PARÓQUIAS
DE NISA
Segunda,
11 de maio de 2020
Segunda da V semana do tempo de Páscoa
ALELUIA!
ALELUIA! ALELUIA!
CRISTO
RESSUSCITOU!
CELEBREMOS
SEGUNDA-FEIRA
da semana V
Branco – Ofício da
féria.
Missa da féria, pf. pascal.
L 1 Act 14, 5-18; Sal 113 B (114), 1-2. 3-4. 15-16
Ev Jo 14, 21-26
Missa da féria, pf. pascal.
L 1 Act 14, 5-18; Sal 113 B (114), 1-2. 3-4. 15-16
Ev Jo 14, 21-26
* Na Ordem Beneditina – SS. Odo, Máiolo, Odilão e Hugo, e B. Pedro o Venerável, abades de Cluni – MO
* Na Ordem de Cister e na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – SS. Odo, Maiolo, Odilão, Hugo e B. Pedro o Venerável, abades de Cluny – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Inácio de Láconi, religioso, da I Ordem – MO
* Na Prelatura da Santa Cruz e Opus Dei – B. Joana de Portugal – MF; S. Nereu e S. Aquileu – MF; S. Pancrácio – MF
* Na Diocese de Aveiro (Cidade de Aveiro) – I Vésp. de B. Joana de Portugal.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA
Ressuscitou o Bom Pastor, que deu a vida pelas suas ove¬lhas e Se entregou à morte pelo seu rebanho. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que unis os corações dos vossos fiéis num único desejo, fazei que o vosso povo ame o que mandais e espere o que prometeis, para que, no meio da instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 14, 5-18
«Vimos anunciar-vos que deveis abandonar estes ídolos
e voltar-vos para o Deus vivo»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Ressuscitou o Bom Pastor, que deu a vida pelas suas ove¬lhas e Se entregou à morte pelo seu rebanho. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que unis os corações dos vossos fiéis num único desejo, fazei que o vosso povo ame o que mandais e espere o que prometeis, para que, no meio da instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 14, 5-18
«Vimos anunciar-vos que deveis abandonar estes ídolos
e voltar-vos para o Deus vivo»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, surgiu em Icónio um movimento, da parte dos pagãos e dos judeus, com os seus chefes, para maltratar e apedrejar Barnabé e Paulo. Conscientes da situação, estes refugiaram-se nas cidades da Licaónia, Listra, Derbe e seus arredores, onde começaram a anunciar a boa nova. Havia em Listra um homem inválido dos pés, coxo de nascença, que nunca tinha podido andar. Um dia em que escutava as palavras de Paulo, este fixou nele os olhos e, vendo que tinha fé para ser curado, disse-lhe com voz forte: «Levanta-te e põe-te direito sobre os pés». Ele levantou-se e começou a andar. Ao ver o que Paulo tinha feito, a multidão exclamou em licaónico: «Os deuses tomaram forma humana e desceram até nós». A Barnabé chamavam Zeus e a Paulo Hermes, porque era este que falava. Então o sacerdote do templo de Zeus, que estava à entrada da cidade, trouxe touros e grinaldas para as portas do templo e, juntamente com a multidão, pretendia oferecer-lhes um sacrifício. Quando souberam isto, os apóstolos Barnabé e Paulo rasgaram as túnicas e precipitaram-se para a multidão, clamando: «Amigos, que fazeis? Nós somos homens como vós e vimos anunciar-vos que deveis abandonar estes ídolos e voltar-vos para o Deus vivo, que fez o céu, a terra e o mar e tudo o que neles existe. Nas gerações passadas, permitiu que todas as nações seguissem os seus caminhos. Mas nem por isso deixou de dar testemunho da sua generosidade, concedendo-vos do céu as chuvas e estações férteis, para saciar de alimento e felicidade os vossos corações». Com estas palavras, a custo impediram a multidão de lhes oferecer um sacrifício.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 113 B (115), 1-2.3-4.15-16 (R. 1b)
Refrão: Glória, Senhor, ao vosso nome! Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Não a nós, Senhor, não a nós,
mas ao vosso nome dai glória,
pela vossa misericórdia e fidelidade,
porque diriam os povos: «Onde está o seu Deus?» Refrão
O nosso Deus está no céu,
faz tudo o que Lhe apraz.
