PARÓQUIAS
DE NISA
Sexta.
15 de maio de 2020
Sexta da V semana do tempo de Páscoa
ALELUIA!
ALELUIA! ALELUIA!
CRISTO
RESSUSCITOU!
CELEBREMOS
SEXTA-FEIRA
da semana V
Branco – Ofício da
féria.
Missa da féria, pf. pascal.
Missa da féria, pf. pascal.
L 1 Act 15, 22-31; Sal 56 (57), 8-9. 10-11
Ev Jo 15, 12-17
* Na Arquidiocese de Évora – S. Manços, mártir – MO
* Na Diocese de Viseu – S. Frei Gil, presbítero – MO
* Na Ordem Beneditina e na Congregação dos Sagrados Corações – S. Pacómio, abade – MO
* Na Ordem de Cister e na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – S. Pacómio, abade – MO
* Na Ordem de São Domingos – B. Gil de Vouzela, presbítero – MO
* Nos Irmãos das Escolas Cristãs – S. João Baptista de La Salle, presbítero, Fundador dos Irmãos das Escolas Cristãs, Padroeiro dos Educadores e Professores Cristãos – SOLENIDADE
* Nas Oblatas do Divino Coração – Aniversário da fundação (1926).
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Ap 5, 12
O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o poder e a riqueza, a sabedoria, a honra e o louvor. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei-nos, Senhor, que a nossa vida se conforme plenamente ao mistério que celebramos, de modo que a alegria deste tempo pascal nos fortaleça e defenda no caminho da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Actos 15, 22-31
«O Espírito Santo e nós resolvemos não vos impor outras obrigações além destas que são indispensáveis»
As conclusões do “concílio” de Jerusalém são apresentadas como resoluções do Espírito Santo e dos Apóstolos. É esta uma das afirmações mais significativas da consciência que a Igreja primitiva tem de ser o lugar onde o Espírito de Deus está presente e actua, prolongando a presença e a atuação do Senhor. Aquelas conclusões foram depois comunicadas às diversas comunidades numa carta, que será uma verdadeira “encíclica”, isto é, uma carta destinada a circular entre todas.
Leitura dos Atos dos Apóstolos
O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o poder e a riqueza, a sabedoria, a honra e o louvor. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei-nos, Senhor, que a nossa vida se conforme plenamente ao mistério que celebramos, de modo que a alegria deste tempo pascal nos fortaleça e defenda no caminho da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Actos 15, 22-31
«O Espírito Santo e nós resolvemos não vos impor outras obrigações além destas que são indispensáveis»
As conclusões do “concílio” de Jerusalém são apresentadas como resoluções do Espírito Santo e dos Apóstolos. É esta uma das afirmações mais significativas da consciência que a Igreja primitiva tem de ser o lugar onde o Espírito de Deus está presente e actua, prolongando a presença e a atuação do Senhor. Aquelas conclusões foram depois comunicadas às diversas comunidades numa carta, que será uma verdadeira “encíclica”, isto é, uma carta destinada a circular entre todas.
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, os Apóstolos e os anciãos, de acordo com toda a Igreja de Jerusalém, resolveram escolher alguns irmãos, para os mandarem a Antioquia com Barnabé e Paulo: eram Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens de autoridade entre os irmãos. Mandaram por eles esta carta: «Os Apóstolos e os anciãos, irmãos vossos, saúdam os irmãos de origem pagã, residentes em Antioquia, na Síria e na Cilícia. Tendo sabido que, sem nossa autorização, alguns dos nossos vos foram inquietar, perturbando as vossas almas com as suas palavras, resolvemos de comum acordo escolher delegados para vo-los enviarmos, juntamente com os nossos queridos Barnabé e Paulo, homens que expuseram a vida pelo nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso vos mandamos Judas e Silas, que vos transmitirão de viva voz as nossas decisões. O Espírito Santo e nós decidimos não vos impor outras obrigações, além destas que são indispensáveis: abster-vos das carnes imoladas aos ídolos, do sangue, das carnes sufocadas e das relações imorais. Procedereis bem, evitando tudo isto. Adeus». Feitas as despedidas, os delegados desceram a Antioquia, onde reuniram a assembleia e entregaram a carta. Quando a leram, todos ficaram contentes com aquelas palavras de estímulo.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 56 (57), 8-9.10-11 (R. cf. 10a)
Refrão: Eu Vos louvarei, Senhor, no meio dos povos. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Firme está meu coração, ó Deus;
meu coração está firme:
quero cantar e salmodiar.
