segunda-feira, 30 de maio de 2022

 

Segunda, 31 de maio de 2022

 

Terça-feira

 

 

LITURGIA

 

 

Terça-feira da semana VII

Visitação da Virgem Santa Maria – FESTA
Branco – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. de Nossa Senhora.

L1: Sof 3, 14-18 ou Rom 12, 9-16b; Sal Is 12, 2. 3-4bcd. 5-6
Ev: Lc 1, 39-56

* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Na Diocese de Beja – Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral. Na Sé – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese – Visitação da Virgem Santa Maria – FESTA
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. José Francisco Sanches Alves, Bispo Emérito de Évora (1998).
* Na Ordem da Visitação de Santa Maria – Visitação da Virgem Santa Maria – SOLENIDADE
* Na Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus – Nossa Senhora do Sagrado Coração de Jesus, Padroeira da Congregação – SOLENIDADE
* Na Sociedade Missionária da Boa Nova – Nossa Senhora da Boa Nova – FESTA
* Na Congregação dos Rogacionistas do Coração de Jesus – I Vésp. de S. Aníbal Maria de França.

 

Visitação da Virgem santa Maria

 Festa

Nota Histórica

A Visitação da Virgem santa Maria celebra o encontro da Mãe de Deus com a sua parenta Isabel, que, em avançada idade, tinha concebido um filho. No feliz encontro das duas futuras mães, o Redentor que vinha ao mundo santificou o precursor ainda no seio materno, e Maria, respondendo à saudação de Isabel e exultando na alegria do Espírito Santo, deu glória ao Senhor com um cântico de louvor, o Magnificat.

 

Missa

Antífona de entrada Cf. Sl 65, 16
Servos do Senhor, vinde e ouvi:
vou contar-vos tudo o que Ele fez por mim (T. P. Aleluia).

Diz-se o Glória.

Oração coleta
Deus todo-poderoso e eterno,
que inspirastes à Virgem santa Maria
o desejo de visitar santa Isabel,
levando consigo o vosso Filho,
tornai-nos dóceis à inspiração do Espírito Santo,
para podermos, com ela, cantar sempre as vossas maravilhas.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.


LEITURA I Sof 3, 14-18
«O Senhor, rei de Israel, está no meio de ti»


Leitura da Profecia de Sofonias


Clama jubilosamente, filha de Sião;
solta brados de alegria, Israel.
Exulta, rejubila de todo o coração, filha de Jerusalém.
O Senhor revogou a sentença que te condenava,
afastou os teus inimigos.
O Senhor, Deus de Israel, está no meio de ti
e já não temerás nenhum mal.
Naquele dia, dir-se-á a Jerusalém:
«Não temas, Sião,
não desfaleçam as tuas mãos.
O Senhor teu Deus está no meio de ti,
como poderoso salvador.
Por causa de ti, Ele enche-Se de júbilo,
renova-te com o seu amor,
exulta de alegria por tua causa,
como nos dias de festa».
Afastei para longe de ti a desventura,
a humilhação que te oprimia, Jerusalém.


Palavra do Senhor.


Em vez da leitura precedente, pode utilizar-se a seguinte:


LEITURA I Rom 12, 9-16b
«Acudi com a vossa parte às necessidades dos cristãos;
praticai generosamente a hospitalidade»


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos


Irmãos:
Seja a vossa caridade sem fingimento.
Detestai o mal e aderi ao bem.
Amai-vos uns aos outros com amor fraterno;
rivalizai uns com os outros na estima recíproca.
Não sejais indolentes no zelo, mas fervorosos no espírito;
dedicai-vos ao serviço do Senhor.
Sede alegres na esperança,
pacientes na tribulação,
perseverantes na oração.
Acudi com a vossa parte às necessidades dos cristãos;
praticai generosamente a hospitalidade.
Bendizei aqueles que vos perseguem;
abençoai e não amaldiçoeis.
Alegrai-vos com os que estão alegres,
chorai com os que choram.
Vivei em harmonia uns com os outros.
Não aspireis às grandezas,
mas conformai-vos com o que é humilde.


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Is 12, 2.3-4bcd.5-6 (R. 6b)
Refrão: Exultai de alegria,
porque é grande no meio de vós o Santo de Israel.


Deus é o meu Salvador,
Tenho confiança e nada temo.
O Senhor é a minha força e o meu louvor.
Ele é a minha salvação.

Tirareis água com alegria das fontes da salvação.
Agradecei ao Senhor, invocai o seu nome;
anunciai aos povos a grandeza das suas obras,
proclamai a todos que o seu nome é santo.

Cantai ao Senhor, porque Ele fez maravilhas,
anunciai-as em toda a terra.
Entoai cânticos de alegria, habitantes de Sião,
porque é grande no meio de vós o Santo de Israel.


