terça-feira, 12 de maio de 2020






PARÓQUIAS DE NISA




Quarta, 13 de maio de 2020








Quarta da V semana do tempo de Páscoa









ALELUIA! ALELUIA! ALELUIA!

CRISTO RESSUSCITOU!

CELEBREMOS





QUARTA-FEIRA da semana V
Nossa Senhora de Fátima – FESTA
Branco – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. de Nossa Senhora.

L 1 Ap 11, 19a; 12, 1-6a. 10ab; Sal 44 (45), 11-12. 14-15. 16-17
Ev Lc 11, 27-28

* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Na Diocese de Leiria-Fátima (Padroeira principal) – Nossa Senhora de Fátima – SOLENIDADE
* Na Ordem Cartusiana – Nossa Senhora de Fátima – SOLENIDADE
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo e no Instituto Missionário da Consolata – Nossa Senhora de Fátima, Padroeira principal da Província Portuguesa – FESTA
* Na Congregação das Irmãs Reparadoras de Nossa Senhora de Fátima – Nossa Senhora de Fátima, Titular e Padroeira principal da Congregação – SOLENIDADE
* Na Congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima – Nossa Senhora de Fátima, Titular da Congregação – SOLENIDADE
* No Instituto dos Servos do Coração Imaculado de Maria – Aniversário da fundação do Instituto (1991).
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Nossa Senhora de Fátima – MO



NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

Nota Histórica:
No ano 1917, quando o mundo se debatia ainda nas violências e atrocidades da guerra, a Virgem Maria apareceu seis vezes em Fátima a três pastorinhos, Lúcia, Jacinta e Francisco. Por meio deles, a Santa Mãe de Deus recomendou insistentemente aos homens a firmeza da fé e o espírito de oração, penitência e reparação. O culto de Nossa Senhora de Fátima, depois de ter sido aprovado pelo Bispo da diocese e mais tarde confirmado pela Autoridade Apostólica, foi especialmente honrado com a peregrinação do papa Paulo VI ao local das aparições no ano 1967 e João Paulo II nos anos 1982 e 1991.


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Hebr 4, 16
Vamos confiantes ao trono da graça
e alcançaremos a misericórdia do Senhor. Aleluia.

Onde se celebra como Festa, diz-se o Glória.


ORAÇÃO COLECTA
Deus de infinita bondade,
que nos destes a Mãe do vosso Filho como nossa Mãe,
concedei-nos que, seguindo os seus ensinamentos
e com espírito de verdadeira penitência e oração,
trabalhemos generosamente pela salvação do mundo
e pela dilatação do reino de Cristo.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Ap 11, 19a; 12, 1-6a.10ab
«Apareceu no Céu um sinal grandioso»


Leitura do Apocalipse de São João

O templo de Deus abriu-se no Céu
e a arca da aliança foi vista no seu templo.
Apareceu no Céu um sinal grandioso:
uma mulher revestida de sol,
com a lua debaixo dos pés
e uma coroa de doze estrelas na cabeça.
Estava para ser mãe
e gritava com as dores e ânsias da maternidade.
E apareceu no Céu outro sinal:
um enorme dragão cor de fogo,
com sete cabeças e dez chifres
e nas cabeças sete diademas.
A cauda arrastava um terço das estrelas do céu
e lançou-as sobre a terra.
O dragão colocou-se diante da mulher que estava para ser mãe,
para lhe devorar o filho, logo que nascesse.
Ela teve um filho varão,
que há-de reger todas as nações com ceptro de ferro.
O filho foi levado para junto de Deus e do seu trono
e a mulher fugiu para o deserto,
onde Deus lhe tinha preparado um lugar.
E ouvi uma voz poderosa que clamava no Céu:
«Agora chegou a salvação, o poder e a realeza do nosso Deus
e o domínio do seu Ungido».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 44 (45), 11-12.14-15.16-17 (R. 11a)
Refrão: Escuta e inclina-te diante do Senhor.

