terça-feira, 30 de junho de 2020






PARÓQUIAS DE NISA





Quarta, 01 de julho de 2020






Quarta da XIII semana do tempo comum







QUARTA-FEIRA da semana XIII
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 Am 5. 14-15. 21-24; Sal 49 (50), 7. 8-9. 10-11. 12-13. 16bc-17
Ev Mt 8, 28-34

* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – Aniversário da restauração da Ordem em Portugal, com o Hospício de Santa Marta, em Lisboa, para clérigos pobres (1890).
* Na Congregação das Irmãs Missionárias do Precioso Sangue e na Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue – Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, Titular das Congregações – SOLENIDADE
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo – FESTA




MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 46, 2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
aclamai a Deus com brados de alegria.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que pela vossa graça nos tornastes filhos da luz,
não permitais que sejamos envolvidos pelas trevas do erro,
mas permaneçamos sempre no esplendor da verdade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos pares) Am 5, 14-15.21-24
«Afastai de Mim o barulho dos vossos cânticos,
seja a justiça como rio inesgotável»


Leitura da Profecia de Amós

Procurai o bem e não o mal, para que vivais. Assim, o Senhor, Deus do Universo, estará convosco, como vós dizeis. Detestai o mal e amai o bem, restabelecei a justiça no tribunal. Talvez o Senhor, Deus do Universo, tenha compaixão dos sobreviventes de José. Eu detesto e desprezo as vossa festas, desgostam-Me as vossas reuniões sagradas. Se Me ofereceis holocaustos e oblações, Eu não quero aceitá-los; e para os vossos sacrifícios de animais gordos, nem sequer Me digno olhar. Afastai de Mim o barulho dos vossos cânticos, que Eu não quero ouvir o som das vossas harpas. Mas fazei que o direito corra como as águas e a justiça como rio inesgotável.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 49 (50), 7.8-9.10-11.12-13.16bc-17 (R. 23b)
Refrão: A quem segue o caminho recto
darei a salvação de Deus. Repete-se

Ouve, meu povo, que Eu vou falar,
Israel, contra ti vou testemunhar.
Eu sou o Senhor, teu Deus. Refrão

Não é pelos sacrifícios que Eu te repreendo:
os teus holocaustos estão sempre na minha presença.
Não aceito os novilhos da tua casa
nem os cabritos dos teus rebanhos. Refrão

A Mim pertencem todas as feras das florestas
e os milhares de animais dos montes.
Conheço todas as aves do céu
e disponho de todos os animais dos campos. Refrão

Se tivesse fome, não to diria,
porque meu é o mundo e tudo o que nele existe.
Comerei porventura a carne dos touros
ou beberei o sangue dos cabritos? Refrão

Como falas tanto na minha lei
e trazes na boca a minha aliança,
tu que detestas os meus ensinamentos
e desprezas as minhas palavras. Refrão


ALELUIA Tg 1, 18
Refrão: Aleluia Repete-se


Deus Pai nos gerou pela palavra da verdade,
para sermos as primícias das suas criaturas. Refrão


EVANGELHO Mt 8, 28-34
«Vieste aqui atormentar os demónios antes do tempo
»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo seg. São Mateus

Naquele tempo, quando Jesus chegou à região dos gadarenos, na outra margem do lago, vieram ao seu encontro, saindo dos túmulos, dois endemoninhados. Eram tão furiosos que ninguém se atrevia a passar por aquele caminho. E disseram aos gritos: «Que tens que ver connosco, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?». Ora, perto dali, andava a pastar uma grande vara de porcos. Os demónios suplicavam a Jesus, dizendo: «Se nos expulsas, manda-nos para a vara de porcos». Jesus respondeu-lhes: «Então ide». Eles saíram e foram para os porcos. Então os porcos precipitaram-se pelo despenhadeiro abaixo e afogaram-se no lago. Os guardadores fugiram e foram à cidade contar tudo o que acontecera, incluindo o caso dos endemoninhados. Toda a cidade saiu ao encontro de Jesus. Quando O viram, pediram-Lhe que Se retirasse do seu território.
 
Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que assegurais a eficácia dos vossos sacramentos,
fazei que este serviço divino
seja digno dos mistérios que celebramos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 102, 1
A minha alma louva o Senhor,
todo o meu ser bendiz o seu nome santo.

Ou cf. Jo 17, 20-21
Pai santo, Eu rogo por aqueles que hão de acreditar em Mim,
para que sejam em Nós confirmados na unidade
e o mundo acredite que Tu Me enviaste.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei-nos, Senhor,
que o Corpo e o Sangue do vosso Filho,
oferecidos em sacrifício e recebidos em comunhão,
nos dêem a verdadeira vida,
para que, unidos convosco em amor eterno,
dêmos frutos que permaneçam para sempre.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.






« A Igreja «em saída» é a comunidade de discípulos missionários que «primeireiam», que se envolvem, que acompanham, que frutificam e festejam. Primeireiam – desculpai o neologismo –, tomam a iniciativa!»

Papa Francisco
A Alegria do Evangelho 24.








ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra



LEITURAS : Am 5, 14-15.21-24: O profeta continua a censurar o mau proceder do povo, particularmente no que se refere aos pecados contra a justiça para com os outros. Esta justiça não pode ser substituída por expressões exteriores de vida religiosa, pois que a verdadeira religião começa no coração; doutro modo, seria culto falso.
Mt 8, 28-34: O importante desta passagem é o triunfo de Jesus sobre os demónios. Realizando este exorcismo, ali, em terra pagã, e antes do tempo, antes da hora do juízo final, Jesus antecipa a vitória do seu Mistério Pascal do fim dos tempos, que há de pôr termo a toda a a ção demoníaca sobre os homens remidos com o seu sangue.