ALELUIA cf. Lc 1, 45
Refrão: Aleluia. Repete-se
Bendita sejais, ó Virgem Santa Maria,
que acreditastes na palavra do Senhor. Refrão


EVANGELHO Lc 1, 39-56
«Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Naqueles dias,
Maria pôs-se a caminho
e dirigiu-se apressadamente para a montanha,
em direcção a uma cidade de Judá.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria,
o menino exultou-lhe no seio.
Isabel ficou cheia do Espírito Santo
e exclamou em alta voz:
«Bendita és tu entre as mulheres
e bendito é o fruto do teu ventre.
Donde me é dado
que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?
Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos
a voz da tua saudação,
o menino exultou de alegria no meu seio.
Bem-aventurada aquela que acreditou
no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito
da parte do Senhor».
Maria disse então:
«A minha alma glorifica o Senhor
e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua serva:
de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-poderoso fez em mim maravilhas,
Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração
sobre aqueles que O temem.
Manifestou o poder do seu braço
e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos
e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens
e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo,
lembrado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nossos pais,
a Abraão e à sua descendência para sempre».
Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses
e depois regressou a sua casa.


Palavra da salvação.


Oração sobre as oblatas
Senhor, que aceitastes com agrado
a caridade da Virgem Maria, Mãe do vosso Filho,
aceitai também estes dons que Vos oferecemos
e transformai-os, para nós, em sacrifício de salvação.
Por Cristo nosso Senhor.

Prefácio II – IV da Virgem santa Maria.

Antífona da comunhão Cf. Lc 1, 48-49
Todas as gerações me proclamarão bem-aventurada,
porque o Senhor fez em mim maravilhas
e santo é o seu nome (T. P. Aleluia).

Oração depois da comunhão
A vossa Igreja Vos glorifique, Senhor nosso Deus,
pelas maravilhas que realizastes em favor dos vossos fiéis,
e, assim como são João exultou
ao pressentir o Salvador ainda oculto,
também o vosso povo O reconheça com alegria,
sempre vivo neste sacramento.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.

Pode utilizar-se a fórmula de bênção solene.

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

 LEITURAS: Atos 1, 1-11: Depois da Ascensão, Jesus deixa de estar visivelmente presente num determinado lugar da terra. No entanto, Ele, que permanece eternamente vivo «depois da Sua Paixão», continuará sempre presente no meio de nós. A Ascensão inaugura o tempo da Igreja, na qual, de futuro, o céu e a terra se vão encontrar. Na Igreja, embora não O vejamos fisicamente, temos a possibilidade de viver de Cristo e com Cristo. Na Igreja, pelos Seus Apóstolos, testemunhas da Ressurreição, anunciadores do perdão e da vida divina, portadores da força do Espírito, Jesus continua hoje a Sua obra de Salvação..

Ef 1, 17-23 : Com a Sua Ascensão, Jesus foi plenamente glorificado pelo Pai, que O fez sentar à Sua direita, Lhe deu todo o poder, O constituiu Chefe do novo Povo de Deus e Senhor de todo o universo. Vivendo agora junto do Pai, Jesus não pertence, porém, ao passado, nem está separado de nós, como se habitasse alturas inacessíveis. É d’Ele que jorra, continuamente, sobre o imenso Corpo, que é a Igreja, a vida nova, recebida no Batismo, para desabrochar, em toda a sua força e beleza, no Céu.

Lc 24, 46-53: A glorificação de Jesus começou na manhã de Páscoa, quando, triunfando do pecado e da morte, nos alcançou a vida plena. Porém, a subida de Jesus ao Céu, descrita de modo humano, de harmonia com a concepção antiga do universo, é a posse definitiva e total da glória, que já Lhe pertencia, pela Paixão e Ressurreição. A glorificação de Jesus é também a glorificação da humanidade. Com efeito, pelo perdão dos pecados, prometido a todos os povos, nós participamos da vida do Ressuscitado, tornamo-nos membros do Seu Corpo místico, destinados à mesma glória da Cabeça. Reconfortados por esta certeza, fortificados pelo Espírito Santo, colaboremos para que a obra de Cristo atinja todos os homens.

 

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

11.00 horas; Misa no Lar de Gáfete

16.00 horas: Funeral em Nisa

18.00 horas: Missa em Alpalhão

18.00 horas: Missa em Nisa

21.00 horas: Encerramento do mês de Maria em Nisa

 

 

MAIO, MÊS DE MARIA

 

 

 

 

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

 

NÃO VÁS EM JEITO DE ‘MARIA VAI COM AS OUTRAS’...

 

Dentro da mobilidade humana, as peregrinações são um fenómeno social que tem sido objeto de estudo em diversos campos do saber. Sobretudo a partir do ano dois mil, ganharam novo impulso, estão na moda. Embora nem sempre segundo os parâmetros convencionais, elas têm enorme interesse e valor. Aqui apenas nos referimos às tradicionais, às peregrinações de fé. Pessoas de todas as latitudes, crenças, raças e culturas dirigem-se como peregrinos em direção a lugares tidos como sagrados. É uma experiência religiosa universal. Pela 39ª vez, também nós vamos em peregrinação diocesana ao Santuário de Fátima, uma peregrinação presidida pelo Sr. Dom Augusto César, nosso Bispo Emérito em Jubileu Episcopal e que as começou em 1983: “Que alegria quando me disseram: Vamos para a casa do Senhor”.

