domingo, 31 de maio de 2020






PARÓQUIAS DE NISA





Segunda-feira 01 de junho de 2020








Segunda da IX semana do tempo comum







SEGUNDA-FEIRA da semana IX

Santa Maria, Mãe da Igreja – MO
Branco – Ofício da memória (Semana I do Saltério).
Missa da memória.

L 1 Gen 3, 9-15.20 ou Act 1, 12-14; Sal 86 (87), 1-2. 3 e 5. 6-7
Ev Jo 19, 25-34


Onde a segunda-feira depois do Pentecostes é dia de especial afluência de fiéis à Missa, podem tomar-se as leituras do domingo de Pentecostes propostas no Lecionário.

* Na Diocese de Beja – Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral. Na Sé – SOLENIDADE (transferida); nas outras igrejas da Diocese Ofício e Missa da memória.
* Na Diocese de Santarém – Aniversário da Ordenação episcopal de D. José Augusto Traquina Maria (2014).
* Na Ordem da Visitação de Santa Maria – Visitação de Nossa Senhora – SOLENIDADE (transferida)
* Na Congregação das Filhas de Maria, Mãe da Igreja – Maria, Mãe da Igreja, Padroeira da Congregação – SOLENIDADE
* Na Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus – Nossa Senhora do Sagrado Coração de Jesus, Padroeira da Congregação – SOLENIDADE (transferida)
* Na Congregação dos Rogacionistas do Coração de Jesus – S. Aníbal Maria de França, presbítero e Fundador da Congregação – SOLENIDADE
* Nas Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor – Aniversário da fundação da Congregação.
* Na Diocese de Santiago (Cabo Verde) – Inicia-se em Junho um novo ano agrícola. Recomenda-se a celebração das "Rogações" num domingo à escolha, segundo as conveniências pastorais.


Missa Segunda-Feira depois do Pentecostes:
SANTA MARIA, MÃE DA IGREJA

Nota Histórica:
À Virgem Santa Maria foi atribuído o título “Mãe da Igreja”, porque deu à luz a Cabeça da Igreja e se tornou a Mãe dos redimidos quando seu Filho ia morrer na cruz. O papa São Paulo VI confirmou solenemente a mesma designação na alocução aos Padres do Concílio Vaticano II, no dia 21 de Novembro de 1964, e decidiu que todo o povo cristão honrasse, agora ainda mais, com este santíssimo nome, a Mãe de Deus.


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Actos 1, 14
Os discípulos perseveravam unidos na oração com Maria, Mãe de Jesus.

ORAÇÃO COLECTA
Deus, Pai de misericórdia,
cujo Filho Unigénito, pregado na cruz,
nos deu a sua própria Mãe,
a Virgem Santa Maria, como nossa Mãe,
fazei que a Igreja, assistida pelo seu amor materno,
exulte com o número e a santidade dos seus filhos
e reúna numa só família todos os povos da terra.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


Em vez desta leitura, pode utilizar-se a que se lhe segue.

LEITURA I Gen 3, 9-15.20
«A mãe de todos os viventes»

Leitura do Livro do Génesis

Depois de Adão ter comido da árvore,
o Senhor Deus chamou-o e disse-lhe: «Onde estás?».
Ele respondeu:
«Ouvi o rumor dos vossos passos no jardim
e, como estava nu, tive medo e escondi-me».
Disse Deus:
«Quem te deu a conhecer que estavas nu?
Terias tu comido dessa árvore, da qual te proibira comer?».
Adão respondeu:
«A mulher que me destes por companheira
deu-me do fruto da árvore e eu comi».
O Senhor Deus perguntou à mulher:
«Que fizeste?»
E a mulher respondeu:
«A serpente enganou-me e eu comi».
Disse então o Senhor Deus à serpente:
«Por teres feito semelhante coisa,
maldita sejas entre todos os animais domésticos
e todos os animais selvagens.
Hás-de rastejar e comer do pó da terra
todos os dias da tua vida.
Estabelecerei inimizade entre ti e a mulher,
entre a tua descendência e a descendência dela.
Esta há-de atingir-te na cabeça
e tu a atingirás no calcanhar».
O homem deu à sua mulher o nome de ‘Eva’,
porque ela foi a mãe de todos os viventes.
Palavra do Senhor.


Em vez da leitura precedente, pode utilizar-se a seguinte:

LEITURA I Atos 1, 12-14
«Perseveravam unidos na oração, com Maria, Mãe de Jesus»

Leitura dos Atos dos Apóstolos

Depois de Jesus ter subido ao Céu,
os Apóstolos voltaram para Jerusalém,
descendo o monte chamado das Oliveiras,
que fica perto de Jerusalém,
à distância de uma caminhada de sábado.
Quando chegaram à cidade, subiram para a sala de cima,
onde se encontravam habitualmente.
Estavam lá Pedro e João, Tiago e André, Filipe e Tomé,
Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu,
Simão, o Zeloso, e Judas, irmão de Tiago.
Todos estes perseveravam unidos em oração,
em companhia de algumas mulheres,
entre as quais Maria, Mãe de Jesus.
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 86 (87), 1-2. 3 e 5.6-7 (R. 3)
Refrão: Grandes coisas se dizem de ti, ó cidade de Deus.


O Senhor ama a cidade,
por Ele fundada sobre os montes santos;
ama as portas de Sião
mais que todas as moradas de Jacob.
Grandes coisas se dizem de ti, ó cidade de Deus.

E dir-se-á em Sião: «Todos lá nasceram,
o próprio Altíssimo a consolidou».
O Senhor escreverá no registo dos povos:
«Este nasceu em Sião».
E irão dançando e cantando:
«Todas as minhas fontes estão em ti».


ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
Sois ditosa, ó Virgem Santa Maria,
sois digníssima de todos os louvores,
porque de Vós nasceu o sol da justiça,
Cristo, nosso Deus. Refrão


EVANGELHO
Jo 19, 25-27
«Eis o teu filho...Eis a tua Mãe»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo,
estavam junto à cruz de Jesus
sua Mãe, a irmã de sua Mãe,
Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.
Ao ver sua Mãe e o discípulo predilecto,
Jesus disse a sua Mãe:
«Mulher, eis o teu filho».
Depois disse ao discípulo:
«Eis a tua Mãe».
E a partir daquela hora,
o discípulo recebeu-a em sua casa.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei, Senhor, as nossas oferendas
e transformai-as em sacramento de salvação,
pelo qual nos confiemos mais fervorosamente
ao amor da Virgem Santa Maria, Mãe da Igreja,
e colaboremos com maior diligência na obra da redenção.
Por Nosso Senhor.