Desperta, minha alma; despertai, lira e cítara:
quero acordar a aurora. Refrão
Louvar-Vos-ei, Senhor, entre os povos,
cantar-Vos-ei entre as nações;
porque aos céus se eleva a vossa bondade
e até às nuvens a vossa fidelidade. Refrão
ALELUIA Jo 15, 15b
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu chamo-vos amigos, diz o Senhor,
porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a meu Pai. Refrão
EVANGELHO Jo 15, 12-17
«É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros»
A insistência de Jesus para que os seus discípulos vivam no amor mútuo está na continuação lógica do amor que Ele próprio lhes tem, o qual, por sua vez, manifesta o amor que o Pai tem por eles, e que, deste modo, lhes manifesta que a força que comanda toda a história da salvação é o amor de Deus. De facto, essa história revela claramente que Deus é amor. E o amor que os homens possam manifestar, tanto para com Deus como de uns para com os outros, não é mais do que sinal de que reconhecem e compreendem aquele amor de Deus.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a meu Pai. Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça. E assim, tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá. O que vos mando é que vos ameis uns aos outros».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, estes dons que Vos oferecemos como sacrifício espiritual, e fazei de nós mesmos uma oblação eterna para vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio pascal
ANTÍFONA DA COMUNHÃO
Cristo crucificado
ressuscitou dos mortos para nos salvar. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Depois de recebermos estes dons sagrados, humildemente Vos pedimos, Senhor: o sacramento que o vosso Filho nos mandou celebrar em sua memória, aumente sempre a nossa caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
« O Rosário, de
facto, ainda que caracterizado pela sua fisionomia mariana, no seu âmago é
oração cristológica»
S. João Paulo
II
ROSARIUM
VIRGINIS MARIAE I
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS I:
AGENDA DO DIA
09.30 horas: Funeral em Alpalhão
12.00 horas: Oração em rede pedindo a erradicação da
epidemia covid – 19.
18.00 horas:
Eucaristia
_________________________________________
MAIO, MÊS DE MARIA
Terço diário
É um costume muito louvável de rezar o terço
todos os dias. Sabemos todos as graças que recebemos por tão bela devoção.
Desde há muito que o povo cristão se habituou a rezar o terço comunitariamente
na Igreja, durante o mês de maio. Neste ano, devido ao covid-19, e por velarmos
pela saúde de todos, não nos reunimos no ambiente apropriado que é a Igreja
paroquial. Esperamos que, num dia muito em breve, o possamos realizar com toda
a segurança. Entretanto Deus quer que valorizemos o ambiente familiar para que,
como igreja doméstica que somos, a santifiquemos com a proteção de Nossa
Senhora, rezando diariamente o terço.
Para facilitar, apresentaremos diariamente ume
meditação sobre os mistérios do terço. Pensamos que poderá facilitar na oração
pessoal e familiar.
_____________________________________
DIA 15
MISTÉRIOS DOLOROSO
INTRODUÇÃO:
No Evangelho de hoje, Jesus dá-nos uma
missão: sermos semeadores do Amor! “Este
é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei. Ninguém tem
maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos amigos” (Jo 15, 12-13). A
paixão de Cristo é o expoente máximo do amor de Deus pela humanidade. Nela
encontramos o sentido da nossa vida e é por ela que somos resgatados e livres.
É com um amor infinito que Jesus morre por nós na cruz. Como Maria e como
Jesus, somos também chamados a abraçar a cruz, anunciando ao mundo a grandeza
incomensurável do Amor de Deus.
PRIMEIRO MISTÉRIO:
ORAÇÃO E AGONIA NO
JARDIM DAS OLIVEIRAS
“Jesus
disse a Pedro, Tiago e João: a minha alma está numa tristeza de morte, ficai aqui
e vigiai comigo. Afastando-se caiu com o rosto por terra em oração” (Mt 26,
36-39). Jesus reza no momento mais difícil e desesperante
da sua vida. É na comunhão total e íntima com o Pai, que renova o sentido da
sua missão. Rezemos para que as nossas famílias saibam encontrar na oração o
refúgio e o conforto do Amor divino. sofrimento em amor.
SEGUNDO MISTÉRIO:
FLAGELAÇÃO DE NOSSO
SENHOR JESUS CRISTO
“Então
Pilatos mandou que levassem Jesus e o açoitassem. Entretanto os que guardavam
Jesus troçavam dele e maltratavam-no cobriam-lhe o rosto e perguntavam-lhe:
Adivinha quem te bateu? E muitos outros insultos proferiam contra ele” (Jo 19,
1-4). O sangue derramado por Jesus no pátio do governador
Pilatos é a prova de que abraça o Amor do Pai por nós até às últimas
consequências. Que também nós, à semelhança de Jesus e de Maria, saibamos amar
assim, respondendo fielmente à vocação a que somos chamados.