AGENDA DO DIA

17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa em Tolosa
18.00 horas: Missa em Nisa.




A VOZ DO PASTOR


SEMPRE HOUVE DESMANCHA-PRAZERES!...

As Festas fazem parte da natureza humana. Espontâneas ou programadas, elas assinalam o ritmo da vida dos povos, das sociedades, das comunidades, das famílias, das pessoas. As causas que lhe estão na origem são imensas e diversificadas. Quer aconteçam a nível mundial ou nacional, quer a nível local, familiar ou de sectores, elas fazem parte da vida social, religiosa, cultural, desportiva, política, laboral e outras. São momentos de rutura com o quotidiano e marcam a diferença, na comunhão e na alegria. Fomentam uma maior consciência de pertença, solidificam a unidade entre todos, assinalam as opções fundamentais na caminhada de cada um, refrescam e renovam a vida e a esperança no futuro. Muitas vezes potenciam projetos comuns, outras vezes são ponto de partida para iniciativas de capital interesse.

         Ora, se a festa é parte estruturante da vida humana, estranho seria que houvesse pessoas incapazes de se converterem à festa, inclusive às festas da vida para se rejuvenescerem a si próprias e aos outros. No entanto, mesmo que seja exceção, encontramos gente que não gosta de festas. Pior, é contra as festas, implica, complica, nunca desintrinca nem se aplica. Em jeito de zangados com a vida, se as celebram, fazem-no de forma avinagrada, azedos. Não são capazes de dar um ar da sua graça, parece que trazem o mundo às costas e vivem eternamente voltados para o cantar às almas, tristes, sempre com ares de luto e xaile pela cabeça. Nem um bom vinho desta minha terra páscoa, o Alentejo, os consegue alegrar. Tampouco um “Muralhas” ou um “Alvarinho” da minha terra natal os cativa.

E cá para nós, caro leitor, cá para nós que ninguém nos ouve e me perdoará esta alusão, até porque lhe tornará mais leve a leitura deste texto: acredito que um bom vinho alentejano, sem se abusar, sem se perder o equilíbrio, sem que ele faça cair da prancha ou prestar culto a Baco, acredito que será uma boa companhia para ajudar esses alguns a se desembrulharem para a festa. É um mero palpite meu, mas um palpite muito mais certeiro do que o de saber quem vai ganhar o campeonato de futebol ou quando é que acabará esta pandemia que a todos espreita! E não haveria grande dificuldade em escolher se fossem muitos, todos os vinhos alentejanos são bons. Ou, então, a única alternativa honrada e muito mais eficaz, digo eu, claro está, acho que seria um “Alvarinho”, pois é mais que bom e sempre tem ajudado a viver as festas da vida e a fazer da vida uma festa, que o digam os meus conterrâneos, e não só...

Passeando pelas páginas da própria Bíblia, encontramos, a título de exemplo, o escriba Esdras, o qual, no dia consagrado ao Senhor, em que o povo israelita chorava, comovido, ao escutar a leitura da Lei, aconselhou os presentes a que não ficassem tristes nem chorassem, mas que fossem para casa, fizessem uma boa refeição, bebessem um bom vinho, fizessem festa (Ne 8,10). São Paulo aconselhou Timóteo a que não continuasse a beber só água, mas que tomasse um pouco de vinho, e diz porquê (1Tim 5,23). Perante o embasbacado chefe de mesa, o vinho bom das Bodas de Caná foi fonte de alegria para a nova família, é o vinho novo da aliança de Cristo com a humanidade (Jo 2,1-11). Ben Sirá interrogava-se sobre que sentido teria a vida se faltasse o vinho e afirmava que o vinho foi criado para alegrar as pessoas, pois, se bebido na devida altura e na medida certa, sempre traz gozo ao coração e alegria à alma (Ec 31, 27ss).

Pois, pois, se bebido com moderação!... Se assim não for, também lá se diz que os responsáveis esquecerão as leis e o direito dos pobres, fará esquentar a briga dos arrogantes, arruinará quem se excede por vício ou desafio, fará sofrer muita gente, fará com que alguns façam a figura de Noé, Lot ou Nabal, que adormeceram com uma bebedeira de se lhe tirar o chapéu. Sim, se a moderação pode ajudar à festa, o excesso pode-a estragar e trazer amargura... ah ah ah ah... Até parece que estou a fazer a apologia do vinho... Mas não, estou apenas a falar da necessidade da festa e da alegria na vida, mesmo no meio das tormentas existenciais, assim como nos testemunham os músicos do Titanic.