Os ídolos dos gentios são ouro e prata,
são obra das mãos dos homens. Refrão
Bendito seja o Senhor,
que fez o céu e a terra.
O céu é a morada do Senhor;
a terra, deu-a aos filhos dos homens. Refrão
ALELUIA Jo 14, 26
Refrão: Aleluia Repete-se
O Espírito Santo vos ensinará todas as coisas
e vos recordará tudo o que Eu vos disse. Refrão
EVANGELHO Jo 14, 21-26
«O Paráclito que o Pai enviará em meu nome
vos ensinará todas as coisas»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se alguém aceita os meus mandamentos e os cumpre, esse realmente Me ama. E quem Me ama será amado por meu Pai e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele». Disse-Lhe Judas, não o Iscariotes: «Senhor, como é que Te vais manifestar a nós e não ao mundo?» Jesus respondeu-lhe: «Quem Me ama guardará a minha palavra e meu Pai o amará; Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada. Quem Me não ama não guarda a minha palavra. Ora a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que Me enviou. Disse- vos estas coisas, enquanto estava convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Subam à vossa presença, Senhor, as nossas orações e as nossas ofertas. de modo que, purificados pela vossa graça, possamos participar dignamente nos sacramentos da vossa misericórdia. Por Nosso Senhor.
Prefácio pascal: p. 412-416
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 14, 27
Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz, diz o Senhor.
Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor Deus todo-poderoso, que em Cristo ressuscitado nos renovais para a vida eterna, multiplicai em nós os frutos do sacramento pascal e infundi em nossos corações a força do alimento que nos salva. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
« O homem sem Deus
é um ser mutilado. »
São Padre Pio
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita, situa
o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS I:
Atos 14, 5-18: Estamos hoje durante o
percurso da primeira viagem missionária de S. Paulo, feita conjuntamente com S.
Barnabé, e estamos em plena Ásia Menor, a Turquia atual, e na cidade de Listra,
terra de pagãos. O ponto de partida para os evangelizar foi uma cura
miraculosa; mas essa evangelização não se ficou pelo extraordinário da cura,
pelo milagre. A cura foi um “sinal”: a palavra dos Apóstolos fez a catequese a
partir desse sinal. Os Apóstolos procuram ir até a anunciar-lhes o Deus
verdadeiro, a partir da experiência que eles agora eram capazes de ter da ação
de Deus no meio de si.
Jo 14, 21-26 : A
união entre Jesus Cristo e os cristãos vai ser maior depois da sua morte do que
o havia sido antes. Os cristãos mostrarão que O amam guardando os seus mandamentos,
sobretudo o mandamento do amor fraterno; e o Senhor, que está agora no Pai, vai
manifestar-Se-lhes na intimidade profunda do coração, na fé, na esperança e na
caridade. Mas toda esta acção divina junto dos homens será fruto do Espírito
Santo, o Defensor, o Paráclito, que os discípulos hão de receber no
Pentecostes.
AGENDA DO DIA
12.00 horas: Oração em rede pedindo a erradicação da
epidemia covid – 19.
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MAIO, MÊS DE MARIA
Terço diário
É um costume muito louvável de rezar o terço
todos os dias. Sabemos todos as graças que recebemos por tão bela devoção.
Desde há muito que o povo cristão se habituou a rezar o terço comunitariamente
na Igreja, durante o mês de maio. Neste ano, devido ao covid-19, e por velarmos
pela saúde de todos, não nos reunimos no ambiente apropriado que é a Igreja
paroquial. Esperamos que, num dia muito em breve, o possamos realizar com toda
a segurança. Entretanto Deus quer que valorizemos o ambiente familiar para que,
como igreja doméstica que somos, a santifiquemos com a proteção de Nossa
Senhora, rezando diariamente o terço.
