PARÓQUIAS
DE NISA
Quarta-feira,
27 de maio de 2020
Quarta da VII semana de Páscoa
ALELUIA!
ALELUIA! ALELUIA!
CRISTO
RESSUSCITOU!
CELEBREMOS
QUARTA-FEIRA
da semana VII
S. Agostinho de Cantuária, bispo –
MF
Branco – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal.
L 1 Act 20, 28-38; Sal 67 (68), 29-30. 33-35a. 35b-36c
Ev Jo 17, 11b-19
* Na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – S. Agostinho de Cantuária, bispo – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. José Tous y Soler, presbítero, da I Ordem – MF
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Salmo 46,
2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
aclamai a Deus com brados de alegria. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de bondade, concedei propício à vossa Igreja que, reunida pelo Espírito Santo, se dedique totalmente ao vosso serviço e realize a vossa vontade num só coração e numa só alma. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 20, 28-38
«Entrego-vos a Deus,
que pode construir o edifício espiritual e conceder-vos a herança»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
aclamai a Deus com brados de alegria. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de bondade, concedei propício à vossa Igreja que, reunida pelo Espírito Santo, se dedique totalmente ao vosso serviço e realize a vossa vontade num só coração e numa só alma. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 20, 28-38
«Entrego-vos a Deus,
que pode construir o edifício espiritual e conceder-vos a herança»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, disse Paulo aos anciãos da Igreja de Éfeso: «Tende cuidado convosco e com todo o rebanho, do qual o Espírito Santo vos constituiu vigilantes para apascentardes a Igreja de Deus, que Ele adquiriu com o sangue do seu próprio Filho. Eu sei que, depois da minha partida, se hão de introduzir entre vós lobos devoradores que não pouparão o rebanho. De entre vós mesmos se hão de erguer homens com palavras perversas, para arrastarem os discípulos atrás de si. Por isso, sede vigilantes e lembrai-vos que, durante três anos, noite e dia, não cessei de exortar com lágrimas cada um de vós. Agora entrego- vos a Deus e à palavra da sua graça, que tem o poder de construir o edifício e conceder a herança a todos os santificados. Não desejei prata, ouro ou vestuário de ninguém. Vós próprios sabeis que estas mãos proveram às minhas necessidades e às dos meus companheiros. Em tudo vos mostrei que é trabalhando assim que devemos acudir aos mais fracos; e recordo-vos as palavras do Senhor Jesus: ‘Há mais felicidade em dar do que em receber’». Dito isto, Paulo pôs-se de joelhos e orou com eles. Todos romperam em pranto e, lançando-se ao pescoço de Paulo, começaram a abraçá-lo, consternados sobretudo por ele lhes ter dito que não mais tornariam a ver o seu rosto. Em seguida, acompanharam-no até ao barco.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 67 (68), 29-30.33-35a.35b-36c
(R. 33a ou Aleluia)
Refrão: Povos da terra, cantai ao Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Mostrai, Senhor, o vosso poder,
confirmai o que por nós fizestes.
No vosso templo, em Jesrusalém,
os reis vos oferecem presentes. Refrão
Reinos da terra, cantai a Deus,
entoai hinos ao Senhor,
a Ele que avança pelos céus altíssimos
e faz ouvir a sua voz poderosa. Refrão
Sobre Israel resplandece a sua majestade
e nas nuvens está o seu poder.
O Deus de Israel dá força e poder ao seu povo.
Bendito seja Deus. Refrão
ALELUIA cf. Jo 17, 17b.a
Refrão: Aleluia Repete-se
A vossa palavra, Senhor, é a verdade:
santificai-nos na verdade. Refrão
EVANGELHO Jo 17, 11b-19
«Para que sejam um como Nós»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e orou deste modo: «Pai santo, guarda-os em teu nome, o nome que Me deste, para que sejam um, como Nós. Quando Eu estava com eles, guardava-os em teu nome, o nome que Me deste. Guardei-os e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição; e assim se cumpriu a Escritura. Mas agora vou para Ti; e digo isto no mundo, para que eles tenham em si mesmos a plenitude da minha alegria. Dei-lhes a tua palavra e o mundo odiou-os, por não serem do mundo, como Eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Eles não são do mundo, como Eu não sou do mundo. Consagra-os na verdade. A tua palavra é a verdade. Assim como Tu Me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo. Eu consagro-Me por eles, para que também eles sejam consagrados na verdade».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, o sacrifício que Vós mesmo nos mandastes oferecer, e, por estes sagrados mistérios que celebramos, confirmai em nós a obra da redenção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio pascal ou da Ascensão
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 15, 26-27
Quando vier o Consolador, que Eu vos enviarei,
o Espírito da verdade, que procede do Pai,
Ele dará testemunho de Mim, diz o Senhor.