Ouve, filha, vê e presta atenção,
esquece o teu povo e a casa de teu pai.
De tua beleza se enamora o Rei,
Ele é o teu Senhor, presta-Lhe homenagem.

A filha do Rei avança cheia de esplendor:
de brocados de ouro são os seus vestidos.
Com um manto multicor é apresentada ao Rei,
seguem-na as donzelas, suas companheiras.

Cheias de entusiasmo e alegria,
entram no palácio do Rei.
Em lugar de teus pais, terás muitos filhos;
estabelecê-los-ás príncipes sobre toda a terra.


ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
Sois ditosa, ó Virgem Santa Maria,
sois digníssima de todos os louvores,
porque de Vós nasceu o sol da justiça,
Cristo, nosso Deus. Refrão


EVANGELHO Lc 11, 27-28
«Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo,
enquanto Jesus falava à multidão,
uma mulher levantou a voz no meio da multidão e disse:
«Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre
e Te amamentou ao seu peito».
Mas Jesus respondeu:
«Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus
e a põem em prática».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Por este sacrifício de reconciliação e de louvor,
que Vos oferecemos na festa da Virgem Santa Maria,
perdoai benignamente, Senhor, os nossos pecados
e orientai os nossos corações
no caminho da santidade e da paz.
Por Nosso Senhor.


PREFÁCIO Maria, imagem e mãe da Igreja

V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.

Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte,
e exaltar a vossa infinita bondade
ao celebrarmos a festa da Virgem Santa Maria.
Recebendo o vosso Verbo em seu Coração Imaculado,
ela mereceu concebê-l’O em seu seio virginal
e, dando à luz o Criador do universo,
preparou o nascimento da Igreja.
Junto à cruz, aceitou o testamento da caridade divina
e recebeu todos os homens como seus filhos,
pela morte de Cristo gerados para a vida eterna.
Enquanto esperava, com os Apóstolos, a vinda do Espírito Santo,
associando-Se às preces dos discípulos,
tornou-Se modelo admirável da Igreja em oração.
Elevada à glória do Céu, assiste com amor materno
a Igreja ainda peregrina sobre a terra,
protegendo misericordiosamente os seus passos
a caminho da pátria celeste,
enquanto espera a vinda gloriosa do Senhor.
Por isso, com os Anjos e os Santos,
proclamamos a vossa glória, cantando numa só voz:
Santo, Santo, Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Judite 13, 24-25
Bendito seja o Senhor, que deu tanta glória ao vosso nome:
todas as gerações cantarão os vossos louvores.

Ou Jo 19, 26-27
Suspenso na cruz, Jesus disse a sua Mãe: Eis o teu filho.
Depois disse ao discípulo: Eis a tua Mãe.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei, Senhor,
que o sacramento que recebemos conduza à vida eterna
aqueles que proclamam a Virgem Santa Maria
Mãe do vosso Filho e Mãe da Igreja.
Por Nosso Senhor.

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«Temos Mãe!»



Papa Francisco em Fátima







ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS I:




AGENDA DO DIA



12.00 horas: Oração em rede pedindo a erradicação da epidemia covid – 19.
18.00 horas: Eucaristia
21.00 horas: Terço transmitido da paróquia de Nisa através do facebook dos jovens da paróquia.

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MAIO, MÊS DE MARIA
Terço diário

É um costume muito louvável de rezar o terço todos os dias. Sabemos todos as graças que recebemos por tão bela devoção. Desde há muito que o povo cristão se habituou a rezar o terço comunitariamente na Igreja, durante o mês de maio. Neste ano, devido ao covid-19, e por velarmos pela saúde de todos, não nos reunimos no ambiente apropriado que é a Igreja paroquial. Esperamos que, num dia muito em breve, o possamos realizar com toda a segurança. Entretanto Deus quer que valorizemos o ambiente familiar para que, como igreja doméstica que somos, a santifiquemos com a proteção de Nossa Senhora, rezando diariamente o terço.