Prefácio de Nossa Senhora III [Maria, Mãe da Igreja]:

V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.


Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte,
e exaltar a vossa infinita bondade
ao celebrarmos a festa [memória] da Virgem Santa Maria.
Recebendo o vosso Verbo em seu coração imaculado,
Ela mereceu concebê-l’O em seu seio virginal
e, dando à luz o Criador do universo,
preparou o nascimento da Igreja.
Junto à cruz, aceitou o testamento da caridade divina
e recebeu todos os homens como seus filhos,
pela morte de Cristo gerados para a vida eterna.
Enquanto esperava, com os Apóstolos,
a vinda do Espírito Santo,
associando-se às preces dos discípulos,
tornou-se modelo admirável da Igreja em oração.
Elevada à glória do céu,
assiste com amor materno
a Igreja ainda peregrina sobre a terra,
protegendo misericordiosamente os seus passos
a caminho da pátria celeste,
enquanto espera a vinda gloriosa do Senhor.
Por isso, com os Anjos e os Santos,
proclamamos a vossa glória, cantando numa só voz:

Santo, Santo, Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 2, 1.11
Celebraram-se umas bodas em Caná da Galileia
e estava lá a Mãe de Jesus.
Ali o Senhor deu início aos seus milagres,
manifestou a sua glória e os discípulos acreditaram n’Ele.

Ou cf. Jo 19, 26-27
Suspenso na cruz, Jesus disse ao discípulo: Eis a tua Mãe.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que neste admirável sacramento
nos destes o penhor da redenção e da vida,
fazei que a vossa Igreja,
com o auxílio materno da Virgem Santa Maria,
leve a todos os povos o anúncio do Evangelho
e renove a face da terra com os dons do vosso Espírito.
Por Nosso Senhor.
.






“A Igreja é feminina, porque é igreja, esposa: é feminina. É mãe, dá à luz. Esposa e mãe. E os Padres vão além e dizem: ‘A sua alma também é esposa de Cristo e mãe’. Nessa atitude de Maria, que é Mãe da Igreja, neste comportamento podemos entender essa dimensão feminina da Igreja que, quando não existe, a Igreja perde a verdadeira identidade e se torna uma associação beneficente ou um clube de futebol ou qualquer outra coisa, mas não a Igreja.”


Papa Francisco








ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra



LEITURAS I:






AGENDA DO DIA



12.00 horas: Funeral em Montalvão







A VOZ DO PASTOR


MÉDICOS EM TERAPIA HÁ MUITO TESTADA

Sejam quais forem as ferramentas que cada pessoa tem de usar no seu trabalho, desde o delicado bisturi ao pincel, do teclado ao tubo de ensaio, do pensamento à vassoura de rua, dos telescópios às panelas da cozinha, da máscara de carnaval à da pandemia (e mais pode acrescentar o leitor!...), seja qual for essa ferramenta, será bom aceitar o conselho de Anselmo de Cantuária: “Ó homem, deixa um momento as tuas ocupações habituais. Entra um instante em ti mesmo, longe do tumulto dos teus pensamentos. Põe de parte os cuidados que te apoquentam e liberta-te agora das inquietações que te absorvem. Entrega-te uns momentos a Deus, descansa por algum tempo na sua presença. Entra no íntimo da tua alma. Remove tudo, exceto Deus e o que te possa ajudar a procurá-lo no silêncio”.

Este autor do século XI aconselha o homem a pedir a Deus que ensine o seu coração a saber onde e como o procurar e encontrar. E coloca o homem a fazer perguntas para saber quem o poderá ajudar, como, com que sinais, com que aspeto poderá ele encontrar Deus!

Li, há dias, no “Ecos do Sameiro”, o testemunho de um jovem médico da Lombardia, Julian Urban, de 38 anos, um dos testemunhos compilados por Gianni Giardinelli, e que, com a devida vénia, aqui transcrevo. Diz ele: “Nunca, nos meus piores pesadelos, eu imaginei ter uma experiência como a que estou a ter, nas últimas semanas, no hospital onde trabalho. O pesadelo continua – o rio está cada vez mais caudaloso. No princípio vieram alguns pacientes, depois, dezenas – por fim, centenas. Neste momento já não somos mais médicos: tornámo-nos uma espécie de ‘classificadores’ na ‘linha de montagem’, decidindo quem vive e quem é enviado para casa para morrer – mesmo aqueles que durante toda a sua vida pagaram os seus impostos ao Estado italiano. Até há duas semanas atrás, eu e os meus colegas éramos ateus; isso era o mais normal, pois como médicos aprendemos que a ciência exclui a presença de Deus. Sempre trocei do facto de os meus pais irem à Igreja. Um pastor, já idoso, de 75 anos, veio ter connosco há 9 dias atrás, era um homem afável, de modos gentis e estava com sérias dificuldades em respirar, mas trazia uma Bíblia consigo e ficámos impressionados com ele ao lê-la aos moribundos, segurando-lhes as mãos. Estávamos todos cansados, desencorajados, física e mentalmente exaustos, quando, finalmente, tivemos tempo para o ouvir. Agora, temos de admitir: como seres humanos chegámos ao limite, não podemos fazer mais – mas as pessoas estão a morrer diariamente, e cada vez mais. E estamos exaustos: dois dos nossos colegas já morreram e há outros que estão infetados. Chegámos à conclusão de que o que quer que seja que o homem pode fazer, precisamos de Deus – e começamos a pedir-Lhe ajuda, sempre que temos alguns minutos disponíveis. Falamos uns com os outros e é incrível como nós, ateus empedernidos, estamos agora diariamente em busca da nossa paz, pedindo ao Senhor para nos ajudar a resistir, a fim de podermos cuidar dos doentes. Ontem, o idoso Pastor de 75 anos morreu – e apesar de termos tido mais de 120 mortes aqui, nas últimas semanas, e estarmos todos exaustos, destruídos, aquele Pastor trouxe-nos paz como nós nunca pensámos ter nesta altura, apesar das nossas condições e dificuldades. O Pastor partiu para estar com o Senhor e bem depressa nós iremos também, seguindo-o se as coisas continuarem como até aqui. Há seis dias que não vou a casa; nem sei quando comi pela última vez e estou a tomar consciência da minha ociosidade na terra. Quero dedicar o meu último sopro de vida a ajudar o meu próximo. Estou feliz porque me voltei para Deus, novamente, rodeado do sofrimento e da morte dos meus concidadãos”. 