O nosso Deus é o Deus da Alegria e da Festa. A sua alegria é a nossa força. Ele quis que a sua alegria estivesse em nós e a nossa alegria fosse completa. Jesus participava nas festas do seu tempo, iniciou a sua vida pública numa festa, provocou várias festas, falou da grandiosa festa das Bodas do Cordeiro, quis que, em comunhão com Ele, fizéssemos da vida uma festa.
No entanto, se o leitor escutar bem o som dos martelinhos do seu sótão pensante, constatará que sempre houve gente a esbodegar a alegria dos outros, a esfrangalhar a festa. Também na própria Bíblia, donde menos se haveria de esperar tal coisa, aparecem-nos atitudes dessas. No entanto, elas transmitem-nos uma mensagem, colocam-nos em alerta, denunciam a fraqueza humana, são lições para a vida. O rei Saul, por exemplo, em vez de se associar, não suportava as festas do povo pelos êxitos de David, ficava abespinhado ao ponto de o querer matar, a inveja dominava-o. O irmão mais velho do filho pródigo não entrou na festa que o pai organizara aquando da chegada do filho mais novo. Não foi capaz de enxergar a alegria do pai e até resmungou e bateu o pé, não entrou, não quis associar-se, mostrou-se amargurado com a atitude do pai, reivindicava que ele e só ele é que era merecedor duma festa assim. Aquele outro que, por preguiça, negligência ou falta de respeito para com os convidados, entrou na festa das bodas do filho do rei sem se preparar convenientemente para a festa, sem vestir o traje próprio, perturbou o ambiente e a alegria, não colaborou na festa de todos. E se a festa continuou, continuou sem ele, e ele ouviu o que não tinha necessidade de ouvir. As cinco jovenzinhas imprudentes, na sua indolência ou falta de entusiasmo, também não entraram na alegria da festa do noivo. Descuidaram-se, as suas lâmpadas acabaram por dormitar, secas e mui tristes. Eram loucas, coitadas, se em alguma coisa pensaram pensaram em tudo menos no que deviam. Os fariseus, sempre de olhar pesado e vesgo para a alegria de tantos que gostavam da vida e de viver, opuseram-se à festa da entrada do Senhor em Jerusalém. E o próprio Senhor os criticou, a eles e aos doutores da lei, porque se assemelhavam à pequenada que, sentada na praça, se dirigia aos seus colegas como que a perguntar-lhes o que é que afinal eles queriam, pois já tinham tocado flauta para eles e eles não foram capazes de dançar, já tinham tocado músicas tristes e eles também não foram capazes de chorar... De facto, as festas são parte integrante da natureza humana, mas têm as suas exigências, sobretudo não devem ser festas de fachada, a alimentar hipocrisias, falsidades e excessos, de vinho e outros. Devem servir para que todos se encontrem e não para dar encontrões.

Porque este tema das festas é um tema importante e vasto, voltarei a ele, sobretudo para falar das festas religiosas das nossas comunidades e das festas da família cristã: festas do Padroeiro, do Batismo, da Primeira Comunhão, da Crisma, do Matrimónio, das Celebrações Jubilares e outras.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 26-06-2020.






segunda-feira, 29 de junho de 2020






PARÓQUIAS DE NISA





Terça, 30 de junho de 2020






Terça da XIII semana do tempo comum







TERÇA-FEIRA da semana XIII
Primeiros Santos Mártires da Igreja de Roma – MF
Verde ou verm. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 Am 3, 1-8; 4, 11-12; Sal 5, 5-6. 7. 8
Ev Mt 8, 23-27

* Aniversário da Ordenação episcopal de D. António de Sousa Braga, Bispo Emérito de Angra (1996).
* Na Diocese de Vila Real – Aniversário da entrada solene e tomada de posse de D. António Augusto de Oliveira Azevedo.
* Na Ordem Franciscana (III Ordem) – B. Raimundo Lullo, mártir, da III Ordem – MF
* Na Congregação do Santíssimo Redentor – B. Januário Sarnelli, presbítero – MO
* Nas Congregações e Institutos da Família Paulista – S. Paulo, Apóstolo, Patrono da Família Paulista, Titular da Sociedade São Paulo e das Filhas de São Paulo – SOLENIDADE
* Na Congregação das Irmãs Missionárias do Precioso Sangue e na Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue – I Vésp. do Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 46, 2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
aclamai a Deus com brados de alegria.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que pela vossa graça nos tornastes filhos da luz,
não permitais que sejamos envolvidos pelas trevas do erro,
mas permaneçamos sempre no esplendor da verdade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos pares) Am 3, 1-8; 4, 11-12
«Quando fala o Senhor Deus, quem recusará profetizar?»


Leitura da Profecia de Amós

Escutai esta palavra, que o Senhor pronuncia contra vós, filhos de Israel, contra todo o povo que Ele tirou da terra do Egipto: «Só a vós conheci, entre todos os povos da terra. Por isso vos pedirei contas de todos os vossos pecados. Porventura seguem juntos dois homens, sem que antes tenham combinado? Ruge o leão na floresta, sem ter uma presa? O leãozinho faz ouvir no esconderijo a sua voz, sem ter a sua caça? Cai o pássaro por terra num laço, sem haver armadilha? Levanta-se do chão a rede, sem nada ter apanhado? Soa a trombeta na cidade, sem que o povo fique alarmado? Pode haver na cidade uma desgraça, sem que o Senhor a tenha mandado? O Senhor Deus não fez coisa alguma, sem revelar as suas intenções aos profetas, seus servos. Quando ruge o leão, quem não terá medo? Quando fala o Senhor Deus, quem recusará profetizar? Arruinei-vos, como fiz a Sodoma e Gomorra, e vós ficastes como tição arrancado ao incêndio, mas não voltastes para Mim – oráculo do Senhor –. Por isso, é assim que hei de tratar-te, Israel, e, porque vou tratar-te assim, prepara-te, Israel, para enfrentares o teu Deus».
 
