PARÓQUIAS
DE NISA
Domingo,
31 de maio de 2020
Domingo de Pentecostes
DOMINGO
DE PENTECOSTES
Vermelho – Ofício da solenidade. Te
Deum.
+ Missa própria do dia, Glória, sequência, Credo, pf. próprio.
L 1 Act 2, 1-11; Sal 103 (104), 1ab e
24ac. 29bc-30. 31 e 34
L 2 1 Cor 12, 3b-7. 12-13
Ev Jo 20, 19-23
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Proibidas as Missas em oratórios privados.
* Dia do Apostolado Organizado dos Leigos.
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. José Francisco Sanches Alves, Bispo
Emérito de Évora (1998).
* Na Diocese do Algarve – Ofertório para a Igreja Diocesana.
* Na Diocese de Angra – Ofertório para a Acção Católica e Apostolado dos
Leigos.
* Nas Dioceses de Aveiro, Braga, Lamego, Lisboa, Portalegre-Castelo Branco,
Viana do Castelo e Vila Real – Ofertório para o Apostolado dos Leigos.
* Na Diocese de Bragança-Miranda – Ofertório para a Formação e Acção Pastoral
dos Leigos.
* Na Diocese da Guarda – Ofertório para as Obras Diocesanas de Apostolado.
* Na Diocese do Porto – Ofertório para a Acção Pastoral Diocesana.
* Na Diocese de Viseu – Ofertório para a Acção Católica.
* Na Congregação do Espírito Santo e nas Irmãs Missionárias do Espírito Santo –
Titular da Congregação.
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Ofertório para a Catequese.
* II Vésp. da solenidade – Compl. dep. II Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Sab 1, 7
O Espírito do Senhor encheu a terra inteira;
Ele, que abrange o universo, conhece toda a palavra. Aleluia.
Ou Rom 5, 5; 8, 11
O amor de Deus foi derramado em nossos corações
pelo Espírito Santo que habita em nós. Aleluia.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Deus do universo,
que no mistério do Pentecostes santificais a Igreja
dispersa entre todos os povos e nações,
derramai sobre a terra os dons do Espírito Santo,
de modo que também hoje se renovem nos corações dos fiéis
os prodígios realizados nos primórdios da pregação do Evangelho.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 2, 1-11
«Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar»
Leitura dos Atos
dos Apóstolos
Quando chegou o dia de Pentecostes, os Apóstolos estavam todos reunidos no mesmo
lugar. Subitamente, fez-se ouvir, vindo do Céu, um rumor semelhante a forte
rajada de vento, que encheu toda a casa onde se encontravam. Viram então
aparecer uma espécie de línguas de fogo, que se iam dividindo, e poisou uma
sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar
outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que se exprimissem. Residiam
em Jerusalém judeus piedosos, procedentes de todas as nações que há debaixo do
céu. Ao ouvir aquele ruído, a multidão reuniu-se e ficou muito admirada, pois
cada qual os ouvia falar na sua própria língua. Atónitos e maravilhados,
diziam: «Não são todos galileus os que estão a falar? Então, como é que os ouve
cada um de nós falar na sua própria língua? Partos, medos, elamitas, habitantes
da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da
Panfília, do Egipto e das regiões da Líbia, vizinha de Cirene, colonos de Roma,
tanto judeus como prosélitos, cretenses e árabes, ouvimo-los proclamar nas
nossas línguas as maravilhas de Deus».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 103 (104), 1ab e 24ac.29bc-30.31.34
(R. 30)
Refrão: Enviai, Senhor, o vosso Espírito
e renovai a face da terra. Repete-se
Ou: Mandai, Senhor o vosso Espírito,
e renovai a terra. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Bendiz, ó minha alma, o Senhor.
Senhor, meu Deus, como sois grande!
Como são grandes, Senhor, as vossas obras!
A terra está cheia das vossas criaturas. Refrão
Se lhes tirais o alento, morrem
e voltam ao pó donde vieram.
Se mandais o vosso espírito, retomam a vida
e renovais a face da terra. Refrão
Glória a Deus para sempre!
Rejubile o Senhor nas suas obras.
Grato Lhe seja o meu canto
e eu terei alegria no Senhor. Refrão
LEITURA II 1 Cor 12, 3b-7.12-13
«Todos nós fomos batizados num só Espírito,
para formarmos um só Corpo»
Leitura da
Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
Irmãos: Ninguém pode dizer «Jesus é o Senhor» a não ser pela ação do Espírito
Santo. De facto, há diversidade de dons espirituais, mas o Espírito é o mesmo.
