sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Sábado, 01 de janeiro de 2022

 

Mãe de Deus

DIA DA PZ

 

 

 

LITURGIA

 

 

SANTA MARIA, MÃE DE DEUS – SOLENIDADE


Branco – Ofício da solenidade. Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. de Nossa Senhora.

L1: Num 6, 22-27; Sal 66 (67), 2-3. 5- 6 e 8
L2: Gal 4, 4-7
Ev: Lc 2, 16-21

* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* LV Dia Mundial da Paz.
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – Aniversário da aprovação do Instituto da Hospitalidade, mais tarde designado Ordem Hospitaleira (1572).
* Na Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição
– Santa Maria, Mãe de Deus, Padroeira do Vicariato Português – SOLENIDADE
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Ofertório para a Obra da Santa Infância.
* I Vésp. da Epifania do Senhor – Compl. dep. I Vésp. dom.

 

SANTA MARIA, MÃE DE DEUS

  

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Sedúlio
Salvé, Santa Mãe, que destes à luz o Rei do céu e da terra.

Ou cf. Is 9, 2.6; Lc 1,33
Hoje sobre nós resplandece uma luz: nasceu o Senhor.
O seu nome será admirável, Deus forte, Pai da eternidade,
Príncipe da paz. E o seu reino não terá fim.
Diz-se o Glória.

ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus,
que, pela virgindade fecunda de Maria Santíssima,
destes aos homens a salvação eterna,
fazei-nos sentir a intercessão daquela
que nos trouxe o Autor da vida, Jesus Cristo, vosso filho.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I Num 6, 22-27
«Invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e Eu os abençoarei»


Leitura do Livro dos Números


O Senhor disse a Moisés: «Fala a Aarão e aos seus filhos e diz-lhes: Assim abençoareis os filhos de Israel, dizendo: ‘O Senhor te abençoe e te proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz’. Assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e Eu os abençoarei».

 
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 66 (67), 2-3.5.6 e 8 (R. 2a)
Refrão: Deus Se compadeça de nós
e nos dê a sua bênção. Repete-se

Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção,
resplandeça sobre nós a luz do seu rosto.
Na terra se conhecerão os seus caminhos
e entre os povos a sua salvação. Refrão

Alegrem-se e exultem as nações,
porque julgais os povos com justiça
e governais as nações sobre a terra. Refrão

Os povos Vos louvem, ó Deus,
todos os povos Vos louvem.
Deus nos dê a sua bênção
e chegue o seu temor aos confins da terra. Refrão

LEITURA II Gal 4, 4-7 «Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher»

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Gálatas

 
Irmãos: Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher e sujeito à Lei, para resgatar os que estavam sujeitos à Lei e nos tornar seus filhos adotivos. E porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: «Abá! Pai!». Assim, já não és escravo, mas filho. E, se és filho, também és herdeiro, por graça de Deus.


Palavra do Senhor.

ALELUIA Hebr 1, 1-2
Refrão: Aleluia. Repete-se
Muitas vezes e de muitos modos
falou Deus antigamente aos nossos pais pelos Profetas.
Nestes dias, que são os últimos,
Deus falou-nos por seu Filho. Refrão

EVANGELHO Lc 2, 16-21
«Encontraram Maria, José e o Menino.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Naquele tempo, os pastores dirigiram-se apressadamente para Belém e encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura. Quando O viram, começaram a contar o que lhes tinham anunciado sobre aquele Menino. E todos os que ouviam admiravam-se do que os pastores diziam. Maria conservava todos estes acontecimentos, meditando-os em seu coração. Os pastores regressaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes tinha sido anunciado. Quando se completaram os oito dias para o Menino ser circuncidado, deram-Lhe o nome de Jesus, indicado pelo Anjo, antes de ter sido concebido no seio materno.


Palavra da salvação.

Diz-se o Credo.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que dais origem a todos os bens
e os levais à sua plenitude,
nós vos pedimos,
nesta solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus:
Assim como celebramos festivamente as primícias da vossa graça,
tenhamos também a alegria de receber os seus frutos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio de Nossa Senhora I [na maternidade]
No Cânone Romano diz-se o communicantes (Em comunhão com toda a Igreja) próprio. Nas Orações Eucarísticas II e III faz-se também a comemoração própria do Natal.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Hebr 13, 8
Jesus Cristo, ontem e hoje e por toda a eternidade.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus,
recebemos com alegria os vossos sacramentos
nesta solenidade em que proclamamos
a Virgem Santa Maria, Mãe do vosso Filho e Mãe da Igreja:
fazei que esta comunhão nos ajude a crescer para a vida eterna.