Eis um exemplo, um sinal, um aspeto pelo qual podemos encontrar Deus. Ele serve-se de tudo para que o possamos encontrar!... É particularmente sensível à vida humana, sejam quais forem os seus caminhos, êxitos e fracassos. Conhece-nos, chama-nos pelo nome, dá ânimo ao cansado e firmeza ao enfraquecido, estende-nos a mão mas sem nos obrigar a que Lhe dêmos a nossa. Porque respeita a liberdade de cada um e cada um nem sempre a sabe usar, o bem e o mal coexistem, o trigo e o joio crescem juntos, lado a lado, até à ceifa (cf. Mt13,24-30). E, se, porventura, nos parece que o mal e o joio predominam, isso não acontece porque Deus é indiferente ou nos abandona. Acontece, sim, porque nós o abandonamos, porque entendemos que a liberdade é fazer o que quero, o que me dá na gana,  e não fazer o que devo. Deus não nos esquece, não foge nem se esconde, acompanha-nos, respeitando a nossa liberdade, tantas vezes confundida com libertinagem! Esta atitude de Deus parece-nos estranha. Sim, é estranha! Conforme lemos na Sagrada Escritura, é uma sabedoria demasiado profunda para nós, tão sublime que não temos capacidade para ela (cf. Sl 139,6).

No entanto, Deus, na sua condescendência infinita, deu-nos um sinal por excelência, um sinal para o encontrarmos. Enviou-nos o seu Filho, para nos falar, para nos dar a conhecer o próprio Pai e o seu amor por nós. Para isso, Jesus assumiu a nossa condição humana, trabalhou com mãos humanas, pensou com inteligência humana, agiu com vontade humana, amou com coração humano, tornou-se verdadeiramente um de nós e morreu por cada um de nós, para nos salvar (cf. GS22). Sentiu fome e sede, cansaço e sono, sentiu a dor e a tristeza, a alegria e a traição, a perseguição e o abandono, chorou. Porque sempre falava do Pai e com o Pai, um dia, Filipe, entusiasmado com a conversa de Jesus, saiu-se com esta: “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta!”. Disse-lhe Jesus: “Há tanto tempo que estou convosco e não me conheces, Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como dizes tu: ‘Mostra-nos o Pai!’? Não acreditas que Eu estou no Pai, e o Pai está em mim? As palavras que Eu vos digo, não as digo por mim mesmo; o Pai, que permanece em mim, realiza as suas obras. Acreditai em mim: Eu estou no Pai, e o Pai em mim. Se não, acreditai por causa das obras em si” (Jo 14, 8-11).

Cristo é, de facto, o Sinal, o Sacramento do Pai, o Filho de Deus, o Caminho a conhecer e a trilhar! Quantas vezes Ele já nos terá tocado no ombro!... Quantas vezes teremos feito de conta que não percebemos!... Adotar o conselho que a CP nos dá nas passagens de nível, pode ser um bom método para perceber os sinais que Deus nos vai dando para que não sejamos trucidados pelas rodas da vida: PARE, ESCUTE E OLHE...

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 22-05-2020.



sábado, 30 de maio de 2020






PARÓQUIAS DE NISA





Domingo, 31 de maio de 2020








Domingo de Pentecostes







DOMINGO DE PENTECOSTES

Vermelho – Ofício da solenidade. Te Deum.
+ Missa própria do dia, Glória, sequência, Credo, pf. próprio.

L 1 Act 2, 1-11; Sal 103 (104), 1ab e 24ac. 29bc-30. 31 e 34
L 2 1 Cor 12, 3b-7. 12-13
Ev Jo 20, 19-23


* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Proibidas as Missas em oratórios privados.
* Dia do Apostolado Organizado dos Leigos.
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. José Francisco Sanches Alves, Bispo Emérito de Évora (1998).
* Na Diocese do Algarve – Ofertório para a Igreja Diocesana.
* Na Diocese de Angra – Ofertório para a Acção Católica e Apostolado dos Leigos.
* Nas Dioceses de Aveiro, Braga, Lamego, Lisboa, Portalegre-Castelo Branco, Viana do Castelo e Vila Real – Ofertório para o Apostolado dos Leigos.
* Na Diocese de Bragança-Miranda – Ofertório para a Formação e Acção Pastoral dos Leigos.
* Na Diocese da Guarda – Ofertório para as Obras Diocesanas de Apostolado.
* Na Diocese do Porto – Ofertório para a Acção Pastoral Diocesana.
* Na Diocese de Viseu – Ofertório para a Acção Católica.
* Na Congregação do Espírito Santo e nas Irmãs Missionárias do Espírito Santo – Titular da Congregação.
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Ofertório para a Catequese.
* II Vésp. da solenidade – Compl. dep. II Vésp. dom.



MISSA


ANTÍFONA DE ENTRADA Sab 1, 7
O Espírito do Senhor encheu a terra inteira;
Ele, que abrange o universo, conhece toda a palavra. Aleluia.

Ou Rom 5, 5; 8, 11
O amor de Deus foi derramado em nossos corações
pelo Espírito Santo que habita em nós. Aleluia.

Diz-se o Glória.


ORAÇÃO COLECTA
Deus do universo,
que no mistério do Pentecostes santificais a Igreja
dispersa entre todos os povos e nações,
derramai sobre a terra os dons do Espírito Santo,
de modo que também hoje se renovem nos corações dos fiéis
os prodígios realizados nos primórdios da pregação do Evangelho.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Atos 2, 1-11
«Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar»



Leitura dos Atos dos Apóstolos

Quando chegou o dia de Pentecostes, os Apóstolos estavam todos reunidos no mesmo lugar. Subitamente, fez-se ouvir, vindo do Céu, um rumor semelhante a forte rajada de vento, que encheu toda a casa onde se encontravam. Viram então aparecer uma espécie de línguas de fogo, que se iam dividindo, e poisou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que se exprimissem. Residiam em Jerusalém judeus piedosos, procedentes de todas as nações que há debaixo do céu. Ao ouvir aquele ruído, a multidão reuniu-se e ficou muito admirada, pois cada qual os ouvia falar na sua própria língua. Atónitos e maravilhados, diziam: «Não são todos galileus os que estão a falar? Então, como é que os ouve cada um de nós falar na sua própria língua? Partos, medos, elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egipto e das regiões da Líbia, vizinha de Cirene, colonos de Roma, tanto judeus como prosélitos, cretenses e árabes, ouvimo-los proclamar nas nossas línguas as maravilhas de Deus».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 103 (104), 1ab e 24ac.29bc-30.31.34 (R. 30)

