo, inovação, alegria de viver, e estes são bens comuns preciosos que tornam melhores a vida económica e a felicidade pública”. E acrescenta: “é urgente um novo pacto social humano, um novo pacto social para o trabalho, que diminua as horas de trabalho de quem está na última fase laboral, a fim de criar trabalho para os jovens que têm o direito-dever de trabalhar. O do trabalho é o primeiro dom dos pais e das mães aos filhos e às filhas, é o primeiro património de uma sociedade. É o primeiro dote com o qual os ajudamos a levantar voo para a vida adulta”.
Quando falamos de trabalhadores e de trabalho, logo associamos os sindicatos. Ao longo dos tempos, os sindicatos foram construindo a sua história e sempre tiveram papel crucial na defesa da justiça social, dos direitos dos trabalhadores, dos reformados, dos desempregados e das mulheres vítimas de desigualdades sociais. Embora as suas lutas não sejam contra ninguém, mas a favor de um bem justo e tendo em conta a real situação económica do país, essa luta nunca foi fácil, mas faz parte de quem constata as situações de injustiça e sonha na possibilidade de um mundo mais justo e mais humano. Assim, a liberdade sindical, a negociação coletiva, o trabalho, o salário digno, a proteção social, o pleno emprego, a segurança, a saúde laboral, os serviços públicos, são direitos que devem ser garantidos sem que haja qualquer espécie de discriminação, o que exige luta, os sindicatos sabem disso. Mas porque o mundo não deixa de mudar, os desafios continuam a ser muitos e a reclamar novos modelos de desenvolvimento ambiental, social e integral. Isto implica que os sindicatos também se cuidem e repensem, tendo sempre como horizonte a centralidade da pessoa, não sejam “correia de transmissão” de interesses partidários nem instrumento de briga para outros fins que não o bem comum de toda a sociedade. O Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, um novo organismo criado pelo Papa Francisco, em tempos reuniu com mais de três centenas de representantes de diversos organismos do movimento sindical internacional. Dessa reunião saiu uma Declaração conjunta onde se confirma a centralidade da pessoa e o direito a um trabalho digno, com normas laborais universais, objetivos e prioridades. Entende-se que o incremento da automação, a individualização, a desigualdade, a ganância das corporações, os baixos salários, a precariedade, o desemprego em massa, a pobreza e exclusão põem em risco a casa comum. Para a Igreja, só a fé concretizada em obras é sinal credível da seriedade com que se vive e celebra a fé. Alicerçada no Evangelho e centrada na pessoa, ela tem na sua Doutrina Social um vasto e rico património que o próprio movimento sindical internacional reconhece como valioso e até pioneiro em muitos aspetos. Defende que os sindicatos são uma estrutura indispensável na vida social e como instrumento de solidariedade. Mas foi sobretudo a partir do início da sociedade industrial, com o Papa Leão XIII, que a doutrina social da Igreja se começou a sistematizar.
Aos Delegados da Confederação Italiana Sindical dos Trabalhadores, Francisco tornou presente dois grandes desafios que o movimento sindical deve enfrentar e vencer, se quiser continuar credível e eficiente na promoção do bem comum.
O primeiro é a profecia. A profecia faz parte da própria natureza do sindicato, da sua verdadeira vocação, da sua importância e razão de ser. “O sindicato nasce e renasce todas as vezes que, como os profetas bíblicos, dá voz a quem não a tem, denuncia o pobre “vendido por um par de sandálias” (cf. Amós 2, 6), desmascara os poderosos que espezinham os direitos dos trabalhadores mais débeis, defende a causa do estrangeiro, dos últimos, dos “descartados”. Nas nossas sociedades, porém, “o sindicato corre o risco de perder esta natureza profética e de se tornar demasiado semelhante às instituições e aos poderes que, pelo contrário, deveria criticar. Com o passar do tempo, o sindicato acabou por se assemelhar demais com a política, ou melhor, com os partidos políticos, com a sua linguagem e estilo. E ao contrário, se faltar esta típica e diversa dimensão, até a ação no âmbito das empresas perde força e eficácia. Esta é a profecia, diz o Papa. 
O segundo desafio é a inovação. Se os profetas são as sentinelas que vigiam do seu lugar de observação, também “o sindicato deve patrulhar os muros da cidade do trabalho, como sentinelas que vigiam e protegem quem está dentro da cidade do trabalho, mas que vigiam e protegem também quem está fora dos muros. O sindicato não desempenha a sua função essencial de inovação social se vigiar só os que estão dentro, se proteger só os direitos de quem já trabalha ou está na reforma. Isto deve ser feito, mas é metade do trabalho sindical. A vossa vocação é também proteger quem ainda não tem direitos, os excluídos do trabalho, e até dos direitos e da democracia”. A economia de mercado não aprecia muito o valor do sindicato, esqueceu a natureza social da economia, da empresa. São João Paulo II falava da necessidade da economia social de mercado “que tem como vocação a natureza social da empresa, da vida, dos vínculos e dos pactos”. Talvez que a nossa sociedade “não compreenda o sindicato até porque não o vê lutar o suficiente nos lugares dos “direitos do ainda não”: nas periferias existenciais, no meio dos descartados do trabalho, no meio dos imigrados, dos pobres, dos jovens, das mulheres que são mais fáceis de serem exploradas, dos que estão sob os muros da cidade. E Francisco encoraja-os: “Fazei alguma coisa. Encorajo-vos a continuar e, se possível, a fazer mais. Habitar as periferias pode tornar-se uma estratégia de ação, uma prioridade do sindicato de hoje e de amanhã. Não existe uma boa sociedade sem um bom sindicato, e não existe um sindicato bom que não renasça todos os dias nas periferias, que não transforme as pedras descartadas da economia em pedras angulares”.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 26-04-2019.