Somos peregrinos, essa é a nossa identidade. Estamos no mundo mas não somos do mundo. Caminhamos em direção aos novos céus e à nova terra. E se peregrinar significa pôr-se a caminho, também significa calcorrear os caminhos do interior de nós mesmos, os caminhos da mente e do coração. Estes são quase sempre os mais difíceis de percorrer, os mais longos e mais longínquos. Têm muitos obstáculos a vencer, desde o egoísmo, o pecado e a autossuficiência, ao orgulho, a indiferença e o deixa correr. Há quem nem tente arriscar, há quem se canse, há quem desista, há quem se engane. Mas também há quem seja resiliente, quem resista, insista e persista nesses caminhos exteriores que fazem contemplar a beleza da criação mas também fazem avançar por aqueles outros caminhos que dão liberdade interior e sentindo à vida...

Foi sempre assim ao longo da história. Pessoas e povos, ora se enganavam e desviavam, ora sentiam a necessidade de se reencontrarem no certo e essencial com forte apelo à comunhão na gratuidade e na misericórdia. Salpicando todo o território deste planeta terra, os santuários descrevem a geografia da fé, são oásis no meio dos desertos da vida a matar a sede de Deus e a reencontrar a alegria e a paz. Ir até eles em peregrinação tem uma dinâmica própria que resumo em cinco etapas.

1 – A PREPARAÇÃO. A decisão de partir e a preparação para a saída têm os seus quês. Tudo deve ser pensado, rezado e programado na escuta do Espírito que atua em cada um. Tudo deve fundamentar e justificar a decisão de partir. Não se deve partir ao jeito de ‘Maria vai com as outras’. Deve haver um objetivo concreto para além da aventura, do turismo e da convivência possível. Por isso, cada um deve interrogar-se: que pretendo eu com esta peregrinação? Quero mudar de vida e regressar a casa como o filho pródigo ou apenas manifestar a minha devoção? Quais são verdadeiramente as minhas motivações? O que vou lá fazer? Quais são os objetivos espirituais que pretendo? O que tenho a fazer antes de partir para atingir o ideal que desejo, penso e programo?

2 – A CAMINHADA A FAZER. Vais iniciar uma peregrinação quer seja de fé e devoção, quer seja uma peregrinação votiva a cumprir uma promessa, quer seja uma peregrinação no intuito de progresso espiritual, quer seja uma peregrinação de conversão e de penitência como expiação de faltas graves, quer seja de ação de graças ou de mera companhia e apoio a quem parte com as suas motivações.

Vais sozinho? Não, nem penses que isso seja possível. Mesmo que tu vás sozinho, quem crê nunca anda sozinho! Jesus faz-se companheiro de viagem e quer muito conversar contigo. A oração não é monólogo, é diálogo. Ele fala-te como amigo e deves escutá-lo até ao fim e falar com verdade para Ele. É da discussão que nasce a luz.

Vais caminhar com outros? Então, não esqueças, o caminho conduz à solidariedade com os irmãos. Ajuda-os nessa caminhada para o encontro com o Senhor. Não sejas motivo de dispersão nem de banalização do sacrifício que o percurso implica. Respeita, ajuda, reza, agradece, suplica, aprecia e contempla a natureza como dom da ternura de Deus também para contigo.

3 - A CHEGADA AO SANTUÁRIO. É a meta, o lugar da alegria e do perdão, da escuta. O santuário é “memória da nossa origem”. Recorda “a iniciativa de Deus e faz com que o peregrino a acolha com o sentido da admiração, da gratidão e do empenho”. É “lugar da presença divina”, ele “testemunha a fidelidade de Deus e a sua ação incessante no meio do seu povo, mediante a Palavra e os Sacramentos”. É profecia, “recorda que nem tudo foi realizado”, “que estamos a caminho”. Mostra “a relatividade de tudo aquilo que é penúltimo em relação à última Pátria”. Faz descobrir Cristo “como templo novo da humanidade reconciliada com Deus”. Jesus é o verdadeiro Santuário, e, ali, reunidos à volta da mesa da Palavra e da Eucaristia experimenta-se a alegria da comunhão com Cristo e com os irmãos na fé.

4 – A FESTA DO ENCONTRO. Festa já vivida de algum modo pelo caminho mas agora também manifestada pela alegria de ter chegado. Foge-se à monotonia do quotidiano, há algo de diferente, de festivo. Celebra-se a alegria do perdão, exprime-se a fraternidade cristã dando espaço a momentos de convivência sadia, de amizade e de paz. É a alegria perfeita de quem, como Zaqueu, se deixou acolher por Jesus e acolheu Jesus em sua casa, uma alegria que ninguém jamais lha poderá tirar, a alegria de um coração fiel que se tornou, ele mesmo, templo vivo do Eterno, santuário da adoração d'Ele em espírito e verdade.

5 – O REGRESSO A CASA por outro caminho, o caminho da alegria e da paz, o caminho duma maior consciência da identidade cristã, de discípulo do Senhor. O caminho da missão no mundo com o testemunho da palavra e da vida, tanto na família, na profissão, na vizinhança, na convivência social e lúdica como na ajuda a dar à comunidade cristã que necessita da participação de todos para ser casa e escola de comunhão.

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 27-05-2022.

 

domingo, 29 de maio de 2022

 

 

Segunda, 30 de maio de 2022

Segunda-feira da VII semana do tempo Pascal

 

 

LITURGIA

 

 

Segunda-feira da semana VII

Branco – Ofício da féria (Semana III do Saltério).
Missa da féria, pf. pascal.