Há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diversas operações,
mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Em cada um se manifestam os dons do
Espírito para o bem comum. Assim como o corpo é um só e tem muitos membros e
todos os membros, apesar de numerosos, constituem um só corpo, assim também
sucede com Cristo. Na verdade, todos nós – judeus e gregos, escravos e homens
livres – fomos batizados num só Espírito, para constituirmos um só Corpo. E a
todos nos foi dado a beber um único Espírito.
Palavra do Senhor.
SEQUÊNCIA
Vinde, ó santo Espírito,
vinde, Amor ardente,
acendei na terra
vossa luz fulgente.
Vinde, Pai dos pobres:
na dor e aflições,
vinde encher de gozo
nossos corações.
Benfeitor supremo
em todo o momento,
habitando em nós
sois o nosso alento.
Descanso na luta
e na paz encanto,
no calor sois brisa,
conforto no pranto.
Luz de santidade,
que no Céu ardeis,
abrasai as almas
dos vossos fiéis.
Sem a vossa força
e favor clemente,
nada há no homem
que seja inocente.
Lavai nossas manchas,
a aridez regai,
sarai os enfermos
e a todos salvai.
Abrandai durezas
para os caminhantes,
animai os tristes,
guiai os errantes.
Vossos sete dons
concedei à alma
do que em Vós confia:
Virtude na vida,
amparo na morte,
no Céu alegria.
ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vinde, Espírito Santo,
enchei os corações dos vossos fiéis
e acendei neles o fogo do vosso amor. Refrão
EVANGELHO Jo 20, 19-23
«Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós:
Recebei o Espírito Santo»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa
onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus,
apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto,
mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem
o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me
enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes:
«Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão
perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos».
Palavra da salvação.
MEDITAÇÃO
Pentecostes: dom do Espírito da luz e da libertação. O Espírito de Deus é o
espírito que liberta os corações, que anima os crentes a abrir as suas
comunidades, o espírito que toda a humanidade precisa. Deus oferece a luz que
vem ao encontro do homem sedento de liberdade; permite que o homem tenha uma
visão global, de todo o universo, levando-o a ultrapassar as fronteiras do seu
pequeno mundo; Deus olha para o homem com amor enquanto cada um se vai
admirando ao ver as estrelas do céu. Nesta história, Deus e o homem
encontram-se neste dia de Pentecostes porque o Espírito Santo vem ao encontro
das nossas aspirações mais profundas, actua em cada um, na Igreja e no mundo.
1. O Espírito actua na comunidade
– Pode perguntar-se porque é que se celebra um dia de Pentecostes se nós
recebemos o dom do Espírito Santo todos os dias e em tantas ocasiões…
– É verdade! Mas, precisamos de momentos em que esta experiência tem que ser
vivida e experimentada na comunidade; precisamos de nos mobilizar todos para
que cresça em nós a disposição para acolher o dom que é comum a todos embora
seja experimentado por cada um, pessoalmente, todos os dias…
– Foi isso que aconteceu desde o princípio: o livro dos Actos dos Apóstolos
diz-nos que os apóstolos estavam todos reunidos no mesmo lugar e que uma
espécie de línguas de fogo poisou sobre cada um deles… Também o Ev de João
refere que os discípulos se encontravam todos na mesma casa quando Jesus se
apresentou no meio deles… Hoje também voltamos todos a estar juntos na nossa
casa, no mesmo lugar que nos acolhe em assembleia (como têm sido difíceis os
dias de isolamento em que não pudemos juntar-nos…)
– Além disso, a experiência do Espírito Santo também acontece no primeiro dia
da semana… Jesus entra, saúda os discípulos (“a paz esteja convosco”), dá-se a
conhecer e dá-lhes o Espírito Santo para o perdão dos pecados…
– Eles estavam fechados, com medo, fazendo aquela experiência que nós temos
feito ao longo de quase três meses por causa da pandemia do Covid-19… Tem sido
difícil suportar este confinamento ainda que se compreendam as razões… É
verdade que as mãos e o lado de Jesus mostram os sinais das feridas, o
sofrimento e a ansiedade continuam ainda presentes, mas o dom do Espírito
dá-nos confiança…
– A ressurreição de Jesus e o dom do Seu Espírito não apagam as contradições e
a dificuldade de assimilar o sentido de tantos acontecimentos da história, as
manchas negras do nosso caminho… Porém, a palavra de Jesus é de paz, de
