terça-feira, 2 de outubro de 2018









PARÓQUIAS DE NISA


Quarta, 03 de outubro de 2018














Quarta da XXVI semana do tempo comum


Salt. II









QUARTA-FEIRA da semana XXVI

Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 Job 9, 1-12. 14-16; Sal 87 (88), 10bc-11. 12-13. 14-15
Ev Lc 9, 57-62

* No Patriarcado de Lisboa (Lisboa) – SS. Veríssimo, Máxima e Júlia – MO
* Na Companhia de Jesus – S. Francisco de Borja, presbítero – MO
* Na Ordem Franciscana e na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – I Vésp. de S. Francisco de Assis.
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus (Hospital de S. João de Deus de Montemor-o-Novo) – I Vésp. do Aniversário da Dedicação da Igreja própria.



MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Dan 3, 31.29.30.43.42
Vós sois justo, Senhor, em tudo o que fizestes.
Pecámos contra Vós, não observámos os vossos mandamentos.
Mas para glória do vosso nome,
mostrai-nos a vossa infinita misericórdia.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que dais a maior prova do vosso poder
quando perdoais e Vos compadeceis,
infundi sobre nós a vossa graça,
para que, correndo prontamente para os bens prometidos,
nos tornemos um dia participantes da felicidade celeste.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Job 9, 1-12.14-16
«Como pode um homem ter razão contra Deus?»


Leitura do Livro de Job

Job tomou a palavra e disse aos seus amigos: «Na verdade, eu sei muito bem que é assim: como pode um homem ter razão contra Deus? Se ele quisesse discutir com Deus, nem uma vez em mil poderia responder-Lhe. O coração de Deus é sábio, a sua força é grande: quem se Lhe opôs e saiu ileso? Ele desloca as montanhas sem elas saberem e as derruba no seu furor. Sacode os alicerces da terra e abala as suas colunas. Dá ordens ao sol e ele não nasce e põe um selo sobre as estrelas. Sozinho Ele estende os céus e caminha sobre as ondas do mar. Criou a Ursa Maior e o Orion, as Plêiades e as Constelações do Sul. Faz prodígios insondáveis e maravilhas sem conta. Se vier junto de mim, não O vejo, se passar a meu lado, não O sinto. Se apanhar uma presa, quem Lho impedirá? Quem Lhe dirá: ‘Que estais a fazer?’. Como iria eu então responder-Lhe e encontrar argumentos contra Ele? Embora eu tivesse razão, não devo replicar, só tenho de implorar Àquele que é meu juiz. Ainda que eu O chamasse e Ele me respondesse, não tenho a certeza de que escutasse a minha voz».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 87 (88), 10bc-11.12-13.14-15 (R. 3a)
Refrão: Senhor, chegue até Vós a minha súplica. Repete-se


A Vós clamo, Senhor, todo o dia,
estendo para Vós as minhas mãos.
Fareis Vós maravilhas entre os mortos?
Irão levantar-se os defuntos para Vos louvar? Refrão

Haverá no sepulcro quem fale da vossa bondade
ou da vossa fidelidade no reino dos mortos?
Serão conhecidas nas trevas as vossas maravilhas,
na terra do esquecimento a vossa justiça? Refrão

Eu, porém, clamo por Vós, Senhor,
de manhã a minha oração sobe à vossa presença.
Porque me afastais de Vós, Senhor,
porque escondeis de mim o vosso rosto? Refrão


ALELUIA Filip 3, 8-9
Refrão: Aleluia. Repete-se

Considero todas as coisas como prejuízo,
para ganhar a Cristo e n’Ele me encontrar. Refrão


EVANGELHO Lc 9, 57-62
«Seguir-Te-ei para onde quer que fores».


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos iam a caminho de Jerusalém, quando alguém Lhe disse: «Seguir-Te-ei para onde quer que fores». Jesus respondeu-lhe: «As raposas têm as suas tocas e as aves do céu os seus ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça». Depois disse a outro: «Segue-Me». Ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai». Disse-lhe Jesus: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos; tu, vai anunciar o reino de Deus». Disse-Lhe ainda outro: «Seguir-Te-ei, Senhor; mas deixa-me ir primeiro despedir-me da minha família». Jesus respondeu-lhe: «Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve para o reino de Deus».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Deus de misericórdia infinita, aceitai esta nossa oblação
e fazei que por ela se abra para nós
a fonte de todas as bênçãos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Salmo 118, 9-5
Senhor, lembrai-Vos da palavra que destes ao vosso servo.
A consolação da minha amargura
é a esperança na vossa promessa.