E vós também dareis testemunho. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que a comunhão deste divino sacramento aumente em nós a vossa graça nos purifique de todo o pecado e nos torne cada vez mais dignos de tão grande benefício. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«O Rosário,
precisamente a partir da experiência de Maria, é uma oração marcadamente contemplativa.»
Papa Francisco
ROSARIUM
VIRGINIS MARIAE , 11
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS I:
Atos 20, 28-38: Continua o discurso
de despedida de S. Paulo, ontem começado. Às recomendações para o presente
juntam-se as perspectivas do futuro, não de todo optimistas; mas o poder da
graça de Deus construirá o que os homens não conseguirem evitar que seja
destruido. A saudade domina a hora da despedida. E Paulo sabia senti-la! Mas
partiu, julgando não os voltar a ver. De facto, voltou!
Jo 17, 11b-19: Jesus pede a graça da unidade para os seus discípulos. Ele é Um com o pai, e veio ao mundo para revelar aos homens o Pai, para que os homens comunguem na própria vida do Pai, junto de quem Ele é Medianeiro. A unidade é, por isso, a comunhão de vida que existe entre o Pai e o Filho, e que, pelo Filho, vem até aos homens. Os que chegarem ao conhecimento do Pai pela palavra do Filho entrarão na unidade com Deus, se se deixarem consagrar por essa palavra de verdade que o Filho lhes revela.
AGENDA DO DIA
12.00 horas: Oração em rede pedindo a erradicação da epidemia covid – 19
18.00 horas: Missa
transmitida por facebook (zona pastoral
de Nisa)
MAIO, MÊS DE MARIA
Terço diário
É um costume muito
louvável de rezar o terço todos os dias. Sabemos todos as graças que recebemos
por tão bela devoção. Desde há muito que o povo cristão se habituou a rezar o
terço comunitariamente na Igreja, durante o mês de maio. Neste ano, devido ao
covid-19, e por velarmos pela saúde de todos, não nos reunimos no ambiente
apropriado que é a Igreja paroquial. Esperamos que, num dia muito em breve, o
possamos realizar com toda a segurança. Entretanto Deus quer que valorizemos
o ambiente familiar para que, como igreja
doméstica que somos, a santifiquemos com a proteção de Nossa Senhora, rezando
diariamente o terço.
Para facilitar, apresentaremos diariamente ume
meditação sobre os mistérios do terço. Pensamos que poderá facilitar na oração
pessoal e familiar.
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DIA 27
MISTÉRIOS GLORIOSOS
INTRODUÇÃO:
Alegria e esperança! São frutos pascais
tão belos e profundos… Hoje, meditando na Glória de Jesus, olhamos estes frutos
de forma especial pela importância que têm na nossa vida de cristãos, de
família, na escola, no trabalho, em toda a vida que se olha e se quer feliz.
“Alegra-te, filha de Sião, rejubila, filha de Jerusalém”. Afinal, qual a
importância da vida de Jesus para nós se não nos sentimos alimentados pela
esperança que a sua ressurreição nos traz? Mesmo que sentido dor ou tristeza,
assim alimentados, deixemos que essa tristeza se converta em alegria
ressuscitada e ressuscitadora.
PRIMEIRO MISTÉRIO:
RESSURREIÇÃO DE JESUS
CRISTO
“Não
está aqui… Ressuscitou”. Como terão estas palavras
incendiado a alegria das mulheres e homens que as escutaram! É difícil de
compreender o apelo a sair do sepulcro, dos momentos de tristeza, de dor,
sofrimento e olhar mais além. Mas é isso mesmo: Jesus não está ali, nesse lugar
de morte. Está vivo, nas vidas de quem se descola da tristeza e do desânimo.
Rezemos por esse dom. Alegrai-vos… E sabereis onde O encontrar, pois “Ele irá à
vossa frente”.
SEGUNDO MISTÉRIO:
ASCENSÃO DE JESUS AO
CÉU
“Que
fazeis aí parados a olhar para o céu?”. Por vezes, a alegria faz-nos ficar
parados, a aproveitar os momentos ou a desleixar as responsabilidades. Aprender
a viver a alegria é importante, sobretudo para nós, que somos responsáveis pelo
testemunho da esperança que Jesus nos dá como dom e tarefa. Assim, saberemos
viver na caridade que alegra os outros.
TERCEIRO MISTÉRIO:
DESCIDA DO ESPÍRITO
SANTO SOBRE NOSSA SENHORA E OS APÓSTOLOS, REUNIDOS NO CENÁCULO
“Eu
estarei sempre convosco”. Como é bom recordar a alegria de uma promessa. A
certeza de que a presença do Ressuscitado é promessa cumprida só nos pode fazer
viver reconfortados nos momentos de solidão, de dúvida, em que vacilamos na fé
e no ânimo. Lembremos várias vezes esta promessa e tenhamos a coragem de rezar
no coração: “Fica connosco, Senhor, porque anoitece”.