L1: At 19, 1-8; Sal 67 (68), 2-3. 4-5ac. 6-7ab
Ev: Jo 16, 29-33

* Na Ordem Franciscana (II Ordem) – B. Batista Varano, virgem, da II Ordem – MF
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – B. Marta Wiecka, virgem – MO
* Nas Filhas de Maria, Mãe da Igreja – B. Matilde do Sagrado Coração Téllez Robles, Fundadora da Congregação – FESTA
* Na Diocese de Beja (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
* Na Ordem da Visitação de Santa Maria – I Vésp. da Visitação de Nossa Senhora.
* Na Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus – I Vésp. de Nossa Senhora do Sagrado Coração de Jesus.

 

MISSA

 

Antífona de entrada At 1, 8
Recebereis a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós,
e sereis minhas testemunhas até aos confins da terra. Aleluia.

Oração coleta
Desça sobre nós, Senhor, a força do Espírito Santo,
para que possamos conhecer fielmente a vossa vontade
e dar testemunho dela na prática das boas obras.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.


LEITURA I Atos 19, 1-8
«Recebestes o Espírito Santo, quando abraçastes a fé?»


Leitura dos Atos dos Apóstolos


Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou a região alta e chegou a Éfeso. Encontrou lá alguns discípulos e perguntou-lhes: «Recebestes o Espírito Santo, quando abraçastes a fé?». Eles responderam-lhe: «Nem sequer ouvimos falar do Espírito Santo». Paulo perguntou: «Então, que batismo recebestes?». Eles responderam: «O batismo de João». Disse-lhes Paulo: «João administrou um batismo de penitência, dizendo ao povo que acreditasse n’Aquele que ia chegar depois dele, isto é, em Jesus». Depois de ouvirem estas palavras, receberam o Batismo em nome do Senhor Jesus. Quando Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles e começaram a falar línguas e a profetizar. Eram ao todo uns doze homens. Paulo foi em seguida à sinagoga, onde falou com firmeza durante três meses, argumentando de modo convincente sobre o reino de Deus.


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Sal. 67 (68), 2-3.4-5ac.6-7ab (R. 33a ou Aleluia)
Refrão: Povos da terra, cantai ao Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Levanta-Se Deus, dispersam-se os inimigos
e fogem diante deles os que O odeiam.
Como se desfaz o fumo, assim eles se dissipam,
assim perecem os ímpios à vista de Deus. Refrão

Os justos exultam na presença de Deus,
exultam e transbordam de alegria.
Cantai a Deus, entoai um cântico ao seu nome;
o seu nome é Senhor: exultai na sua presença. Refrão

Pai dos órfãos e defensor das viúvas
é Deus na sua morada santa.
Aos abandonados Deus prepara uma casa,
conduz os cativos à liberdade. Refrão


ALELUIA Col 3, 1
Refrão: Aleluia Repete-se

Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto,
onde Cristo está sentado à direita de Deus. Refrão


EVANGELHO Jo 16, 29-33
«Tende confiança: Eu venci o mundo»



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João


Naquele tempo, disseram os discípulos a Jesus: «De facto agora falas abertamente, sem enigmas. Agora vemos que sabes tudo e não precisas que ninguém Te faça perguntas. Por isso acreditamos que saíste de Deus». Respondeu-lhes Jesus: «Agora acreditais? Vai chegar a hora – e já chegou – em que sereis dispersos, cada um para seu lado, e Me deixareis só; mas Eu não estou só, porque o Pai está comigo. Digo-vos isto, para que em Mim tenhais a paz. No mundo sofrereis tribulações. Mas tende confiança: Eu venci o mundo».


Palavra da salvação.


Oração sobre as oblatas
Nós Vos pedimos, Senhor,
que este santo sacrifício purifique o nosso coração
e nos dê o vigor da graça divina.
Por Cristo nosso Senhor.

Prefácio pascal I-V; ou I-II da Ascensão do Senhor.

Antífona da comunhão Cf. Jo 14, 18; 16, 22
Não vos deixarei órfãos, diz o Senhor.
Eu virei de novo e o vosso coração exultará de alegria. Aleluia.

Oração depois da comunhão
Protegei, Senhor, o vosso povo,
que saciastes nestes divinos mistérios,
e fazei-nos passar da antiga condição do pecado
à vida nova da graça.
Por Cristo nosso Senhor.

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

 LEITURAS: Atos 19, 1-8 : Os futuros cristãos de Éfeso eram ainda, nesta altura, apenas discípulos de João Baptista, que tinham recebido somente o batismo do Precursor. Ora o batismo de João era um rito ascético, que convidava à penitência, ao passo que o batismo cristão é sinal da vida nova dada por Jesus Cristo. É um dom, comunica o Espírito Santo; supõe a conversão por parte de quem o recebe; mas é dom gratuito, fruto do sacrifício pascal do Senhor. Os discípulos de Éfeso ainda não tinham chegado até aqui.

