PARÓQUIAS DE NISA
Terça, 01 de fevereiro de 2022
Terça feira da IV semana do tempo comum
LITURGIA
Terça-feira
da semana IV
Verde – Ofício da féria.
L1: 2 Sam 18, 9-10. 14b. 24-25a. 30 – 19, 3; Sal 85 (86), 1-2. 3-4. 5-6
Ev: Mc 5, 21-43
* Na Diocese de Viana do Castelo – S. Anscário, bispo – MF
* Na Ordem de Cister – S. Raimundo de Fitero, abade – MF
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – B. Maria Ana
Vaillot e Odile Baumgartem, virgens e mártires – MO
* Na Congregação dos Rogacionistas do Coração de Jesus – S. João Bosco – MO
* Na Congregação Salesiana – Comemoração de todos os Salesianos defuntos;
* Na Ordem de Cister – I Vésp. da Apresentação do Senhor.
* Na Congregação da Aliança de Santa Maria – I Vésp. da Apresentação do Senhor.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 105, 47
Salvai-nos, Senhor nosso Deus, e reuni-nos de todas as nações,
para dar graças ao vosso santo nome
e nos alegrarmos no vosso louvor.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei, Senhor nosso Deus,
que Vos adoremos de todo o coração
e amemos todos os homens com sincera caridade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 2 Sam 18, 9-10.14b.24-25a.30 – 19, 3
«Absalão, meu filho, quem me dera ter morrido em teu lugar»
Leitura do
Segundo Livro de Samuel
Naqueles dias, Absalão, depois da derrota do seu exército, encontrou-se por
acaso com os homens de David. Ora o macho em que ia montado meteu-se por
debaixo da ramaria de um grande carvalho. A cabeleira prendeu-se nos ramos e
ele ficou suspenso entre o céu e a terra, enquanto o macho que ele montava
seguiu para diante. Alguém o viu e avisou Joab: «Vi agora Absalão suspenso de
um carvalho». Joab tomou três dardos e cravou-os no peito de Absalão. Entretanto,
David estava sentado entre as duas portas da cidade. A sentinela, que subira ao
terraço da porta, sobre a muralha, ergueu os olhos e avistou um homem a correr
sozinho. A sentinela gritou e avisou o rei. O rei observou: «Se vem só, traz
boas notícias». Depois disse ao homem que chegara: «Retira-te para o lado e
espera aí». Ele afastou-se e esperou. Entretanto chegou um mensageiro etíope,
que disse: «Trago boas notícias, ó rei, meu senhor. Hoje, Deus fez-te justiça,
ao livrar-te de todos os que se levantaram contra ti». O rei perguntou ao
etíope: «Está bem o jovem Absalão?». O etíope respondeu: «Tenham a sorte desse
jovem os inimigos do rei, meu senhor, e todos os que se levantaram contra ti
para te fazerem mal». O rei ficou perturbado. Subiu ao aposento que ficava por
cima da porta e começou a chorar, dizendo: «Meu filho Absalão! Meu filho! Meu
filho Absalão! Quem me dera ter morrido em teu lugar! Meu filho Absalão! Meu
filho!». Foram então dizer a Joab: «O rei está a chorar e a lamentar-se por
causa de Absalão». Assim a vitória desse dia transformou-se em luto para todo o
exército, ao saber que o rei estava consternado por causa de seu filho. Naquele
dia, o exército entrou furtivamente na cidade, como fazem as tropas
envergonhadas, quando fogem da batalha.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 85 (86), 1-2.3-4.5-6 (R. 1a)
Refrão: Inclinai os vossos ouvidos e
atendei-me, Senhor. Repete-se
Inclinai, Senhor, o vosso ouvido e atendei-me,
porque sou pobre e desvalido.
Defendei a minha vida, pois Vos sou fiel,
salvai o vosso servo que em Vós confia, meu Deus. Refrão
Tende piedade de mim, Senhor,
que a Vós clamo todo o dia.
Alegrai a alma do vosso servo,
porque a Vós, Senhor, elevo a minha alma. Refrão
Vós, Senhor, sois bom e indulgente,
cheio de misericórdia
para com todos os que Vos invocam.
