PARÓQUIAS DE NISA
Sexta, 01 de março de 2019
Sexta da VII semana do
tempo comum
Ofício da féria -
Semana III
SEXTA-FEIRA
da semana VII
Verde – Ofício da
féria.
Missa à escolha
L 1 Sir 6, 5-17; Sal 118 (119), 12 e 16. 18 e 27. 34 e 35
Ev Mc 10, 1-12
* Na Arquidiocese de Braga – S. Rosendo, bispo de Dume – MF
* Na Ordem Beneditina – S. Rosendo – MO
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Comemoração da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, Titular da Congregação – FESTA a celebrar como SOLENIDADE
Missa à escolha
L 1 Sir 6, 5-17; Sal 118 (119), 12 e 16. 18 e 27. 34 e 35
Ev Mc 10, 1-12
* Na Arquidiocese de Braga – S. Rosendo, bispo de Dume – MF
* Na Ordem Beneditina – S. Rosendo – MO
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Comemoração da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, Titular da Congregação – FESTA a celebrar como SOLENIDADE
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Salmo 12,
6
Eu confio, Senhor, na vossa bondade.
O meu coração alegra-se com a vossa salvação.
Cantarei ao Senhor por tudo o que Ele fez por mim.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei-nos, Deus todo-poderoso,
que, meditando continuamente nas realidades espirituais,
pratiquemos sempre, em palavras e obras,
o que Vos agrada.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Sir 6, 5-17
«O amigo fiel não tem preço»
Leitura do Livro de Ben-Sirá
Eu confio, Senhor, na vossa bondade.
O meu coração alegra-se com a vossa salvação.
Cantarei ao Senhor por tudo o que Ele fez por mim.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei-nos, Deus todo-poderoso,
que, meditando continuamente nas realidades espirituais,
pratiquemos sempre, em palavras e obras,
o que Vos agrada.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Sir 6, 5-17
«O amigo fiel não tem preço»
Leitura do Livro de Ben-Sirá
A palavra amável multiplica os amigos e uma língua afável atrai saudações agradáveis. Sejam muitos os que te saúdam, mas por conselheiro escolhe um entre mil. Se quiseres um amigo, tens de o pôr à prova e não tenhas pressa em lhe dar a tua confiança. Porque há amigos de ocasião, que não serão fiéis no dia da adversidade. Há amigos que se tornam inimigos, revelando as vossas contendas para tua humilhação. Há amigos para a mesa, que não serão fiéis no dia da desgraça. Na tua prosperidade estará contigo, falando livremente aos teus familiares; mas se fores humilhado, será contra ti e esconder-se-á da tua presença. Afasta-te dos teus inimigos e acautela-te dos teus amigos. O amigo fiel é abrigo seguro: quem o encontrou descobriu um tesouro. O amigo fiel não tem preço: não se pode medir o seu valor. O amigo fiel é remédio da vida: os que temem o Senhor hão de encontrá-lo. Quem teme o Senhor orienta bem a sua amizade, porque tal como ele é, assim é o seu amigo.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 118 (119), 12 e 16.18 e 27.34 e 35 (R. 35a)
Refrão: Conduzi-me, Senhor,
pelo caminho dos vossos mandamentos. Repete-se
Bendito sejais, Senhor,
ensinai-me os vossos decretos.
Em vossos preceitos ponho as minhas delícias,
não hei-de esquecer as vossas palavras. Refrão
Abri os meus olhos
para ver as maravilhas da vossa lei.
Fazei-me compreender o caminho dos vossos preceitos,
para meditar nas vossas maravilhas. Refrão
Dai-me entendimento para guardar a vossa lei
e para a cumprir de todo o coração.