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 5, 5-6.7.8 (R. 9a)
Refrão: Senhor, guiai-me na vossa justiça.
Repete-se

Vós não sois um Deus que se agrade do mal,
o perverso não tem aceitação junto de Vós,
nem os ímpios suportam o vosso olhar. Refrão

Vós detestais todos os malfeitores
e exterminais os que dizem mentiras:
o Senhor abomina os sanguinários e fraudulentos. Refrão

Mas, confiado na vossa bondade,
eu entrarei na vossa casa,
com reverência me prostrarei no vosso templo santo. Refrão


ALELUIA Salmo 129 (130), 5
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu confio no Senhor,
a minha alma espera na sua palavra. Refrão


EVANGELHO Mt 8, 23-27
«Levantou-Se, falou imperiosamente ao vento e ao mar
e fez-se grande bonança»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo seg. São Mateus

Naquele tempo, Jesus subiu para o barco e os discípulos acompanharam-n’O. Entretanto, levantou-se no mar tão grande tormenta que as ondas cobriam o barco. Jesus dormia. Aproximaram-se os discípulos e acordaram-n’O, dizendo: «Salva-nos, Senhor, que estamos perdidos». Disse-lhes Jesus: «Porque temeis, homens de pouca fé?». Então levantou-Se, falou imperiosamente ao vento e ao mar e fez-se grande bonança. Os homens ficaram admirados e disseram: «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que assegurais a eficácia dos vossos sacramentos,
fazei que este serviço divino
seja digno dos mistérios que celebramos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 102, 1
A minha alma louva o Senhor,
todo o meu ser bendiz o seu nome santo.

Ou cf. Jo 17, 20-21
Pai santo, Eu rogo por aqueles que hão-de acreditar em Mim,
para que sejam em Nós confirmados na unidade
e o mundo acredite que Tu Me enviaste.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei-nos, Senhor,
que o Corpo e o Sangue do vosso Filho,
oferecidos em sacrifício e recebidos em comunhão,
nos dêem a verdadeira vida,
para que, unidos convosco em amor eterno,
dêmos frutos que permaneçam para sempre.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.







« Fiel ao modelo do Mestre, é vital que hoje a Igreja saia para anunciar o Evangelho a todos, em todos os lugares, em todas as ocasiões, sem demora, sem repugnâncias e sem medo. A alegria do Evangelho é para todo o povo, não se pode excluir ninguém »

Papa Francisco
A Alegria do Evangelho 23








ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra



LEITURAS : Am 3, 1-8; 4, 11-12: Uma série de sete comparações, tiradas de várias circunstâncias da vida, pretendem fazer descobrir que as coisas que acontecem têm a sua razão de ser e que é preciso prestar atenção a essa razão. Assim, se o profeta fala, é preciso prestar atenção à palavra de Deus que está na sua boca. Se tantas vezes o povo não lhe deu atenção, não deixe agora passar esta ocasião. É um apelo solene! É o juízo de Deus!

Mt 8, 23-27: Os discípulos mostraram-se “homens de pouca fé”, ao pensarem que Jesus a dormir não os poderia salvar! “Homens de pouca fé”, também nós o somos, quando, no meio das calamidades da vida, não percebemos que o Senhor continua presente e não O invocamos, a Ele que está sempre pronto a salvar-nos.




AGENDA DO DIA

09.30 horas: Funeral em Tolosa
18.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa.




A VOZ DO PASTOR


SEMPRE HOUVE DESMANCHA-PRAZERES!...

As Festas fazem parte da natureza humana. Espontâneas ou programadas, elas assinalam o ritmo da vida dos povos, das sociedades, das comunidades, das famílias, das pessoas. As causas que lhe estão na origem são imensas e diversificadas. Quer aconteçam a nível mundial ou nacional, quer a nível local, familiar ou de sectores, elas fazem parte da vida social, religiosa, cultural, desportiva, política, laboral e outras. São momentos de rutura com o quotidiano e marcam a diferença, na comunhão e na alegria. Fomentam uma maior consciência de pertença, solidificam a unidade entre todos, assinalam as opções fundamentais na caminhada de cada um, refrescam e renovam a vida e a esperança no futuro. Muitas vezes potenciam projetos comuns, outras vezes são ponto de partida para iniciativas de capital interesse.

         Ora, se a festa é parte estruturante da vida humana, estranho seria que houvesse pessoas incapazes de se converterem à festa, inclusive às festas da vida para se rejuvenescerem a si próprias e aos outros. No entanto, mesmo que seja exceção, encontramos gente que não gosta de festas. Pior, é contra as festas, implica, complica, nunca desintrinca nem se aplica. Em jeito de zangados com a vida, se as celebram, fazem-no de forma avinagrada, azedos. Não são capazes de dar um ar da sua graça, parece que trazem o mundo às costas e vivem eternamente voltados para o cantar às almas, tristes, sempre com ares de luto e xaile pela cabeça. Nem um bom vinho desta minha terra páscoa, o Alentejo, os consegue alegrar. Tampouco um “Muralhas” ou um “Alvarinho” da minha terra natal os cativa.

E cá para nós, caro leitor, cá para nós que ninguém nos ouve e me perdoará esta alusão, até porque lhe tornará mais leve a leitura deste texto: acredito que um bom vinho alentejano, sem se abusar, sem se perder o equilíbrio, sem que ele faça cair da prancha ou prestar culto a Baco, acredito que será uma boa companhia para ajudar esses alguns a se desembrulharem para a festa. É um mero palpite meu, mas um palpite muito mais certeiro do que o de saber quem vai ganhar o campeonato de futebol ou quando é que acabará esta pandemia que a todos espreita! E não haveria grande dificuldade em escolher se fossem muitos, todos os vinhos alentejanos são bons. Ou, então, a única alternativa honrada e muito mais eficaz, digo eu, claro está, acho que seria um “Alvarinho”, pois é mais que bom e sempre tem ajudado a viver as festas da vida e a fazer da vida uma festa, que o digam os meus conterrâneos, e não só...