segunda-feira, 29 de abril de 2019




PARÓQUIAS DE NISA

Terça, 30 de abril de 2019






Terça da II da segunda semana e Páscoa

Ofício da féria ou da memória





TERÇA-FEIRA da semana II

S. Pio V, papa – MF
Branco – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal.

L 1 Act 4, 32-37; Sal 92 (93), 1ab. 1c-2. 5
Ev Jo 3, 7b-15


* Na Ordem de São Domingos – S. Pio V, papa – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. Bento de Urbino, presbítero, da I Ordem – MF
* Na Ordem da Imaculada Conceição – Aniversário da aprovação da Ordem (1489).
* Na Diocese de Beja – I Vésp. de S. José Operário.
* Na Diocese do Funchal – I Vésp. de S. Tiago Menor.
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos (No Convento da Baixa da Banheira) – I Vésp. de S. José Operário.



MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Ap 19, 7.9
Exultemos de alegria e dêmos glória a Deus,
porque o Senhor reina eternamente. Aleluia.


ORAÇÃO COLECTA
Concedei ao vosso povo, Deus de misericórdia, a graça de manifestar na sua vida o poder de Cristo ressuscitado, para que o penhor da redenção que d’Ele recebemos nos alcance a plenitude dos seus dons. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Actos 4, 32-37
«Um só coração e uma só alma»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

A multidão dos haviam abraçado a fé tinha um só coração e uma só alma; ninguém considerava seu o que lhe lhe pertencia, mas tudo entre eles era comum. Os Apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus com grande poder e gozavam todos de muita simpatia. Não havia entre eles qualquer necessitado, porque todos os que possuíam terras ou casas vendiam-nas e traziam o produto das vendas, que depunham aos pés dos Apóstolos, e distribuía-se então a cada um conforme a sua necessidade. José, um levita natural de Chipre, a quem os Apóstolos chamaram Barnabé – que quer dizer «Filho da Consolação» – possuía um campo. Vendeu-o e trouxe o dinheiro, que depositou aos pés dos Apóstolos.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Sal. 92 (93), 1ab.1c-2.5 (R. 1a ou Aleluia)
Refrão: O Senhor é rei num trono de luz. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

