terça-feira, 31 de julho de 2018






PARÓQUIAS DE NISA


Quarta, 01 de agosto de 2018









Quarta da XVII semana do tempo comum
Salt. I





Quarta-feira da semana XVII

Tipo: Ferial - Tempo: Ordinário

Jer 15, 10.16-21
Salmo 58 (59), 2-3.4-5a.10-11.17 (R. 17d)
Mt 13,44-46



Missa

Antífona
Os sábios resplandecerão como a luz do firmamento
e os que ensinam à multidão os caminhos da justiça
brilharão como estrelas por toda a eternidade. (Dan 12, 3)

Oração Colecta
Deus omnipotente e misericordioso, que despertais continuamente na vossa Igreja novos exemplos de virtude, fazei que, imitando Santo Afonso Maria de Ligório no seu zelo pela salvação das almas, alcancemos com ele a recompensa celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo

Primeira Leitura Jer 15, 10.16-21
«Porque não tem fim a minha dor? Se quiseres voltar, estarás na minha presença»

Leitura do Livro de Jeremias

Como sou infeliz, minha mãe! Porque me trouxestes ao mundo? Sou um homem contestado e perseguido em toda a terra! Ninguém me deve e eu não devo nada a ninguém; e no entanto sou amaldiçoado por todos. Quando apareciam as vossas palavras, Senhor, eu tomava-as como alimento. A vossa palavra era o encanto e a alegria do meu coração, porque sobre mim foi invocado o vosso nome, Senhor, Deus do Universo. Nunca me sentei com os folgazões para me divertir; sob o peso da vossa mão sentei-me solitário, porque a vossa indignação enchia a minha alma. Porque não tem fim a minha dor, porque não tem cura a minha ferida? Vós sois para mim como o ribeiro enganador, em cujas águas não se pode confiar. Então o Senhor falou-me, dizendo: «Se quiseres voltar, Eu farei que voltes, para estares na minha presença. Se separares  o metal das impurezas, tu serás como a minha boca. São eles que virão ter contigo e não tu a ir ao seu encontro. Farei de ti para este povo uma forte muralha de bronze: lutarão contra ti, mas não poderão vencer-te, porque Eu estou contigo para te proteger e salvar. Eu te livrarei das mãos dos malvados, Eu te salvarei do poder dos violentos.»

Palavra do Senhor
.

Salmo Responsorial Salmo 58 (59), 2-3.4-5a.10-11.17 (R. 17d)
Refrão: Sois o meu refúgio, Senhor,
no dia da minha tribulação. Repete-se

Meu Deus, livrai-me dos inimigos,
protegei-me contra os meus agressores.
Defendei-me dos que praticam a iniquidade,
salvai-me dos homens sanguinários. Refrão

Armam ciladas para me tirar a vida,
conspiram contra mim homens poderosos.
Senhor, em mim não há crime nem pecado,
sem culpa minha correm a atacar-me. Refrão

Senhor, minha força, é para Vós que eu me volto,
sois Vós, ó Deus, o meu refúgio.
A bondade do meu Deus venha em meu auxílio
e me faça ver a derrota dos meus inimigos. Refrão

Eu cantarei, Senhor, a força do vosso poder,
de manhã louvarei a vossa bondade,
porque sois a minha fortaleza,
o meu refúgio no dia da tribulação. Refrão

Aclamação ao Evangelho
Jo 15, 15b
Refrão: Aleluia. Repete-se
Eu chamo-vos amigos, diz o Senhor,
porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. Refrão

Evangelho Mt 13, 44-46
«Vendeu tudo quanto possuía para comprar aquele campo»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo. O homem que o encontrou tornou a escondê-lo e ficou tão contente que foi vender tudo quanto possuía e comprou aquele campo. O reino dos Céus é semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. Ao encontrar uma de grande valor, foi vender tudo quanto possuía e comprou essa pérola».

Palavra da salvação.

Antífona da Comunhão (Lc 12,42)
Este é o servo fiel e prudente
que o Senhor pôs à frente da sua família,
para dar a seu tempo a cada um a sua medida de trigo.

Oração depois da Comunhão
Senhor, que fizestes de Santo Afonso Maria um fiel ministro e apóstolo deste grande sacramento, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de participar assiduamente nos santos mistérios para cantarmos sem fim os vossos louvores. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo







 «Ser livre não será apenas libertar-se das próprias algemas, mas viver de uma maneira que respeite e melhore a liberdade dos outros.»

Nelson Mandela






MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURA: -  Jesus oferece aos discípulos duas imagens que representam o Reino dos Céus: um tesouro que vale mais do que tudo o que possui, e um comerciante de pedras preciosas capaz de reconhecer a mais valiosa.

MEDITAÇÃO: - Saber que o Reino de Deus já está implantado entre nós, é sinal do dom gratuito de Deus. Porém esta realidade também nos chama a atenção para descobrirmos onde é que ele se está formando. É necessário que aprendamos a acolhe-lo, a cuidar dele como ao maior tesouro da vida.

ORAÇÃO: - Senhor, ensina-nos a acolher a semente do Reino, a velar por ele e pelo seu crescimento entre nós.