TERCEIRO MISTÉRIO:
A COROAÇÃO DE ESPINHOS
“Depois
os soldados entrelaçaram uma coroa de espinhos e cravaram-na na cabeça e
cobriram-no com um manto de púrpura” (Mt 27, 29).
A humilhação imposta pela ironia dos soldados dá expressão visível à coroa de
amor que Jesus quis assumir para nossa salvação. Rezemos por todas as vítimas
inocentes das injustiças e da violência.
QUARTO MISTÉRIO:
JESUS A CAMINHO DO
CALVÁRIO E O ENCONTRO COM SUA MÃE
“Quando
o conduziam lançaram mão de um certo Simão de Cirene, e carregaram-no com a
cruz, para a levar atrás de Jesus” (Lc 23, 26).
Na verdade, Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e carregou as nossas
dores. Peçamos a Deus pelas pessoas que, na nossa sociedade atual, todos os
dias, carregam a cruz do desemprego, da pobreza, da fome, da doença, da
indiferença e da discriminação.
QUINTO MISTÉRIO: CRUCIFIXÃO
E MORTE DE JESUS
“Por
volta do meio-dia as trevas cobriram toda a região até às três horas da tarde.
Jesus exclamou: «Pai nas tuas mãos entrego o meu espírito!» Dito isto expirou”
(Lc 23, 44-46). Jesus enfrenta a morte com um ato de
amor, entregando-se ao Pai. Rezemos, por intercessão da Mãe dolorosa, por todas
as famílias que estão a passar por situações difíceis, para que a força
redentora do amor de Jesus, fiel até ao fim, lhes renove a fé e a esperança.
PRECE:
Senhor Jesus, pedimos-Te pelas nossas
famílias, pelos nossos sacerdotes, seminários e seminaristas, para que, à
semelhança de Maria, cumpram o mandamento do Amor, onde o “Vento do Espírito”
interpele e inspire e os torne semeadores de Esperança, anunciando-te ao mundo
com alegria.
A VOZ DO PASTOR
A FRAGILIDADE HUMANIZA A VIDA
O
Sr. Presidente da Assembleia da República, em 25 de abril, marcou pontos ao
propor um minuto de silêncio pelos mortos com o covid-19. Com certeza que
colocou muitos portugueses em guerra com as lágrimas que teimavam em rolar por
cara abaixo. Eu vi, foi um momento solene, bonito e humano, também me perfilei!
Mas logo pensei: que bom seria se o mesmo sentimento fizesse levantar os
senhores parlamentares a fazer um minuto de silêncio por dezenas e dezenas de
milhar de crianças saudáveis que foram mortas antes de nascer. Ou será que
dizer que “as crianças são o melhor do mundo”, é coisa de poetas?... Segundo um
recente estudo feito com números oficiais do INE e da DGS, já ultrapassam 200
mil as crianças abortadas desde julho de 2007, fora os que não se sabe ou fogem
ao controle. A culpa daquelas mortes que mereceram um minuto de silêncio no
Parlamento não foi dos ilustres deputados ali mui solenes. Foi do covid-19. A
morte de dezenas e dezenas de milhar de crianças que foram mortas não foi culpa
do covid-19. Foi das leis que os senhores representantes do povo ali amassaram
e cozinharam em nome da liberdade, lavando tranquilamente as mãos
ensanguentadas e como se a verdade e a vida dependessem de maiorias
parlamentares. Como se não bastasse, ainda se esticam a carpir mágoas pelo
calamitoso “inverno demográfico” que atravessamos! Aquelas mortes foram
consequência “de uma grave pandemia internacional”, disse o Sr. Presidente, e
bem. Estas, a das crianças, são a prova de um enorme descarte nacional apoiado
pelo Estado insensível aos gritos de quem pede socorro e não se pode defender,
isto digo eu e muitos, mas não vale nada. Para os legisladores sábios e
omnipotentes, somos retrógrados demais para entender os sentimentos e a ciência
daquelas cátedras e os seus pinchos civilizacionais!... Ai se essas 200 mil
crianças se pudessem manifestar em direção ao Parlamento!... como seria
bonito!... como seria uma vergonha!... No entanto, se tal bonito não pode
acontecer, a vergonha não deixará de o ser!..
.
“Onde
está o teu irmão Abel?”. Caim, que tinha amuado com os êxitos do irmão e o
matara, respondeu: “Não sei. Sou, porventura, o guarda do meu irmão?”. E de
novo: “Que fizeste? Ouço o sangue do teu irmão a clamar da terra por Mim”. E
Caim, caindo em si, disse a Deus: “A minha culpa é grande e atormenta-me...”