O Senhor é rei,
revestiu-Se de majestade,
revestiu-Se e cingiu-Se de poder. Refrão

Firmou o universo, que não vacilará.
É firme o vosso trono desde sempre,
Vós existis desde toda a eternidade. Refrão

Os vossos testemunhos são dignos de toda a fé,
a santidade habita na vossa casa
por todo o sempre. Refrão


ALELUIA Jo 3, 15
Refrão: Aleluia Repete-se


O Filho do homem será elevado,
para que todo aquele que acredita
tenha n’Ele a vida eterna. Refrão


EVANGELHO Jo 3, 7b-15
«Ninguém subiu ao Céu, senão Aquele que desceu do Céu:
o Filho do homem»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Não te admires por Eu te haver dito que todos devem nascer de novo. O vento sopra onde quer: ouves a sua voz, mas não sabes donde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito». Nicodemos perguntou: «Como pode ser isso?» Jesus respondeu-lhe: «Tu és mestre em Israel e não sabes estas coisas? Em verdade, em verdade te digo: Nós falamos do que sabemos e damos testemunho do que vimos, mas vós não aceitais o nosso testemunho. Se vos disse coisas da terra e não acreditais, como haveis de acreditar, se vos disser coisas do Céu? Ninguém subiu ao Céu, senão Aquele que desceu do Céu: o Filho do homem. Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho do homem será elevado, para que todo aquele que acredita tenha n’Ele a vida eterna».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei, Senhor, que em todo o tempo possamos alegrar nos com estes mistérios pascais, de modo que o acto sempre renovado da nossa redenção seja para nós causa de alegria eterna. Por Nosso Senhor.

Prefácio pascal

ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Lc 24, 46.25
Jesus Cristo tinha de padecer e ressuscitar dos mortos
para entrar na sua glória. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Ouvi, Senhor, as nossas preces e fazei que estes santos mistérios da nossa redenção nos auxiliem na vida presente e nos alcancem as alegrias eternas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.







«Não sabeis que sois templos de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?».

S. Paulo





ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS Actos 4, 32-37: A fé da primeira comunidade cristã de Jerusalém mostra-se na comunhão entre os seus membros, comunhão de sentimentos e comunhão até de bens materiais. Esta maneira de viver é apresentada como testemunho da Ressurreição; de facto, quem assim vive testemunha que uma vida nova começou sobre a terra, a vida dos que passaram com Cristo deste mundo para o Pai. E apresenta-se o exemplo particular de Barnabé.

Jo 3, 7b-15: A subida de Jesus para junto do Pai manifesta a sua origem divina e garante a verdade da palavra que Ele nos anunciou. A sua Ressurreição é testemunho a favor de tudo o que Ele nos ensinou. É, por isso, necessário aceitar esse testemunho e ser-lhe fiel, para que o novo nascimento, que é o Batismo, nos introduza na vida eterna.

REZANDO A PALAVRA


ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.






AGENDA DO DIA


18.00 HORAS: Misa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa - Espírito Santo
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AGENDA DA SEMANA

Segunda:
09.30 horas: Missa em Alpalhão
09.30 horas: Missa na Igreja Matriz de Nisa
11.00 horas: Missa no Santuário de Nossa Senhora da Graça
12.00 horas: Missa na Capela de Santo António em Arez
15.00 horas: Missa na Capela de Nossa Senhora da Arredonda, seguida de procissão
16.00 horas: Terço no santuário de Nossa Senhora da Graça
16.00 horas: Missa na Capela de Santo Amaro de Tolosa, seguida de procissão

Terça:
15.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo

Quarta
17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo
18.00 horas: Missa em Tolosa

Quinta
11.00 horas: Missa na c apela de S. Marcos de Gáfete, precedida de procissão
16.00 horas: Missa no Lar da santa Casa de Nisa
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo
21.00 horas: Adoração em Nisa – Espírito Santo

Sexta:
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo
À noite, começa encontro de jovens em Nisa

Sábado
Todo o dia: encontro de jovens – todo o dia
Sardoal: encontro de catequistas  - Todo o dia
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo.