Refrão: Enviai, Senhor, o vosso Espírito
e renovai a face da terra
. Repete-se
Ou: Mandai, Senhor o vosso Espírito,
e renovai a terra.
Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Bendiz, ó minha alma, o Senhor.
Senhor, meu Deus, como sois grande!
Como são grandes, Senhor, as vossas obras!
A terra está cheia das vossas criaturas. Refrão

Se lhes tirais o alento, morrem
e voltam ao pó donde vieram.
Se mandais o vosso espírito, retomam a vida
e renovais a face da terra. Refrão

Glória a Deus para sempre!
Rejubile o Senhor nas suas obras.
Grato Lhe seja o meu canto
e eu terei alegria no Senhor. Refrão


LEITURA II 1 Cor 12, 3b-7.12-13
«Todos nós fomos batizados num só Espírito,
para formarmos um só Corpo»



Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios

Irmãos: Ninguém pode dizer «Jesus é o Senhor» a não ser pela ação do Espírito Santo. De facto, há diversidade de dons espirituais, mas o Espírito é o mesmo. Há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Em cada um se manifestam os dons do Espírito para o bem comum. Assim como o corpo é um só e tem muitos membros e todos os membros, apesar de numerosos, constituem um só corpo, assim também sucede com Cristo. Na verdade, todos nós – judeus e gregos, escravos e homens livres – fomos batizados num só Espírito, para constituirmos um só Corpo. E a todos nos foi dado a beber um único Espírito.

Palavra do Senhor.


SEQUÊNCIA

Vinde, ó santo Espírito,
vinde, Amor ardente,
acendei na terra
vossa luz fulgente.

Vinde, Pai dos pobres:
na dor e aflições,
vinde encher de gozo
nossos corações.

Benfeitor supremo
em todo o momento,
habitando em nós
sois o nosso alento.

Descanso na luta
e na paz encanto,
no calor sois brisa,
conforto no pranto.

Luz de santidade,
que no Céu ardeis,
abrasai as almas
dos vossos fiéis.

Sem a vossa força
e favor clemente,
nada há no homem
que seja inocente.

Lavai nossas manchas,
a aridez regai,
sarai os enfermos
e a todos salvai.

Abrandai durezas
para os caminhantes,
animai os tristes,
guiai os errantes.

Vossos sete dons
concedei à alma
do que em Vós confia:

Virtude na vida,
amparo na morte,
no Céu alegria.


ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vinde, Espírito Santo,
enchei os corações dos vossos fiéis
e acendei neles o fogo do vosso amor. Refrão


EVANGELHO Jo 20, 19-23
«Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós:
Recebei o Espírito Santo»




Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos».

Palavra da salvação.


MEDITAÇÃO

Pentecostes: dom do Espírito da luz e da libertação. O Espírito de Deus é o espírito que liberta os corações, que anima os crentes a abrir as suas comunidades, o espírito que toda a humanidade precisa. Deus oferece a luz que vem ao encontro do homem sedento de liberdade; permite que o homem tenha uma visão global, de todo o universo, levando-o a ultrapassar as fronteiras do seu pequeno mundo; Deus olha para o homem com amor enquanto cada um se vai admirando ao ver as estrelas do céu. Nesta história, Deus e o homem encontram-se neste dia de Pentecostes porque o Espírito Santo vem ao encontro das nossas aspirações mais profundas, actua em cada um, na Igreja e no mundo.

1. O Espírito actua na comunidade

– Pode perguntar-se porque é que se celebra um dia de Pentecostes se nós recebemos o dom do Espírito Santo todos os dias e em tantas ocasiões…
– É verdade! Mas, precisamos de momentos em que esta experiência tem que ser vivida e experimentada na comunidade; precisamos de nos mobilizar todos para que cresça em nós a disposição para acolher o dom que é comum a todos embora seja experimentado por cada um, pessoalmente, todos os dias…
– Foi isso que aconteceu desde o princípio: o livro dos Actos dos Apóstolos diz-nos que os apóstolos estavam todos reunidos no mesmo lugar e que uma espécie de línguas de fogo poisou sobre cada um deles… Também o Ev de João refere que os discípulos se encontravam todos na mesma casa quando Jesus se apresentou no meio deles… Hoje também voltamos todos a estar juntos na nossa casa, no mesmo lugar que nos acolhe em assembleia (como têm sido difíceis os dias de isolamento em que não pudemos juntar-nos…)
– Além disso, a experiência do Espírito Santo também acontece no primeiro dia da semana… Jesus entra, saúda os discípulos (“a paz esteja convosco”), dá-se a conhecer e dá-lhes o Espírito Santo para o perdão dos pecados…
– Eles estavam fechados, com medo, fazendo aquela experiência que nós temos feito ao longo de quase três meses por causa da pandemia do Covid-19… Tem sido difícil suportar este confinamento ainda que se compreendam as razões… É verdade que as mãos e o lado de Jesus mostram os sinais das feridas, o sofrimento e a ansiedade continuam ainda presentes, mas o dom do Espírito dá-nos confiança…
– A ressurreição de Jesus e o dom do Seu Espírito não apagam as contradições e a dificuldade de assimilar o sentido de tantos acontecimentos da história, as manchas negras do nosso caminho… Porém, a palavra de Jesus é de paz, de abertura ao mundo que nos rodeia e esta palavra capacita-nos para enfrentar realidades que nos assustam…

2. Para o serviço de todos

– Paulo, no texto da carta aos Coríntios, acentua a acção do Espírito em cada um mas, para o bem de todos… Pode haver pessoas na comunidade que sejam possuidoras de carismas, de dons próprios para o exercício de determinadas funções, mas, é o mesmo Espírito que actua em todos e, se for através de alguém em particular, deve resultar sempre a favor de todos, da comunidade…
– Mais ainda: segundo os Actos dos Apóstolos, a acção do Espírito deve ter como efeito imediato, o anúncio das maravilhas de Deus a todos os povos... Se o Espírito actua na comunidade e em determinados lugares onde a comunidade se reúne, não é para que a sua acção só se faça sentir ali… É para sair para fora e comunicar com toda a gente…
– A festa do Pentecostes não é mera recordação do que aconteceu um dia em Jerusalém quando os discípulos “foram revestidos da força do alto”… Esta festa é a celebração, em cada comunidade e em união com toda a Igreja, dos dons do Espírito Santo que nos renovam para a missão da Igreja no séc. XXI…
– A chama do círio pascal e a água com que fomos renovados no Baptismo estimulam-nos a nascer de novo, com nova fé, nova esperança, novo amor e novo entusiasmo pelo Reino…





Diz-se o Credo.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor nosso Deus,
que o Espírito Santo, segundo a promessa do vosso Filho,
nos revele plenamente o mistério deste sacrifício
e nos faça conhecer toda a verdade.
Por Nosso Senhor .