AGENDA

17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa em Tolosa
18.00 horas: Missa na Igreja do Espírito Santo




A VOZ DO PASTOR


NÃO DIGAS QUE É IMPOSSÍVEL

Dizemos que uma pessoa é responsável quando orienta bem a sua vida ou cumpre com zelo e eficácia aquilo que lhe é confiado. Falamos de corresponsabilidade quando a participação num trabalho ou numa missão é da responsabilidade, não de um, mas de alguns ou de todos. E se há muitas coisas de cujo êxito, ou menos êxito, somos corresponsáveis, a tarefa da evangelização é uma delas. É da responsabilidade de todos os batizados, somos corresponsáveis. E esta corresponsabilidade não se exerce colocando-se à janela da vida a olhar quem passa. Ou a peneirar o que os outros fazem e dizem no crivo da maledicência. Tampouco se exerce sendo um mero consumidor de coisas tidas como boas e santas e, pensa-se, quantas mais melhor. A corresponsabilidade implica envolvimento, compromisso, entusiasmo, ser capaz de gerar empatia e de estimular, implica colocar os talentos ao serviço da comunidade.
A primeira ação de corresponsabilidade que todo o batizado deve exercer é com a pessoa do Espírito Santo. A construção da santidade acontece pela ação do Espírito Santo em nós. Ele cria-nos nos segredos de Deus, faz nascer a fé nos nossos corações, derrama em nós o amor de Deus, ensina-nos a rezar, dá-nos uma vida nova e faz-nos viver n’Ele, com Ele e a partir d’Ele. Isto, porém, reclama a nossa resposta e colaboração. Deus nada impõe, propõe, respeita a nossa liberdade. A liberdade, porém, não é fazer o que muito bem entendo e quero ou me dá na real gana. É fazer o que devo, por respeito a mim próprio e aos outros.
Em toda a Sua vida, Jesus foi corresponsável, foi livre na obediência. Assumiu o projeto do Pai e ofereceu-Se com total generosidade até ao fim, até tudo estar consumado. A Sua vontade era fazer a vontade d’Aquele que o enviara e consumar toda a Sua obra. Sabia o que tinha a fazer, promovia diligentemente a sua implementação, vivia em total obediência ao Pai e em plena comunhão com Ele.
Maria também assumiu o dinamismo da corresponsabilidade. Ela deu um “Sim” consistente e sempre renovado ao longo de toda a sua vida, até ao alto do Calvário, até ao pé da Cruz. Faça-se em Mim segundo a Sua Palavra, foi o Seu lema. Com determinação e confiança, lançou-Se nessa aventura, ajudando a concretizar os projetos de Deus a respeito da humanidade, mesmo quando não entendia bem o seu alcance e até lhe parecia que o Seu Filho já não fechava bem a gaveta (Mc 3,20-21).
A própria Criação dá-nos um testemunho de corresponsabilidade ímpar. Tudo foi gerado pelo Verbo de Deus. A complexidade do Universo aponta os céus e canta as glórias do Senhor de forma ordenada e bela, numa sinfonia incrível. Todas as coisas se movem em numerosas formas de relação e de participação, cada uma segundo a sua natureza, todas elas a viverem e a subsistirem numa harmonia verdadeiramente admirável, divina.
São Paulo usa a figura do corpo para descrever a corresponsabilidade na Igreja. É o bom funcionamento de cada uma das partes do corpo, cada uma no seu lugar, sem ciúmes ou inveja de qualquer outra parte ou função, sem se julgar mais ou menos importante, é essa corresponsabilidade funcional que dá harmonia e beleza ao corpo. Nenhuma parte é secundária, dispensável ou inútil. Assim, a unidade bela da Igreja é construída por toda a diversidade que a compõe: diferentes são os estilos e as personalidades, os dons e os carismas, as capacidades e os níveis de intervenção social, diferentes são a formação humana e académica, a língua, a raça, a cultura, a atividade, a situação geográfica…
Como cristãos, somos, de uma forma mais consciente e firme, corresponsáveis pela sorte de todos os outros, incluindo a própria criação, a nossa casa comum, a começar pela família. A família é o primeiro espaço que nos leva a reconhecer a beleza da unidade na diversidade. Nela há a diversidade de pessoas, de idades e de talentos, de experiências e de cultura, de direitos e de deveres, de afazeres e de gostos. Cada um sente-se corresponsável pelo bem do todo que é a família, comunidade de vida e de amor a caminho da santidade, espaço de entendimento e de enriquecimento mútuo, espaço de alegria e de paz, no meio de alegrias e tristezas, de fracassos e êxitos.
Na comemoração do cinquentenário da instituição do Sínodo dos Bispos, o Papa Francisco chamou a atenção para a necessidade e a beleza de “caminhar juntos». O mundo, em que vivemos e que somos chamados a amar e a servir “exige da Igreja o reforço das sinergias em todas as áreas da sua missão”. Cada um de nós, os batizados, “independentemente da própria função na Igreja e do grau de instrução da sua fé, é um sujeito ativo de evangelização…». E é-o na política e na economia, na cultura e nas ciências, nas artes e nos ofícios, nas escolas e nos serviços públicos, nas empresas e na comunicação social, mo lazer e no desporto…
E afirmava Santo Atanásio, no século IV: “Nada há mais frio do que um cristão que não se preocupa com a salvação dos outros”. E continuava: “Se o fermento misturado à farinha não fizer levedar toda a massa, terá sido verdadeiro fermento? E que se há de dizer dum perfume que não espalhe a sua fragrância? Havemos de lhe chamar perfume? Não digas: Não sou capaz de influenciar os outros. Se fores cristão verdadeiro, é impossível que o não faças. Se é certo que não há contradição na natureza, também é certo o que afirmamos: faz parte da natureza do cristão influir nos seus semelhantes. Não injuries a Deus. Se disseres que o sol não é capaz de brilhar, afrontas o sol; se disseres que um cristão não pode ser útil a ninguém, ofendes a Deus e chamas-Lhe mentiroso. Ora mais fácil é o sol não aquecer nem brilhar do que um cristão não irradiar a sua luz: mais fácil que isto seria transformar-se a luz em trevas. Não digas que é impossível: o contrário é que é impossível. Não injuries a Deus. Se fizermos bem o que está na nossa mão, tudo o mais de que falamos se seguirá como consequência natural. A luz do cristão não pode ficar escondida; uma lâmpada tão resplandecente não se pode ocultar”. E afirmava Madre Teresa de Calcutá: “As mãos que ajudam são mais sagradas que os lábios que rezam”. Ou: “A maior enfermidade é não ser ninguém para ninguém”.