Ou 1 Jo 3, 16
Nisto conhecemos o amor de Deus: Ele deu a vida por nós;
também nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que este sacramento celeste
renove a nossa alma e o nosso corpo,
para que, unidos a Cristo neste memorial da sua morte,
possamos tomar parte na sua herança gloriosa.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.






«Só quero a Jesus, meu fiel companheiro no servir juntamente com Ele»


S. Francisco de Borja





3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURA:  Job 9, 1-12.14-16: Job reconhece a sua insensatez, ao pretender discutir com Deus. E proclama a grandeza e sabedoria de Deus, Criador do Universo. Só Deus é, realmente, Senhor, e a grandeza e salvação do homem está em este O reconhecer como tal, sabendo que Deus dirige sempre tudo com sabedoria e amor.

 Lc 9, 57-62: O reino de Deus exige de todos abertura e acolhimento. Em três breves episódios, faz-se a explicação do que significa: “Seguir Jesus”. É atitude que exige sempre grande disponibilidade, tanto exterior, como interior, que só a grande fé em Jesus pode inspirar. E a fé fará descobrir que Ele e o reino que Ele anuncia estão acima de todos os demais interesses humanos.

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LEITURA DO EVANGELHO: Seguir Jesus exige superar o entusiasmo passageiro e colocar a opção do discipulado no centro da vida. Também exige valentia, dado que surgirão problemas que só se vencerão com decisões rápidas e drásticas. Não servem os que só olham para trás, com saudades daquilo que deixaram, porque essas saudades os impedirá de se entregarem totalmente ao Reino

MEDITAÇÃO:  Jesus procura seguidores dispostos a ir até ao final na sua entrega de vida, tal como Ele. Estamos chamados à radicalidade, mesmo quando isso surge como contra natura. Que experimentamos nósque escutámos hoje esta passagem do Evangelho? A que nos convida?


ORAÇÃO: Obrigado, Senhor, porque nos continuas a chamar a ser teus discípulos. Ajuda-nos a responder com entusiasmo e generosidade, superando as dificuldades que possamos encontrar no amar-Te e no seguir-Te.





AGENDA


09.00 horas: Funeral em Alpalhão
11.00 horas: Funeral em Gáfete
17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: missa em Tolosa
18.00 horas: Missa em Nisa´
21.00 horas: Reunião com pais de alunos da catequese.