Para facilitar, apresentaremos diariamente ume
meditação sobre os mistérios do terço. Pensamos que poderá facilitar na oração
pessoal e familiar.
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DIA 11
MISTÉRIOS GOZOSOS
INTRODUÇÃO:
Nesta V semana do Tempo Pascal, a
liturgia fala-nos sobre o amor e sobre a força de acreditar nesse amor tão
único de Deus por nós. Por isso, nestes mistérios gozosos, iremos refletir na
aceitação, no amor e na alegria da nossa mãe, Maria Santíssima, que aceitou a
missão de Deus, de braços bem abertos e sem medida. Maria, minha querida mãe, o
teu “sim” marcou o início de tudo, de toda a vida e alegria, quando aceitaste a
proposta do anjo Gabriel, quando tiveste a coragem de aceitar o Messias no teu
ventre e construir a família de Nazaré, que viria a ser a família da
humanidade. Tu, Maria, és a criadora de toda a felicidade que, com um mero e
complexo “sim”, nos ensinaste a viver e a entregar de coração cheio a todos os
desafios.
PRIMEIRO MISTÉRIO:
ANUNCIAÇÃO DO ANJO A
NOSSA SENHORA
“O
anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma virgem desposada com um homem que se
chamava José e o nome da virgem era Maria” (Lc 1, 26-27).
Maria, o teu “sim” foi um ato de coragem! Que tenhamos também a coragem de
aceitar o caminho que Ele escolheu para nós e, com a tua força e fé, levemos
esta missão aos outros.
SEGUNDO MISTÉRIO:
VISITAÇÃO DE NOSSA
SENHORA A SANTA ISABEL
“Bendita és tu entre as mulheres e
bendito é o fruto do teu ventre” (Lc 1, 39-42). Maria, tu que estiveste atenta
aos sinais e que contagias todos com a tua alegria, guia-nos num caminho
luminoso, cheio de alegria, onde a humildade é o teu alicerce. Leva-nos a não
nos fixarmos nas coisas grandiosas, mas a aprendermos contigo a viver, gerando
alegria com alegria, através de palavras e gestos simples.
TERCEIRO MISTÉRIO:
NASCIMENTO DE JESUS NO
PRESÉPIO DE BELÉM
“Deu
à luz o seu filho primogénito, e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num
presépio” (Lc 2, 1-7). Tu que aceitaste e deste à luz, com
todas as tuas forças, o Messias, hoje te agradecemos pelo fazes na nossa vida,
por nos guiares com esta luz e nunca nos deixares sós. Espero conseguir, um
dia, ter um terço da tua força e conquistar tudo com a tua simplicidade e
entrega.
QUARTO MISTÉRIO:
APRESENTAÇÃO DO MENINO
JESUS NO TEMPLO
“Concluídos
os dias da purificação, levaram-no a Jerusalém para o apresentar ao Senhor,
conforme o que está escrito na lei do Senhor” (Lc 2, 21-24).
Maria, entregaste a tua pedra preciosa, mesmo sabendo que Ele já não era Teu,
cumprindo, com humildade, o caminho que Deus te indicou. Jesus é a Luz pela
qual todos se devem deixar levar e envolver. Obrigada, Mãe, por dares ao mundo
este ser tão puro!
QUINTO MISTÉRIO:
ENCONTRO DO MENINO
JESUS NO TEMPLO, ENTRE OS DOUTORES
“Três
dias depois encontraram-no no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os
e interrogando-os. Todos os que o ouviam estavam maravilhados” (Lc 2, 41-47).
Começou, Mãe, começa aqui este caminho tão longo, esta missão que trouxe à
humanidade mais amor, paz, união! Pedimos que nos ajudes a ser, também nós,
percursores desta palavra, através das nossas ações, sem reservas e medos.
PRECE
O teu sim, a tua coragem, a tua alegria
e a tua fé inspiram-nos, Maria! Aqui estamos, aos teus pés, a pedir que
intercedas por todos os jovens. Dá a Tua mão e o teu colo de mãe a todas as
famílias, que são o berço de toda a criação, para que, em cada lar, haja paz,
união, interajuda e, sobretudo, AMOR.