Para facilitar, apresentaremos diariamente ume meditação sobre os mistérios do terço. Pensamos que poderá facilitar na oração pessoal e familiar.

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DIA 13
MISTÉRIOS GLORIOSO


INTRODUÇÃO:

A oração do rosário percorre a vida de Jesus. Maria, qual discípula, faz com a Igreja este percurso de vida. O rosário da vida de tantos homens e mulheres, de todas as condições, idades e nacionalidades, conduziu-os até Fátima para celebrar, no altar do mundo, o dom da Paz de Deus. A Senhora mais brilhante que o sol pediu, há mais de um século, a oração pela paz. A urgência na construção da paz, em todas as dimensões da vida, é o apelo incessante que continua a pedir aos cristãos do mundo inteiro. Peregrina do mundo, a Senhora do Rosário, de coração imaculado, ensina-nos os passos do mensageiro da Paz. Não podemos ficar indiferentes ao apelo do papa Francisco na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz deste ano: Paz como caminho de esperança: diálogo, reconciliação e conversão ecológica. Esta é, pois, o suporte para a nossa oração de hoje.

PRIMEIRO MISTÉRIO : RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO

A paz é um bem precioso, objeto da nossa esperança; por ela aspira toda a humanidade. Pôr esperança na paz é um comportamento humano que alberga uma tal tensão existencial que o momento presente, às vezes até fatigante, “pode ser vivido e aceite, se levar a uma meta e se pudermos estar seguros dessa meta, se esta meta for tão grande que justifique a fadiga do caminho”. Assim, a esperança é a virtude que nos coloca a caminho, que nos dá asas para continuar, mesmo quando os obstáculos parecem intransponíveis. Jesus Ressuscitado conduz os discípulos no caminho da Paz.

SEGUNDO MISTÉRIO: ASCENSÃO DE JESUS AO CÉU

A nossa comunidade humana traz, na memória e na carne, os sinais das guerras e dos conflitos que têm vindo a suceder-se, com crescente capacidade destruidora, afetando especialmente os mais pobres e os mais frágeis. Há nações inteiras que lutam para se libertarem das cadeias de exploração e corrupção que alimentam ódios e violências. A Ascensão de Jesus ao céu impele a Igreja na construção da Paz.

TERCEIRO MISTÉRIO: DESCIDA DO ESPÍRITO SANTO SOBRE NOSSA SENHORA E OS APÓSTOLOS, REUNIDOS NO CENÁCULO

A graça de Deus Pai oferece-se como amor sem condições. Recebido o seu perdão, em Cristo, podemos pôr-nos a caminho para ir oferecê-lo aos homens e mulheres do nosso tempo. Dia após dia, o Espírito Santo sugere-nos atitudes e palavras para nos tornarmos artesãos de justiça e de paz. O Espírito Santo abrase os nossos corações com a chama da Paz.

QUARTO MISTÉRIO: ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA AO CÉU EM CORPO E ALMA

A muitos homens e mulheres, crianças e idosos, ainda hoje se nega a dignidade, a integridade física, a liberdade – incluindo a liberdade religiosa –, a solidariedade comunitária, a esperança no futuro. Inúmeras vítimas inocentes carregam sobre si o tormento da humilhação e da exclusão, do luto e da injustiça, se não mesmo os traumas resultantes da opressão sistemática contra o seu povo e os seus entes queridos. A Assunção de Nossa Senhora abra os nossos corações para a defesa da dignidade humana.

QUINTO MISTÉRIO: COROAÇÃO DE NOSSA SENHORA, COMO RAINHA DO CÉU E DA TERRA

O mundo não precisa de palavras vazias, mas de testemunhas convictas, de artesãos da paz abertos ao diálogo sem exclusões nem manipulações. De facto, só pode chegar-se verdadeiramente à paz quando houver um convicto diálogo de homens e mulheres que busquem a verdade para lá das ideologias e das diferentes opiniões. A paz é “um edifício a construir continuamente”, um caminho que percorremos juntos, procurando sempre o bem comum e comprometendo-nos a manter a palavra dada e a respeitar o direito. Com a escuta mútua podem crescer também o conhecimento e a estima do outro, até ao ponto de reconhecer no inimigo o rosto de um irmão. A coroação de Nossa Senhora lembra-nos a urgência da paz.