Conduzi-me pela senda dos vossos mandamentos,
porque nela estão as minhas delícias. Refrão
ALELUIA cf. Jo 17, 17b.a
Refrão: Aleluia. Repete-se
A vossa palavra, Senhor, é a verdade:
consagrai-nos na verdade. Refrão
EVANGELHO Mc 10, 1-12
«Não separe o homem o que Deus uniu»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus pôs-Se a caminho e foi para o território da Judeia, além do Jordão. Voltou a reunir-se uma grande multidão junto de Jesus e Ele, segundo o seu costume, começou de novo a ensiná-la. Aproximaram-se então de Jesus uns fariseus, que, para O porem à prova, Lhe perguntaram: «Pode um homem repudiar a sua mulher?». Jesus disse-lhes: «Que vos ordenou Moisés?». Eles responderam: «Moisés permitiu que se passasse um certificado de divórcio para se repudiar a mulher». Jesus disse-lhes: «Foi por causa da dureza do vosso coração que ele vos deixou essa lei. Mas, no princípio da criação, ‘Deus fê-los homem e mulher. Por isso, o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa, e os dois serão uma só carne’. Deste modo, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu». Em casa, os discípulos interrogaram-n’O de novo sobre este assunto. Jesus disse-lhes então: «Quem repudiar a sua mulher e casar com outra, comete adultério contra a primeira. E se a mulher repudiar o seu marido e casar com outro, comete adultério».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei, Senhor,
que celebremos dignamente estes divinos mistérios,
de modo que os dons oferecidos para vossa glória
sejam para nós fonte de eterna salvação.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 9, 2-3
Cantarei todas as vossas maravilhas.
Quero alegrar-me e exultar em Vós.
Cantarei ao vosso nome, ó Altíssimo.
Ou cf. Jo 11, 27
Senhor, eu creio que sois Cristo, Filho de Deus vivo,
o Salvador do mundo.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos pedimos, Deus omnipotente,
que este sacramento de salvação
seja para nós penhor seguro de vida eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«O amor não tem cura, mas é a cura para todos os males».
Leonard Cohen
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do
dia
1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem
que leste
2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou
através da Sua Palavra
LEITURA: Sir
6, 5-17: A sabedoria orienta o homem em todos os momentos e
em todas as circunstâncias da sua vida, e a sua orientação contribui
poderosamente para garantir a unidade da sua vida e dos valores da mesma. Um
dos maiores valores é a amizade. Mas como ela é rara e difícil de encontrar!
Ela não pode existir onde houver egoísmo, e é sempre perigoso contraí-la de
maneira imprudente e precipitada.
Mc 10, 1-12: Os fariseus, para Lhe armarem uma cilada, citam a Jesus a permissão, referida no Deuteronómio, de o homem poder repudiar a esposa. Mas Jesus, partindo daquela permissão, apela para a palavra que fundamenta o próprio matrimónio; e retoma-a para reconduzir a visão do matrimónio à sua ordem original. As desordens dos homens não podem invalidar a ordem que vem de Deus.
MEDITAÇÃO:
ORAÇÃO: Senhor Jesus, cremos em Ti, mas precisamos que nos aumentes a fé e assim
possamos ser teus verdadeiros discípulos.
AGENDA
17.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa
A VOZ DO PASTOR
QUARESMA
2019 - SINAIS DE LEITURA
A Páscoa é o mistério central de
todo o Cristianismo. A sua celebração e vivência trouxeram à Igreja um tempo
forte de preparação: é a Quaresma. Há Quaresma porque é necessário preparar a
celebração e a vivência da Páscoa. Sendo a Páscoa o tempo que, por excelência,
celebra a vida cristã iniciada com o Batismo, não se resume a um dia de
calendário. É, sobretudo, uma experiência de fé, um reencontro com Cristo e o
Mistério da sua vida, um encontro com as raízes da fé, um confronto da vida com
a vocação cristã, uma interrogação e resposta sobre o sentido da vida. Entre o
que somos atualmente e aquilo que o Batismo nos define como vida cristã
situa-se o caminho que está em causa no itinerário que vai pela Quaresma até à
Pascoa.
