sábado, 2 de maio de 2020





PARÓQUIAS DE NISA




Domingo, 03 de maio de 2020






IV domingo do tempo de Páscoa

Domingo do Bom Pastor
Dia de oração pelas  vocações de especial consagração
Dia da Mãe








ALELUIA! ALELUIA! ALELUIA!

CRISTO RESSUSCITOU!

CELEBREMOS


 

 

DOMINGO IV DA PÁSCOA

Branco – Ofício próprio (Semana IV do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. pascal.

L 1 Act 2, 14a. 36-41; Sal 22 (23), 1-3a. 3b-4. 5. 6
L 2 1 Pedro 2, 20b-25
Ev Jo 10, 1-10

* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Dia da Mãe.
* Domingo do Bom Pastor.
* Dia Mundial de Oração pelas Vocações.
* Na Diocese do Algarve – Dia da Solidariedade e Partilha: ofertório para o Instituto de Sustentação do Clero.
* Na Diocese de Angra – Ofertório para a Pastoral das Vocações e Seminário.
* Na Diocese de Beja – Ofertório para a Casa Episcopal.
* Na Diocese de Bragança-Miranda – Ofertório para o Instituto Diocesano do Clero.
* Na Diocese da Guarda – Ofertório para a Fundação Nun’Álvares.
* Na Diocese do Porto – Ofertório para as Vocações.
* Na Diocese de Viana do Castelo – Ofertório para o Instituto Especial do Clero.
* Na Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição – Aniversário da fundação da Congregação (1871).
* Na Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor – Cristo, Bom Pastor, Padroeiro da Congregação.
* Na Diocese de Santiago (Cabo Verde) – S. Tiago Menor, Apóstolo, Padroeiro principal – SOLENIDADE
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.

 

MISSA




ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 32, 5-6
A bondade do Senhor encheu a terra,
a palavra do Senhor criou os céus. Aleluia.


Diz-se o Glória.


ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
conduzi-nos à posse das alegrias celestes,
para que o pequenino rebanho dos vossos fiéis
chegue um dia à glória do reino
onde já Se encontra o seu poderoso Pastor,
Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Atos 2, 14a.36-41
«Deus fê-l’O Senhor e Messias»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

No dia de Pentecostes, Pedro, de pé, com os onze Apóstolos, ergueu a voz e falou ao povo: «Saiba com absoluta certeza toda a casa de Israel que Deus fez Senhor e Messias esse Jesus que vós crucificastes». Ouvindo isto, sentiram todos o coração trespassado e perguntaram a Pedro e aos outros Apóstolos: «Que havemos de fazer, irmãos?». Pedro respondeu-lhes: «Convertei-vos e peça cada um de vós o Batismo em nome de Jesus Cristo, para vos serem perdoados os pecados. Recebereis então o dom do Espírito Santo, porque a promessa desse dom é para vós, para os vossos filhos e para quantos, de longe, ouvirem o apelo do Senhor nosso Deus». E com muitas outras palavras os persuadia e exortava, dizendo: «Salvai-vos desta geração perversa». Os que aceitaram as palavras de Pedro receberam o Batismo e naquele dia juntaram-se aos discípulos cerca de três mil pessoas.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 22 (23), 1-3a.3b-4.5.6
(R. 1 ou Aleluia)
Refrão: O Senhor é meu pastor:
nada me faltará.Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma. Refrão

Ele me guia por sendas direitas por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo:
o vosso cajado e o vosso báculo
me enchem de confiança. Refrão

Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça
e o meu cálice transborda. Refrão

A bondade e a graça hão-de acompanhar-me,
todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre. Refrão


LEITURA II 1 Pedro 2, 20b-25
«Voltastes para o pastor e guarda das vossas almas»


Leitura da Primeira Epístola de São Pedro

Caríssimos: Se vós, fazendo o bem, suportais o sofrimento com paciência, isto é uma graça aos olhos de Deus. Para isto é que fostes chamados, porque Cristo sofreu também por vós, deixando-vos o exemplo, para que sigais os seus passos. Ele não cometeu pecado algum e na sua boca não se encontrou mentira. Insultado, não pagava com injúrias; maltratado, não respondia com ameaças; mas entregava-Se Àquele que julga com justiça. Ele suportou os nossos pecados no seu Corpo, sobre o madeiro da cruz, a fim de que, mortos para o pecado, vivamos para a justiça: pelas suas chagas fomos curados. Vós éreis como ovelhas desgarradas, mas agora voltastes para o pastor e guarda das vossas almas.