Passeando pelas páginas da própria Bíblia, encontramos, a título de exemplo, o escriba Esdras, o qual, no dia consagrado ao Senhor, em que o povo israelita chorava, comovido, ao escutar a leitura da Lei, aconselhou os presentes a que não ficassem tristes nem chorassem, mas que fossem para casa, fizessem uma boa refeição, bebessem um bom vinho, fizessem festa (Ne 8,10). São Paulo aconselhou Timóteo a que não continuasse a beber só água, mas que tomasse um pouco de vinho, e diz porquê (1Tim 5,23). Perante o embasbacado chefe de mesa, o vinho bom das Bodas de Caná foi fonte de alegria para a nova família, é o vinho novo da aliança de Cristo com a humanidade (Jo 2,1-11). Ben Sirá interrogava-se sobre que sentido teria a vida se faltasse o vinho e afirmava que o vinho foi criado para alegrar as pessoas, pois, se bebido na devida altura e na medida certa, sempre traz gozo ao coração e alegria à alma (Ec 31, 27ss).

Pois, pois, se bebido com moderação!... Se assim não for, também lá se diz que os responsáveis esquecerão as leis e o direito dos pobres, fará esquentar a briga dos arrogantes, arruinará quem se excede por vício ou desafio, fará sofrer muita gente, fará com que alguns façam a figura de Noé, Lot ou Nabal, que adormeceram com uma bebedeira de se lhe tirar o chapéu. Sim, se a moderação pode ajudar à festa, o excesso pode-a estragar e trazer amargura... ah ah ah ah... Até parece que estou a fazer a apologia do vinho... Mas não, estou apenas a falar da necessidade da festa e da alegria na vida, mesmo no meio das tormentas existenciais, assim como nos testemunham os músicos do Titanic.

O nosso Deus é o Deus da Alegria e da Festa. A sua alegria é a nossa força. Ele quis que a sua alegria estivesse em nós e a nossa alegria fosse completa. Jesus participava nas festas do seu tempo, iniciou a sua vida pública numa festa, provocou várias festas, falou da grandiosa festa das Bodas do Cordeiro, quis que, em comunhão com Ele, fizéssemos da vida uma festa.
No entanto, se o leitor escutar bem o som dos martelinhos do seu sótão pensante, constatará que sempre houve gente a esbodegar a alegria dos outros, a esfrangalhar a festa. Também na própria Bíblia, donde menos se haveria de esperar tal coisa, aparecem-nos atitudes dessas. No entanto, elas transmitem-nos uma mensagem, colocam-nos em alerta, denunciam a fraqueza humana, são lições para a vida. O rei Saul, por exemplo, em vez de se associar, não suportava as festas do povo pelos êxitos de David, ficava abespinhado ao ponto de o querer matar, a inveja dominava-o. O irmão mais velho do filho pródigo não entrou na festa que o pai organizara aquando da chegada do filho mais novo. Não foi capaz de enxergar a alegria do pai e até resmungou e bateu o pé, não entrou, não quis associar-se, mostrou-se amargurado com a atitude do pai, reivindicava que ele e só ele é que era merecedor duma festa assim. Aquele outro que, por preguiça, negligência ou falta de respeito para com os convidados, entrou na festa das bodas do filho do rei sem se preparar convenientemente para a festa, sem vestir o traje próprio, perturbou o ambiente e a alegria, não colaborou na festa de todos. E se a festa continuou, continuou sem ele, e ele ouviu o que não tinha necessidade de ouvir. As cinco jovenzinhas imprudentes, na sua indolência ou falta de entusiasmo, também não entraram na alegria da festa do noivo. Descuidaram-se, as suas lâmpadas acabaram por dormitar, secas e mui tristes. Eram loucas, coitadas, se em alguma coisa pensaram pensaram em tudo menos no que deviam. Os fariseus, sempre de olhar pesado e vesgo para a alegria de tantos que gostavam da vida e de viver, opuseram-se à festa da entrada do Senhor em Jerusalém. E o próprio Senhor os criticou, a eles e aos doutores da lei, porque se assemelhavam à pequenada que, sentada na praça, se dirigia aos seus colegas como que a perguntar-lhes o que é que afinal eles queriam, pois já tinham tocado flauta para eles e eles não foram capazes de dançar, já tinham tocado músicas tristes e eles também não foram capazes de chorar... De facto, as festas são parte integrante da natureza humana, mas têm as suas exigências, sobretudo não devem ser festas de fachada, a alimentar hipocrisias, falsidades e excessos, de vinho e outros. Devem servir para que todos se encontrem e não para dar encontrões.

Porque este tema das festas é um tema importante e vasto, voltarei a ele, sobretudo para falar das festas religiosas das nossas comunidades e das festas da família cristã: festas do Padroeiro, do Batismo, da Primeira Comunhão, da Crisma, do Matrimónio, das Celebrações Jubilares e outras.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 26-06-2020.





domingo, 28 de junho de 2020






PARÓQUIAS DE NISA





Segunda, 29 de junho de 2020
São Pedro e São Paulo






Segunda da XIII semana do tempo comum








SEGUNDA-FEIRA da semana XIII

S. PEDRO E S. PAULO, Apóstolos – SOLENIDADE
 
Vermelho – Ofício da solenidade. Te Deum.
Missa própria do dia, Glória, Credo, pf. dos Apóstolos.