QUARTO MISTÉRIO:
ASSUNÇÃO DE NOSSA
SENHORA AO CÉU EM CORPO E ALMA
“Alegrai-vos,
ó Virgem Maria”. A alegria espalha-se, contagia-se, é impossível ficar
reservada a uma pessoa. A explosão Pascal abarca-nos a todos e salva-nos, sendo
imagem disso Maria assumpta ao céu, mãe nossa, que nos abraça com esta alegria
que a contagiou. E nós, contagiemos,
pelo amor, as fortalezas da tristeza e da depressão. Jesus precisa dos nossos
braços, dos nossos olhares, da nossa alegria, que é mediação da sua.
QUINTO MISTÉRIO:
COROAÇÃO DE NOSSA
SENHORA, COMO RAINHA DO CÉU E DA TERRA
“Uma
mulher, vestida de sol”. A alegria de Maria é coroada, é
vencedora face à espada que a trespassou! Maria viveu a dor, mas sobreveio a
alegria, venceu a esperança nela. E em nós? O que coroamos? Falamos mais sobre
as tristezas, gastamos as energias com palavras más e de ódio, concentramos o
coração nos defeitos e nos acontecimentos maus? Ou coroamos a alegria,
partilhamos a riqueza deste dom novo da Páscoa? Alegre-se o teu coração, porque
foste feito Filho de Deus por Jesus!
CONSAGRAÇÃO:
Maria, Senhora da
Alegria
ilumina os corações dos
teus filhos
se nos enche a
tristeza, recorda-nos a Páscoa
se nos enche o ódio,
recorda-nos o Mandamento Novo do Amor
se nos enche a
desconfiança, recorda-nos a conversão de Paulo
se nos enche o
desânimo, recorda-nos o alento de Zaqueu
se nos enche a
incompreensão, recorda-nos o Pentecostes
enche-nos da graça que
te nomeia
e dá-nos a esperança do
amor incendiado pela Páscoa!
A VOZ DO PASTOR
MÉDICOS EM TERAPIA HÁ MUITO TESTADA
Sejam quais forem as ferramentas que cada
pessoa tem de usar no seu trabalho, desde o delicado bisturi ao pincel, do
teclado ao tubo de ensaio, do pensamento à vassoura de rua, dos telescópios às
panelas da cozinha, da máscara de carnaval à da pandemia (e mais pode
acrescentar o leitor!...), seja qual for essa ferramenta, será bom aceitar o
conselho de Anselmo de Cantuária: “Ó homem, deixa um momento as tuas ocupações
habituais. Entra um instante em ti mesmo, longe do tumulto dos teus
pensamentos. Põe de parte os cuidados que te apoquentam e liberta-te agora das
inquietações que te absorvem. Entrega-te uns momentos a Deus, descansa por
algum tempo na sua presença. Entra no íntimo da tua alma. Remove tudo, exceto
Deus e o que te possa ajudar a procurá-lo no silêncio”.
Este autor do século XI aconselha o homem a
pedir a Deus que ensine o seu coração a saber onde e como o procurar e
encontrar. E coloca o homem a fazer perguntas para saber quem o poderá ajudar,
como, com que sinais, com que aspeto poderá ele encontrar Deus!
Li, há dias, no “Ecos do Sameiro”, o
testemunho de um jovem médico da Lombardia, Julian Urban, de 38 anos, um dos
testemunhos compilados por Gianni Giardinelli, e que, com a devida vénia, aqui
transcrevo. Diz ele: “Nunca, nos meus piores pesadelos, eu imaginei ter uma
experiência como a que estou a ter, nas últimas semanas, no hospital onde
trabalho. O pesadelo continua – o rio está cada vez mais caudaloso. No princípio
vieram alguns pacientes, depois, dezenas – por fim, centenas. Neste momento já
não somos mais médicos: tornámo-nos uma espécie de ‘classificadores’ na ‘linha
de montagem’, decidindo quem vive e quem é enviado para casa para morrer –
mesmo aqueles que durante toda a sua vida pagaram os seus impostos ao Estado
italiano. Até há duas semanas atrás, eu e os meus colegas éramos ateus; isso
era o mais normal, pois como médicos aprendemos que a ciência exclui a presença
de Deus. Sempre trocei do facto de os meus pais irem à Igreja. Um pastor, já
idoso, de 75 anos, veio ter connosco há 9 dias atrás, era um homem afável, de
modos gentis e estava com sérias dificuldades em respirar, mas trazia uma
Bíblia consigo e ficámos impressionados com ele ao lê-la aos moribundos,
segurando-lhes as mãos. Estávamos todos cansados, desencorajados, física e
mentalmente exaustos, quando, finalmente, tivemos tempo para o ouvir. Agora,
temos de admitir: como seres humanos chegámos ao limite, não podemos fazer mais
– mas as pessoas estão a morrer diariamente, e cada vez mais. E estamos
exaustos: dois dos nossos colegas já morreram e há outros que estão infetados.