abertura ao mundo que nos rodeia e esta palavra capacita-nos para enfrentar
realidades que nos assustam…
2. Para o serviço de todos
– Paulo, no texto da carta aos Coríntios, acentua a acção do Espírito em cada
um mas, para o bem de todos… Pode haver pessoas na comunidade que sejam
possuidoras de carismas, de dons próprios para o exercício de determinadas
funções, mas, é o mesmo Espírito que actua em todos e, se for através de alguém
em particular, deve resultar sempre a favor de todos, da comunidade…
– Mais ainda: segundo os Actos dos Apóstolos, a acção do Espírito deve ter como
efeito imediato, o anúncio das maravilhas de Deus a todos os povos... Se o
Espírito actua na comunidade e em determinados lugares onde a comunidade se
reúne, não é para que a sua acção só se faça sentir ali… É para sair para fora
e comunicar com toda a gente…
– A festa do Pentecostes não é mera recordação do que aconteceu um dia em
Jerusalém quando os discípulos “foram revestidos da força do alto”… Esta festa
é a celebração, em cada comunidade e em união com toda a Igreja, dos dons do
Espírito Santo que nos renovam para a missão da Igreja no séc. XXI…
– A chama do círio pascal e a água com que fomos renovados no Baptismo
estimulam-nos a nascer de novo, com nova fé, nova esperança, novo amor e novo
entusiasmo pelo Reino…
Diz-se o Credo.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor nosso Deus,
que o Espírito Santo, segundo a promessa do vosso Filho,
nos revele plenamente o mistério deste sacrifício
e nos faça conhecer toda a verdade.
Por Nosso Senhor .
PREFÁCIO O mistério do Pentecostes
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.
Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte.
Hoje manifestastes a plenitude do mistério pascal
e sobre os filhos de adopção,
unidos em comunhão admirável ao vosso Filho Unigénito,
derramastes o Espírito Santo,
que no princípio da Igreja nascente
revelou o conhecimento de Deus a todos os povos da terra
e uniu a diversidade das línguas na profissão duma só fé.
Por isso, na plenitude da alegria pascal,
exultam os homens por toda a terra
e com os Anjos e os Santos proclamam a vossa glória,
cantando numa só voz:
Santo, Santo, Santo..
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Actos 2, 4.11
Todos ficaram cheios do Espírito Santo
e proclamavam as maravilhas de Deus. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus,
que concedeis com abundância à vossa Igreja os dons sagrados,
conservai nela a graça que lhe destes,
para que floresça sempre em nós o dom do Espírito Santo,
e o alimento espiritual que recebemos
nos faça progredir no caminho da salvação.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Oração evangélica, centrada sobre o
mistério da Encarnação redentora, o Rosário é, por isso mesmo, uma prece
de orientação profundamente cristológica. Na verdade, o seu elemento mais
característico – a repetição litânica do “Alegra-te, Maria”– torna-se
também ele louvor incessante a Cristo, objetivo último do anúncio do Anjo e da
saudação da mãe do Batista: “Bendito o fruto do teu ventre” (Lc 1, 42)»
S. Paulo VI, in
S. João Paulo II
ROSARIUM VIRGINIS MARIAE , 18
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS I:
AGENDA DO DIA
09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo
10.00 horas: Missa em Arez
10.45 horas: Missa em Tolosa
11.00 horas: Missa em Nisa – Nosa Senhora da
Graça
12.00 horas: Missa em Gáfete
12.00 horas: Missa em Alpalhão
12.00 horas: Oração em rede pedindo a erradicação da epidemia covid – 19
15.30 horas: Missa em Montalvão
15.30 horas: Missa no Cacheiro
15.30 horas: Missa no Arneiro
21,00 horas: Encerramento do mês de Maria em
Nisa.
MAIO, MÊS DE MARIA
Terço diário
É um costume muito
louvável de rezar o terço todos os dias. Sabemos todos as graças que recebemos
por tão bela devoção. Desde há muito que o povo cristão se habituou a rezar o
terço comunitariamente na Igreja, durante o mês de maio. Neste ano, devido ao
covid-19, e por velarmos pela saúde de todos, não nos reunimos no ambiente
apropriado que é a Igreja paroquial. Esperamos que, num dia muito em breve, o
possamos realizar com toda a segurança. Entretanto Deus quer que valorizemos
o ambiente familiar para que, como igreja
doméstica que somos, a santifiquemos com a proteção de Nossa Senhora, rezando
diariamente o terço.
Para facilitar, apresentaremos diariamente ume
meditação sobre os mistérios do terço. Pensamos que poderá facilitar na oração
pessoal e familiar.