Antonino Dias
Portalegre, 27-07-2018.








segunda-feira, 30 de julho de 2018






PARÓQUIAS DE NISA


Terça 31 de julho de 2018









Terça da XVII semana do tempo comum
Salt. I





TERÇA-FEIRA da semana XVII

S. Inácio de Loiola, presbítero – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Jer 14, 17-22; Sal 78 (79), 8. 9. 11. 13
Ev Mt 13, 36-43


* Aniversário da Ordenação episcopal de D. João Miranda Teixeira, Bispo Emérito de Castello Jabar (1983).
* Na Companhia de Jesus – S. Inácio de Loiola, presbítero, Fundador da Companhia de Jesus – SOLENIDADE
* Na Congregação do Santíssimo Redentor – I Vésp. de S. Afonso Maria de Ligório.




S. Inácio de Loiola, presbítero – MO

Nota Histórica
Nasceu no ano 1491 em Loiola, na Cantábria (Espanha); seguiu primeiramente a vida da corte e a vida militar. Depois, consagrando-se totalmente ao Senhor, estudou teologia em Paris e aí reuniu os primeiros companheiros, com quem mais tarde fundou em Roma a Companhia de Jesus. Exerceu intensa atividade apostólica e, particularmente com os seus escritos e com a formação de discípulos, contribuiu grandemente para a reforma da vida cristã e para a renovação da ação missionária. Morreu em Roma no ano 1556.

Missa

ANTÍFONA DE ENTRADA Filip 2, 10-11
Ao nome de Jesus todos se ajoelhem no céu,
na terra e nos abismos
e toda a língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor
para glória de Deus Pai.

ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que suscitastes na vossa Igreja Santo Inácio de Loiola para propagar a maior glória do vosso nome, concedei que, à sua imitação e com o seu auxílio, combatendo o bom combate na terra, participemos da sua vitória no Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I   Jer 14, 17-22
«Recordai e não revogueis a vossa aliança connosco»

Depois de ter aludido a uma grande catástrofe que se tinha abatido sobre o povo, o profeta apresenta agora, em forma de lamentação, a oração desse mesmo povo, que, arrependido, confessa as suas faltas e faz penitência. As situações são diferentes em cada tempo; mas as atitudes espirituais, que nascem da fé, hão de saber adaptar-se a todas essas circunstâncias.

Leitura do Livro de Jeremias

Chorem meus olhos, noite e dia, lágrimas sem fim, porque uma grande ruína, uma chaga atroz, tortura a virgem, filha do meu povo. Se saio para o campo, eis os mortos à espada; se entro na cidade, eis as vítimas da fome. Tanto o profeta como o sacerdote percorrem o país e não compreendem. Acaso rejeitastes inteiramente Judá? Porque Vos desgostastes com Sião? Porque nos feristes sem esperança de remédio? Esperávamos a paz e nada vemos de bom, uma era de restauração e surgiu a angústia. Reconhecemos, Senhor, a nossa impiedade e a culpa dos nossos pais, porque pecámos contra Vós. Não nos rejeiteis, por amor do vosso nome, não deixeis profanar o vosso trono de glória. Recordai e não revogueis a vossa aliança connosco. Pode algum dos falsos deuses das nações fazer que chova? Ou é o céu que nos dá sozinho os aguaceiros? Não sois Vós, Senhor, nosso Deus, em quem esperamos? Na verdade, sois Vós que realizais tudo isto.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 78 (79), 8.9.11.13 (R. 9bc)
Refrão: Salvai-nos, Senhor, para glória do vosso nome. Repete-se