A VOZ DO PASTOR



EM DEFESA DA SENHORA ANASTÁCIA

Ainda em aquecimento para a entrada, em breve, na nova época do grande desafio de levar a Boa Nova a todos com novo entusiasmo, novas motivações e sincero fair play, hoje, porém, não posso deixar de dar um palpite sobre uma questão de supina elevação literária. Ora vejam só!...
Um amigo leitor do facebook, a propósito do meu escrito de há duas semanas sob o título “Podem mandar-nos para o chilindró”, insinuou-me, com amizade, que era xilindró e não chilindró. Agradeci a amabilidade e expliquei que, em português, há, na verdade, as duas versões: com ch ou com x. Agora lá saber bem porquê, isso não sei, mesmo que o dicionário abra pistas ao nos apresentar uma abada cheia de sinónimos, e qual deles o mais sonante!... Mas, jogando sério com essa bola, vou dar um palpite sem esgarafunchar muito no sótão: pensar dá muito trabalho!...
Cochicha-me a musa que a dualidade da escrita da referida palavra, chilindró ou xilindró, não deve ser por causa da maior ou menor qualidade de tal alojamento presidiário, nem pela divisão interna dos utentes: ricos e importantes aqui, pobres e desgraçados acolá. Seja qual for a categoria desses locais, para o povo que tem um forte sentido da desonra e da justiça, isso não deixa de ser uma pildra que humilha e envergonha. Envergonha e humilha tanto os engravatados que falam desde o alto dos poderes e das sacadas da república, como os de pé descalço ou da patuleia, como os que, de credo na boca, gastam a vida a dizer aos outros que se devem comportar bem. Como sabemos, as pessoas respeitam-se e amam-se. Os erros, porém, têm de se combater e rejeitar. A correção ou a reparação do mal feito, porém, implica, por vezes, e por tempo mais ou menos longo, a hospedagem, contrariada mas gratuita, nesses lugares de repouso, de sonhos desfeitos, de sol aos quadradinhos.
É verdade que, não raro, encontramos pessoas que nunca estiveram lá dentro, sempre viveram em liberdade, mas numa liberdade verdadeiramente encarcerada atrás das grades dum sofrimento amargo e terrível que as marcou, persegue, tortura e esmaga. As que, injustamente, de forma profusa e abusivamente reiterada, de forma leviana e sem dados credíveis, foram, por invejas, vingança, preconceitos mesquinhos ou para sacudir a água do capote de alguém, foram publicamente acusadas de crimes ou coisas que nunca cometeram ou fizeram. O Papa Francisco diz-nos que isso “é terrorismo”, são “bombas” que se atiram com efeitos devastadores. Mesmo quando julgadas e absolvidas como inocentes, os efeitos da calúnia não têm reversão. Por mais desmentidos que se façam dificilmente se consegue anular os danos pessoais, familiares, profissionais e sociais causados a essas vítimas. E quem propagou a calúnia, se era isso o que pretendia, também não estará disposto a retratar-se, a pedir perdão e desculpa, a reparar o mal feito. Já o Livro da Sabedoria alude com veemência a estes detratores da fama alheia, cegos que estão pela terrível doença da sua maldade: “Armemos ciladas ao justo, porque nos incomoda e se opõe às nossas obras…” (Sb 2, 12).
Mas se isso, infelizmente, acontece, também é capaz de haver gente que está lá dentro, mas já ou até devia estar cá fora. É por esses meandros que passa o meu inspirado e científico palpite. Para essa gente, qualquer desses abrigos, seja um hotel altamente estrelado ou um boteco por onde a zelosa ASAE nem passa, é sempre um aborrecimento, um enfado, uma adversidade!... Talvez um chilindró, uma chatice chata, chatíssima, com ch, pois!... Chilindró!...
Outras pessoas haverá que sob a certeza ou a possibilidade de virem a estar lá dentro, andam por aí, dando ares de xilofone marimbas. Será com x. Xilindró!... Dão música, sabem usar bem as baquetas no teclado, trabalham bem e de forma bastante elaborada a sua melodia musical. As portas dos grandes palcos são lhe facilmente escancaradas para que deem espetáculo, provem a sua arte e valia e desmontem os esquemas de que dizem estar a ser vítimas. O auditório, porém, logo se vê a escabichar os ouvidos porque a melodia é rasca, soa a teatro de robertos desafinados. Ao executar a peça, ao manejar as baquetas, ao tocar esse xilofone marimbas, deixam transparecer que se estão mesmo marimbando para tudo e todos, continuando contentes em ouvir os aplausos do ridículo. Dostoevskij afirmava que “quem mente a si mesmo e escuta as próprias mentiras, chega a pontos de já não poder distinguir a verdade dentro de si nem ao redor…” (Os Irmãos Karamazov, II, 2).
Fazem lembrar a americana Florence Foster Jenkins e a portuguesa Natália de Andrade que se tinham como grandes divas. Não se apercebiam que os aplausos que recebiam das plateias que se enchiam, para, por diversão e gozo, as ouvir, afinal não passavam de gargalhadas e troça humilhante. Em tempos, a jornalista Catarina Mendes, a propósito do filme sobre a vida de Florence Foster Jenkins, escreveu assim, no jornal Público, falando da portuguesa Natália de Andrade: “Fora do ambiente protegido da sua casa foram poucos os que disseram a Natália a verdade cruel, a de que a fama que obteve não vinha do talento musical. Pelo contrário, a convicção da sua pretensa qualidade foi sendo estimulada”. E de tal forma que, quando já decrépita, “era só o som de Puccini que conseguia que Natália abrisse a boca para comer a sopa”. Há vítimas estimuladas no seu ego por bajuladores hipócritas. Sem coragem para lhes dizer a verdade, tudo fazem a pretexto de amizade e admiração: adulando, manipulando, mentindo, exaltando. Dizem-lhes e fazem o que não sentem nem pensam para logo se rirem ao vê-las cair no ridículo e enxovalho.
Incapaz de bajular era a Senhora Anastácia em relação ao seu marido, o Senhor Manuel dos andaimes, um trepante bajulador de alto gabarito. Essa sim, uma grande mulher, verdadeira, transparente, merecedora de uma grande estátua e de uma elevada peleja parlamentar em busca de unanimidade para uma esquininha num panteão nacional:
- Manel, veio cá o Sr. Joaquim da Encosta da Serra para levar o burro...
- E tu que lhe disseste?
- Ora, que lhe havia de dizer, disse-lhe que tu não estavas, que viesse mais tarde.

Antonino Dias
Portalegre, 28-09-2018








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