Chegámos à conclusão de que o que quer que seja que o homem pode fazer,
precisamos de Deus – e começamos a pedir-Lhe ajuda, sempre que temos alguns
minutos disponíveis. Falamos uns com os outros e é incrível como nós, ateus
empedernidos, estamos agora diariamente em busca da nossa paz, pedindo ao
Senhor para nos ajudar a resistir, a fim de podermos cuidar dos doentes. Ontem,
o idoso Pastor de 75 anos morreu – e apesar de termos tido mais de 120 mortes
aqui, nas últimas semanas, e estarmos todos exaustos, destruídos, aquele Pastor
trouxe-nos paz como nós nunca pensámos ter nesta altura, apesar das nossas
condições e dificuldades. O Pastor partiu para estar com o Senhor e bem
depressa nós iremos também, seguindo-o se as coisas continuarem como até aqui.
Há seis dias que não vou a casa; nem sei quando comi pela última vez e estou a
tomar consciência da minha ociosidade na terra. Quero dedicar o meu último
sopro de vida a ajudar o meu próximo. Estou feliz porque me voltei para Deus,
novamente, rodeado do sofrimento e da morte dos meus concidadãos”.
Eis um exemplo, um sinal, um aspeto pelo qual
podemos encontrar Deus. Ele serve-se de tudo para que o possamos encontrar!...
É particularmente sensível à vida humana, sejam quais forem os seus caminhos,
êxitos e fracassos. Conhece-nos, chama-nos pelo nome, dá ânimo ao cansado e
firmeza ao enfraquecido, estende-nos a mão mas sem nos obrigar a que Lhe dêmos
a nossa. Porque respeita a liberdade de cada um e cada um nem sempre a sabe
usar, o bem e o mal coexistem, o trigo e o joio crescem juntos, lado a lado,
até à ceifa (cf. Mt13,24-30). E, se, porventura, nos parece que o mal e o joio
predominam, isso não acontece porque Deus é indiferente ou nos abandona.
Acontece, sim, porque nós o abandonamos, porque entendemos que a liberdade é
fazer o que quero, o que me dá na gana,
e não fazer o que devo. Deus não nos esquece, não foge nem se esconde, acompanha-nos,
respeitando a nossa liberdade, tantas vezes confundida com libertinagem! Esta
atitude de Deus parece-nos estranha. Sim, é estranha! Conforme lemos na Sagrada
Escritura, é uma sabedoria demasiado profunda para nós, tão sublime que não
temos capacidade para ela (cf. Sl 139,6).
No entanto, Deus, na sua
condescendência infinita, deu-nos um sinal por excelência, um sinal para o
encontrarmos. Enviou-nos o seu Filho, para nos falar, para nos dar a conhecer o
próprio Pai e o seu amor por nós. Para isso, Jesus assumiu a nossa condição humana, trabalhou com mãos
humanas, pensou com inteligência humana, agiu com vontade humana, amou com
coração humano, tornou-se verdadeiramente um de nós e morreu por cada um de
nós, para nos salvar (cf. GS22). Sentiu fome e sede, cansaço e sono, sentiu a
dor e a tristeza, a alegria e a traição, a perseguição e o abandono, chorou. Porque sempre falava do Pai e com o
Pai, um dia, Filipe, entusiasmado com a
conversa de Jesus, saiu-se com esta: “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos
basta!”. Disse-lhe Jesus: “Há tanto tempo que estou convosco e não me conheces,
Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como dizes tu: ‘Mostra-nos o Pai!’? Não
acreditas que Eu estou no Pai, e o Pai está em mim? As palavras que Eu vos
digo, não as digo por mim mesmo; o Pai, que permanece em mim, realiza as suas
obras. Acreditai em mim: Eu estou no Pai, e o Pai em mim. Se não, acreditai por
causa das obras em si” (Jo 14, 8-11).
Cristo é, de facto, o Sinal, o Sacramento do
Pai, o Filho de Deus, o Caminho a conhecer e a trilhar! Quantas vezes Ele já
nos terá tocado no ombro!... Quantas vezes teremos feito de conta que não
percebemos!... Adotar o conselho que a CP nos dá nas passagens de nível, pode
ser um bom método para perceber os sinais que Deus nos vai dando para que não
sejamos trucidados pelas rodas da vida: PARE, ESCUTE E OLHE...
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 22-05-2020.
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