Não recordeis, Senhor, contra nós
as culpas dos nossos pais.
Corra ao nosso encontro a vossa misericórdia,
porque somos tão miseráveis. Refrão

Ajudai-nos, ó Deus, nosso salvador,
para glória do vosso nome.
Salvai-nos e perdoai os nossos pecados,
para glória do vosso nome. Refrão

Chegue à vossa presença, Senhor,
o gemido dos cativos;
pela omnipotência do vosso braço,
libertai os condenados à morte. Refrão
E nós, vosso povo,
ovelhas do vosso rebanho,
louvar-Vos-emos para sempre
e de geração em geração cantaremos a vossa glória. Refrão


ALELUIA
Refrão: Aleluia Repete-se
A semente é a palavra de Deus e o semeador é Cristo:
quem O encontra permanece para sempre. Refrão


EVANGELHO Mt 13, 36-43
«Como o joio é apanhado e queimado no fogo,
assim será no fim do mundo»


Este mundo é o campo onde a palavra cai como semente e onde ela cresce e se desenvolve e dá fruto no coração de quem a acolhe com fé. Mas outras sementes há que nesse campo são semeadas e nele crescem, com o perigo de prejudicarem a boa seara. É o mistério da vida da Igreja sobre a terra: trigo e joio a crescerem misturados, e Deus, o dono da seara, na sua paciência infinita, esperando até à hora da colheita! Então, o joio, isto é, os filhos do Maligno, revelar-se-ão como palha, que só serve para o fogo, enquanto que os filhos do reino brilharão como o Sol no reino do Pai.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
 Naquele tempo, Jesus deixou a multidão e foi para casa. Os discípulos aproximaram-se d’Ele e disseram-Lhe: «Explica-nos a parábola do joio no campo». Jesus respondeu: «Aquele que semeia a boa semente é o Filho do homem e o campo é o mundo. A boa semente são os filhos do reino, o joio são os filhos do Maligno e o inimigo que o semeou é o Diabo. A ceifa é o fim do mundo e os ceifeiros são os Anjos. Como o joio é apanhado e queimado no fogo, assim será no fim do mundo: o Filho do homem enviará os seus Anjos, que tirarão do seu reino todos os escandalosos e todos os que praticam a iniquidade, e hão de lançá-los na fornalha ardente; aí haverá choro e ranger de dentes. Então, os justos brilharão como o sol no reino do seu Pai. Quem tem ouvidos, oiça».

Palavra da salvação.
________________
Leituras próprias

LEITURA I 1 Cor 10, 31 - 11, 1
«Fazei tudo para glória de Deus»


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios

Irmãos: Quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus. Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à Igreja de Deus. Fazei como eu, que em tudo procuro agradar a toda a gente, não buscando o próprio interesse, mas o de todos, para que possam salvar-se. Sede meus imitadores, como eu o sou de Cristo.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 33 (34), 2-3.4-5.6-7.8-9.10-11 (R. 9a)
Refrão: Saboreai e vede como o Senhor é bom.


A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.

Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.

O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.

Temei o Senhor, vós os seus fiéis,
porque nada falta aos que O temem.
Os poderosos empobrecem e passam fome,
aos que procuram o Senhor não faltará riqueza alguma.


EVANGELHO Mt 13, 31-35
«O grão de mostarda torna-se árvore,
de modo que as aves do céu vêm abrigar-se nos seus ramos»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, Jesus disse ainda à multidão a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se ao grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. Sendo a menor de todas as sementes, depois de crescer, é a maior de todas as hortaliças e torna-se árvore, de modo que as aves do céu vêm abrigar-se nos seus ramos». Disse-lhes outra parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado». Tudo isto disse Jesus em parábolas, e sem parábolas nada lhes dizia, a fim de se cumprir o que fora anunciado pelo profeta, que disse: «Abrirei a minha boca em parábolas, proclamarei verdades ocultas desde a criação do mundo».

Palavra da salvação.
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ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, a oblação que Vos apresentamos na festa de Santo Inácio de Loiola e concedei que os santos mistérios que instituístes como fonte de toda a santidade nos santifiquem na verdade. Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lc 12, 49
Eu vim trazer o fogo à terra, diz o Senhor;
e que quero Eu senão que ele se acenda?


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos pedimos, Senhor nosso Deus, que este sacrifício de louvor, oferecido em acção de graças, na festa de Santo Inácio de Loiola, nos conduza à bem-aventurança eterna para louvarmos sem fim a vossa imensa glória. Por Nosso Senho







 « Dá-me, Senhor, a tua graça e o teu amor e isso me basta»

Santo Inácio de Loyola






MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURA: -  Jesus explica a parábola do trigo e do joio como uma imagem do juízo final. A boa semente representa os cidadãos do Reino; o joio os partidários do maligno. No fim dos tempos, no momento da colheita se separarão uns dos outros. Uns brilharão e os outros se perderão

MEDITAÇÃO: - Através de uma parábola Jesus ensina os apóstolos que na vida há que fazer opções: ou ser membros do Reino de Deus, contribuindo na missão de o construir, ou então não pertencer, semeando o mal. Ambas opções têm consequências: estar com o Pai, ou estar contra Ele. Mas, se ficarmos a  meio, sem fazer opções, seremos seus discípulos?