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS: Num 6, 22-27: Recitada sobre o povo, que se havia reunido para o sacrifício da manhã, esta bênção sacerdotal é um augúrio de paz para os filhos de Israel. Esta «paz», que em si concentra todos os bens, é um dom de Deus. Invadiu o mundo com o Nascimento de Jesus, pois o Salvador, realizando em Si as promessas divinas de salvação, reconciliou-nos com o Pai e estabeleceu relações fraternais entre os homens. Mas esta Paz, que se fundamenta na Paternidade divina, é também uma conquista do homem. Na verdade, a paz, antes de ser uma realidade externa, é uma disposição interior. «Se antes não se travassem guerras em milhões de corações, também se não travariam no campo de batalha». Cada um de nós deve ser, pois, construtor da paz verdadeira.

Gal 4, 4-7: O Mistério da Incarnação realiza-se na plenitude dos tempos, no termo duma longa expectativa da humanidade, numa maravilhosa manifestação da benevolência divina. Em Cristo, com efeito, Deus cumula os homens de todas as bênçãos, concedendo-lhes a filiação divina e libertando-os da escravidão da lei mosaica. Para produzir, porém, este duplo efeito, a Encarnação realiza-se pela via normal dos homens e da lei. Cristo aceita um nascimento humano e a submissão à lei. A lei situa-O na História da Salvação, na História do Seu Povo; Maria situa-O entre os homens, Seus irmãos, que vem libertar e salvar, tornando-os, à Sua semelhança, filhos do Pai. Maria assume assim um papel insubstituível nesta revelação da Paternidade divina. É a Mãe de Deus, que concebe Seu Filho por obra e graça do Espírito Santo. É a Mãe da Igreja, Corpo de Cristo na terra.

Lc 2, 16-21: E, depois de oito dias, deram-Lhe o nome de Jesus» De todos aqueles que virão a ser adotados em Cristo como filhos de Deus, os pastores são os primeiros a receberem a Boa Notícia da Salvação. É, porém, junto de Maria, Sua Mãe, a primeira crente, a totalmente disponível a Deus, que encontram o Salvador e, n’Ele, se encontram com Deus. A intervenção discreta de Maria ajudou-os, na verdade, a descobrir o verdadeiro rosto de Seu Filho. «A Virgem Santíssima, predestinada para Mãe de Deus desde toda a eternidade, simultaneamente com a Encarnação do Verbo, por disposição da divina providência foi na terra a nobre Mãe do divino Redentor, a Sua mais generosa cooperadora e a escrava humilde do Senhor – Cooperou de modo singular, com a sua fé, esperança e ardente caridade, na obra do Salvador, para restaurar nas almas a vida sobrenatural. É por esta razão nossa Mãe na ordem da graça» (LG., 61).

 

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo.

10.00 horas: Missa em Arez

10.45 horas: Missa em Tolosa

11.00 horas: Missa em Nisa

12.00 horas: Missa em Alpalhão

12.00 horas: Missa em Gáfete

15.00 horas: Missa em Salavessa

15.00 horas: Missa em Pé da Serra

15.30 horas: Missa em Arneiro.

 

 

PENSAMENTO DO DIA

 

 

PARA TODOS: UM ANO ABENÇOADO

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

QUEM DERA QUE NINGUÉM TREPASSE POR AÍ...

 

Quando recebemos coisas de mão beijada, como, por exemplo, a saúde, a paz social, o bem estar familiar, regra geral não damos por isso, não as agradecemos nem lhes damos grande apreço. Logo que as perdemos, ficamos lacrimosos como bebés a quem se lhes retira a chupeta da boca! Sem querer ser acusa-pilatos, e desafiando quem quer que seja a atirar-lhes a primeira pedra, Adão e Eva escaqueiraram a harmonia paradisíaca. A riqueza que receberam, e gratuitamente usufruíam, foi por eles mandada às urtigas. Só depois de a terem perdido, é que lhe reconheceram o valor e a falta. Nada custa imaginar que após essa trágica aventura, possivelmente já em tensão um com o outro, tivessem zarpado lá para o fundo do quintal a carpir as mágoas de tal desgraça, sentados por lá numa qualquer pedra filosofal em jeito de poltrona almofadada e com a cobra feita mirone a gargalhar por ter levado a melhor. Assustados e de olhos arregalados até às orelhas, é de crer que se voltassem um para o outro e dissessem, tristes e amargurados: “eia!..., como a vida está difícil!...”.