____________________________________
DIA 31
MISTÉRIOS GLORIOSOS
INTRODUÇÃO:
Ó Senhora da Aliança! Ó tu que guardas
em teu ventre divinal o arquétipo da nova criação. Através de ti, a nova lei
nos foi dada, aquela que em teu monte repousa. Ouve-se uma voz, um bater… É o
Verbo de Deus! É o Senhor da terra que, com a sua inocência, nos reclama para
si para sermos seu tesouro, uma nação santa. E, tal como Maria, respondemos
todos com uma só voz e uma só mente: “faça-se
em mim segundo a tua Palavra”. Aceitamos totalmente ser instruídos por ti,
permanecer na tua presença e na tua graça pelo dom Espírito que derramaste
sobre nós como naquele dia. És tu as primícias, e agora somos nós! É o tempo da
colheita, por isso trago, agora, com alegria, os primeiros frutos da terra que
me deste, Senhor!
PRIMEIRO
MISTÉRIO:
RESSURREIÇÃO
DE JESUS CRISTO
Conta o Evangelho que algumas mulheres
foram ao sepulcro e o encontraram vazio. Os dois anjos que lá estavam lhes
perguntaram: “por que procurais entre os
mortos aquele que vive? Não está aqui, Ressuscitou. Lembrai-vos de como vos
falou, quando ainda estava na Galileia” (Lc 24, 6). Então elas se
lembraram! Assim nós, Senhor, não esqueçamos as tuas palavras para que sejamos
capazes de te encontrar na ausência aparente do nosso quotidiano.
SEGUNDO
MISTÉRIO:
ASCENSÃO
DE JESUS AO CÉU
Depois de os apóstolos o reconhecerem, o
Senhor falou-lhes nestes termos: “Recebereis
a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas”
(At 1, 8). E foi arrebatado para o céu. Dai-nos, Senhor, a graça de
acreditar sem ver. Abre também as nossas mentes para que possamos compreender
as escrituras e, elevando os nossos corações ao céu, possamos ser tuas
testemunhas até aos confins do mundo.
TERCEIRO
MISTÉRIO:
DESCIDA
DO ESPÍRITO SANTO SOBRE NOSSA SENHORA E OS APÓSTOLOS, REUNIDOS NO CENÁCULO
Estando todos reunidos, veio do céu um
ruído que encheu toda a casa onde se encontravam. Apareceram sobre cada um
deles línguas como de fogo “e todos
ficaram cheios do Espírito Santo” (At 2, 4). O teu Santo Espírito, ó Deus,
oriente os nossos passos nos caminhos da reconciliação e da paz, da cooperação
e da fraternidade, para libertar o mundo da confusão, do nosso egoísmo e da
nossa autossuficiência.
QUARTO
MISTÉRIO:
ASSUNÇÃO
DE NOSSA SENHORA AO CÉU EM CORPO E ALMA
Deus,
na sua bondade e sabedoria, deu a conhecer, de muitos modos, os mistérios da
sua vontade. Pela efusão do Espírito Santo, fez da Igreja um povo de profetas
e, com Cristo, nos fez Filhos no Filho, participantes da sua natureza divina
(cf. 2Pd 1,4). Obrigado, Senhor, por revelares as
verdades da fé, a nós os mais pequeninos, oferecendo-nos a Maria como mãe,
modelo e protetora.
QUINTO
MISTÉRIO:
COROAÇÃO
DE NOSSA SENHORA, COMO RAINHA DO CÉU E DA TERRA
Maria é a Rainha da sabedoria, apontando
sempre para o Rei. Ela nos diz: “fazei
tudo o que ele vos disser” (Jo 2, 5). A ti, ó Mãe, que conheces o Filho na
intimidade dos seus Palácios, nós te pedimos neste último mistério que nos
ensines a ouvir o Senhor com humildade para sermos sempre fiéis à sua vontade.
PRECE:
Senhor nosso Deus, que fizeste de Maria
testemunha da tua Ressurreição, a elevaste para vós em corpo e alma, a tornaste
sacrário do Espírito Santo e a coroaste como rainha à vossa direita,
concedei-nos a nós, vossos servos, participar um dia das mesmas alegrias e
glórias. Por nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.
***********************
Proposta:
ENCERRAMENTO DO MÊS DE MARIA
FESTA DA
VISITAÇÃO DE MARIA
ENCERRAMENTO DO MÊS DE MARIA
RECEBER MARIA EM NOSSA CASA
Introdução:
A presença de Maria no coração daquele que reza o Santo Rosário atrai nele a
oração do Espírito Santo, como um espelho solar atrai os raios de sol e obtém
uma temperatura de várias centenas de graus. Foi o que aconteceu no cenáculo
quando Maria juntou a sua súplica à dos discípulos, tornando-se assim o modelo
da Igreja em oração. Rezemos este rosário com essa confiança e perseverança
deixando nascer em nós a vida do Espírito.