ORAÇÃO: - Senhor, ofereço-Te as minhas dúvidas, medos e covardias, aqueleas que, em situações difíceis não me permitem optar por Ti Aumenta a minha fé, faz de mim um construtor do teu Reino.






AGENDA


18.30 horas: Missa na Igreja do Espírito Santo
21.99 horas; Reunião em ordem ao Ano da Missão.




A VOZ DO PASTOR


NÃO DIGAS QUE É IMPOSSÍVEL

Dizemos que uma pessoa é responsável quando orienta bem a sua vida ou cumpre com zelo e eficácia aquilo que lhe é confiado. Falamos de corresponsabilidade quando a participação num trabalho ou numa missão é da responsabilidade, não de um, mas de alguns ou de todos. E se há muitas coisas de cujo êxito, ou menos êxito, somos corresponsáveis, a tarefa da evangelização é uma delas. É da responsabilidade de todos os batizados, somos corresponsáveis. E esta corresponsabilidade não se exerce colocando-se à janela da vida a olhar quem passa. Ou a peneirar o que os outros fazem e dizem no crivo da maledicência. Tampouco se exerce sendo um mero consumidor de coisas tidas como boas e santas e, pensa-se, quantas mais melhor. A corresponsabilidade implica envolvimento, compromisso, entusiasmo, ser capaz de gerar empatia e de estimular, implica colocar os talentos ao serviço da comunidade.
A primeira ação de corresponsabilidade que todo o batizado deve exercer é com a pessoa do Espírito Santo. A construção da santidade acontece pela ação do Espírito Santo em nós. Ele cria-nos nos segredos de Deus, faz nascer a fé nos nossos corações, derrama em nós o amor de Deus, ensina-nos a rezar, dá-nos uma vida nova e faz-nos viver n’Ele, com Ele e a partir d’Ele. Isto, porém, reclama a nossa resposta e colaboração. Deus nada impõe, propõe, respeita a nossa liberdade. A liberdade, porém, não é fazer o que muito bem entendo e quero ou me dá na real gana. É fazer o que devo, por respeito a mim próprio e aos outros.
Em toda a Sua vida, Jesus foi corresponsável, foi livre na obediência. Assumiu o projeto do Pai e ofereceu-Se com total generosidade até ao fim, até tudo estar consumado. A Sua vontade era fazer a vontade d’Aquele que o enviara e consumar toda a Sua obra. Sabia o que tinha a fazer, promovia diligentemente a sua implementação, vivia em total obediência ao Pai e em plena comunhão com Ele.
Maria também assumiu o dinamismo da corresponsabilidade. Ela deu um “Sim” consistente e sempre renovado ao longo de toda a sua vida, até ao alto do Calvário, até ao pé da Cruz. Faça-se em Mim segundo a Sua Palavra, foi o Seu lema. Com determinação e confiança, lançou-Se nessa aventura, ajudando a concretizar os projetos de Deus a respeito da humanidade, mesmo quando não entendia bem o seu alcance e até lhe parecia que o Seu Filho já não fechava bem a gaveta (Mc 3,20-21).
A própria Criação dá-nos um testemunho de corresponsabilidade ímpar. Tudo foi gerado pelo Verbo de Deus. A complexidade do Universo aponta os céus e canta as glórias do Senhor de forma ordenada e bela, numa sinfonia incrível. Todas as coisas se movem em numerosas formas de relação e de participação, cada uma segundo a sua natureza, todas elas a viverem e a subsistirem numa harmonia verdadeiramente admirável, divina.
São Paulo usa a figura do corpo para descrever a corresponsabilidade na Igreja. É o bom funcionamento de cada uma das partes do corpo, cada uma no seu lugar, sem ciúmes ou inveja de qualquer outra parte ou função, sem se julgar mais ou menos importante, é essa corresponsabilidade funcional que dá harmonia e beleza ao corpo. Nenhuma parte é secundária, dispensável ou inútil. Assim, a unidade bela da Igreja é construída por toda a diversidade que a compõe: diferentes são os estilos e as personalidades, os dons e os carismas, as capacidades e os níveis de intervenção social, diferentes são a formação humana e académica, a língua, a raça, a cultura, a atividade, a situação geográfica…
Como cristãos, somos, de uma forma mais consciente e firme, corresponsáveis pela sorte de todos os outros, incluindo a própria criação, a nossa casa comum, a começar pela família. A família é o primeiro espaço que nos leva a reconhecer a beleza da unidade na diversidade. Nela há a diversidade de pessoas, de idades e de talentos, de experiências e de cultura, de direitos e de deveres, de afazeres e de gostos. Cada um sente-se corresponsável pelo bem do todo que é a família, comunidade de vida e de amor a caminho da santidade, espaço de entendimento e de enriquecimento mútuo, espaço de alegria e de paz, no meio de alegrias e tristezas, de fracassos e êxitos.
Na comemoração do cinquentenário da instituição do Sínodo dos Bispos, o Papa Francisco chamou a atenção para a necessidade e a beleza de “caminhar juntos». O mundo, em que vivemos e que somos chamados a amar e a servir “exige da Igreja o reforço das sinergias em todas as áreas da sua missão”. Cada um de nós, os batizados, “independentemente da própria função na Igreja e do grau de instrução da sua fé, é um sujeito ativo de evangelização…». E é-o na política e na economia, na cultura e nas ciências, nas artes e nos ofícios, nas escolas e nos serviços públicos, nas empresas e na comunicação social, mo lazer e no desporto…
E afirmava Santo Atanásio, no século IV: “Nada há mais frio do que um cristão que não se preocupa com a salvação dos outros”. E continuava: “Se o fermento misturado à farinha não fizer levedar toda a massa, terá sido verdadeiro fermento? E que se há de dizer dum perfume que não espalhe a sua fragrância? Havemos de lhe chamar perfume? Não digas: Não sou capaz de influenciar os outros. Se fores cristão verdadeiro, é impossível que o não faças. Se é certo que não há contradição na natureza, também é certo o que afirmamos: faz parte da natureza do cristão influir nos seus semelhantes. Não injuries a Deus. Se disseres que o sol não é capaz de brilhar, afrontas o sol; se disseres que um cristão não pode ser útil a ninguém, ofendes a Deus e chamas-Lhe mentiroso. Ora mais fácil é o sol não aquecer nem brilhar do que um cristão não irradiar a sua luz: mais fácil que isto seria transformar-se a luz em trevas. Não digas que é impossível: o contrário é que é impossível. Não injuries a Deus. Se fizermos bem o que está na nossa mão, tudo o mais de que falamos se seguirá como consequência natural. A luz do cristão não pode ficar escondida; uma lâmpada tão resplandecente não se pode ocultar”. E afirmava Madre Teresa de Calcutá: “As mãos que ajudam são mais sagradas que os lábios que rezam”. Ou: “A maior enfermidade é não ser ninguém para ninguém”.