Palavra do Senhor.


ALELUIA Jo 10, 14
Refrão: Aleluia. Repete-se
Eu sou o bom pastor, diz o Senhor:
conheço as minhas ovelhas e elas conhecem-Me. Refrão


EVANGELHO Jo 10, 1-10
«Eu sou a porta das ovelhas»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
 
Naquele tempo, disse Jesus: «Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que não entra no aprisco das ovelhas pela porta, mas entra por outro lado, é ladrão e salteador. Mas aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas. O porteiro abre-lhe a porta e as ovelhas conhecem a sua voz. Ele chama cada uma delas pelo seu nome e leva-as para fora. Depois de ter feito sair todas as que lhe pertencem, caminha à sua frente e as ovelhas seguem-no, porque conhecem a sua voz. Se for um estranho, não o seguem, mas fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos». Jesus apresentou-lhes esta comparação, mas eles não compreenderam o que queria dizer. Jesus continuou: «Em verdade, em verdade vos digo: Eu sou a porta das ovelhas. Aqueles que vieram antes de Mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os escutaram. Eu sou a porta. Quem entrar por Mim será salvo: é como a ovelha que entra e sai do aprisco e encontra pastagem. O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que as minhas ovelhas tenham vida e a tenham em abundância».

Palavra da salvação.


MEDITAÇÃO

1 - «Eu não sou gregário! Não gosto de andar atrás dos outros. Não gosto de andar por caminhos feitos, gosto de ser eu a fazer os meus próprios caminhos»!
Estas palavras ouvi-as há muitos anos a um intelectual que assim tentava defender-se de um convite que lhe lancei para continuar a frequentar a Missa dominical que tinha abandonado, como se fosse coisa inútil. E acrescentava que, na sua juventude, tinha muitas vezes comido o pão que o diabo amassou, e agora sentia-se no direito de comer o pão que ele próprio amassava. Fechado em seus esquemas, este homem rejeitava assim o Pão vivo descido do céu, o único pão que dá Vida Eterna a quem o comer. A sua recusa lembrou-me o Cântico Negro de José Régio, no qual o poeta diz e repete àqueles que o convidam: não vou por aí!

2 - Nós cristãos, somos gregários, ou seja, reconhecemo-nos, sem complexos de inferioridade e com muita honra, como ovelhas do rebanho de um único Pastor: Deus Pai, manifestado no Seu Filho Jesus Cristo. Somos cristãos porque reconhecemos em Jesus de Nazaré, crucificado em Jerusalém, o nosso Senhor e o Cristo, o Messias que veio ao mundo para nos salvar, ou seja, para nos reconduzir da situação de perdição onde nos lançaram os nossos pecados e o pastoreio dos maus pastores, e nos reconduzir para Si, o verdadeiro Pastor e Guardião das nossas almas. Ele, o Filho Unigénito, um só Deus com o Pai e com o Espírito Santo, suportou os nossos pecados no Seu Corpo sobre o madeiro da cruz, resgatou-nos da escravidão do pecado com o Seu Sangue e curou-nos pelas suas chagas. Assim nós, as ovelhas desgarradas que Ele reuniu e agora está conduzindo para o Pai, seguimo-l’O como nosso Redentor e Pastor, pois nos reconhecemos como membros do Seu rebanho, ou seja, da Sua Igreja.