1.
MARIA EM CASA DE ISABEL: Maria é portadora da alegria do Senhor e da
força
do Espírito Santo
Quando Maria entrou em casa de Isabel e
a cumprimentou, a velhinha ficou cheia de Espírito Santo e exclamou em alta
voz: "Bendita és tu entre as
mulheres, e bendito é o fruto das tuas entranhas. Mas eu quem sou, para ter a
graça e receber em minha casa a Mãe do meu Senhor?" (Lc 1,41-43).
Estas palavras fazem-nos pensar nas do
centurião, mais tarde: - «Senhor, eu não
sou digno que Tu entres em minha casa...» (Lc 7,6). Isabel recebeu Maria em
sua casa. E com Maria entrou Deus encarnado e a abundância do seu Espírito.
Prece:
Maria, entra em nossa Casa e abre os
nossos corações à partilha da palavra e da presença de Cristo, que nos faz
vibrar de alegria.
2.
MARIA EM CASA DE JOSÉ: Maria é o sol da família de Nazaré
Pouco tempo depois, a Virgem viu-se no
grave perigo de ser abandonada, e ficar sozinha, com o seu Menino para criar.
Mas Deus interveio a seu favor, por meio do Anjo, que, em sonho, recomendou a
José: «Não tenhas medo de trazer Maria
para tua casa». E José, porque era um justo, e porque Deus lhe fez ver
claramente que ele ainda estava no seu devido lugar, trouxe Maria para sua casa
(Mt 1, 20-24). E foi muito bom para ele, para ela, para o Menino, e para nós.
Prece:
Como José, acolhamos e recebamos Maria,
em nossa casa, obedecer,
sem reservas, à vontade de Deus e pondo Deus em tudo e sempre em primeiro
lugar.
3. MARIA EM CASA DE JOÃO, O
DISCÍPULO AMADO: Maria é Mãe da Humanidade inteira
Junto da cruz de Jesus agonizante, Ela
estava, de novo, em perigo de ficar abandonada, sozinha, e sem o filho. E,
desta vez, foi o próprio Filho de Deus moribundo que interveio, e recomendou a
João: «Eis aí a tua mãe»!(Jo 19,
26-27). E João, consciente de tão grande graça e de tão grande
responsabilidade, recebeua como sua, trouxe-a para sua casa. E todos ganharam
com isso. Sobretudo ele, que recebeu assim a melhor das mães.
Prece: Que saibamos, nos momentos
difíceis, dar lugar a Maria, que nos conduz sempre para o amor à cruz, para o
amor até ao fim, para o amor que não acaba nunca, para o amor que é mais forte
do que a morte.
4.
MARIA NO CENÁCULO «EM CASA DA IGREJA»: Maria é Mãe da Igreja
«E
todos unidos pelo mesmo sentimento, entregavam-se assiduamente à oração, com
algumas mulheres, entre as quais, Mãe de Jesus» (Act.1,
14)
Naquela grande cidade, naquela sala
emprestada, a Igreja de Deus estava para nascer. E Maria estava lá. A preparar
o nascimento da Igreja, como tinha preparado o nascimento do Filho de Deus.
Naquela sala da última ceia e do lava-pés e do mandamento novo, naquela sala da
instituição da Eucaristia e da Oração Sacerdotal de Jesus, naquela sala em que
Ele lhes prometera o Espírito, Maria orava com eles, a preparava-os para o
Pentecostes.
Prece: Que a presença de Maria, na
Igreja, não seja apenas uma devoção. Mas a aceitação da Mãe, que o Filho nos
confia, como modelo de fé, de obediência, de serviço e de amor.
5.
MARIA EM MINHA CASA ... é minha mãe
Hoje, é a mim que Jesus vem recomendar:
Eis aí a tua mãe! A Senhora de trazer para casa! Fica-te, pois, com ela em tua
casa, no teu lar, na tua família, no teu coração, na tua vida. Nunca te
arrependerás. Lembra-te que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a
tivesse trazido para casa se tivesse arrependido. Se tu trouxeres Maria para
tua casa, terás contigo aquela que consigo tem o Senhor Omnipotente. Quem a
recebe e acolhe em casa, recebe e acolhe Aquele que ve-la recomenda. Tragam-na
para casa todos os que andarem cansados e oprimidos! Ela
lhes dará o descanso.