Jo 16, 29-33: Jesus anuncia aos discípulos que, enquanto estiveram no mundo, sentirão, como Ele sentiu, as dificuldades, angústias e até a perseguição inerentes a esta vida, mas pela força do Espírito de Jesus ressuscitado eles vencerão o mundo, como Ele o venceu. É precisamente o momento em que os discípulos fazem um ato de fé e de confiança maior no Mestre, é precisamente esse que Ele escolhe para lhes anunciar maiores provações e lhes pedir maior confiança para as tribulações que os esperam. A confiança no Senhor não pode ter limites!

 

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

18.30 horas: Funeral no Pé da Serra

Terço na parte da tarde em:

Montalvão

Alpalhão

Gáfete

Tolosa

Amieira do Tejo

17.20 horas: Terço em Nisa, Espírito Santo.

 

 

MAIO, MÊS DE MARIA

 

 

 

 

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

 

BATER A PORTA NÃO RESOLVE E BANALIZA

 

A fé partilha-se e vive-se em comunidade, em Igreja, e anuncia-se na missão. Bater a porta à comunidade cristã nada resolve, banaliza, empobrece. Empobrece a comunidade e empobrece quem bate a porta. É certo que nem todas as comunidades cristãs são mar de rosas. É possível que, numa ou noutra, muita gente viva de suposições, de tradições, de fé herdada mas não experienciada, e, por isso, destoe e faça destoar a comunidade. Tornam-se reivindicativas em exceções, não raro muito consumidoras em ‘coisas do Senhor’, mas facilmente manipuláveis e pouco ou nada proativas na construção da mesma. Constituídas por pessoas, as comunidades são muitas vezes espaço de contradições e de tensões, de falta de acolhimento e de escuta, de individualismos e frustrações, de incapacidade para se questionarem sobre o que transmitem, o que celebram, o que fazem, o que defendem e sobre qual a inclusão de quem pensa diferente e muito as poderia ajudar a darem um salto de qualidade. É verdade, nem sempre são “casa e escola de comunhão”.

A Igreja, porém, ‘não é uma massa, mas uma comunidade formada por pessoas identificáveis, que viveram a experiência da intimidade com Jesus’. Quando os compromissos batismais são verdadeiramente assumidos e exercitados na comunidade cristã, sem fanatismos nem superficialidade, eles são sempre novos e sempre desafiantes. Não permitem que nos acomodemos, que nos fechemos em nós próprios, que coloquemos trancas na porta da própria comunidade com medo que alguém saia ou entre, como se ela fosse uma ilha ou um gueto sem sentido nem faísca criativa. Se aquela comunidade onde estamos integrados não corresponde ao que pensamos ou àquilo que deveria ser, importante será arregaçar as mangas e meter mãos à obra para que venha a ser o que pretendemos que ela seja, diferente. Amuar, virar as costas ou tornar-se indiferente é morrinha que nada resolve. Não podemos esquecer que temos uma dívida para com a comunidade cristã, uma dívida que não se paga desertando. Ela escancarou-nos as portas, nela fomos acolhidos e gerados para a fé, nela nos fomos e vamos tornando mais cristãos, de forma gradual e progressiva, num processo em que se vai conjugando a graça de Deus, o testemunho da própria comunidade e o esforço pessoal de conversão.

Aí, e através das pessoas que lhe deram e dão rosto – pais, avós, famílias, pastores, catequistas e fiéis cristãos – fizemos ‘a descoberta do mistério de Jesus Cristo e da alegria da vocação cristã’. Aí crescemos, formamos, fortalecemos, celebramos e nos confirmamos na fé uns aos outros, sendo todos um só em Cristo Jesus. Aí, através de um constante esforço para uma pastoral descentrada de si própria e alicerçada na escuta da Palavra, na oração conjunta e no amor recíproco se oferecem constantemente espaços de descoberta da fé, se desenvolve e dinamiza a fé, se celebram os sacramentos, se faz catequese, se promove o voluntariado e a ação social em favor da sociedade envolvente, se convive e faz festa, se experimenta um modo de vida inspirado no Evangelho. Ao fomentar o crescimento pessoal, familiar e social dos seus membros, ela possibilita a complementaridade, enriquece, rasga horizontes e caminhos, motiva, estimula, convida à comunhão, à mudança de vida, à vida com sentido.

Os grupos, como espaço de reflecção, de partilha de vida, de sentimentos, de ideias e de ação solidária, fortalecem, ampliam o nível de compreensão acerca do mundo e da Igreja, geram novos recursos interiores para que cada um se mova com mais autonomia e destreza na realidade concreta da sua própria vida. Todas estas experiências comunitárias, com mais ou menos diversidade de culturas ou de origem, promovem uma postura ética como convém, abrem à missão, fazem pôr a render os carismas e os talentos ao serviço da construção de um mundo melhor no respeito pelas realidades terrenas sobre as quais se aprende e se procura fazer uma leitura à luz da Palavra de Deus.

Da comunidade se parte para a missão, para a comunidade se converge da missão. E se a comunidade é essencial para a missão, a missão também é essencial para a comunidade. Onde está um cristão a fazer seus os sentimentos de Cristo, aí está, de alguma forma, a presença da Igreja como fermento, luz e sal: seja na medicina, na economia, na política, na escola, na universidade, na família, nas artes, no desporto, na ciência, na sociedade em que se vive, onde quer que for. Como sabemos, “Há um só corpo e um só Espírito, como existe uma só esperança, para a qual Deus nos chamou. Há um só Senhor, uma só fé e um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, atua por meio de todos e está em todos” (Ef 4, 4-6).