Ouvi, Senhor, a minha oração,
atendei a voz da minha súplica. Refrão
ALELUIA Mt 8, 17
Refrão: Aleluia Repete-se
Cristo suportou as nossas enfermidades
e tomou sobre Si as nossas dores. Refrão
EVANGELHO Mc 5, 21-43
«Menina, Eu te ordeno: levanta-te»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, depois de Jesus ter atravessado de barco para a outra margem do
lago, reuniu-se uma grande multidão à sua volta, e Ele deteve-se à beira-mar.
Chegou então um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Ao ver Jesus, caiu a
seus pés e suplicou-Lhe com insistência: «A minha filha está a morrer. Vem
impor-lhe as mãos, para que se salve e viva». Jesus foi com ele, seguido por
grande multidão, que O apertava de todos os lados. Ora, certa mulher que tinha
um fluxo de sangue havia doze anos, que sofrera muito nas mãos de vários
médicos e gastara todos os seus bens, sem ter obtido qualquer resultado, antes
piorava cada vez mais, tendo ouvido falar de Jesus, veio por entre a multidão e
tocou-Lhe por detrás no manto, dizendo consigo: «Se eu, ao menos, tocar nas
suas vestes, ficarei curada». No mesmo instante estancou o fluxo de sangue e
sentiu no seu corpo que estava curada da doença. Jesus notou logo que saíra uma
força de Si mesmo. Voltou-Se para a multidão e perguntou: «Quem tocou nas
minhas vestes?». Os discípulos responderam-Lhe: «Vês a multidão que Te aperta e
perguntas: ‘Quem Me tocou?’». Mas Jesus olhou em volta, para ver quem O tinha
tocado. A mulher, assustada e a tremer, por saber o que lhe tinha acontecido,
veio prostrar-se diante de Jesus e disse-Lhe a verdade. Jesus respondeu-lhe:
«Minha filha, a tua fé te salvou». Ainda Ele falava, quando vieram dizer da
casa do chefe da sinagoga: «A tua filha morreu. Porque estás ainda a importunar
o Mestre?». Mas Jesus, ouvindo estas palavras, disse ao chefe da sinagoga: «Não
temas; basta que tenhas fé». E não deixou que ninguém O acompanhasse, a não ser
Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago. Quando chegaram a casa do chefe da
sinagoga, Jesus encontrou grande alvoroço, com gente que chorava e gritava. Ao
entrar, perguntou-lhes: «Porquê todo este alarido e tantas lamentações? A
menina não morreu; está a dormir». Riram-se d’Ele. Jesus, depois de os ter mandado
sair a todos, levando consigo apenas o pai da menina e os que vinham com Ele,
entrou no local onde jazia a menina, pegou-lhe na mão e disse: «Talitha Kum»,
que significa: «Menina, Eu te ordeno: levanta-te». Ela ergueu-se imediatamente
e começou a andar, pois já tinha doze anos. Ficaram todos muito maravilhados.
Jesus recomendou-lhes insistentemente que ninguém soubesse do caso e mandou dar
de comer à menina.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Apresentamos, Senhor, ao vosso altar
os dons do vosso povo santo;
aceitai-os benignamente
e fazei deles o sacramento da nossa redenção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 30, 17-18
Fazei brilhar sobre mim o vosso rosto,
salvai-me, Senhor, pela vossa bondade
e não serei confundido por Vos ter invocado.
Ou Mt 5, 3-4
Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados os humildes,
porque possuirão a terra prometida.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fortalecidos pelo sacramento da nossa redenção,
nós Vos suplicamos, Senhor,
que, por este auxílio de salvação eterna,
cresça sempre no mundo a verdadeira fé.
Por Nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem
que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: 2 Sam 18, 9-10.14b.24-25a.30 – 19,
3: Terminou
mal a campanha de Absalão contra o pai: depois de vencido na batalha, acaba por
ser morto às mãos de um general do exército de David, que julgava com isso dar
grande alegria ao rei. Mas David é sempre o homem de coração generoso e acolhe
a notícia no meio de grande amargura. David é pai antes de ser rei; chora, por
isso, amargamente a perda do filho.