Quaresma é, portanto, um tempo
fortíssimo da vida cristã; tempo dos batizados que, para viverem mais
profundamente a sua vocação pascal, se constroem e reconstroem; tempo dos
Catecúmenos porque caminho de preparação para o Batismo; tempo de escuta mais
atenta da Palavra de Deus e da sua inclusão ética na vida quotidiana; tempo de
oração mais cuidada e disponível; tempo forte de conversão e de reconciliação,
pessoal e sacramental; tempo de relações humanas reestruturadas, redefinidas,
reprojetadas, pacificadas; tempo essencial de partilha do que se tem e do que
se é; tempo de reencontro com os valores fundamentais da vida; tempo de
purificação de tudo aquilo que, na vida, se foi instalando como tóxico:
desregramentos subtis diversos, estilos e tipos de relação humana que dividem,
a lógica da competitividade a todo o custo e da lei do mais forte, o clamor da
terra violentada, poluída e ferida por atitudes egoístas e banalizadoras dos
seus recursos, a fome que rouba a liberdade de tantos sob a indiferença de
outros, etc…
Quaresma é tempo de conversão para
que, ao chegar à Páscoa, o coração crente da Igreja e de cada batizado possa
estar mais intimamente unido e em harmonia com Cristo Senhor. A Igreja ensina-o
e sublinha-o, as comunidades cristãs já nunca o esquecem. E para que as
intenções não fiquem no abstrato e possam redundar inconsequentes, todos os
anos, nos sinais eclesiais do jejum, da partilha e da oração, encontramos os
caminhos concretos da conversão. São os caminhos em que não podemos deixar
crescer obstáculos e que havemos de cuidar por manter abertos porque sempre
mostrarão a capacidade que o Espírito de Deus tem de fazer maravilhas em cada
um de nós.
Para melhor vivermos a Quaresma
como tempo precioso para a nossa fé, poderíamos, este ano, pessoal, familiar ou
comunitariamente, fazer o exercício da leitura da vida a partir destes sinais e
atitudes do jejum, da partilha e da oração. O Jejum, a Esmola ou Partilha e a
Oração não são “mínimos legais” para uma confissão bem feita. São os sinais dos
campos onde é necessário converter a vida para a recentrar em Deus.
Por isso, no caminho da conversão,
o Jejum, a Partilha e a Oração dão origem a três grandes linhas de leitura,
avaliação e reestruturação da vida quotidiana. O “Jejum” pode questionar como
tem andado a nossa relação com a vida, à qual, cristãmente, lhe chamamos
“Esperança”. A “Partilha” pode interrogar como tem sido a nossa relação com os
outros, a que, cristãmente, chamamos “Caridade”. A “Oração” pode avaliar,
saborear e fazer despertar o desejo de perceber como tem sido a nossa relação
com Deus, à qual, cristãmente, chamamos “Fé”.
Esperança, Caridade e Fé, ou seja,
relação com a vida, relação com os outros e a natureza e a relação com Deus
tornam-se, desta forma, a chave de leitura da vida que há de ser levada ao
Sacramento da Reconciliação para fazer a experiência sacramental do Perdão como
reconstrução da pessoa e reaquisição da dignidade de filhos amados de Deus.
Passar ao lado da conversão é passar ao lado da Cruz de Cristo e da Graça do
Dom que ela inaugura.
Exercitando a leitura da nossa
identidade cristã, pessoal e eclesial, nestes três caminhos, caminhos de
Esperança, Caridade e Fé, ou seja, caminhos de Jejum, Partilha e Oração,
podemos, transversalmente, interrogar-nos sobre algumas atitudes que marcam,
muitas vezes quotidianamente, a nossa vida. Existem hoje, de facto, patologias
que provocam o progressivo arrefecimento da nossa relação com a vida, com os
outros e com Deus.
No caminho da Esperança e do Jejum
existem atitudes e patologias do conhecimento e do desejo. S. Máximo diz, por
exemplo, que “Adão foi vítima da sua ignorância”. De facto, às vezes, a
ignorância de Deus conduz o homem por caminhos tortuosos de experiências
estranhas e desumanizadoras. Ainda no caminho da Esperança - a relação com a
vida, o jejum - aparece a patologia ou doença do desejo que está na perversão
do prazer. É o desejo que é para o homem e não o homem que é para o desejo. Se
o desejo for só fruição autodestrói-se.