PREFÁCIO O mistério do Pentecostes

V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.

Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte.
Hoje manifestastes a plenitude do mistério pascal
e sobre os filhos de adopção,
unidos em comunhão admirável ao vosso Filho Unigénito,
derramastes o Espírito Santo,
que no princípio da Igreja nascente
revelou o conhecimento de Deus a todos os povos da terra
e uniu a diversidade das línguas na profissão duma só fé.
Por isso, na plenitude da alegria pascal,
exultam os homens por toda a terra
e com os Anjos e os Santos proclamam a vossa glória,
cantando numa só voz:
Santo, Santo, Santo..


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Actos 2, 4.11
Todos ficaram cheios do Espírito Santo
e proclamavam as maravilhas de Deus. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus,
que concedeis com abundância à vossa Igreja os dons sagrados,
conservai nela a graça que lhe destes,
para que floresça sempre em nós o dom do Espírito Santo,
e o alimento espiritual que recebemos
nos faça progredir no caminho da salvação.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.






«Oração evangélica, centrada sobre o mistério da Encarnação redentora, o Rosário é, por isso mesmo, uma prece de orientação profundamente cristológica. Na verdade, o seu elemento mais característico – a repetição litânica do “Alegra-te, Maria”– torna-se também ele louvor incessante a Cristo, objetivo último do anúncio do Anjo e da saudação da mãe do Batista: “Bendito o fruto do teu ventre” (Lc 1, 42)»



S. Paulo VI, in
S. João Paulo II
ROSARIUM VIRGINIS MARIAE , 18








ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra



LEITURAS I:






AGENDA DO DIA



09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo
10.00 horas: Missa em Arez
10.45 horas: Missa em Tolosa
11.00 horas: Missa em Nisa – Nosa Senhora da Graça
12.00 horas: Missa em Gáfete
12.00 horas: Missa em Alpalhão
12.00 horas: Oração em rede pedindo a erradicação da epidemia covid – 19
15.30 horas: Missa em Montalvão
15.30 horas: Missa no Cacheiro
15.30 horas: Missa no Arneiro
21,00 horas: Encerramento do mês de Maria em Nisa.








MAIO, MÊS DE MARIA
Terço diário

É um costume muito louvável de rezar o terço todos os dias. Sabemos todos as graças que recebemos por tão bela devoção. Desde há muito que o povo cristão se habituou a rezar o terço comunitariamente na Igreja, durante o mês de maio. Neste ano, devido ao covid-19, e por velarmos pela saúde de todos, não nos reunimos no ambiente apropriado que é a Igreja paroquial. Esperamos que, num dia muito em breve, o possamos realizar com toda a segurança. Entretanto Deus quer que valorizemos
o ambiente familiar para que, como igreja doméstica que somos, a santifiquemos com a proteção de Nossa Senhora, rezando diariamente o terço.

Para facilitar, apresentaremos diariamente ume meditação sobre os mistérios do terço. Pensamos que poderá facilitar na oração pessoal e familiar.

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DIA 31 
MISTÉRIOS GLORIOSOS


INTRODUÇÃO:

Ó Senhora da Aliança! Ó tu que guardas em teu ventre divinal o arquétipo da nova criação. Através de ti, a nova lei nos foi dada, aquela que em teu monte repousa. Ouve-se uma voz, um bater… É o Verbo de Deus! É o Senhor da terra que, com a sua inocência, nos reclama para si para sermos seu tesouro, uma nação santa. E, tal como Maria, respondemos todos com uma só voz e uma só mente: “faça-se em mim segundo a tua Palavra”. Aceitamos totalmente ser instruídos por ti, permanecer na tua presença e na tua graça pelo dom Espírito que derramaste sobre nós como naquele dia. És tu as primícias, e agora somos nós! É o tempo da colheita, por isso trago, agora, com alegria, os primeiros frutos da terra que me deste, Senhor!
 
PRIMEIRO MISTÉRIO:
RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO

Conta o Evangelho que algumas mulheres foram ao sepulcro e o encontraram vazio. Os dois anjos que lá estavam lhes perguntaram: “por que procurais entre os mortos aquele que vive? Não está aqui, Ressuscitou. Lembrai-vos de como vos falou, quando ainda estava na Galileia” (Lc 24, 6). Então elas se lembraram! Assim nós, Senhor, não esqueçamos as tuas palavras para que sejamos capazes de te encontrar na ausência aparente do nosso quotidiano.

SEGUNDO MISTÉRIO:
ASCENSÃO DE JESUS AO CÉU

Depois de os apóstolos o reconhecerem, o Senhor falou-lhes nestes termos: “Recebereis a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas” (At 1, 8). E foi arrebatado para o céu. Dai-nos, Senhor, a graça de acreditar sem ver. Abre também as nossas mentes para que possamos compreender as escrituras e, elevando os nossos corações ao céu, possamos ser tuas testemunhas até aos confins do mundo.

TERCEIRO MISTÉRIO:
DESCIDA DO ESPÍRITO SANTO SOBRE NOSSA SENHORA E OS APÓSTOLOS, REUNIDOS NO CENÁCULO

Estando todos reunidos, veio do céu um ruído que encheu toda a casa onde se encontravam. Apareceram sobre cada um deles línguas como de fogo “e todos ficaram cheios do Espírito Santo” (At 2, 4). O teu Santo Espírito, ó Deus, oriente os nossos passos nos caminhos da reconciliação e da paz, da cooperação e da fraternidade, para libertar o mundo da confusão, do nosso egoísmo e da nossa autossuficiência.