Mc 5, 21-43: Jesus
continua a passar “ fazendo o bem”, em primeiro lugar, o bem mais visível,
curando doentes e ressuscitando mortos, mas, mais profundamente, levando as
pessoas a descobrir que d’Ele saía uma força sobre-humana, a própria força de
Deus, que a todos queria salvar, mas que só a fé seria capaz de reconhecer.
Jesus é, de facto, o sacramento da salvação dos homens; por Ele, o Filho de
Deus feito homem, Deus intervém no meio dos homens para os salvar, como nos
dois casos referidos nesta leitura.
AGENDA DO DIA:
18.00
horas: Missa em Alpalhão
18.00
horas: Missa em Misa.
IGREJAS DA ZONA
PASTORAL DE MISA:
A VOZ DO PASTOR
JÁ SABE A MÚSICA?... NÃO?!... OH!...
Vamos a isso! Sente-se lá ao piano ou puxe
pela guitarra, pelo adufe, pelo pífaro, pelo instrumento que tiver mais à mão. Perfile-se,
respire fundo. O maestro já está com a batuta na mão. Está junto ao metrónomo e
a saltar de bolso em bolso à procura do lamiré ou diapasão. Se o leitor não tem
qualquer instrumento nem unhas para tocar viola, mesmo assim, salte do sofá e
aceite o convite para o ensaio. Aprender o Hino da Jornada Mundial em Lisboa é
uma necessidade urgente.
Não há ensaio?!... Quem é que disse?... Mas
como pode não haver ensaio?!... Se, na sua terra, as pessoas, embora muito
respeitáveis e sabidas, vivem assim tão distraídas; se vivem debruçadas à
janela a ver passar os zabumbas, a banda e a procissão; se apenas olham para
dentro e vivem de costas voltadas para o mundo e sobretudo para o mundo
juvenil; se não entendem estas dinâmicas para ajudar a viver e a cimentar a
vida em valores estruturantes; se são incapazes de sonhar e de fazerem sonhar,
ligue-se à net, amigo leitor, investigue, procure. O “Há Pressa no Ar” está lá.
Ouça uma vez, duas, três, as vezes que for preciso. Por fim, ao ouvirem-no
cantar muito melhor que um rouxinol, até os seus vizinhos lhe vão pedir que os
ensine a cantar tão bela e sonora melodia. Como sabe, os símbolos das Jornadas
Mundiais da Juventude estão aí, à porta, e todos precisamos de si e dos outros,
para ajudar, animar, estimular, cantar e rezar com os jovens e pelos jovens.
Será que pensa que não há pressa no ar? Pois há mesmo. “Há pressa no ar, há
pressa de viver bem, há pressa de viver, há pressa de viver este amor de Deus,
há pressa de continuar a caminhar”. Não para fazer tudo de uma vez,
angustiadamente. Mas para crescer com alegria, animar, estimular e não passar
pela triste figura de ser apanhado pelo carro vassoura. Sacuda-se, venha daí, a
juventude jovem e idosa agradece.
Já falei do Tema da Jornada, da Cruz dos
Jovens e do ícone Salus Populi Romani que acompanha a Cruz. Hoje vou tornar
presente outros dois elementos de cada Jornada Mundial. Trata-se do Hino e do
logótipo ou logotipo, conforme queiram acentuar, ambas as formas são corretas.
O logotipo e o hino são considerados de muito interesse pelo que envolvem de
participação, reflexão, sentimento, imaginação e fé. Também eles, pela sua
beleza e arte, têm de fazer com que, em consonância com o tema geral, os
objetivos da Jornada Mundial comecem a ser atingidos pela empatia que eles são
capazes de gerar. Em Portugal, a sua seleção passou por concursos muito
alargados. Para o Hino, fez-se um concurso nacional, aberto à participação de
portugueses maiores de idade no qual participaram mais de uma centena de
candidaturas. A letra e a música tinham de se desenvolver à volta do ‘sim’ de
Maria e da sua pressa para ir ao encontro da prima Isabel. O ‘sim’ desta Jovem
revolucionou o mundo. Por causa desse ‘sim’, Jesus revolucionou a História,
elevou o homem à sua mais alta dignidade, desafiou-o a metas que transcendem o
tempo.