No caminho da Caridade existem
também atitudes e patologias que pedem cura: a agressividade que, muitas vezes,
chega a redundar em cólera; patologia da liberdade que afirma que o homem é
livre mas que, ao mesmo tempo, o submete a um profuso conjunto de “necessidades”
e obrigações desumanizadoras; a patologia ou doença das funções e capacidades
corporais: para que servem as nossas mãos, para que servem as nossas
capacidades, para que serve o nosso saber, para que serve e a quem aproveita a
nossa mobilidade!?
No caminho da Fé ou da relação com
Deus existem também patologias ou doenças que podemos avaliar de forma nova em
tempo de Quaresma. Existem, por exemplo, as patologias da memória: de quem ou
do que é que nos lembramos!? E o que é que permanentemente esquecemos!?
Lembramo-nos de Deus na aflição e esquecemo-l’O na alegria!? A ignorância, a
negligência ou tibieza, o esquecimento podem ser sinais da doença da memória. A
patologia ou doença da imaginação é outra que marca presença na nossa relação
com Deus. Imaginar é bom. Na vida cristã de igual forma. E a imaginação pode
ser sempre produtora, reprodutora e criadora. Mas mal da imaginação que, ao
invés de puxar pela realidade, produz a sua ilusão e a alienação.
Ler a vida nestas linhas simples de
avaliação leva-nos ao encontro de coisas boas e menos boas. E do lado das menos
boas, em vivência pessoal e comunitária, estão atitudes como azedumes, cóleras,
violências, opiniões infundadas, impiedades, rancores, ódios, calúnias,
tristezas, medos, rivalidades, cobardias, invejas e vaidades, orgulhos
egoístas, hipocrisias, mentiras, infidelidades, avidezes, ingratidões,
materialismos, gula e embriaguez, luxúrias e adultérios, magias e rituais
desonestos, preguiças, presunções, arrogâncias, apego ao poder, insensibilidades,
representação e lisonja, adulação, descaramento e insolência, dissimulação e
ganância. S. João Damasceno diz que a ociosidade está na base de muitas destas
coisas.
O Jejum, a Partilha e a Oração ou,
como acima se dizia, a Esperança, a Caridade e a Fé conduzem-nos por outros
caminhos: a temperança, a integridade, a liberdade, a alegria, a prudência e a
vigilância, a paciência, a humildade, o amor de Deus, dos outros e da natureza.
O Ano Missionário que estamos a viver pede-nos o testemunho disto mesmo.
Quem se preenche de Deus não deixa
no seu coração espaço para o pecado. A Quaresma é este caminho oferecido à
Igreja para poder participar com alegria genuína na Páscoa, Festa da
Ressurreição de Jesus e afirmação do poder da vida sobre todas as mortes.
+++++
Da Renúncia Quaresmal do ano
passado resultaram 39.568,51 euros (trinta e nove mil quinhentos e sessenta e
oito euros e cinquenta e um cêntimos) da qual, conforme anunciámos na altura,
25% se destinavam ao Fundo Social Diocesano, gerido pela Direção da Cáritas
Diocesana, e 75%, até porque temos entre nós um Pároco daí natural, foi para a
Arquidiocese de Kananga, na República Democrática do Congo, para ajudar na construção de um Centro de Acolhimento e Saúde para socorrer
crianças órfãos da guerra ou roubadas às famílias e usadas como soldados.
Este ano, em pleno Ano Missionário,
voltaremos a orientar a Renúncia Quaresmal, em 25% para o Fundo Social
Diocesano, gerido pela Cáritas Diocesana, e, o restante, para as Missões “ad
gentes”. Há muitas expressões de nos sentirmos Igreja em saída, a partilha é
uma delas. Como afirma o Papa Francisco, a missão “ad gentes” continua a
revestir-se de grande urgência. As Comunidades cristãs devem promover um fervor
apostólico contagioso e rico de entusiasmo, capaz de suscitar fascínio pela
missão. Todos somos chamados “a alimentar a alegria da Evangelização”.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco,
01-03-2019.