Que bom seria se todas as pessoas e famílias cristãs tivessem esta consciência ou brio de pertença à comunidade cristã e agissem como tal, sempre abertos às surpresas do Espírito e dispostos a colaborar. E que bom seria se todas as comunidades conseguissem fomentar a tal pastoral de proposta, de iniciação, de gestação, com padrões de coerência evangélica e de alegria cristã. Só os valores de referência são capazes de orientar opções e de fundamentar compromissos.

Conforme o dom que cada um recebeu, a Igreja exorta-nos a que nos consagremos ao serviço uns dos outros, como bons administradores da multiforme graça de Deus (cf. 1Ped 4, 10). De facto, se cada um fizer a sua parte, tudo será bem diferente!

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 20-05-2022.

 

 

 

 

 

 

sábado, 28 de maio de 2022

 

 

Domingo,29 de maio de 2022

Domingo da Ascensão

 

 

LITURGIA

 

 

DOMINGO VII DA PÁSCOA

ASCENSÃO DO SENHOR – SOLENIDADE
Branco – Ofício da solenidade. Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. da Ascensão.

L1: At 1, 1-11; Sal 46 (47), 2-3. 6-7. 8-9
L2: Ef 1, 17-23 ou Hebr 9, 24-28; 10, 19-23
Ev: Lc 24, 46-53

* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Proibidas as Missas em oratórios privados.
* Dia Mundial dos Meios de Comunicação Social.
* Em todas as Dioceses de Portugal – Ofertório para os Meios de Comunicação Social.
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. António José Cavaco Carrilho, Bispo Emérito do Funchal (1999).
* II Vésp. da solenidade – Compl. dep. II Vésp. dom.

 

Missa

 
Antífona de entrada Cf. At 1, 11
Homens da Galileia, porque estais a olhar para o céu?
Como vistes Jesus subir ao céu, assim há de vir na sua glória. Aleluia.

Diz-se o Glória.

Oração coleta
Deus todo-poderoso,
fazei-nos exultar em santa alegria e em filial ação de graças,
porque a ascensão de Cristo, vosso Filho, é a nossa esperança:
tendo-nos precedido na glória, como nossa Cabeça,
para aí nos chama, como membros do seu Corpo.
Ele que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

Ou:
Nós Vos suplicamos, Deus todo-poderoso,
que, assim como acreditamos
que o vosso Filho unigénito, nosso Redentor,
hoje subiu aos céus,
assim também nós habitemos em espírito nas moradas celestes.
Ele que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

LEITURA I Atos 1, 1-11
«Elevou-Se à vista deles»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

No meu primeiro livro, ó Teófilo, narrei todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar, desde o princípio até ao dia em que foi elevado ao Céu, depois de ter dado, pelo Espírito Santo, as suas instruções aos Apóstolos que escolhera. Foi também a eles que, depois da sua paixão, Se apresentou vivo com muitas provas, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando-lhes do reino de Deus. Um dia em que estava com eles à mesa, mandou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, «da qual – disse Ele – Me ouvistes falar. Na verdade, João batizou com água; vós, porém, sereis batizados no Espírito Santo, dentro de poucos dias». Aqueles que se tinham reunido começaram a perguntar: «Senhor, é agora que vais restaurar o reino de Israel?». Ele respondeu-lhes: «Não vos compete saber os tempos ou os momentos que o Pai determinou com a sua autoridade; mas recebereis a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia e na Samaria e até aos confins da terra». Dito isto, elevou-Se à vista deles e uma nuvem escondeu-O a seus olhos. E estando de olhar fito no Céu, enquanto Jesus Se afastava, apresentaram-se-lhes dois homens vestidos de branco, que disseram: «Homens da Galileia, porque estais a olhar para o Céu? Esse Jesus, que do meio de vós foi elevado para o Céu, virá do mesmo modo que O vistes ir para o Céu».

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 46 (47), 2-3.6-7.8-9 (R. 6)
Refrão: Por entre aclamações e ao som da trombeta,
ergue-Se Deus, o Senhor. Repete-se

Ou: Ergue-Se Deus, o Senhor,
em júbilo e ao som da trombeta. Repete-se

Povos todos, batei palmas,
aclamai a Deus com brados de alegria,
porque o Senhor, o Altíssimo, é terrível,
o Rei soberano de toda a terra. Refrão

Deus subiu entre aclamações,
o Senhor subiu ao som da trombeta.
Cantai hinos a Deus, cantai,
cantai hinos ao nosso Rei, cantai. Refrão

Deus é Rei do universo:
cantai os hinos mais belos.
Deus reina sobre os povos,
Deus está sentado no seu trono sagrado. Refrão

LEITURA II Ef 1, 17-23
«Colocou-O à sua direita nos Céus»


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios

Irmãos: O Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda um espírito de sabedoria e de revelação para O conhecerdes plenamente e ilumine os olhos do vosso coração, para compreenderdes a esperança a que fostes chamados, os tesouros de glória da sua herança entre os santos e a incomensurável grandeza do seu poder para nós os crentes. Assim o mostra a eficácia da poderosa força que exerceu em Cristo, que Ele ressuscitou dos mortos e colocou à sua direita nos Céus, acima de todo o Principado, Poder, Virtude e Soberania, acima de todo o nome que é pronunciado, não só neste mundo, mas também no mundo que há-de vir. Tudo submeteu aos seus pés e pô-l’O acima de todas as coisas como Cabeça de toda a Igreja, que é o seu Corpo, a plenitude d’Aquele que preenche tudo em todos.