O Hino selecionado tem música de Pedro
Ferreira, de 41 anos, professor e músico, da Diocese de Coimbra. A música é
agora “de todo o mundo”. E o desejo do autor é que seja tocada por todos, mas
“principalmente por cada guitarra que esteja parada em casa”, por “cada teclado
a que é preciso tirar o pó”. Disse ele que a sua caminhada de vida está muito
ligada às JMJ. Participou em várias, viveu-as intensamente. E confessa: “Quando
compus o tema foi mesmo a pensar de como é que eu o interpretaria, de como é
que, no meio de tantas pessoas ao meu lado, gostaria de festejar, gostaria de
aplaudir, gostaria de repetir vezes sem conta o refrão que creio e temos fé que
aconteça em todo o mundo”. E assim, sentado ao piano, sozinho, em finais de
2019, tudo foi surgindo com naturalidade, disse ele. Depois partilhou a música
com uns amigos, os da ‘Banda da Paróquia’, da qual faz parte.
A letra do Hino, ao qual deram o título de
“Há pressa no Ar”, é do Padre João Paulo Vaz, de 51 anos, Pároco de Pombal,
também Diocese de Coimbra. Segundo conta João Paulo Vaz, a letra também tem a
sua história. “Tinha um tema ao qual me tinha de cingir, com uma ou outra
indicação também que fosse algo leve, jovem, ligeiro. Lembrei-me naturalmente
que seria muito importante não só pegar no tema da jornada mas fazer o caminho.
É uma ideia que me agradou de início fazer o caminho desde o Panamá até Lisboa
passando também pelas jornadas intermédias em cada ano”. Com estes propósitos,
“não alterando em nada a melodia, e com a guitarra na mão, fui escrevendo, como
costumo fazer”, disse ele. Quando lhe telefonaram a comunicar a canção
selecionada, ele estava fora do país. “As jornadas mundiais da juventude são um
marco na minha vida. Perceber que a letra que fiz ia ser cantada pelo undo
inteiro foi uma enorme alegria”, referiu ele.
Os arranjos musicais do Hino são da autoria
do músico Carlos Garcia, de Lisboa. O autor da melodia disse que o Carlos
Garcia, ao ouvir o tema, “acaba por se apropriar da melodia e, num trabalho
notável, não lhe mexe na estrutura, na forma, enriquece-a de uma forma única”.
Finalmente, o Hino foi gravado em várias línguas, como se desejava: em jeito
popular, alegre, juvenil, fácil de aprender e de fácil tradução e adaptação.
Esta gravação final envolveu jovens de todo o país, sobretudo aqueles que
participaram no concurso nacional mas não foram selecionados. Letra e Música
constituem um convite aos jovens de todo o mundo para se identificarem com
Maria, saindo, sem demora, ao encontro de todos, dispondo-se ao serviço, à
missão e à transformação do mundo, evocando a festa da Jornada Mundial e a
alegria centrada na relação com Deus.
Por sua vez, o logótipo da Jornada Mundial de
Lisboa foi encontrado através dum concurso internacional promovido pelo Comité
Organizador Local, no qual participaram 30 países dos cinco continentes. A
primeira triagem foi feita por uma equipa de académicos da Universidade
Católica Portuguesa que selecionou 21 das melhores propostas. Estas foram
depois avaliadas por profissionais da área do marketing e da comunicação,
provenientes de agências de comunicação presentes em Portugal, que elegeram
três finalistas. Destas três propostas finalistas, foi a Congregação Romana
para os Leigos, Família e Vida, que selecionou a vencedora. A proposta da jovem
portuguesa Beatriz Roque Antunes, de 24 anos, de Lisboa, diretora de Arte e
Design, foi a selecionada. A autora explica como, juntando todos os elementos
que foi pensando, chegou ao resultado final, e cuja mensagem principal é apelar
aos jovens “que não se acomodem, que se levantem, que façam acontecer, que
construam, e que não deixem o destino do mundo na mão dos outros”.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 28-01-2022.