Antonino Dias
Portalegre, 27-07-2018.







domingo, 29 de julho de 2018






PARÓQUIAS DE NISA


Segunda, 30 de julho de 2018









Segunda da XVII semana do tempo comum
Salt. I





SEGUNDA-FEIRA da semana XVII
S. Pedro Crisólogo, bispo e doutor da Igreja – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 Jer 13, 1-11; Sal Deut 32, 18-19. 20. 21
Ev Mt 13, 31-35

* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – Bb. Bráulio Maria Corres, Frederico Rúbio e 69 Companheiros, mártires – MF
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – S. Justino de Jacobis, bispo – MO
* Na Companhia de Jesus – I Vésp. de S. Inácio de Loiola.




MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 67, 6-7.36
Deus vive na sua morada santa,
Ele prepara uma casa para o pobre.
É a força e o vigor do seu povo.


ORAÇÃO
Deus, protetor dos que em Vós esperam:
sem Vós nada tem valor, nada é santo.
Multiplicai sobre nós a vossa misericórdia,
para que, conduzidos por Vós,
usemos de tal modo os bens temporais
que possamos aderir desde já aos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Jer 13, 1-11
«O povo ficará como essa faixa, que já não serve para nada»

Os profetas anunciavam a palavra de Deus, não só por meio de palavras, mas também por ações simbólicas. São verdadeiras parábolas em ação. É assim, por meio de uma ação simbólica, que o profeta hoje mostra a que estado fica reduzido o povo que abandona Deus e se volta para outros deuses: torna-se como alguma coisa que se estragou, e já não serve senão para ser lançada fora.

Leitura do Livro de Jeremias

O Senhor disse-me: «Vai comprar uma faixa de linho e põe-na à cintura, mas sem a molhares na água». Eu comprei a faixa e pu-la à cintura, como o Senhor me tinha ordenado. Pela segunda vez me foi dirigida a palavra do Senhor: «Toma a faixa que compraste e que trazes à cintura, põe-te a caminho até ao rio Eufrates e esconde-a lá na fenda dum rochedo». Eu fui esconder a faixa na margem do Eufrates, como o Senhor me tinha ordenado. Muitos dias depois, disse-me o Senhor: «Põe-te a caminho e vai ao rio Eufrates buscar a faixa que lá te mandei esconder». Eu fui ao Eufrates procurar a faixa e tirá-la do lugar onde a escondera. Mas a faixa tinha-se estragado e já não servia para nada. Então o Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo: «Assim fala o Senhor: Deste modo destruirei o orgulho de Judá, a grande soberba de Jerusalém. Este povo perverso, que recusa ouvir as minhas palavras, que segue as tendências do seu coração obstinado e segue outros deuses para os servir e adorar, ficará como essa faixa, que já não serve para nada. Porque assim como a faixa se prende à cintura do homem, também Eu tinha prendido a Mim toda a casa de Israel e toda a casa de Judá, – diz o Senhor – para que fossem o meu povo, proclamando o meu nome, o meu louvor e a minha glória. Mas eles não Me obedeceram».

Palavra do Senhor.