QUARTO MISTÉRIO:
ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA AO CÉU EM CORPO E ALMA

Deus, na sua bondade e sabedoria, deu a conhecer, de muitos modos, os mistérios da sua vontade. Pela efusão do Espírito Santo, fez da Igreja um povo de profetas e, com Cristo, nos fez Filhos no Filho, participantes da sua natureza divina (cf. 2Pd 1,4). Obrigado, Senhor, por revelares as verdades da fé, a nós os mais pequeninos, oferecendo-nos a Maria como mãe, modelo e protetora.

QUINTO MISTÉRIO:
COROAÇÃO DE NOSSA SENHORA, COMO RAINHA DO CÉU E DA TERRA

Maria é a Rainha da sabedoria, apontando sempre para o Rei. Ela nos diz: “fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2, 5). A ti, ó Mãe, que conheces o Filho na intimidade dos seus Palácios, nós te pedimos neste último mistério que nos ensines a ouvir o Senhor com humildade para sermos sempre fiéis à sua vontade.

PRECE:

Senhor nosso Deus, que fizeste de Maria testemunha da tua Ressurreição, a elevaste para vós em corpo e alma, a tornaste sacrário do Espírito Santo e a coroaste como rainha à vossa direita, concedei-nos a nós, vossos servos, participar um dia das mesmas alegrias e glórias. Por nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

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Proposta:
ENCERRAMENTO DO MÊS DE MARIA


FESTA DA VISITAÇÃO DE MARIA 

ENCERRAMENTO DO MÊS DE MARIA
RECEBER MARIA EM NOSSA CASA


Introdução: A presença de Maria no coração daquele que reza o Santo Rosário atrai nele a oração do Espírito Santo, como um espelho solar atrai os raios de sol e obtém uma temperatura de várias centenas de graus. Foi o que aconteceu no cenáculo quando Maria juntou a sua súplica à dos discípulos, tornando-se assim o modelo da Igreja em oração. Rezemos este rosário com essa confiança e perseverança deixando nascer em nós a vida do Espírito.

1. MARIA EM CASA DE ISABEL: Maria é portadora da alegria do Senhor e da
força do Espírito Santo

Quando Maria entrou em casa de Isabel e a cumprimentou, a velhinha ficou cheia de Espírito Santo e exclamou em alta voz: "Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto das tuas entranhas. Mas eu quem sou, para ter a graça e receber em minha casa a Mãe do meu Senhor?" (Lc 1,41-43).

Estas palavras fazem-nos pensar nas do centurião, mais tarde: - «Senhor, eu não sou digno que Tu entres em minha casa...» (Lc 7,6). Isabel recebeu Maria em sua casa. E com Maria entrou Deus encarnado e a abundância do seu Espírito.

Prece: Maria, entra em nossa Casa e abre os nossos corações à partilha da palavra e da presença de Cristo, que nos faz vibrar de alegria.

2. MARIA EM CASA DE JOSÉ: Maria é o sol da família de Nazaré

Pouco tempo depois, a Virgem viu-se no grave perigo de ser abandonada, e ficar sozinha, com o seu Menino para criar. Mas Deus interveio a seu favor, por meio do Anjo, que, em sonho, recomendou a José: «Não tenhas medo de trazer Maria para tua casa». E José, porque era um justo, e porque Deus lhe fez ver claramente que ele ainda estava no seu devido lugar, trouxe Maria para sua casa (Mt 1, 20-24). E foi muito bom para ele, para ela, para o Menino, e para nós.

Prece: Como José, acolhamos e recebamos Maria, em nossa casa, obedecer, sem reservas, à vontade de Deus e pondo Deus em tudo e sempre em primeiro lugar.

3. MARIA EM CASA DE JOÃO, O DISCÍPULO AMADO: Maria é Mãe da Humanidade inteira

Junto da cruz de Jesus agonizante, Ela estava, de novo, em perigo de ficar abandonada, sozinha, e sem o filho. E, desta vez, foi o próprio Filho de Deus moribundo que interveio, e recomendou a João: «Eis aí a tua mãe»!(Jo 19, 26-27). E João, consciente de tão grande graça e de tão grande responsabilidade, recebeu­a como sua, trouxe-a para sua casa. E todos ganharam com isso. Sobretudo ele, que recebeu assim a melhor das mães.

Prece: Que saibamos, nos momentos difíceis, dar lugar a Maria, que nos conduz sempre para o amor à cruz, para o amor até ao fim, para o amor que não acaba nunca, para o amor que é mais forte do que a morte.

4. MARIA NO CENÁCULO «EM CASA DA IGREJA»: Maria é Mãe da Igreja

«E todos unidos pelo mesmo sentimento, entregavam-se assiduamente à oração, com algumas mulheres, entre as quais, Mãe de Jesus» (Act.1, 14)

Naquela grande cidade, naquela sala emprestada, a Igreja de Deus estava para nascer. E Maria estava lá. A preparar o nascimento da Igreja, como tinha preparado o nascimento do Filho de Deus. Naquela sala da última ceia e do lava-pés e do mandamento novo, naquela sala da instituição da Eucaristia e da Oração Sacerdotal de Jesus, naquela sala em que Ele lhes prometera o Espírito, Maria orava com eles, a preparava-os para o Pentecostes.

Prece: Que a presença de Maria, na Igreja, não seja apenas uma devoção. Mas a aceitação da Mãe, que o Filho nos confia, como modelo de fé, de obediência, de serviço e de amor.

5. MARIA EM MINHA CASA ... é minha mãe

Hoje, é a mim que Jesus vem recomendar: Eis aí a tua mãe! A Senhora de trazer para casa! Fica-te, pois, com ela em tua casa, no teu lar, na tua família, no teu coração, na tua vida. Nunca te arrependerás. Lembra-te que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a tivesse trazido para casa se tivesse arrependido. Se tu trouxeres Maria para tua casa, terás contigo aquela que consigo tem o Senhor Omnipotente. Quem a recebe e acolhe em casa, recebe e acolhe Aquele que ve-la recomenda. Tragam-na para casa todos os que andarem cansados e oprimidos! Ela
lhes dará o descanso.