L 1 Act 12, 1-11; Sal 33, 2-3. 4-5. 6-7. 8-9
L 2 2 Tim 4, 6-8. 17-18
Ev Mt 16, 13-19

* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Na Arquidiocese de Évora – Aniversário da Ordenação episcopal de D. Francisco José Villas-Boas Senra de Faria Coelho (2014).
* Na Diocese de Angra – Aniversário da Ordenação episcopal de D. João Evangelista Pimentel Lavrador (2008).
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. Manuel da Silva Vieira Pinto, Arcebispo Emérito de Nampula (1967).
* II Vésp. da solenidade – Compl. dep. II Vésp. dom.





S. PEDRO e S. PAULO, Apóstolos

Nota Histórica:
Desde o século III que a Igreja une na mesma solenidade os Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, as duas grandes colunas da Igreja. Pedro, pescador da Galileia, irmão de André, foi escolhido por Jesus Cristo como chefe dos Doze Apóstolos, constituído por Ele como pedra fundamental da Sua Igreja e Cabeça do Corpo Místico. Foi o primeiro representante de Jesus sobre a terra.
S. Paulo, nascido em Tarso, na Cilícia, duma família judaica, não pertenceu ao número daqueles que, desde o princípio, conviveram com Jesus. Perseguidor dos cristãos, converte-se, pelo ano 36, a caminho de Damasco, tornando-se, desde então, Apóstolo apaixonado de Cristo. Ao longo de 30 anos, anunciará o Senhor Jesus, fundando numerosas Igrejas e consolidando na fé, com as suas Cartas, as jovens cristandades. Foi o promotor da expansão missionária, abrindo a Igreja às dimensões do mundo.

Figuras muito diferentes pelo temperamento e pela cultura, viveram, contudo, sempre irmanados pela mesma fé e pelo mesmo amor a Cristo. S. Pedro, na sua maravilhosa profissão de fé, exclamava: «Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo». E, no seu amor pelo Mestre, dizia: «Senhor, Tu sabes que eu Te amo». S. Paulo, por seu lado, afirmava: «Eu sei em quem creio», ao mesmo tempo que exprimia assim o seu amor: «A minha vida é Cristo»!
Depois de ambos terem suportado toda a espécie de perseguições, foram martirizados em Roma, durante a perseguição de Nero. Regando, com o seu sangue, no mesmo terreno, «plantaram» a Igreja de Deus.
 
Após 2000 anos, continuam a ser «nossos pais na fé». Honrando a sua memória, celebremos o mistério da Igreja fundada sobre os Apóstolos e peçamos, por sua intercessão, perfeita fidelidade ao ensinamento apostólico.


MISSA


ANTÍFONA DE ENTRADA
Estes são os Apóstolos, que durante a sua vida na terra
plantaram a Igreja com o seu sangue.
Beberam o cálice do Senhor
e tornaram-se amigos de Deus.

Diz-se o Glória.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que nos encheis de santa alegria
na solenidade dos apóstolos São Pedro e São Paulo,
concedei à vossa Igreja
que se mantenha sempre fiel à doutrina
daqueles que foram o fundamento da sua fé.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I  Atos 12, 1-11
«Agora sei realmente que o Senhor me libertou das mãos de Herodes»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias,
o rei Herodes começou a perseguir alguns membros da Igreja.
Mandou matar à espada Tiago, irmão de João,
e, vendo que tal procedimento agradava aos judeus,
mandou prender também Pedro.
Era nos dias dos Ázimos.
Mandou-o prender e meter na cadeia,
entregando-o à guarda
de quatro piquetes de quatro soldados cada um,
com a intenção de o fazer comparecer perante o povo,
depois das festas da Páscoa.
Enquanto Pedro era guardado na prisão,
a Igreja orava instantemente a Deus por ele.
Na noite anterior ao dia em que Herodes
pensava fazê-lo comparecer,
Pedro dormia entre dois soldados,
preso a duas correntes,
enquanto as sentinelas, à porta, guardavam a prisão.
De repente, apareceu o Anjo do Senhor
e uma luz iluminou a cela da cadeia.
O Anjo acordou Pedro, tocando-lhe no ombro, e disse-lhe:
«Levanta-te depressa».
E as correntes caíram-lhe das mãos.
Então o Anjo disse-lhe:
«Põe o cinto e calça as sandálias».
Ele assim fez.
Depois acrescentou:
«Envolve-te no teu manto e segue-me».
Pedro saiu e foi-o seguindo,
sem perceber a realidade do que estava a acontecer
por meio do Anjo;
julgava que era uma visão.
Depois de atravessarem o primeiro e o segundo posto da guarda,
chegaram à porta de ferro, que dá para a cidade,
e a porta abriu-se por si mesma diante deles.
Saíram, avançando por uma rua,
e subitamente o Anjo desapareceu.
Então Pedro, voltando a si, exclamou:
«Agora sei realmente que o Senhor enviou o seu Anjo
e me libertou das mãos de Herodes
e de toda a expectativa do povo judeu».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 33 (34), 2-3.4-5.6-7.8-9 (R. 5b)
Refrão: O Senhor libertou-me de toda a ansiedade.

A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.

Enaltecei comigo ao Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.

O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.