SALMO RESPONSORIAL Deut 32, 18-19.20.21 (R. cf. 18a)
Refrão: Abandonaste a Deus que te criou. Repete-se


Desprezaste o Rochedo que te gerou,
esqueceste a Deus que te deu a vida.
O Senhor viu e ficou indignado
e rejeitou teus filhos e tuas filhas. Refrão

O Senhor disse: «Vou ocultar-lhes o meu rosto
e ver qual será o seu futuro,
porque são uma geração perversa
de filhos que não conhecem a fidelidade». Refrão

«Provocaram-Me com um deus falso,
irritaram-Me com inúteis ídolos;
e Eu vou provocá-los com um povo falso,
vou irritá-los com uma nação insensata». Refrão


ALELUIA Tg 1, 18
Refrão: Aleluia Repete-se


Deus Pai nos gerou pela palavra da verdade,
para sermos as primícias das suas criaturas. Refrão


EVANGELHO Mt 13, 31-35
«O grão de mostarda torna-se árvore,
de modo que as aves do céu vêm abrigar-se nos seus ramos»

Duas breves parábolas sobre o reino de Deus que se completam uma à outra: a do grão de mostarda põe em relevo o contraste entre a pequenez dos começos desse reino e o esplendor do fim que ele há de atingir; a do fermento, que leveda toda a massa, sublinha a força e energia do fermento e ainda o contraste entre a pequena quantidade do mesmo e a grande quantidade de massa, que ele é capaz de levedar. Assim é o reino de Deus no meio deste mundo.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, Jesus disse ainda à multidão a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se ao grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. Sendo a menor de todas as sementes, depois de crescer, é a maior de todas as hortaliças e torna-se árvore, de modo que as aves do céu vêm abrigar-se nos seus ramos». Disse-lhes outra parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado». Tudo isto disse Jesus em parábolas, e sem parábolas nada lhes dizia, a fim de se cumprir o que fora anunciado pelo profeta, que disse: «Abrirei a minha boca em parábolas, proclamarei verdades ocultas desde a criação do mundo».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor,
os dons que recebemos da vossa generosidade
e trazemos ao vosso altar,
e fazei que estes sagrados mistérios, por obra da vossa graça,
nos santifiquem na vida presente
e nos conduzam às alegrias eternas.
Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 102, 2
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças os seus benefícios.

Ou Mt 5, 7-8
Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos destes a graça de participar neste divino sacramento, memorial perene da paixão do vosso Filho,
fazei que este dom do seu amor infinito
sirva para a nossa salvação.
Por Nosso Senhor. 







 « Se por um momento, tivesses consciência das tuas capacidades, rir-te-ias da insignificância dos teus maiores problemas»

Rafael Vidac






MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURA: -  Jesus compra o Reino dos Céus com a semente de mostarda e com o fermento. Apedar de elementos tão pequenos, um e outro crescem e fazem crescer de uma maneira desmesurada.

MEDITAÇÃO: - Se o Reino de Deus é comparável a grão de mostarda, é porque antes de crescer e de se desenvolver entre nós, será de difícil perceção. Uma semente enquanto tal, não passa de promessa de fruto, de uma nova vida à espera de gestação. Esta parábola é afirmação de que o Reino está entre nós muitas vezes de um modo não percetível. Mas está! E sempre à espera de que o ajudemos ao crescimento e desenvolvimento.

ORAÇÃO: - Abençoa, Senhor, as nossas mãos, os nossos gestos e as nossas boas intenções, para que estejam sempre disponíveis a colaborar na construção do Reino.