Palavra do Senhor.

ALELUIA Mt 28, 19a.20b
Refrão: Aleluia. Repete-se
Ide e ensinai todos os povos, diz o Senhor:
Eu estou sempre convosco
até ao fim dos tempos. Refrão

EVANGELHO Lc 24, 46-53
«Enquanto os abençoava, foi elevado ao Céu
»

Conclusão do santo Evangelho segundo São Lucas

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas disso. Eu vos enviarei Aquele que foi prometido por meu Pai. Por isso, permanecei na cidade, até que sejais revestidos com a força do alto». Depois Jesus levou os discípulos até junto de Betânia e, erguendo as mãos, abençoou-os. Enquanto os abençoava, afastou-Se deles e foi elevado ao Céu. Eles prostraram-se diante de Jesus, e depois voltaram para Jerusalém com grande alegria. E estavam continuamente no templo, bendizendo a Deus.

Palavra da salvação.

Diz-se o Credo.

Oração sobre as oblatas
Recebei, Senhor, o sacrifício que Vos oferecemos,
ao celebrar a admirável ascensão do vosso Filho,
e, por esta sagrada permuta de dons,
fazei que nos elevemos às realidades do céu.
Por Cristo nosso Senhor.

Prefácio I ou II da Ascensão do Senhor.

No Cânone romano dizem-se o Em comunhão com toda a Igreja e o Aceitai benignamente, Senhor próprios. Nas Orações eucarísticas II e III fazem-se também as comemorações próprias.

Antífona da comunhão Mt 28, 20
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos. Aleluia.

Oração depois da comunhão
Deus todo-poderoso e eterno,
que, durante a nossa vida sobre a terra,
nos fazeis saborear os mistérios divinos,
despertai em nós os desejos da pátria celeste,
onde já se encontra convosco, em Cristo,
a nossa natureza humana.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.

Pode utilizar-se a fórmula de bênção solene.
 

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

 LEITURAS: Atos 1, 1-11: Depois da Ascensão, Jesus deixa de estar visivelmente presente num determinado lugar da terra. No entanto, Ele, que permanece eternamente vivo «depois da Sua Paixão», continuará sempre presente no meio de nós. A Ascensão inaugura o tempo da Igreja, na qual, de futuro, o céu e a terra se vão encontrar. Na Igreja, embora não O vejamos fisicamente, temos a possibilidade de viver de Cristo e com Cristo. Na Igreja, pelos Seus Apóstolos, testemunhas da Ressurreição, anunciadores do perdão e da vida divina, portadores da força do Espírito, Jesus continua hoje a Sua obra de Salvação..

Ef 1, 17-23 : Com a Sua Ascensão, Jesus foi plenamente glorificado pelo Pai, que O fez sentar à Sua direita, Lhe deu todo o poder, O constituiu Chefe do novo Povo de Deus e Senhor de todo o universo. Vivendo agora junto do Pai, Jesus não pertence, porém, ao passado, nem está separado de nós, como se habitasse alturas inacessíveis. É d’Ele que jorra, continuamente, sobre o imenso Corpo, que é a Igreja, a vida nova, recebida no Batismo, para desabrochar, em toda a sua força e beleza, no Céu.

Lc 24, 46-53: A glorificação de Jesus começou na manhã de Páscoa, quando, triunfando do pecado e da morte, nos alcançou a vida plena. Porém, a subida de Jesus ao Céu, descrita de modo humano, de harmonia com a concepção antiga do universo, é a posse definitiva e total da glória, que já Lhe pertencia, pela Paixão e Ressurreição. A glorificação de Jesus é também a glorificação da humanidade. Com efeito, pelo perdão dos pecados, prometido a todos os povos, nós participamos da vida do Ressuscitado, tornamo-nos membros do Seu Corpo místico, destinados à mesma glória da Cabeça. Reconfortados por esta certeza, fortificados pelo Espírito Santo, colaboremos para que a obra de Cristo atinja todos os homens.

 

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo

10.00 horas: Missa em Arês

10.45 horas: Missa em Tolosa

11.00 horas: Missa em Nisa

12.00 horas: Missa em Alpalhão

12.00 horas: Missa em Gáfete

15.30 horas: Missa em Montalvão

15.30 horas: Missa em Arneiro

 

Terço na parte da tarde em:

Montalvão

Alpalhão

Gáfete

Tolosa

Amieira do Tejo

17.20 horas: Terço em Nisa, Espírito Santo.