E que significa para mim, concretamente,
trazê-La para casa? Significa tê-La presente todos os dias, na minha oração e
na minha vida. Significa rezar todos os, dias a Ave-Maria. Significa regressar
ao salutar costume do rosário diariamente rezado em família. Significa
levantar-lhe, em qualquer canto da casa, um pequenino oratória, onde alguma sua
imagem devota me recorde todos os dias que Jesus me entregou sua própria mãe e
me recomendou que a tivesse comigo em casa, como a mais excelente bênção de
Deus.
Prece: Que a imagem de Maria, em nossa
casa, não seja apenas uma recordação piedosa, mas o sinal que nos convoca e nos
provoca à comunhão com Cristo e com a Igreja.
Preces finais
Presidente-
Ao Teu coração materno, Senhora, queremos hoje confiar os nossos anseios e as
nossas inquietações e as do nosso mundo, com a invocação que em Fátima, fez
ressoar o São João Paulo II: R. Mostra
que és nossa Mãe!
Leitor: - Mãe das crianças: como o foste
de Jesus menino, ajudando-as a crescer em idade, sabedoria e graça! R. Mostra que és nossa Mãe!
Leitor: - Mãe dos jovens: que pelo
testemunho da beleza da tua humanidade e da tua fé possam descobrir o encanto e
a beleza da vida com Cristo! R. Mostra
que és nossa Mãe!
Leitor: - Mãe dos lares e das famílias, a
quem chamas a redescobrir a beleza do seu amor. Faz que ele se torne mais forte
que toda a fraqueza e toda a crise! R.
Mostra que és nossa Mãe!
Leitor: - Mãe dos doentes e dos idosos:
pela constante proteção nos seus sofrimentos e na solidão, sê para eles
Consoladora dos aflitos! R. Mostra que
és nossa Mãe!
Leitor: - Mãe da nossa fé: que nos dás a
conhecer Jesus, bendito fruto do teu ventre, e nos convidas a acolhê-Lo com a alegria e a
prontidão do teu "sim"! R.
Mostra que és nossa Mãe!
Leitor: - Mãe da Igreja, humanamente
limitada e pobre, santa e pecadora, mas empenhada como Tu em abandonar-se à ação do Espírito
que a santifica, renova e embeleza, para que deixe transparecer a beleza do
rosto de Cristo no mundo! R. Mostra que
és nossa Mãe!
Leitor: - Mãe dos pobres, que recordas ao
Pai na oração do Magnificat, dos humilhados e
ofendidos na sua dignidade, dos que não encontram trabalho, nem casa,
nem pão... Que vejam reconhecida a sua dignidade! R. Mostra que és nossa Mãe!
Leitor: - Mãe do nosso mundo, mãe da
grande família humana, Mãe dos povos, no início, deste milénio, tão ameaçados por divisões e
confrontos, por ódios, rancores,
vinganças e terrorismos. Caminha com os povos para o diálogo das
culturas e das religiões, para a solidariedade e para o amor! R. Mostra que és nossa Mãe!
Leitor: - Mãe, particularmente, dos povos
do Médio Oriente, tão martirizados pela violência e pela guerra. Sê para eles
Mãe do perpétuo socorro e Rainha da paz!
R. Mostra que és nossa Mãe!
Presidente - Sim, continua a mostrar-te Mãe
para todos, porque o nosso mundo tem necessidade de Ti, Mãe da divina
misericórdia, Mãe da consolação, da esperança e da paz! Vela por nós, filhos
teus, Mãe de Jesus, nosso Bem, Tu podes, és Mãe de Deus, Tu deves, és nossa Mãe!
CONSAGRAÇÃO DAS FAMÍLIAS A MARIA
SANTA MARIA DE TODAS AS IDADES
Hoje quero recordar-Te a Ti, Santa Maria
sem fronteiras, que acompanhas o homem em todas as idades, do berço à morte,
como mãe sempre fecunda.
Rezar-Te a Ti, Santa Maria das
crianças. Que nos acompanhaste quando mal balbuciávamos pela primeira vez
as tuas avemarias. Tu, que um dia cuidaste do menino Jesus, cuida hoje dos
nossos filhos, dá-lhes o gozo inextinguível de se sentirem amados, o pão da
ternura, a graça de uma casa sem fendas, a luz de uma esperança no futuro.
E Tu, Santa Maria dos adolescentes,
que, com catorze anos, penetraste no abismo de ser mãe de Deus e tiveste a
audácia de dizer «SIM» ao céu, dá hoje aos nossos rapazes e raparigas a coragem
de serem jovens a sério, a força para tomarem as suas vidas com ambas as mãos,
sem desperdiçarem a sua juventude, sem perderem, no meio de ruídos e ilusões, o
vulcão vivo do seu coração.