A VOZ DO PASTOR



TRABALHO E SINDICATOS INOVADORES E PROFÉTICOS

O primeiro de maio é o Dia do Trabalhador. São José Operário associa-se ao dia, é o seu patrono. É verdade que a pessoa não se realiza sem trabalho, mesmo que este possa ser cansativo e nem sempre o desejado. O trabalho, porém, não pode esquecer a pessoa, tornar-se-ia desumano. Não é um absoluto, é um meio. É a pessoa que dá dignidade ao trabalho. Segundo o Papa Francisco, o trabalho é “a forma mais comum de cooperação que a humanidade gerou na sua história”. É “uma forma de amor civil: não é um amor romântico nem sempre intencional, mas verdadeiro, autêntico, que nos faz viver e levar o mundo para a frente”. Olhando a situação atual, o Papa afirma que há quem tenha de trabalhar e não o devia fazer porque é criança ou está doente, que há trabalhadores que são descartados por doença ou em nome da eficiência, que há quem não lhe seja reconhecido o direito a uma reforma justa, isto é, “nem muito pobre nem muito rica. Pois as “aposentadorias de ouro” são uma ofensa ao trabalho, uma ofensa tão grave como aquelas muito pobres que acentuam as desigualdades do tempo de trabalho”. Além disso, não se inibe de dizer que é “uma sociedade insensata e míope aquela que obriga os idosos a trabalhar por demasiado tempo e força uma geração inteira de jovens a não trabalhar quando deveriam fazê-lo para si mesmos e para todos. Quando os jovens estão fora do mundo do trabalho, às empresas faltam energia, entusiasmo, inovação, alegria de viver, e estes são bens comuns preciosos que tornam melhores a vida económica e a felicidade pública”. E acrescenta: “é urgente um novo pacto social humano, um novo pacto social para o trabalho, que diminua as horas de trabalho de quem está na última fase laboral, a fim de criar trabalho para os jovens que têm o direito-dever de trabalhar. O do trabalho é o primeiro dom dos pais e das mães aos filhos e às filhas, é o primeiro património de uma sociedade. É o primeiro dote com o qual os ajudamos a levantar voo para a vida adulta”.
Quando falamos de trabalhadores e de trabalho, logo associamos os sindicatos. Ao longo dos tempos, os sindicatos foram construindo a sua história e sempre tiveram papel crucial na defesa da justiça social, dos direitos dos trabalhadores, dos reformados, dos desempregados e das mulheres vítimas de desigualdades sociais. Embora as suas lutas não sejam contra ninguém, mas a favor de um bem justo e tendo em conta a real situação económica do país, essa luta nunca foi fácil, mas faz parte de quem constata as situações de injustiça e sonha na possibilidade de um mundo mais justo e mais humano. Assim, a liberdade sindical, a negociação coletiva, o trabalho, o salário digno, a proteção social, o pleno emprego, a segurança, a saúde laboral, os serviços públicos, são direitos que devem ser garantidos sem que haja qualquer espécie de discriminação, o que exige luta, os sindicatos sabem disso. Mas porque o mundo não deixa de mudar, os desafios continuam a ser muitos e a reclamar novos modelos de desenvolvimento ambiental, social e integral. Isto implica que os sindicatos também se cuidem e repensem, tendo sempre como horizonte a centralidade da pessoa, não sejam “correia de transmissão” de interesses partidários nem instrumento de briga para outros fins que não o bem comum de toda a sociedade. O Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, um novo organismo criado pelo Papa Francisco, em tempos reuniu com mais de três centenas de representantes de diversos organismos do movimento sindical internacional. Dessa reunião saiu uma Declaração conjunta onde se confirma a centralidade da pessoa e o direito a um trabalho digno, com normas laborais universais, objetivos e