E que significa para mim, concretamente, trazê-La para casa? Significa tê-La presente todos os dias, na minha oração e na minha vida. Significa rezar todos os, dias a Ave-Maria. Significa regressar ao salutar costume do rosário diariamente rezado em família. Significa levantar-lhe, em qualquer canto da casa, um pequenino oratória, onde alguma sua imagem devota me recorde todos os dias que Jesus me entregou sua própria mãe e me recomendou que a tivesse comigo em casa, como a mais excelente bênção de Deus.
Prece: Que a imagem de Maria, em nossa casa, não seja apenas uma recordação piedosa, mas o sinal que nos convoca e nos provoca à comunhão com Cristo e com a Igreja.
Preces finais

Presidente- Ao Teu coração materno, Senhora, queremos hoje confiar os nossos anseios e as nossas inquietações e as do nosso mundo, com a invocação que em Fátima, fez ressoar o São João Paulo II: R. Mostra que és nossa Mãe!

Leitor: - Mãe das crianças: como o foste de Jesus menino, ajudando-as a crescer em idade, sabedoria e graça! R. Mostra que és nossa Mãe!

Leitor: - Mãe dos jovens: que pelo testemunho da beleza da tua humanidade e da tua fé possam descobrir o encanto e a beleza da vida com Cristo! R. Mostra que és nossa Mãe!

Leitor: - Mãe dos lares e das famílias, a quem chamas a redescobrir a beleza do seu amor. Faz que ele se torne mais forte que toda a fraqueza e toda a crise! R. Mostra que és nossa Mãe!

Leitor: - Mãe dos doentes e dos idosos: pela constante proteção nos seus sofrimentos e na solidão, sê para eles Consoladora dos aflitos! R. Mostra que és nossa Mãe!

Leitor: - Mãe da nossa fé: que nos dás a conhecer Jesus, bendito fruto do teu ventre, e nos  convidas a acolhê-Lo com a alegria e a prontidão do teu "sim"! R. Mostra que és nossa Mãe!

Leitor: - Mãe da Igreja, humanamente limitada e pobre, santa e pecadora, mas empenhada  como Tu em abandonar-se à ação do Espírito que a santifica, renova e embeleza, para que deixe transparecer a beleza do rosto de Cristo no mundo! R. Mostra que és nossa Mãe!

Leitor: - Mãe dos pobres, que recordas ao Pai na oração do Magnificat, dos humilhados e  ofendidos na sua dignidade, dos que não encontram trabalho, nem casa, nem pão... Que vejam reconhecida a sua dignidade! R. Mostra que és nossa Mãe!

Leitor: - Mãe do nosso mundo, mãe da grande família humana, Mãe dos povos, no início,  deste milénio, tão ameaçados por divisões e confrontos, por ódios, rancores,  vinganças e terrorismos. Caminha com os povos para o diálogo das culturas e das religiões, para a solidariedade e para o amor! R. Mostra que és nossa Mãe!

Leitor: - Mãe, particularmente, dos povos do Médio Oriente, tão martirizados pela violência e pela guerra. Sê para eles Mãe do perpétuo socorro e Rainha da paz! R. Mostra que és nossa Mãe!

Presidente - Sim, continua a mostrar-te Mãe para todos, porque o nosso mundo tem necessidade de Ti, Mãe da divina misericórdia, Mãe da consolação, da esperança e da paz! Vela por nós, filhos teus, Mãe de Jesus, nosso Bem, Tu podes, és Mãe de Deus, Tu deves, és nossa Mãe!

CONSAGRAÇÃO DAS FAMÍLIAS A MARIA
SANTA MARIA DE TODAS AS IDADES

Hoje quero recordar-Te a Ti, Santa Maria sem fronteiras, que acompanhas o homem em todas as idades, do berço à morte, como mãe sempre fecunda.

Rezar-Te a Ti, Santa Maria das crianças. Que nos acompanhaste quando mal balbuciávamos pela primeira vez as tuas ave­marias. Tu, que um dia cuidaste do menino Jesus, cuida hoje dos nossos filhos, dá-lhes o gozo inextinguível de se sentirem amados, o pão da ternura, a graça de uma casa sem fendas, a luz de uma esperança no futuro.

E Tu, Santa Maria dos adolescentes, que, com catorze anos, penetraste no abismo de ser mãe de Deus e tiveste a audácia de dizer «SIM» ao céu, dá hoje aos nossos rapazes e raparigas a coragem de serem jovens a sério, a força para tomarem as suas vidas com ambas as mãos, sem desperdiçarem a sua juventude, sem perderem, no meio de ruídos e ilusões, o vulcão vivo do seu coração.

E Tu, Santa Maria da Juventude, que soubeste, sem dúvida mais do que ninguém, que ter a alma cheia é enchê-la de Deus, concede a tantos jovens o dom de descobrirem que o reino dos céus está dentro deles, que a alegria não se vende nos mercados deste mundo, que não têm direito a desperdiçar a alma, que é preciso encher a vida como Tu encheste a tua.

E a Ti, Santa Maria da idade madura, que conheceste o medo e a angústia e o pranto e que também bebeste até à última gota a solidão, a Ti pedimos hoje por quantos veem frustrado o fruto dos seus anos, e chegam, mais do que à maturidade, à amargura de se sentirem vencidos. Ajuda a quantos veem os seus filhos perdidos, Tu, que perdeste o teu. Ampara quantos caem sob as injustiças, Tu, que foste testemunha da maior de todas.

E Tu, Santa Maria da Terceira Idade, que perdeste na terra os melhores tesouros que o mundo conheceu, um esposo como foi José, um Filho como Jesus, lembra-Te, Senhora, de todos os anciãos que foram perdendo os seus entes queridos foram ficando sós, num mundo vazio, como um dia sucedeu contigo nesta terra, sem José e sem Jesus. Descobre-lhes a eles a luz da esperança, mostra-lhes o caminho que conduz ao abraço com tudo o que se perdeu, o caminho que tu percorreste na tarde daquele dia glorioso da tua assunção ao Céu!

(J.L.MARTIN DESCALZO, Maria de Nazaré, Ed. Missões, Cucujães, 2000, 118- 120).






A VOZ DO PASTOR


MÉDICOS EM TERAPIA HÁ MUITO TESTADA

Sejam quais forem as ferramentas que cada pessoa tem de usar no seu trabalho, desde o delicado bisturi ao pincel, do teclado ao tubo de ensaio, do pensamento à vassoura de rua, dos telescópios às panelas da cozinha, da máscara de carnaval à da pandemia (e mais pode acrescentar o leitor!...), seja qual for essa ferramenta, será bom aceitar o conselho de Anselmo de Cantuária: “Ó homem, deixa um momento as tuas ocupações habituais. Entra um instante em ti mesmo, longe do tumulto dos teus pensamentos. Põe de parte os cuidados que te apoquentam e liberta-te agora das inquietações que te absorvem. Entrega-te uns momentos a Deus, descansa por algum tempo na sua presença. Entra no íntimo da tua alma. Remove tudo, exceto Deus e o que te possa ajudar a procurá-lo no silêncio”.