(cf. Gn4, 9-13).
O
projeto inicial da fraternidade era fazer com que cada um fosse protetor e se
alegrasse com a presença do outro, em liberdade. É certo que o egoísmo e a
dureza do coração humano desvirtuaram este projeto. Cristo, porém, veio
restabelecê-lo, dando a vida, por amor. Ele é o Senhor da Vida! Dois mil anos
depois, a humanidade ainda não entendeu, não quer entender, é preconceituosa
demais. O direito à vida é um direito natural fundamental: “não matarás”! É reconhecido
pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e todos os tratados que abordam
tais direitos. A Constituição Portuguesa escreve que “a vida humana é
inviolável”, que “em caso algum haverá pena de morte”, que “a integridade moral
e física das pessoas é inviolável”, que “ninguém pode ser submetido a tortura,
nem a tratos ou penas cruéis, degradantes ou desumanos” (Artigos 24º e 25º).
Tais crianças foram condenadas à morte, injustamente, com tratos desumanos e
degradantes, por quem abriu as portas ao aborto e disponibilizou, para o
efeito, o Serviço Nacional de Saúde e os estabelecimentos de saúde privados e
autorizados. Tudo foi facilitado para destruir os mais frágeis, para lhes negar
o primeiro e fundamental direito e promover a cultura da morte. O aborto
clandestino, uma tragédia que a todos envergonha, impõe saber as causas que
levam a isso, erradicá-las tanto quanto possível e educar para o respeito pela
vida própria e alheia, e apoiar a maternidade e as famílias. À pergunta sobre
“onde está o teu irmão?”, ninguém, muito menos quem tem o dever de cuidar e
proteger a vida e de promover a sua qualidade, ninguém, poderá assobiar para o
ar e esquivar-se à responsabilidade, dizendo: “Não sei. Sou, porventura, o
guarda do meu irmão?”. Sim, és, somos!
Agora,
estão sobre a mesa quatro projetos de lei que se propõem definir e regular os
casos e as condições em que não seja punível a provocação intencional da morte
de uma pessoa, a seu pedido, homicídio, ou por si própria, suicídio. Os artigos
134º e 135º do Código Penal afirmam que quem matar outra pessoa a seu pedido
sério e expresso, ou quem incitar outra pessoa a suicidar-se, ou lhe prestar
ajuda para esse fim, seja punido com pena de prisão. Para levarem a água ao seu
moinho, usam-se eufemismos, como, “antecipação da morte a pedido” ou “morte
medicamente assistida”. E também se usam, acentuam e exploram os sentimentos de
humanidade e compaixão para com quem sofre, como a quererem convencer que pedir
que o matem ou matar-se seja um exercício da liberdade para se morrer com
dignidade e acabar com o sofrimento. É por isso que o resultado de um
Referendo, quando a campanha se torna camaleónica e empática para explorar os
sentimentos do povo, é sempre problemático, o povo rege-se mais pelos
sentimentos de compaixão que lhe fizeram despertar do que pela razão e a
verdade que lhe esconderam, para, no fim, baterem palmas e cantarem vitória,
mas não deixará de ser uma verdadeira derrota para a humanidade! Com a morte
suprime-se a própria raiz da liberdade, não se acaba com o sofrimento, acaba-se
com a vida. Também afirmam que é só para casos excecionais. Há dados conhecidos
de países em que tal prática se liberalizou, que os critérios para a sua
aplicação estão em constante alargamento, já aumentaram cem vezes mais, e
sempre em nome da perda da dignidade da pessoa! Depois da demência na mira de
alguns partidos, também já lançaram a discussão política e social para
legalizar a eutanásia para aqueles que, não tendo qualquer doença, estão fartos
de viver e querem requisitar os serviços da barca de Caronte. E mais
veremos!...
Garantir
ao doente um fim de vida digno não é levá-lo a pedir a morte. É garantir-lhe os
cuidados paliativos que aliviem o sofrimento físico e psíquico e todos os
cuidados a que tem direito, os quais revestem a natureza de uma imposição
constitucional, conforme o artigo 64º da Constituição. E como é bom saber que
profissionais da saúde cumprem os seus deveres de solicitude e de compromisso
para com os mais frágeis e os mais vulneráveis, sentindo-se chamados a tratar a
pessoa e não apenas a sua doença. Um abraço de gratidão para eles nestes tempos
tão difíceis! Uma sociedade que não cuida dos mais velhos carrega o vírus da
morte e os jovens não têm futuro (Francisco).
“A
Fragilidade humaniza a vida” é o tema da Semana da Vida que em Portugal, este
ano, decorre de 10 a 17 deste mês de maio.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 08-04-2020.
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