ORAÇÃO
“Senhor, fazei-me instrumento de vossa
paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa, que eu leve o
perdão,
Onde houver discórdia, que eu leve a
união,
Onde houver dúvida, que eu leve a
fé,
Onde houver erro, que eu leve a verdade,
Onde houver desespero, que eu leve a
esperança,
Onde houver tristeza, que eu leve a
alegria,
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado;
compreender que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois,
é dando que se recebe
é perdoando que se é perdoado e
é morrendo que se vive para a vida
eterna”.
[São Francisco de Assis]
A VOZ DO PASTOR
A FRAGILIDADE HUMANIZA A VIDA
O
Sr. Presidente da Assembleia da República, em 25 de abril, marcou pontos ao propor
um minuto de silêncio pelos mortos com o covid-19. Com certeza que colocou
muitos portugueses em guerra com as lágrimas que teimavam em rolar por cara
abaixo. Eu vi, foi um momento solene, bonito e humano, também me perfilei! Mas
logo pensei: que bom seria se o mesmo sentimento fizesse levantar os senhores
parlamentares a fazer um minuto de silêncio por dezenas e dezenas de milhar de
crianças saudáveis que foram mortas antes de nascer. Ou será que dizer que “as
crianças são o melhor do mundo”, é coisa de poetas?... Segundo um recente
estudo feito com números oficiais do INE e da DGS, já ultrapassam 200 mil as
crianças abortadas desde julho de 2007, fora os que não se sabe ou fogem ao
controle. A culpa daquelas mortes que mereceram um minuto de silêncio no
Parlamento não foi dos ilustres deputados ali mui solenes. Foi do covid-19. A
morte de dezenas e dezenas de milhar de crianças que foram mortas não foi culpa
do covid-19. Foi das leis que os senhores representantes do povo ali amassaram
e cozinharam em nome da liberdade, lavando tranquilamente as mãos
ensanguentadas e como se a verdade e a vida dependessem de maiorias
parlamentares. Como se não bastasse, ainda se esticam a carpir mágoas pelo
calamitoso “inverno demográfico” que atravessamos! Aquelas mortes foram
consequência “de uma grave pandemia internacional”, disse o Sr. Presidente, e
bem. Estas, a das crianças, são a prova de um enorme descarte nacional apoiado
pelo Estado insensível aos gritos de quem pede socorro e não se pode defender,
isto digo eu e muitos, mas não vale nada. Para os legisladores sábios e
omnipotentes, somos retrógrados demais para entender os sentimentos e a ciência
daquelas cátedras e os seus pinchos civilizacionais!... Ai se essas 200 mil
crianças se pudessem manifestar em direção ao Parlamento!... como seria
bonito!... como seria uma vergonha!... No entanto, se tal bonito não pode
acontecer, a vergonha não deixará de o ser!..
.
“Onde
está o teu irmão Abel?”. Caim, que tinha amuado com os êxitos do irmão e o matara,
respondeu: “Não sei. Sou, porventura, o guarda do meu irmão?”. E de novo: “Que
fizeste? Ouço o sangue do teu irmão a clamar da terra por Mim”. E Caim, caindo
em si, disse a Deus: “A minha culpa é grande e atormenta-me...” (cf. Gn4,
9-13).