LEITURA II 2 Tim 4, 6-8.17-18
«Já me está preparada a coroa da justiça»


Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo a Timóteo

Caríssimo:
Eu já estou oferecido em libação
e o tempo da minha partida está iminente.
Combati o bom combate,
terminei a minha carreira,
guardei a fé.
E agora já me está preparada a coroa da justiça,
que o Senhor, justo juiz, me há-de dar naquele dia;
e não só a mim, mas a todos aqueles
que tiverem esperado com amor a sua vinda.
O Senhor esteve a meu lado e deu-me força,
para que, por meu intermédio,
a mensagem do Evangelho fosse plenamente proclamada
e todos os pagãos a ouvissem;
e eu fui libertado da boca do leão.
O Senhor me livrará de todo o mal
e me dará a salvação no seu reino celeste.
Glória a Ele pelos séculos dos séculos. Amen.

Palavra do Senhor.


ALELUIA Mt 16, 18
Refrão: Aleluia. Repete-se
Tu és Pedro
e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja
e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. R.


EVANGELHO Mt 16, 13-19
«Tu és Pedro e dar-te-ei as chaves do reino dos Céus»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo,
Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe
e perguntou aos seus discípulos:
«Quem dizem os homens que é o Filho do homem?».
Eles responderam:
«Uns dizem que é João Baptista,
outros que é Elias,
outros que é Jeremias ou algum dos profetas».
Jesus perguntou:
«E vós, quem dizeis que Eu sou?».
Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse:
«Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo».
Jesus respondeu-lhe:
«Feliz de ti, Simão, filho de Jonas,
porque não foram a carne e o sangue que to revelaram,
mas sim meu Pai que está nos Céus.
Também Eu te digo: Tu és Pedro;
sobre esta pedra edificarei a minha Igreja
e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus:
tudo o que ligares na terra será ligado nos Céus,
e tudo o que desligares na terra será desligado nos Céus».

Palavra da salvação.


Diz-se o Credo.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor, que a oração dos santos Apóstolos
acompanhe a oferta que trazemos ao vosso altar
e nos una intimamente a Vós
ao celebrarmos este divino sacrifício.
Por Nosso Senhor.


PREFÁCIO A dupla missão de São Pedro e São Paulo na Igreja

V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.

Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte.
Vós nos concedeis a alegria de celebrar hoje
a festa dos santos apóstolos Pedro e Paulo:
Pedro, que foi o primeiro a confessar a fé em Cristo,
e Paulo, que a ilustrou com a sua doutrina;
Pedro, que estabeleceu a Igreja nascente entre os filhos de Israel,
e Paulo, que anunciou o Evangelho a todos os povos;
ambos trabalharam, cada um segundo a sua graça,
para formar a única família de Cristo;
agora, associados na mesma coroa de glória,
recebem do povo fiel a mesma veneração.
Por isso, com todos os Anjos e Santos,
proclamamos a vossa glória, cantando numa só voz:
Santo, Santo, Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 16, 16.18
Disse Pedro a Jesus:
Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo.
Jesus respondeu-lhe: Tu és Pedro
e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com este sacramento,
concedei-nos a graça de vivermos de tal modo na vossa Igreja
que, assíduos à fração do pão e ao ensino dos Apóstolos,
sejamos um só coração e uma só alma,
solidamente enraizados no vosso amor.
Por Nosso Senhor.






« A alegria do Evangelho, que enche a vida da comunidade dos discípulos, é uma alegria missionária. Experimentam-na os setenta e dois discípulos, que voltam da missão cheios de alegria (cf. Lc 10, 17). Vive-a Jesus, que exulta de alegria no Espírito Santo e louva o Pai, porque a sua revelação chega aos pobres e aos pequeninos »

Papa Francisco
A Alegria do Evangelho 20








ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra



LEITURAS :



AGENDA DO DIA


19.00 horas: Missa em Gáfete – Na igreja matriz.
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A VOZ DO PASTOR


SEMPRE HOUVE DESMANCHA-PRAZERES!...

As Festas fazem parte da natureza humana. Espontâneas ou programadas, elas assinalam o ritmo da vida dos povos, das sociedades, das comunidades, das famílias, das pessoas. As causas que lhe estão na origem são imensas e diversificadas. Quer aconteçam a nível mundial ou nacional, quer a nível local, familiar ou de sectores, elas fazem parte da vida social, religiosa, cultural, desportiva, política, laboral e outras. São momentos de rutura com o quotidiano e marcam a diferença, na comunhão e na alegria. Fomentam uma maior consciência de pertença, solidificam a unidade entre todos, assinalam as opções fundamentais na caminhada de cada um, refrescam e renovam a vida e a esperança no futuro. Muitas vezes potenciam projetos comuns, outras vezes são ponto de partida para iniciativas de capital interesse.

         Ora, se a festa é parte estruturante da vida humana, estranho seria que houvesse pessoas incapazes de se converterem à festa, inclusive às festas da vida para se rejuvenescerem a si próprias e aos outros. No entanto, mesmo que seja exceção, encontramos gente que não gosta de festas. Pior, é contra as festas, implica, complica, nunca desintrinca nem se aplica. Em jeito de zangados com a vida, se as celebram, fazem-no de forma avinagrada, azedos. Não são capazes de dar um ar da sua graça, parece que trazem o mundo às costas e vivem eternamente voltados para o cantar às almas, tristes, sempre com ares de luto e xaile pela cabeça. Nem um bom vinho desta minha terra páscoa, o Alentejo, os consegue alegrar. Tampouco um “Muralhas” ou um “Alvarinho” da minha terra natal os cativa.