Segundo a narração, logo ouviram passos no jardim a martelar-lhes a consciência. “Adão, onde é que tu estás?”. Ora, ora, onde é que ele estaria!... Reconhecendo a borrasca do seu gesto, uma desobediência que os coca-bichinhos gostariam de saber em que é que teria consistido, puseram-se ao fresco e ao largo. Foram-se esconder por entre o arvoredo e a vegetação, com medo e vergonha, sem assumir o erro, esgravatando desculpas. Como criaturas, tinham ultrapassado os limites que livremente deveriam reconhecer e respeitar. Não quiseram viver segundo o Criador. Queriam ser como Ele, mas sem Ele ou em vez d’Ele. Aceitar as leis da criação e as normas morais que regulam o exercício da liberdade não foi coisa que apreciassem. Preferiram optar por si próprios. Esqueceram a sua condição de criaturas, agiram contra todo o equilíbrio ecológico e contra o seu próprio bem. A sua dignidade e sentido existencial foram-se às malvas. Perderam a graça da santidade e da justiça originais que tinham recebido, não só para si, mas para toda a natureza humana. Assim, por um só homem entrou o pecado no mundo, e, pelo pecado, toda a criação ficou sujeita à servidão da corrupção e da morte. Embora não cometido por nós, embora fosse uma falta pessoal de Adão e Eva, e não nossa, todos ficamos privados da santidade e da justiça originais. A esta privação chamamos pecado original. Um pecado que se tornou próprio de cada um de nós. Todos nascemos com ele, por propagação, quer dizer, pela transmissão duma natureza humana privada da santidade e justiça originais. Chama-se pecado por analogia, por ser contraído, não cometido, por ser um estado, não um ato. Mas porquê, assim? Porque todo o género humano é, em Adão, como um só corpo dum único homem. De facto, como refere o Catecismo da Igreja Católica sobre esta matéria, que aconselho a ler desde o número 396 a 412, e donde fiz esta síntese sem preocupação de colocar algumas aspas, a transmissão do pecado original é um mistério que não podemos compreender plenamente, mas cujas consequências jamais deixaram de nos bater à porta.

Deus, porém, nunca desistiu de nós. Foi-nos manifestando a sua presença e cuidado por muitos meios e modos. Como expressão máxima da sua condescendência e pedagogia infinitas, enviou-nos o seu próprio Filho. Jesus é a Palava do Pai, é o Verbo encarnado entre nós! O Criador fez-se criatura para nos falar, para nos revelar o seu amor, para servir a humanidade e dar a vida em resgate de todos, para nos redimir, nos libertar do vínculo da culpa original. E assim, face à unidade de todo o género humano, como pelo pecado de um só veio para todos os homens a condenação, assim também, pela obra de justiça de um só veio para todos a justificação que dá a vida (cf. Rm 5, 18). À universalidade do pecado e da morte, opõe-se a universalidade da salvação em Cristo, onde abundou o pecado, superabundou a graça (cf. Rom 5,20). Todos estamos implicados no pecado de Adão do mesmo modo que todos estamos implicados na justificação de Cristo. Se não fosse coisa séria, como é que Deus Pai, que é infinitamente bom, enviaria o seu Filho à terra sabendo que iria ser morto, por nada, no vexame da cruz? É a partir desta certeza da fé, que a Igreja, em fidelidade a Cristo (Mt 28,18-20), anuncia, aconselha e celebra o Batismo para a remissão dos pecados, mesmo às crianças que não cometeram qualquer pecado pessoal. O Batismo, instituído por Cristo, não se deve adiar sem razão, o Papa Francisco tem insistido nisso. Ele apaga o pecado original, confere a vida da graça, reorienta-nos para Deus, torna-nos membros da Igreja, faz-nos templos do Espírito Santo e socio-cooperadores na construção do Reino de Deus, faz-nos usufruir de todas as graças que o Senhor nos oferece na sua Igreja e pela sua Igreja e das quais não devemos privar as próprias crianças. O Batismo é um dom, e tudo o que é dom de Deus implica colaboração humana. Sim, apesar de redimida por Cristo, a natureza humana ficou e persiste enfraquecida e inclinada para o mal. Dentro da sua liberdade, precisa de se concentrar no essencial, precisa de combate espiritual, precisa de aceitar e seguir a sinalética e as pistas que Jesus apontou para quem quiser trilhar os caminhos duma vida com sentido. Como afirmava São João Paulo II, “Ignorar que o homem tem uma natureza ferida, inclinada para o mal, dá lugar a graves erros no domínio da educação, da política, da ação social e dos costumes”.