PRECE:

Que o Deus da paz nos abençoe e venha em nossa ajuda. Que Maria, Mãe do Príncipe da paz e Mãe de todos os povos da terra, nos acompanhe e apoie, passo a passo, no caminho da reconciliação.

MISTÉRIO:

Senhora da paz,
Senhora do caminho e do serviço,
Senhora do silêncio e da oração,
 Senhora da ternura e da bondade,
Senhora do Rosário de Fátima, Rogai por nós.






A VOZ DO PASTOR




A FRAGILIDADE HUMANIZA A VIDA

O Sr. Presidente da Assembleia da República, em 25 de abril, marcou pontos ao propor um minuto de silêncio pelos mortos com o covid-19. Com certeza que colocou muitos portugueses em guerra com as lágrimas que teimavam em rolar por cara abaixo. Eu vi, foi um momento solene, bonito e humano, também me perfilei! Mas logo pensei: que bom seria se o mesmo sentimento fizesse levantar os senhores parlamentares a fazer um minuto de silêncio por dezenas e dezenas de milhar de crianças saudáveis que foram mortas antes de nascer. Ou será que dizer que “as crianças são o melhor do mundo”, é coisa de poetas?... Segundo um recente estudo feito com números oficiais do INE e da DGS, já ultrapassam 200 mil as crianças abortadas desde julho de 2007, fora os que não se sabe ou fogem ao controle. A culpa daquelas mortes que mereceram um minuto de silêncio no Parlamento não foi dos ilustres deputados ali mui solenes. Foi do covid-19. A morte de dezenas e dezenas de milhar de crianças que foram mortas não foi culpa do covid-19. Foi das leis que os senhores representantes do povo ali amassaram e cozinharam em nome da liberdade, lavando tranquilamente as mãos ensanguentadas e como se a verdade e a vida dependessem de maiorias parlamentares. Como se não bastasse, ainda se esticam a carpir mágoas pelo calamitoso “inverno demográfico” que atravessamos! Aquelas mortes foram consequência “de uma grave pandemia internacional”, disse o Sr. Presidente, e bem. Estas, a das crianças, são a prova de um enorme descarte nacional apoiado pelo Estado insensível aos gritos de quem pede socorro e não se pode defender, isto digo eu e muitos, mas não vale nada. Para os legisladores sábios e omnipotentes, somos retrógrados demais para entender os sentimentos e a ciência daquelas cátedras e os seus pinchos civilizacionais!... Ai se essas 200 mil crianças se pudessem manifestar em direção ao Parlamento!... como seria bonito!... como seria uma vergonha!... No entanto, se tal bonito não pode acontecer, a vergonha não deixará de o ser!..
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“Onde está o teu irmão Abel?”. Caim, que tinha amuado com os êxitos do irmão e o matara, respondeu: “Não sei. Sou, porventura, o guarda do meu irmão?”. E de novo: “Que fizeste? Ouço o sangue do teu irmão a clamar da terra por Mim”. E Caim, caindo em si, disse a Deus: “A minha culpa é grande e atormenta-me...” (cf. Gn4, 9-13).