 

 

MAIO, MÊS DE MARIA

 

 

 

 

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

 

BATER A PORTA NÃO RESOLVE E BANALIZA

 

A fé partilha-se e vive-se em comunidade, em Igreja, e anuncia-se na missão. Bater a porta à comunidade cristã nada resolve, banaliza, empobrece. Empobrece a comunidade e empobrece quem bate a porta. É certo que nem todas as comunidades cristãs são mar de rosas. É possível que, numa ou noutra, muita gente viva de suposições, de tradições, de fé herdada mas não experienciada, e, por isso, destoe e faça destoar a comunidade. Tornam-se reivindicativas em exceções, não raro muito consumidoras em ‘coisas do Senhor’, mas facilmente manipuláveis e pouco ou nada proativas na construção da mesma. Constituídas por pessoas, as comunidades são muitas vezes espaço de contradições e de tensões, de falta de acolhimento e de escuta, de individualismos e frustrações, de incapacidade para se questionarem sobre o que transmitem, o que celebram, o que fazem, o que defendem e sobre qual a inclusão de quem pensa diferente e muito as poderia ajudar a darem um salto de qualidade. É verdade, nem sempre são “casa e escola de comunhão”.

A Igreja, porém, ‘não é uma massa, mas uma comunidade formada por pessoas identificáveis, que viveram a experiência da intimidade com Jesus’. Quando os compromissos batismais são verdadeiramente assumidos e exercitados na comunidade cristã, sem fanatismos nem superficialidade, eles são sempre novos e sempre desafiantes. Não permitem que nos acomodemos, que nos fechemos em nós próprios, que coloquemos trancas na porta da própria comunidade com medo que alguém saia ou entre, como se ela fosse uma ilha ou um gueto sem sentido nem faísca criativa. Se aquela comunidade onde estamos integrados não corresponde ao que pensamos ou àquilo que deveria ser, importante será arregaçar as mangas e meter mãos à obra para que venha a ser o que pretendemos que ela seja, diferente. Amuar, virar as costas ou tornar-se indiferente é morrinha que nada resolve. Não podemos esquecer que temos uma dívida para com a comunidade cristã, uma dívida que não se paga desertando. Ela escancarou-nos as portas, nela fomos acolhidos e gerados para a fé, nela nos fomos e vamos tornando mais cristãos, de forma gradual e progressiva, num processo em que se vai conjugando a graça de Deus, o testemunho da própria comunidade e o esforço pessoal de conversão.

Aí, e através das pessoas que lhe deram e dão rosto – pais, avós, famílias, pastores, catequistas e fiéis cristãos – fizemos ‘a descoberta do mistério de Jesus Cristo e da alegria da vocação cristã’. Aí crescemos, formamos, fortalecemos, celebramos e nos confirmamos na fé uns aos outros, sendo todos um só em Cristo Jesus. Aí, através de um constante esforço para uma pastoral descentrada de si própria e alicerçada na escuta da Palavra, na oração conjunta e no amor recíproco se oferecem constantemente espaços de descoberta da fé, se desenvolve e dinamiza a fé, se celebram os sacramentos, se faz catequese, se promove o voluntariado e a ação social em favor da sociedade envolvente, se convive e faz festa, se experimenta um modo de vida inspirado no Evangelho. Ao fomentar o crescimento pessoal, familiar e social dos seus membros, ela possibilita a complementaridade, enriquece, rasga horizontes e caminhos, motiva, estimula, convida à comunhão, à mudança de vida, à vida com sentido.

Os grupos, como espaço de reflecção, de partilha de vida, de sentimentos, de ideias e de ação solidária, fortalecem, ampliam o nível de compreensão acerca do mundo e da Igreja, geram novos recursos interiores para que cada um se mova com mais autonomia e destreza na realidade concreta da sua própria vida. Todas estas experiências comunitárias, com mais ou menos diversidade de culturas ou de origem, promovem uma postura ética como convém, abrem à missão, fazem pôr a render os carismas e os talentos ao serviço da construção de um mundo melhor no respeito pelas realidades terrenas sobre as quais se aprende e se procura fazer uma leitura à luz da Palavra de Deus.

Da comunidade se parte para a missão, para a comunidade se converge da missão. E se a comunidade é essencial para a missão, a missão também é essencial para a comunidade. Onde está um cristão a fazer seus os sentimentos de Cristo, aí está, de alguma forma, a presença da Igreja como fermento, luz e sal: seja na medicina, na economia, na política, na escola, na universidade, na família, nas artes, no desporto, na ciência, na sociedade em que se vive, onde quer que for. Como sabemos, “Há um só corpo e um só Espírito, como existe uma só esperança, para a qual Deus nos chamou. Há um só Senhor, uma só fé e um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, atua por meio de todos e está em todos” (Ef 4, 4-6).

Que bom seria se todas as pessoas e famílias cristãs tivessem esta consciência ou brio de pertença à comunidade cristã e agissem como tal, sempre abertos às surpresas do Espírito e dispostos a colaborar. E que bom seria se todas as comunidades conseguissem fomentar a tal pastoral de proposta, de iniciação, de gestação, com padrões de coerência evangélica e de alegria cristã. Só os valores de referência são capazes de orientar opções e de fundamentar compromissos.

Conforme o dom que cada um recebeu, a Igreja exorta-nos a que nos consagremos ao serviço uns dos outros, como bons administradores da multiforme graça de Deus (cf. 1Ped 4, 10). De facto, se cada um fizer a sua parte, tudo será bem diferente!

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 20-05-2022.