O
projeto inicial da fraternidade era fazer com que cada um fosse protetor e se
alegrasse com a presença do outro, em liberdade. É certo que o egoísmo e a
dureza do coração humano desvirtuaram este projeto. Cristo, porém, veio
restabelecê-lo, dando a vida, por amor. Ele é o Senhor da Vida! Dois mil anos
depois, a humanidade ainda não entendeu, não quer entender, é preconceituosa
demais. O direito à vida é um direito natural fundamental: “não matarás”! É
reconhecido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e todos os tratados
que abordam tais direitos. A Constituição Portuguesa escreve que “a vida humana
é inviolável”, que “em caso algum haverá pena de morte”, que “a integridade
moral e física das pessoas é inviolável”, que “ninguém pode ser submetido a
tortura, nem a tratos ou penas cruéis, degradantes ou desumanos” (Artigos 24º e
25º). Tais crianças foram condenadas à morte, injustamente, com tratos
desumanos e degradantes, por quem abriu as portas ao aborto e disponibilizou,
para o efeito, o Serviço Nacional de Saúde e os estabelecimentos de saúde
privados e autorizados. Tudo foi facilitado para destruir os mais frágeis, para
lhes negar o primeiro e fundamental direito e promover a cultura da morte. O
aborto clandestino, uma tragédia que a todos envergonha, impõe saber as causas
que levam a isso, erradicá-las tanto quanto possível e educar para o respeito
pela vida própria e alheia, e apoiar a maternidade e as famílias. À pergunta
sobre “onde está o teu irmão?”, ninguém, muito menos quem tem o dever de cuidar
e proteger a vida e de promover a sua qualidade, ninguém, poderá assobiar para
o ar e esquivar-se à responsabilidade, dizendo: “Não sei. Sou, porventura, o
guarda do meu irmão?”. Sim, és, somos!
Agora,
estão sobre a mesa quatro projetos de lei que se propõem definir e regular os
casos e as condições em que não seja punível a provocação intencional da morte
de uma pessoa, a seu pedido, homicídio, ou por si própria, suicídio. Os artigos
134º e 135º do Código Penal afirmam que quem matar outra pessoa a seu pedido
sério e expresso, ou quem incitar outra pessoa a suicidar-se, ou lhe prestar
ajuda para esse fim, seja punido com pena de prisão. Para levarem a água ao seu
moinho, usam-se eufemismos, como, “antecipação da morte a pedido” ou “morte
medicamente assistida”. E também se usam, acentuam e exploram os sentimentos de
humanidade e compaixão para com quem sofre, como a quererem convencer que pedir
que o matem ou matar-se seja um exercício da liberdade para se morrer com
dignidade e acabar com o sofrimento. É por isso que o resultado de um
Referendo, quando a campanha se torna camaleónica e empática para explorar os
sentimentos do povo, é sempre problemático, o povo rege-se mais pelos
sentimentos de compaixão que lhe fizeram despertar do que pela razão e a verdade
que lhe esconderam, para, no fim, baterem palmas e cantarem vitória, mas não
deixará de ser uma verdadeira derrota para a humanidade! Com a morte suprime-se
a própria raiz da liberdade, não se acaba com o sofrimento, acaba-se com a
vida. Também afirmam que é só para casos excecionais. Há dados conhecidos de
países em que tal prática se liberalizou, que os critérios para a sua aplicação
estão em constante alargamento, já aumentaram cem vezes mais, e sempre em nome
da perda da dignidade da pessoa! Depois da demência na mira de alguns partidos,
também já lançaram a discussão política e social para legalizar a eutanásia
para aqueles que, não tendo qualquer doença, estão fartos de viver e querem
requisitar os serviços da barca de Caronte. E mais veremos!...
Garantir
ao doente um fim de vida digno não é levá-lo a pedir a morte. É garantir-lhe os
cuidados paliativos que aliviem o sofrimento físico e psíquico e todos os
cuidados a que tem direito, os quais revestem a natureza de uma imposição
constitucional, conforme o artigo 64º da Constituição. E como é bom saber que
profissionais da saúde cumprem os seus deveres de solicitude e de compromisso
para com os mais frágeis e os mais vulneráveis, sentindo-se chamados a tratar a
pessoa e não apenas a sua doença. Um abraço de gratidão para eles nestes tempos
tão difíceis! Uma sociedade que não cuida dos mais velhos carrega o vírus da
morte e os jovens não têm futuro (Francisco).
“A
Fragilidade humaniza a vida” é o tema da Semana da Vida que em Portugal, este
ano, decorre de 10 a 17 deste mês de maio.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 08-04-2020.
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