E Tu, Santa Maria da Juventude,
que soubeste, sem dúvida mais do que ninguém, que ter a alma cheia é enchê-la
de Deus, concede a tantos jovens o dom de descobrirem que o reino dos céus está
dentro deles, que a alegria não se vende nos mercados deste mundo, que não têm
direito a desperdiçar a alma, que é preciso encher a vida como Tu encheste a
tua.
E a Ti, Santa Maria da idade madura,
que conheceste o medo e a angústia e o pranto e que também bebeste até à última
gota a solidão, a Ti pedimos hoje por quantos veem frustrado o fruto dos seus
anos, e chegam, mais do que à maturidade, à amargura de se sentirem vencidos.
Ajuda a quantos veem os seus filhos perdidos, Tu, que perdeste o teu. Ampara
quantos caem sob as injustiças, Tu, que foste testemunha da maior de todas.
E Tu, Santa Maria da Terceira Idade,
que perdeste na terra os melhores tesouros que o mundo conheceu, um esposo como
foi José, um Filho como Jesus, lembra-Te, Senhora, de todos os anciãos que
foram perdendo os seus entes queridos foram ficando sós, num mundo vazio, como
um dia sucedeu contigo nesta terra, sem José e sem Jesus. Descobre-lhes a eles
a luz da esperança, mostra-lhes o caminho que conduz ao abraço com tudo o que
se perdeu, o caminho que tu percorreste na tarde daquele dia glorioso da tua
assunção ao Céu!
(J.L.MARTIN DESCALZO, Maria
de Nazaré, Ed. Missões, Cucujães, 2000, 118- 120).
A VOZ DO PASTOR
MÉDICOS EM TERAPIA HÁ MUITO TESTADA
Sejam quais forem as ferramentas que cada
pessoa tem de usar no seu trabalho, desde o delicado bisturi ao pincel, do
teclado ao tubo de ensaio, do pensamento à vassoura de rua, dos telescópios às
panelas da cozinha, da máscara de carnaval à da pandemia (e mais pode
acrescentar o leitor!...), seja qual for essa ferramenta, será bom aceitar o
conselho de Anselmo de Cantuária: “Ó homem, deixa um momento as tuas ocupações
habituais. Entra um instante em ti mesmo, longe do tumulto dos teus
pensamentos. Põe de parte os cuidados que te apoquentam e liberta-te agora das
inquietações que te absorvem. Entrega-te uns momentos a Deus, descansa por algum
tempo na sua presença. Entra no íntimo da tua alma. Remove tudo, exceto Deus e
o que te possa ajudar a procurá-lo no silêncio”.
Este autor do século XI aconselha o homem a
pedir a Deus que ensine o seu coração a saber onde e como o procurar e
encontrar. E coloca o homem a fazer perguntas para saber quem o poderá ajudar,
como, com que sinais, com que aspeto poderá ele encontrar Deus!
Li, há dias, no “Ecos do Sameiro”, o
testemunho de um jovem médico da Lombardia, Julian Urban, de 38 anos, um dos
testemunhos compilados por Gianni Giardinelli, e que, com a devida vénia, aqui
transcrevo. Diz ele: “Nunca, nos meus piores pesadelos, eu imaginei ter uma
experiência como a que estou a ter, nas últimas semanas, no hospital onde
trabalho. O pesadelo continua – o rio está cada vez mais caudaloso. No
princípio vieram alguns pacientes, depois, dezenas – por fim, centenas. Neste
momento já não somos mais médicos: tornámo-nos uma espécie de ‘classificadores’
na ‘linha de montagem’, decidindo quem vive e quem é enviado para casa para
morrer – mesmo aqueles que durante toda a sua vida pagaram os seus impostos ao
Estado italiano. Até há duas semanas atrás, eu e os meus colegas éramos ateus;
isso era o mais normal, pois como médicos aprendemos que a ciência exclui a
presença de Deus. Sempre trocei do facto de os meus pais irem à Igreja. Um
pastor, já idoso, de 75 anos, veio ter connosco há 9 dias atrás, era um homem
afável, de modos gentis e estava com sérias dificuldades em respirar, mas
trazia uma Bíblia consigo e ficámos impressionados com ele ao lê-la aos
moribundos, segurando-lhes as mãos. Estávamos todos cansados, desencorajados,
física e mentalmente exaustos, quando, finalmente, tivemos tempo para o ouvir.