Em fim de um ano civil, fazem-se análises e balanços, sempre em busca da verdade. Se há deficit, se há coisas mal feitas, procura-se ver como solucionar e como trepar no futuro. Num outro campo de ação, cada cristão também poderá provocar dentro de si a pergunta que Deus fez a Adão, ouvindo o próprio Deus a chamar-lhe pelo nome e a perguntar-lhe, não já sobre o resultado das empresas e empreendimentos, mas sobre o seu desempenho espiritual: “...onde é que tu estás?” Oxalá não seja a trepar pela infidelidade a Deus, à família, à Igreja, aos deveres laborais e sociais. Oxalá não seja a procurar desculpas para fugir a toda e qualquer espécie de compromisso em favor do bem comum e da boa cidadania. Oxalá ninguém esteja escondido por entre as esquinas do seu dia-a-dia para fazer o que quer e não o que deve. Oxalá ninguém se sinta com medo e vergonha porque despido de dignidade pela vida que leva ou locais que frequenta. Porque ninguém merece destruir-se, é importante dar sentido à vida, estar aberto às surpresas de Deus, agradecer-lhe o seu gesto de misericórdia para connosco e sentir a sua paz, uma paz que nos dinamiza em direção aos outros e na prática do bem.

Por estes dias, lemos, ouvimos e rezamos uma bênção a crescer em três tempos. Segundo os estudiosos da matéria, no original hebraico essa bênção tem três palavras na primeira parte, cinco na segunda e sete na terceira. Na Bíblia, os números ímpares são simbólicos, indicam a perfeição, têm qualidade. Ao iniciarmos um novo ano que todos desejamos seja o mais possível dentro da perfeição e da qualidade, aqui deixo essa bênção em jeito de oração por cada um: “O Senhor te abençoe e te proteja; O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz”.

Os Reis Magos, depois de terem encontrado, adorado e presenteado Jesus, regressaram a casa por outro caminho. Foi sempre assim: quem se deixa guiar pela Estrela e encontra Jesus, regressa sempre a casa por outro caminho, o caminho da conversão, da alegria e da paz dinâmica.

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 31-12-2021.

 

 

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Sexta, 31 de dezembro de 2021

 

Sexta-feira, 7º dia da Oitava do Natal

 

 

 

LITURGIA

 

 

Sexta-feira, 7º dia da Oitava do Natal

Branco – Ofício como nos dias 25 e 31. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. do Natal.

L 1 1 Jo 2, 18-21; Sal 95 (96), 1-2. 11-12. 13
Ev Jo 1, 1-18

* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial e no primeiro aniversário.
* Pode celebrar-se a memória de S. Silvestre I, papa, como se indica na p. 33, n.9.
* I Vésp. de Santa Maria, Mãe de Deus – Compl. dep. I Vésp. dom.

MISSA

 ANTÍFONA DE ENTRADA Is 9, 6
Um Menino nasceu para nós, um Filho nos foi dado.
Tem o poder sobre os seus ombros
e será chamado Conselheiro admirável.

Diz-se o Glória.

ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente, que estabelecestes o início e a plenitude da verdadeira religião no nascimento do vosso Filho, concedei-nos a graça de sermos contados entre os membros d’Aquele que resume em Si a salvação do mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I 1 Jo 2, 18-21
«Tendes a unção que vem do Santo e todos possuís a ciência»


Leitura da Primeira Epístola de S. João

Meus filhos, esta é a última hora. Ouvistes dizer que há de vir o Anticristo. Pois bem, surgiram já muitos anticristos e por isso sabemos que é a última hora. Eles saíram do meio de nós, mas não eram dos nossos. Se fossem dos nossos, teriam ficado connosco. Assim sucedeu para ficar bem claro que nem todos eram dos nossos. Vós, porém, tendes a unção que vem do Santo e todos possuís a ciência. Não vos escrevo por ignorardes a verdade, mas porque a conheceis e porque nenhuma mentira provém da verdade.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 95 (96), 1-2.11-12.13 (R. 11a)
Refrão: Alegrem-se os céus, exulte a terra. Repete-se

Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira.
Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome,
anunciai dia a dia a sua salvação. Refrão

Alegrem-se os céus, exulte a terra,
ressoe o mar e tudo o que ele contém.
Exultem os campos e quanto neles existe
alegrem-se as árvores dos bosques. Refrão

Diante do Senhor que vem,
que vem para julgar a terra.
Julgará o mundo com justiça
e os povos com fidelidade. Refrão

ALELUIA Jo 1, 14a.12a
Refrão: Aleluia Repete-se
O Verbo fez-Se carne e habitou entre nós.
Àqueles que O receberam deu-lhes o poder
de se tornarem filhos de Deus. Refrão


EVANGELHO Jo 1, 1-18
«O Verbo fez-Se carne»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No princípio, Ele estava com Deus. Tudo se fez por meio d’Ele e sem Ele nada foi feito. N’Ele estava a vida e a vida era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas e as trevas não a receberam. Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João. Veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos acreditassem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. O Verbo era a luz verdadeira, que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem. Estava no mundo e o mundo, que foi feito por Ele, não O conheceu. Veio para o que era seu e os seus não O receberam. Mas àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito, cheio de graça e de verdade. João dá testemunho d’Ele, exclamando: «Era deste que eu dizia: ‘O que vem depois de mim passou à minha frente, porque existia antes de mim’». Na verdade, foi da sua plenitude que todos nós recebemos graça sobre graça. Porque, se a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. A Deus, nunca ninguém O viu. O Filho Unigénito, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer.

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus, fonte da verdadeira devoção e da paz, fazei que esta oblação Vos glorifique dignamente e que a nossa participação nos sagrados mistérios reforce os laços da nossa unidade. Por Nosso Senhor.

Prefácio do Natal

ANTÍFONA DA COMUNHÃO 1 Jo 4, 9
Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito,
para que n’Ele tenhamos a vida.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Sustentai, Senhor, o vosso povo no presente e no futuro, com os auxílios da vossa infinita bondade, para que, com as alegrias que dispondes no seu caminho, se dirija mais confiadamente para os bens eternos. Por Nosso Senhor. 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS: 1 Jo 2, 18-21 :O Santo é Jesus: a unção é a Palavra de Deus que vem d’Ele, a Palavra que Se fez carne para poder ser escutada pelos homens. Essa Palavra dá-nos o conhecimento íntimo de Deus e o sentido profundo da vida e das coisas. Foi para que A escutássemos que Ela Se fez carne..

Jo 1, 1-18: Começamos hoje a ler o Evangelho de S. João de forma contínua, e, para tal, repetimos hoje a leitura da missa do Dia de Natal. É o hino com que abre o Evangelho sacramental de S. João. Tudo nele é revelação e aprofundamento do mistério do Verbo feito carne.

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

18.00 horas: Missa em Nisa

18.00 horas: Missa em Alpalhão.

 

 

PENSAMENTO DO DIA

 

 

«Buscai primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»

São João XXIII

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

SEMPRE EM CONSTRUÇÃO... SEMPRE INACABADA ...

 Individualmente, em família e em comunidade, celebramos a grande solenidade do nascimento de Jesus, o acontecimento mais sublime de toda a história da humanidade. Celebrar o Natal de Jesus faz vir ao de cima sentimentos de gratidão por tudo quanto veio trazer à história da humanidade, à vida de cada família e de cada pessoa. Embora, na liberdade que lhe assiste, o mundo moderno queira endeusar o homem e construir uma humanidade nova sem Deus, não é lícito nem saudável negar, esquecer, minimizar ou querer substituir aquele que tudo fez e continua a fazer pela humanização e salvação da humanidade, apresentando-se como o príncipe da paz, o caminho, a verdade e a vida. Sempre que Deus tem sido ignorado ou se tenta manipular, o homem é desprezado e a história fica escrita com sangue, sofrimento e morte que a todos envergonha.