E cá para nós, caro leitor, cá para nós que ninguém nos ouve e me perdoará esta alusão, até porque lhe tornará mais leve a leitura deste texto: acredito que um bom vinho alentejano, sem se abusar, sem se perder o equilíbrio, sem que ele faça cair da prancha ou prestar culto a Baco, acredito que será uma boa companhia para ajudar esses alguns a se desembrulharem para a festa. É um mero palpite meu, mas um palpite muito mais certeiro do que o de saber quem vai ganhar o campeonato de futebol ou quando é que acabará esta pandemia que a todos espreita! E não haveria grande dificuldade em escolher se fossem muitos, todos os vinhos alentejanos são bons. Ou, então, a única alternativa honrada e muito mais eficaz, digo eu, claro está, acho que seria um “Alvarinho”, pois é mais que bom e sempre tem ajudado a viver as festas da vida e a fazer da vida uma festa, que o digam os meus conterrâneos, e não só...

Passeando pelas páginas da própria Bíblia, encontramos, a título de exemplo, o escriba Esdras, o qual, no dia consagrado ao Senhor, em que o povo israelita chorava, comovido, ao escutar a leitura da Lei, aconselhou os presentes a que não ficassem tristes nem chorassem, mas que fossem para casa, fizessem uma boa refeição, bebessem um bom vinho, fizessem festa (Ne 8,10). São Paulo aconselhou Timóteo a que não continuasse a beber só água, mas que tomasse um pouco de vinho, e diz porquê (1Tim 5,23). Perante o embasbacado chefe de mesa, o vinho bom das Bodas de Caná foi fonte de alegria para a nova família, é o vinho novo da aliança de Cristo com a humanidade (Jo 2,1-11). Ben Sirá interrogava-se sobre que sentido teria a vida se faltasse o vinho e afirmava que o vinho foi criado para alegrar as pessoas, pois, se bebido na devida altura e na medida certa, sempre traz gozo ao coração e alegria à alma (Ec 31, 27ss).

Pois, pois, se bebido com moderação!... Se assim não for, também lá se diz que os responsáveis esquecerão as leis e o direito dos pobres, fará esquentar a briga dos arrogantes, arruinará quem se excede por vício ou desafio, fará sofrer muita gente, fará com que alguns façam a figura de Noé, Lot ou Nabal, que adormeceram com uma bebedeira de se lhe tirar o chapéu. Sim, se a moderação pode ajudar à festa, o excesso pode-a estragar e trazer amargura... ah ah ah ah... Até parece que estou a fazer a apologia do vinho... Mas não, estou apenas a falar da necessidade da festa e da alegria na vida, mesmo no meio das tormentas existenciais, assim como nos testemunham os músicos do Titanic.

O nosso Deus é o Deus da Alegria e da Festa. A sua alegria é a nossa força. Ele quis que a sua alegria estivesse em nós e a nossa alegria fosse completa. Jesus participava nas festas do seu tempo, iniciou a sua vida pública numa festa, provocou várias festas, falou da grandiosa festa das Bodas do Cordeiro, quis que, em comunhão com Ele, fizéssemos da vida uma festa.
No entanto, se o leitor escutar bem o som dos martelinhos do seu sótão pensante, constatará que sempre houve gente a esbodegar a alegria dos outros, a esfrangalhar a festa. Também na própria Bíblia, donde menos se haveria de esperar tal coisa, aparecem-nos atitudes dessas. No entanto, elas transmitem-nos uma mensagem, colocam-nos em alerta, denunciam a fraqueza humana, são lições para a vida. O rei Saul, por exemplo, em vez de se associar, não suportava as festas do povo pelos êxitos de David, ficava abespinhado ao ponto de o querer matar, a inveja dominava-o. O irmão mais velho do filho pródigo não entrou na festa que o pai organizara aquando da chegada do filho mais novo. Não foi capaz de enxergar a alegria do pai e até resmungou e bateu o pé, não entrou, não quis associar-se, mostrou-se amargurado com a atitude do pai, reivindicava que ele e só ele é que era merecedor duma festa assim. Aquele outro que, por preguiça, negligência ou falta de respeito para com os convidados, entrou na festa das bodas do filho do rei sem se preparar convenientemente para a festa, sem vestir o traje próprio, perturbou o ambiente e a alegria, não colaborou na festa de todos. E se a festa continuou, continuou sem ele, e ele ouviu o que não tinha necessidade de ouvir. As cinco jovenzinhas imprudentes, na sua indolência ou falta de entusiasmo, também não entraram na alegria da festa do noivo. Descuidaram-se, as suas lâmpadas acabaram por dormitar, secas e mui tristes. Eram loucas, coitadas, se em alguma coisa pensaram pensaram em tudo menos no que deviam. Os fariseus, sempre de olhar pesado e vesgo para a alegria de tantos que gostavam da vida e de viver, opuseram-se à festa da entrada do Senhor em Jerusalém. E o próprio Senhor os criticou, a eles e aos doutores da lei, porque se assemelhavam à pequenada que, sentada na praça, se dirigia aos seus colegas como que a perguntar-lhes o que é que afinal eles queriam, pois já tinham tocado flauta para eles e eles não foram capazes de dançar, já tinham tocado músicas tristes e eles também não foram capazes de chorar... De facto, as festas são parte integrante da natureza humana, mas têm as suas exigências, sobretudo não devem ser festas de fachada, a alimentar hipocrisias, falsidades e excessos, de vinho e outros. Devem servir para que todos se encontrem e não para dar encontrões.

Porque este tema das festas é um tema importante e vasto, voltarei a ele, sobretudo para falar das festas religiosas das nossas comunidades e das festas da família cristã: festas do Padroeiro, do Batismo, da Primeira Comunhão, da Crisma, do Matrimónio, das Celebrações Jubilares e outras.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 26-06-2020.