Este autor do século XI aconselha o homem a pedir a Deus que ensine o seu coração a saber onde e como o procurar e encontrar. E coloca o homem a fazer perguntas para saber quem o poderá ajudar, como, com que sinais, com que aspeto poderá ele encontrar Deus!

Li, há dias, no “Ecos do Sameiro”, o testemunho de um jovem médico da Lombardia, Julian Urban, de 38 anos, um dos testemunhos compilados por Gianni Giardinelli, e que, com a devida vénia, aqui transcrevo. Diz ele: “Nunca, nos meus piores pesadelos, eu imaginei ter uma experiência como a que estou a ter, nas últimas semanas, no hospital onde trabalho. O pesadelo continua – o rio está cada vez mais caudaloso. No princípio vieram alguns pacientes, depois, dezenas – por fim, centenas. Neste momento já não somos mais médicos: tornámo-nos uma espécie de ‘classificadores’ na ‘linha de montagem’, decidindo quem vive e quem é enviado para casa para morrer – mesmo aqueles que durante toda a sua vida pagaram os seus impostos ao Estado italiano. Até há duas semanas atrás, eu e os meus colegas éramos ateus; isso era o mais normal, pois como médicos aprendemos que a ciência exclui a presença de Deus. Sempre trocei do facto de os meus pais irem à Igreja. Um pastor, já idoso, de 75 anos, veio ter connosco há 9 dias atrás, era um homem afável, de modos gentis e estava com sérias dificuldades em respirar, mas trazia uma Bíblia consigo e ficámos impressionados com ele ao lê-la aos moribundos, segurando-lhes as mãos. Estávamos todos cansados, desencorajados, física e mentalmente exaustos, quando, finalmente, tivemos tempo para o ouvir. Agora, temos de admitir: como seres humanos chegámos ao limite, não podemos fazer mais – mas as pessoas estão a morrer diariamente, e cada vez mais. E estamos exaustos: dois dos nossos colegas já morreram e há outros que estão infetados. Chegámos à conclusão de que o que quer que seja que o homem pode fazer, precisamos de Deus – e começamos a pedir-Lhe ajuda, sempre que temos alguns minutos disponíveis. Falamos uns com os outros e é incrível como nós, ateus empedernidos, estamos agora diariamente em busca da nossa paz, pedindo ao Senhor para nos ajudar a resistir, a fim de podermos cuidar dos doentes. Ontem, o idoso Pastor de 75 anos morreu – e apesar de termos tido mais de 120 mortes aqui, nas últimas semanas, e estarmos todos exaustos, destruídos, aquele Pastor trouxe-nos paz como nós nunca pensámos ter nesta altura, apesar das nossas condições e dificuldades. O Pastor partiu para estar com o Senhor e bem depressa nós iremos também, seguindo-o se as coisas continuarem como até aqui. Há seis dias que não vou a casa; nem sei quando comi pela última vez e estou a tomar consciência da minha ociosidade na terra. Quero dedicar o meu último sopro de vida a ajudar o meu próximo. Estou feliz porque me voltei para Deus, novamente, rodeado do sofrimento e da morte dos meus concidadãos”. 

Eis um exemplo, um sinal, um aspeto pelo qual podemos encontrar Deus. Ele serve-se de tudo para que o possamos encontrar!... É particularmente sensível à vida humana, sejam quais forem os seus caminhos, êxitos e fracassos. Conhece-nos, chama-nos pelo nome, dá ânimo ao cansado e firmeza ao enfraquecido, estende-nos a mão mas sem nos obrigar a que Lhe dêmos a nossa. Porque respeita a liberdade de cada um e cada um nem sempre a sabe usar, o bem e o mal coexistem, o trigo e o joio crescem juntos, lado a lado, até à ceifa (cf. Mt13,24-30). E, se, porventura, nos parece que o mal e o joio predominam, isso não acontece porque Deus é indiferente ou nos abandona. Acontece, sim, porque nós o abandonamos, porque entendemos que a liberdade é fazer o que quero, o que me dá na gana,  e não fazer o que devo. Deus não nos esquece, não foge nem se esconde, acompanha-nos, respeitando a nossa liberdade, tantas vezes confundida com libertinagem! Esta atitude de Deus parece-nos estranha. Sim, é estranha! Conforme lemos na Sagrada Escritura, é uma sabedoria demasiado profunda para nós, tão sublime que não temos capacidade para ela (cf. Sl 139,6).

No entanto, Deus, na sua condescendência infinita, deu-nos um sinal por excelência, um sinal para o encontrarmos. Enviou-nos o seu Filho, para nos falar, para nos dar a conhecer o próprio Pai e o seu amor por nós. Para isso, Jesus assumiu a nossa condição humana, trabalhou com mãos humanas, pensou com inteligência humana, agiu com vontade humana, amou com coração humano, tornou-se verdadeiramente um de nós e morreu por cada um de nós, para nos salvar (cf. GS22). Sentiu fome e sede, cansaço e sono, sentiu a dor e a tristeza, a alegria e a traição, a perseguição e o abandono, chorou. Porque sempre falava do Pai e com o Pai, um dia, Filipe, entusiasmado com a conversa de Jesus, saiu-se com esta: “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta!”. Disse-lhe Jesus: “Há tanto tempo que estou convosco e não me conheces, Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como dizes tu: ‘Mostra-nos o Pai!’? Não acreditas que Eu estou no Pai, e o Pai está em mim? As palavras que Eu vos digo, não as digo por mim mesmo; o Pai, que permanece em mim, realiza as suas obras. Acreditai em mim: Eu estou no Pai, e o Pai em mim. Se não, acreditai por causa das obras em si” (Jo 14, 8-11).

Cristo é, de facto, o Sinal, o Sacramento do Pai, o Filho de Deus, o Caminho a conhecer e a trilhar! Quantas vezes Ele já nos terá tocado no ombro!... Quantas vezes teremos feito de conta que não percebemos!... Adotar o conselho que a CP nos dá nas passagens de nível, pode ser um bom método para perceber os sinais que Deus nos vai dando para que não sejamos trucidados pelas rodas da vida: PARE, ESCUTE E OLHE...

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 22-05-2020.