Logo a seguir do Natal de Jesus, temos a festa da Sagrada Família, a família de Jesus. Uma família migrante e pobre, das periferias. Uma família sofrida, mas feliz e cheia de esperança. A sua aliança de amor e fidelidade a Deus, de um ao outro, e de ambos a Jesus, mesmo no meio da fragilidade, “ilumina o princípio que dá forma a cada família e a torna capaz de enfrentar melhor as vicissitudes da vida e da história”. A vida desta Família ensina “o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu carácter sagrado e inviolável” (AL66).

Em Nazaré, cada um dos esposos é o companheiro de coração do outro, um cúmplice na história e na caminhada da sua vida. É um companheiro por excelência, com quem se enfrentam as alegrias e as tristezas da vida em saudável intimidade. Há um projeto comum estável, assumido numa decisão do coração e a envolver toda a existência. Há um amor mutuamente prometido, capaz de superar os mal entendidos, os conflitos e os possíveis sentimentos ou estados de ânimo. Acima de todas as vergastadas que a vida vai infligindo, acima de toda e qualquer circunstância menos boa, há neles um querer-se bem mais profundo a manter viva a decisão de se amarem, de se pertencerem, de partilharem a vida inteira, amando-se, perdoando-se, continuando a amar-se e a perdoar-se, celebrando cada nova etapa com alegria e esperança, com carinho e ternura.

A família, constituída por um homem e uma mulher e aberta à vida, não é uma realidade estática, é dinâmica, é um caminho de crescimento, sem idealismos utópicos nem pessimismos que entorpeçam . É uma tarefa sempre inacabada e sempre em construção por todos os seus membros. Reclama pormenores de qualidade e arte no trato. Exige ternura e delicadeza de gestos. Pede criatividade em surpresas mútuas que gerem alegria e bem estar. É um espaço sagrado, um lugar de refúgio, uma escola onde se fomenta a cultura da entreajuda, do respeito pela diferença e pelas diversas gerações. É a primeira escola do diálogo, da amizade, da compreensão, da tolerância, da delicadeza, do perdão, da paciência. Ali se transmite o amor à Igreja, se reza e ensina a rezar, se aprende o sentido da partilha, da generosidade, da gratidão, do apoio aos fragilizados, do saber esperar, da troca de experiências que ajudam a crescer, do interesse e compromisso pela construção do bem comum, da cidadania responsável. A família que se ama, se constrói e reconstrói com alegria e esperança, é lâmpada que não se pode colocar debaixo do alqueire mas bem alto no candelabro. Aí, sendo em Cristo esperança e luz do mundo, ela alumia a todos como boa nova para o futuro da humanidade.

 

Com o Papa Francisco, rezemos pela Família:


“Jesus, Maria e José,

em Vós contemplamos

o esplendor do verdadeiro amor,

confiantes, a Vós nos consagramos.

Sagrada Família de Nazaré,

tornai também as nossas famílias

lugares de comunhão e cenáculos de oração,

autênticas escolas do Evangelho

e pequenas igrejas domésticas.

Sagrada Família de Nazaré,

que nunca mais haja nas famílias

episódios de violência, de fechamento e divisão;

e quem tiver sido ferido ou escandalizado

seja rapidamente consolado e curado.

Sagrada Família de Nazaré,

fazei que todos nos tornemos conscientes

do carácter sagrado e inviolável da família,

da sua beleza no projeto de Deus.

Jesus, Maria e José,

ouvi-nos e acolhei a nossa súplica.

Amém.”


Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 24-12-2021,

 

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Quinta, 30 de dezembro de 2021

 

Quinta-feira, 6º dia da Oitava do Natal

 

 

 

LITURGIA

 

 

Quinta-feira, 6º dia da Oitava do Natal

Branco – Ofício como nos dias 25 e 30. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. do Natal.

L 1 1 Jo 2, 12-17; Sal 95 (96), 7-8a. 8b-9. 10
Ev Lc 2, 36-40

* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial e no primeiro aniversário.

 

MISSA

 ANTÍFONA DE ENTRADA Sab 18, 14-15
Quando um profundo silêncio envolvia todas as coisas
e a noite estava no meio do seu curso, a vossa palavra omnipotente, Senhor, desceu do seu trono real.

Diz-se o Glória.