O projeto inicial da fraternidade era fazer com que cada um fosse protetor e se alegrasse com a presença do outro, em liberdade. É certo que o egoísmo e a dureza do coração humano desvirtuaram este projeto. Cristo, porém, veio restabelecê-lo, dando a vida, por amor. Ele é o Senhor da Vida! Dois mil anos depois, a humanidade ainda não entendeu, não quer entender, é preconceituosa demais. O direito à vida é um direito natural fundamental: “não matarás”! É reconhecido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e todos os tratados que abordam tais direitos. A Constituição Portuguesa escreve que “a vida humana é inviolável”, que “em caso algum haverá pena de morte”, que “a integridade moral e física das pessoas é inviolável”, que “ninguém pode ser submetido a tortura, nem a tratos ou penas cruéis, degradantes ou desumanos” (Artigos 24º e 25º). Tais crianças foram condenadas à morte, injustamente, com tratos desumanos e degradantes, por quem abriu as portas ao aborto e disponibilizou, para o efeito, o Serviço Nacional de Saúde e os estabelecimentos de saúde privados e autorizados. Tudo foi facilitado para destruir os mais frágeis, para lhes negar o primeiro e fundamental direito e promover a cultura da morte. O aborto clandestino, uma tragédia que a todos envergonha, impõe saber as causas que levam a isso, erradicá-las tanto quanto possível e educar para o respeito pela vida própria e alheia, e apoiar a maternidade e as famílias. À pergunta sobre “onde está o teu irmão?”, ninguém, muito menos quem tem o dever de cuidar e proteger a vida e de promover a sua qualidade, ninguém, poderá assobiar para o ar e esquivar-se à responsabilidade, dizendo: “Não sei. Sou, porventura, o guarda do meu irmão?”. Sim, és, somos!

Agora, estão sobre a mesa quatro projetos de lei que se propõem definir e regular os casos e as condições em que não seja punível a provocação intencional da morte de uma pessoa, a seu pedido, homicídio, ou por si própria, suicídio. Os artigos 134º e 135º do Código Penal afirmam que quem matar outra pessoa a seu pedido sério e expresso, ou quem incitar outra pessoa a suicidar-se, ou lhe prestar ajuda para esse fim, seja punido com pena de prisão. Para levarem a água ao seu moinho, usam-se eufemismos, como, “antecipação da morte a pedido” ou “morte medicamente assistida”. E também se usam, acentuam e exploram os sentimentos de humanidade e compaixão para com quem sofre, como a quererem convencer que pedir que o matem ou matar-se seja um exercício da liberdade para se morrer com dignidade e acabar com o sofrimento. É por isso que o resultado de um Referendo, quando a campanha se torna camaleónica e empática para explorar os sentimentos do povo, é sempre problemático, o povo rege-se mais pelos sentimentos de compaixão que lhe fizeram despertar do que pela razão e a verdade que lhe esconderam, para, no fim, baterem palmas e cantarem vitória, mas não deixará de ser uma verdadeira derrota para a humanidade! Com a morte suprime-se a própria raiz da liberdade, não se acaba com o sofrimento, acaba-se com a vida. Também afirmam que é só para casos excecionais. Há dados conhecidos de países em que tal prática se liberalizou, que os critérios para a sua aplicação estão em constante alargamento, já aumentaram cem vezes mais, e sempre em nome da perda da dignidade da pessoa! Depois da demência na mira de alguns partidos, também já lançaram a discussão política e social para legalizar a eutanásia para aqueles que, não tendo qualquer doença, estão fartos de viver e querem requisitar os serviços da barca de Caronte. E mais veremos!...

Garantir ao doente um fim de vida digno não é levá-lo a pedir a morte. É garantir-lhe os cuidados paliativos que aliviem o sofrimento físico e psíquico e todos os cuidados a que tem direito, os quais revestem a natureza de uma imposição constitucional, conforme o artigo 64º da Constituição. E como é bom saber que profissionais da saúde cumprem os seus deveres de solicitude e de compromisso para com os mais frágeis e os mais vulneráveis, sentindo-se chamados a tratar a pessoa e não apenas a sua doença. Um abraço de gratidão para eles nestes tempos tão difíceis! Uma sociedade que não cuida dos mais velhos carrega o vírus da morte e os jovens não têm futuro (Francisco).

“A Fragilidade humaniza a vida” é o tema da Semana da Vida que em Portugal, este ano, decorre de 10 a 17 deste mês de maio.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 08-04-2020.



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