prioridades. Entende-se que o incremento da automação, a individualização, a desigualdade, a ganância das corporações, os baixos salários, a precariedade, o desemprego em massa, a pobreza e exclusão põem em risco a casa comum. Para a Igreja, só a fé concretizada em obras é sinal credível da seriedade com que se vive e celebra a fé. Alicerçada no Evangelho e centrada na pessoa, ela tem na sua Doutrina Social um vasto e rico património que o próprio movimento sindical internacional reconhece como valioso e até pioneiro em muitos aspetos. Defende que os sindicatos são uma estrutura indispensável na vida social e como instrumento de solidariedade. Mas foi sobretudo a partir do início da sociedade industrial, com o Papa Leão XIII, que a doutrina social da Igreja se começou a sistematizar.
Aos Delegados da Confederação Italiana Sindical dos Trabalhadores, Francisco tornou presente dois grandes desafios que o movimento sindical deve enfrentar e vencer, se quiser continuar credível e eficiente na promoção do bem comum.
O primeiro é a profecia. A profecia faz parte da própria natureza do sindicato, da sua verdadeira vocação, da sua importância e razão de ser. “O sindicato nasce e renasce todas as vezes que, como os profetas bíblicos, dá voz a quem não a tem, denuncia o pobre “vendido por um par de sandálias” (cf. Amós 2, 6), desmascara os poderosos que espezinham os direitos dos trabalhadores mais débeis, defende a causa do estrangeiro, dos últimos, dos “descartados”. Nas nossas sociedades, porém, “o sindicato corre o risco de perder esta natureza profética e de se tornar demasiado semelhante às instituições e aos poderes que, pelo contrário, deveria criticar. Com o passar do tempo, o sindicato acabou por se assemelhar demais com a política, ou melhor, com os partidos políticos, com a sua linguagem e estilo. E ao contrário, se faltar esta típica e diversa dimensão, até a ação no âmbito das empresas perde força e eficácia. Esta é a profecia, diz o Papa. 
O segundo desafio é a inovação. Se os profetas são as sentinelas que vigiam do seu lugar de observação, também “o sindicato deve patrulhar os muros da cidade do trabalho, como sentinelas que vigiam e protegem quem está dentro da cidade do trabalho, mas que vigiam e protegem também quem está fora dos muros. O sindicato não desempenha a sua função essencial de inovação social se vigiar só os que estão dentro, se proteger só os direitos de quem já trabalha ou está na reforma. Isto deve ser feito, mas é metade do trabalho sindical. A vossa vocação é também proteger quem ainda não tem direitos, os excluídos do trabalho, e até dos direitos e da democracia”. A economia de mercado não aprecia muito o valor do sindicato, esqueceu a natureza social da economia, da empresa. São João Paulo II falava da necessidade da economia social de mercado “que tem como vocação a natureza social da empresa, da vida, dos vínculos e dos pactos”. Talvez que a nossa sociedade “não compreenda o sindicato até porque não o vê lutar o suficiente nos lugares dos “direitos do ainda não”: nas periferias existenciais, no meio dos descartados do trabalho, no meio dos imigrados, dos pobres, dos jovens, das mulheres que são mais fáceis de serem exploradas, dos que estão sob os muros da cidade. E Francisco encoraja-os: “Fazei alguma coisa. Encorajo-vos a continuar e, se possível, a fazer mais. Habitar as periferias pode tornar-se uma estratégia de ação, uma prioridade do sindicato de hoje e de amanhã. Não existe uma boa sociedade sem um bom sindicato, e não existe um sindicato bom que não renasça todos os dias nas periferias, que não transforme as pedras descartadas da economia em pedras angulares”.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 26-04-2019.