ORAÇÃO COLECTA
Concedei, Deus omnipotente, que o novo nascimento, segundo a carne, do vosso Filho Unigénito nos liberte da antiga escravidão em que nos retém o jugo do pecado. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 1 Jo 2, 12-17
«Aquele que faz a vontade de Deus permanece eternamente»


Leitura da Primeira Epístola de São João


Escrevo-vos, meus filhos, porque os vossos pecados foram perdoados, pelo nome de Jesus. Escrevo-vos, pais, porque conheceis Aquele que existe desde o princípio. Escrevo-vos, jovens, porque vencestes o Maligno. Escrevo-vos, meus filhos, porque conheceis o Pai. Escrevo-vos, pais, porque conheceis Aquele que existe desde o princípio. Escrevo-vos, jovens, porque sois fortes e a palavra de Deus permanece em vós e vencestes o Maligno. Não ameis o mundo nem o que existe no mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai. Porque tudo o que há no mundo – concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e orgulho da riqueza – não vem do Pai, mas do mundo. Ora o mundo passa com as suas concupiscências, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece eternamente.


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 95 (96), 7-8a.8b-9.10 (R.11a)
Refrão: Alegrem-se os céus, exulte a terra. Repete-se

Dai ao Senhor, ó família dos povos,
dai ao Senhor glória e poder,
dai ao Senhor a glória do seu nome. Refrão

Levai-Lhe oferendas e entrai nos seus átrios,
adorai o Senhor com ornamentos sagrados,
trema diante d’Ele a terra inteira. Refrão

Dizei entre as nações: «O Senhor é Rei»,
sustenta o mundo e ele não vacila,
governa os povos com equidade. Refrão


ALELUIA
Refrão: Aleluia Repete-se
Santo é o dia que nos trouxe a luz.
Vinde adorar o Senhor.
Hoje, uma grande luz desceu sobre a terra. Refrão


EVANGELHO Lc 2, 36-40
«Falava acerca do Menino
a todos os que esperavam a libertação de Israel»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Quando os pais de Jesus levaram o Menino a Jerusalém, a fim de O apresentarem ao Senhor, estava no templo uma profetiza, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada e tinha vivido casada sete anos após o tempo de donzela e viúva até aos oitenta e quatro. Não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações. Estando presente na mesma ocasião, começou também a louvar a Deus e a falar acerca do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Cumpridas todas as prescrições da Lei do Senhor, voltaram para a Galileia, para a sua cidade de Nazaré. Entretanto, o Menino crescia e tornava-Se robusto, enchendo-Se de sabedoria. E a graça de Deus estava com Ele.


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, os dons da vossa Igreja, para que receba nestes santos mistérios os bens em que pela fé acredita. Por Nosso Senhor.

Prefácio do Natal

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 1, 16
Da plenitude de Cristo todos nós recebemos
graça sobre graça.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus de infinita bondade, que, pela participação, neste sacramento, vindes ao nosso encontro, fazei-nos sentir os seus frutos de santidade, para que o dom recebido nos disponha a recebê-lo cada vez melhor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS: 1 Jo 2, 12-17: O Apóstolo concretiza a vontade de Deus na vida concreta das pessoas, na dos pais, na dos filhos, na dos jovens, duas vezes mencionados como triunfadores do Maligno, o Espírito do Mal, na de todos os que querem viver em Cristo. Estes são os verdadeiros senhores do mundo e do próprio tempo, porque viverão para além do tempo.

Lc 2, 36-40: Ao lado de Simeão estava Ana, a profetiza, aquela que reconheceu também Jesus e d’Ele falava a todos os que encontrava. Falava-lhes d’Ele como o libertador de Jerusalém. Ultrapassaria ela a situação política desse tempo? Jerusalém estava dominada por estrangeiros! A nossa fé leva-nos hoje ainda mais longe: Jesus é o Salvador de todos os homens, para além dos condicionalismos temporais e terrenos de cada um.

 

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

14.00 horas: Funeral em Tolosa

15.30 horas: Funeral em Nisa para Monte Claro

18.00 horas: Missa em Nisa.

 

 

PENSAMENTO DO DIA

 

 

«Buscai primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»

São João XXIII

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

SEMPRE EM CONSTRUÇÃO... SEMPRE INACABADA ...