AGENDA


09.30 horas: Oração de louvor no Calvário




A VOZ DO PASTOR


NÃO DIGAS QUE É IMPOSSÍVEL

Dizemos que uma pessoa é responsável quando orienta bem a sua vida ou cumpre com zelo e eficácia aquilo que lhe é confiado. Falamos de corresponsabilidade quando a participação num trabalho ou numa missão é da responsabilidade, não de um, mas de alguns ou de todos. E se há muitas coisas de cujo êxito, ou menos êxito, somos corresponsáveis, a tarefa da evangelização é uma delas. É da responsabilidade de todos os batizados, somos corresponsáveis. E esta corresponsabilidade não se exerce colocando-se à janela da vida a olhar quem passa. Ou a peneirar o que os outros fazem e dizem no crivo da maledicência. Tampouco se exerce sendo um mero consumidor de coisas tidas como boas e santas e, pensa-se, quantas mais melhor. A corresponsabilidade implica envolvimento, compromisso, entusiasmo, ser capaz de gerar empatia e de estimular, implica colocar os talentos ao serviço da comunidade.
A primeira ação de corresponsabilidade que todo o batizado deve exercer é com a pessoa do Espírito Santo. A construção da santidade acontece pela ação do Espírito Santo em nós. Ele cria-nos nos segredos de Deus, faz nascer a fé nos nossos corações, derrama em nós o amor de Deus, ensina-nos a rezar, dá-nos uma vida nova e faz-nos viver n’Ele, com Ele e a partir d’Ele. Isto, porém, reclama a nossa resposta e colaboração. Deus nada impõe, propõe, respeita a nossa liberdade. A liberdade, porém, não é fazer o que muito bem entendo e quero ou me dá na real gana. É fazer o que devo, por respeito a mim próprio e aos outros.
Em toda a Sua vida, Jesus foi corresponsável, foi livre na obediência. Assumiu o projeto do Pai e ofereceu-Se com total generosidade até ao fim, até tudo estar consumado. A Sua vontade era fazer a vontade d’Aquele que o enviara e consumar toda a Sua obra. Sabia o que tinha a fazer, promovia diligentemente a sua implementação, vivia em total obediência ao Pai e em plena comunhão com Ele.
Maria também assumiu o dinamismo da corresponsabilidade. Ela deu um “Sim” consistente e sempre renovado ao longo de toda a sua vida, até ao alto do Calvário, até ao pé da Cruz. Faça-se em Mim segundo a Sua Palavra, foi o Seu lema. Com determinação e confiança, lançou-Se nessa aventura, ajudando a concretizar os projetos de Deus a respeito da humanidade, mesmo quando não entendia bem o seu alcance e até lhe parecia que o Seu Filho já não fechava bem a gaveta (Mc 3,20-21).
A própria Criação dá-nos um testemunho de corresponsabilidade ímpar. Tudo foi gerado pelo Verbo de Deus. A complexidade do Universo aponta os céus e canta as glórias do Senhor de forma ordenada e bela, numa sinfonia incrível. Todas as coisas se movem em numerosas formas de relação e de participação, cada uma segundo a sua natureza, todas elas a viverem e a subsistirem numa harmonia verdadeiramente admirável, divina.
São Paulo usa a figura do corpo para descrever a corresponsabilidade na Igreja. É o bom funcionamento de cada uma das partes do corpo, cada uma no seu lugar, sem ciúmes ou inveja de qualquer outra parte ou função, sem se julgar mais ou menos importante, é essa corresponsabilidade funcional que dá harmonia e beleza ao corpo. Nenhuma parte é secundária, dispensável ou inútil. Assim, a unidade bela da Igreja é construída por toda a diversidade que a compõe: diferentes são os estilos e as personalidades, os dons e os carismas, as capacidades e os níveis de intervenção social, diferentes são a formação humana e académica, a língua, a raça, a cultura, a atividade, a situação geográfica…
Como cristãos, somos, de uma forma mais consciente e firme, corresponsáveis pela sorte de todos os outros, incluindo a própria criação, a nossa casa comum, a começar pela família. A família é o primeiro espaço que nos leva a reconhecer a beleza da unidade na diversidade. Nela há a diversidade de pessoas, de idades e de talentos, de experiências e de cultura, de direitos e de deveres, de afazeres e de gostos. Cada um sente-se corresponsável pelo bem do todo que é a família, comunidade de vida e de amor a caminho da santidade, espaço de entendimento e de enriquecimento mútuo, espaço de alegria e de paz, no meio de alegrias e tristezas, de fracassos e êxitos.
Na comemoração do cinquentenário da instituição do Sínodo dos Bispos, o Papa Francisco chamou a atenção para a necessidade e a beleza de “caminhar juntos». O mundo, em que vivemos e que somos chamados a amar e a servir “exige da Igreja o reforço das sinergias em todas as áreas da sua missão”. Cada um de nós, os batizados, “independentemente da própria função na Igreja e do grau de instrução da sua fé, é um sujeito ativo de evangelização…». E é-o na política e na economia, na cultura e nas ciências, nas artes e nos ofícios, nas escolas e nos serviços públicos, nas empresas e na comunicação social, mo lazer e no desporto…
E afirmava Santo Atanásio, no século IV: “Nada há mais frio do que um cristão que não se preocupa com a salvação dos outros”. E continuava: “Se o fermento misturado à farinha não fizer levedar toda a massa, terá sido verdadeiro fermento? E que se há de dizer dum perfume que não espalhe a sua fragrância? Havemos de lhe chamar perfume? Não digas: Não sou capaz de influenciar os outros. Se fores cristão verdadeiro, é impossível que o não faças. Se é certo que não há contradição na natureza, também é certo o que afirmamos: faz parte da natureza do cristão influir nos seus semelhantes. Não injuries a Deus. Se disseres que o sol não é capaz de brilhar, afrontas o sol; se disseres que um cristão não pode ser útil a ninguém, ofendes a Deus e chamas-Lhe mentiroso. Ora mais fácil é o sol não aquecer nem brilhar do que um cristão não irradiar a sua luz: mais fácil que isto seria transformar-se a luz em trevas. Não digas que é impossível: o contrário é que é impossível. Não injuries a Deus. Se fizermos bem o que está na nossa mão, tudo o mais de que falamos se seguirá como consequência natural. A luz do cristão não pode ficar escondida; uma lâmpada tão resplandecente não se pode ocultar”. E afirmava Madre Teresa de Calcutá: “As mãos que ajudam são mais sagradas que os lábios que rezam”. Ou: “A maior enfermidade é não ser ninguém para ninguém”.

Antonino Dias
Portalegre, 27-07-2018.