Agora, temos de admitir: como seres humanos chegámos ao limite, não podemos
fazer mais – mas as pessoas estão a morrer diariamente, e cada vez mais. E
estamos exaustos: dois dos nossos colegas já morreram e há outros que estão
infetados. Chegámos à conclusão de que o que quer que seja que o homem pode
fazer, precisamos de Deus – e começamos a pedir-Lhe ajuda, sempre que temos
alguns minutos disponíveis. Falamos uns com os outros e é incrível como nós,
ateus empedernidos, estamos agora diariamente em busca da nossa paz, pedindo ao
Senhor para nos ajudar a resistir, a fim de podermos cuidar dos doentes. Ontem,
o idoso Pastor de 75 anos morreu – e apesar de termos tido mais de 120 mortes
aqui, nas últimas semanas, e estarmos todos exaustos, destruídos, aquele Pastor
trouxe-nos paz como nós nunca pensámos ter nesta altura, apesar das nossas
condições e dificuldades. O Pastor partiu para estar com o Senhor e bem
depressa nós iremos também, seguindo-o se as coisas continuarem como até aqui.
Há seis dias que não vou a casa; nem sei quando comi pela última vez e estou a
tomar consciência da minha ociosidade na terra. Quero dedicar o meu último
sopro de vida a ajudar o meu próximo. Estou feliz porque me voltei para Deus,
novamente, rodeado do sofrimento e da morte dos meus concidadãos”.
Eis um exemplo, um sinal, um aspeto pelo qual
podemos encontrar Deus. Ele serve-se de tudo para que o possamos encontrar!...
É particularmente sensível à vida humana, sejam quais forem os seus caminhos,
êxitos e fracassos. Conhece-nos, chama-nos pelo nome, dá ânimo ao cansado e
firmeza ao enfraquecido, estende-nos a mão mas sem nos obrigar a que Lhe dêmos
a nossa. Porque respeita a liberdade de cada um e cada um nem sempre a sabe
usar, o bem e o mal coexistem, o trigo e o joio crescem juntos, lado a lado,
até à ceifa (cf. Mt13,24-30). E, se, porventura, nos parece que o mal e o joio
predominam, isso não acontece porque Deus é indiferente ou nos abandona.
Acontece, sim, porque nós o abandonamos, porque entendemos que a liberdade é
fazer o que quero, o que me dá na gana,
e não fazer o que devo. Deus não nos esquece, não foge nem se esconde,
acompanha-nos, respeitando a nossa liberdade, tantas vezes confundida com
libertinagem! Esta atitude de Deus parece-nos estranha. Sim, é estranha!
Conforme lemos na Sagrada Escritura, é uma sabedoria demasiado profunda para
nós, tão sublime que não temos capacidade para ela (cf. Sl 139,6).
No entanto, Deus, na sua
condescendência infinita, deu-nos um sinal por excelência, um sinal para o
encontrarmos. Enviou-nos o seu Filho, para nos falar, para nos dar a conhecer o
próprio Pai e o seu amor por nós. Para isso, Jesus assumiu a nossa condição humana, trabalhou com mãos
humanas, pensou com inteligência humana, agiu com vontade humana, amou com
coração humano, tornou-se verdadeiramente um de nós e morreu por cada um de
nós, para nos salvar (cf. GS22). Sentiu fome e sede, cansaço e sono, sentiu a
dor e a tristeza, a alegria e a traição, a perseguição e o abandono, chorou. Porque sempre falava do Pai e com o
Pai, um dia, Filipe, entusiasmado com a
conversa de Jesus, saiu-se com esta: “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos
basta!”. Disse-lhe Jesus: “Há tanto tempo que estou convosco e não me conheces,
Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como dizes tu: ‘Mostra-nos o Pai!’? Não acreditas
que Eu estou no Pai, e o Pai está em mim? As palavras que Eu vos digo, não as
digo por mim mesmo; o Pai, que permanece em mim, realiza as suas obras.
Acreditai em mim: Eu estou no Pai, e o Pai em mim. Se não, acreditai por causa
das obras em si” (Jo 14, 8-11).
Cristo é, de facto, o Sinal, o Sacramento do
Pai, o Filho de Deus, o Caminho a conhecer e a trilhar! Quantas vezes Ele já
nos terá tocado no ombro!... Quantas vezes teremos feito de conta que não
percebemos!... Adotar o conselho que a CP nos dá nas passagens de nível, pode
ser um bom método para perceber os sinais que Deus nos vai dando para que não
sejamos trucidados pelas rodas da vida: PARE, ESCUTE E OLHE...
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 22-05-2020.