 Individualmente, em família e em comunidade, celebramos a grande solenidade do nascimento de Jesus, o acontecimento mais sublime de toda a história da humanidade. Celebrar o Natal de Jesus faz vir ao de cima sentimentos de gratidão por tudo quanto veio trazer à história da humanidade, à vida de cada família e de cada pessoa. Embora, na liberdade que lhe assiste, o mundo moderno queira endeusar o homem e construir uma humanidade nova sem Deus, não é lícito nem saudável negar, esquecer, minimizar ou querer substituir aquele que tudo fez e continua a fazer pela humanização e salvação da humanidade, apresentando-se como o príncipe da paz, o caminho, a verdade e a vida. Sempre que Deus tem sido ignorado ou se tenta manipular, o homem é desprezado e a história fica escrita com sangue, sofrimento e morte que a todos envergonha.

Logo a seguir do Natal de Jesus, temos a festa da Sagrada Família, a família de Jesus. Uma família migrante e pobre, das periferias. Uma família sofrida, mas feliz e cheia de esperança. A sua aliança de amor e fidelidade a Deus, de um ao outro, e de ambos a Jesus, mesmo no meio da fragilidade, “ilumina o princípio que dá forma a cada família e a torna capaz de enfrentar melhor as vicissitudes da vida e da história”. A vida desta Família ensina “o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu carácter sagrado e inviolável” (AL66).

Em Nazaré, cada um dos esposos é o companheiro de coração do outro, um cúmplice na história e na caminhada da sua vida. É um companheiro por excelência, com quem se enfrentam as alegrias e as tristezas da vida em saudável intimidade. Há um projeto comum estável, assumido numa decisão do coração e a envolver toda a existência. Há um amor mutuamente prometido, capaz de superar os mal entendidos, os conflitos e os possíveis sentimentos ou estados de ânimo. Acima de todas as vergastadas que a vida vai infligindo, acima de toda e qualquer circunstância menos boa, há neles um querer-se bem mais profundo a manter viva a decisão de se amarem, de se pertencerem, de partilharem a vida inteira, amando-se, perdoando-se, continuando a amar-se e a perdoar-se, celebrando cada nova etapa com alegria e esperança, com carinho e ternura.

A família, constituída por um homem e uma mulher e aberta à vida, não é uma realidade estática, é dinâmica, é um caminho de crescimento, sem idealismos utópicos nem pessimismos que entorpeçam . É uma tarefa sempre inacabada e sempre em construção por todos os seus membros. Reclama pormenores de qualidade e arte no trato. Exige ternura e delicadeza de gestos. Pede criatividade em surpresas mútuas que gerem alegria e bem estar. É um espaço sagrado, um lugar de refúgio, uma escola onde se fomenta a cultura da entreajuda, do respeito pela diferença e pelas diversas gerações. É a primeira escola do diálogo, da amizade, da compreensão, da tolerância, da delicadeza, do perdão, da paciência. Ali se transmite o amor à Igreja, se reza e ensina a rezar, se aprende o sentido da partilha, da generosidade, da gratidão, do apoio aos fragilizados, do saber esperar, da troca de experiências que ajudam a crescer, do interesse e compromisso pela construção do bem comum, da cidadania responsável. A família que se ama, se constrói e reconstrói com alegria e esperança, é lâmpada que não se pode colocar debaixo do alqueire mas bem alto no candelabro. Aí, sendo em Cristo esperança e luz do mundo, ela alumia a todos como boa nova para o futuro da humanidade.

 

Com o Papa Francisco, rezemos pela Família:


“Jesus, Maria e José,

em Vós contemplamos

o esplendor do verdadeiro amor,

confiantes, a Vós nos consagramos.

Sagrada Família de Nazaré,

tornai também as nossas famílias

lugares de comunhão e cenáculos de oração,

autênticas escolas do Evangelho

e pequenas igrejas domésticas.

Sagrada Família de Nazaré,

que nunca mais haja nas famílias

episódios de violência, de fechamento e divisão;

e quem tiver sido ferido ou escandalizado

seja rapidamente consolado e curado.

Sagrada Família de Nazaré,

fazei que todos nos tornemos conscientes

do carácter sagrado e inviolável da família,

da sua beleza no projeto de Deus.

Jesus, Maria e José,

ouvi-nos e acolhei a nossa súplica.

Amém.”


Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 24-12-2021,