3 – O reconhecimento de Jesus Cristo como Pastor tem a ver com o entendimento da nossa vida como um percurso. É também consequência de acreditarmos em Deus Pai Criador, e na Morte e na Ressurreição de Cristo, Seu Filho. Todos entendemos, sem grande dificuldade, que a nossa vida na terra é uma caminhada da qual desconhecemos o início e o fim, como começa e como termina. Viver é caminhar. Mas, de onde? E para onde? De onde vimos e para onde vamos?
Vimos do coração amoroso de Deus que nos criou. Como cantamos num salmo, Ele nos fez, a Ele pertencemos, somos Seu povo e ovelhas do Seu rebanho. Aparecemos neste mundo cheios de fragilidades e inteiramente dependentes do amor e dos cuidados dos pais e dos familiares, vizinhos e conhecidos e, á medida que crescemos, experimentamos a necessidade imperiosa e também a grande dificuldade de lhes retribuirmos o amor que deles recebemos! O medo de morrer que nos fecha em nós mesmos impedindo-nos de amar, transforma tantas vezes as nossas vidas num marasmo ou num rodopio louco que, de facto, não nos levam a lado nenhum. O reconhecimento da nossa incapacidade de enfrentar a morte abre-nos à fé na morte de Cristo por nós, por amor de nós, e na Sua ressurreição. Nisto conhecemos o Amor: Jesus deu a Sua vida por nós, e ressuscitou para nossa justificação. Ele é o bom e o verdadeiro Pastor que caminha à frente da Sua Igreja no vale tenebroso da morte e nos conduz para a Vida, no seio do Pai. E a vida dos cristãos transforma-se assim no discipulado amoroso, no seguimento de Cristo vencedor da morte que nos faz participantes da Sua vitória.

4 – Eu vim para que as minhas ovelhas tenham Vida, e a tenham em abundância. Estas palavras do Senhor com que termina o Evangelho do próximo domingo resumem a vida e a inteira missão de Cristo no mundo. Neste Evangelho podemos ver também quais são as características do Bom Pastor e das Suas ovelhas. Ele entra pela porta e é reconhecido pelas suas ovelhas que amorosamente chama pelo nome, e caminha à sua frente. Elas conhecem a Sua voz e seguem-n’O, e reconhecem n’Ele a Porta pela qual entram e saem para encontrar pastagem.

Meus queridos irmãos e irmãs: vós conheceis a voz de Cristo Senhor nosso? Para O seguirdes, é absolutamente necessário que O escuteis quando vos fala nos acontecimentos das vossas vidas; precisais de aprender a escutá-l’O nas palavras da Sagrada Escritura que a Mãe Igreja vos dá como alimento, domingo após domingo, dia após dia. Porque existem no mundo muitos falsos pastores que em muitas circunstâncias dizem também as mesmas palavras do Senhor, tal discernimento não é coisa fácil. Mas se O reconheceis como a Porta das ovelhas e aprendeis a entrar e a sair por Ele e O tomais como exemplo a seguir, felizes de vós, ovelhas que Cristo apascenta! Habitareis para sempre na Casa do Senhor, pois Ele, na comunhão da Igreja, vos guiará até à plena comunhão com o Pai, no Espírito Santo, no Reino dos Céus!
(+ J. Marcos, in Palavra e Pão 88)

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei, Senhor,
que em todo o tempo possamos alegrar-nos
com estes mistérios pascais,
de modo que o acto sempre renovado da nossa redenção
seja para nós causa de alegria eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


Prefácio pascal


ANTÍFONA DA COMUNHÃO
Ressuscitou o Bom Pastor, que deu a vida pelas suas ovelhas
e Se entregou à morte pelo seu rebanho. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus, nosso Bom Pastor,
olhai benignamente para o vosso rebanho
e conduzi às pastagens eternas
as ovelhas que remistes com o precioso Sangue do vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

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«A Vocação mais bela é aquela para a qual Deus me chamou».







ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS I: Atos 2, 14a.36-41 :A grande afirmação da fé cristã não é apenas a de que Jesus, o homem que veio de Nazaré e foi crucificado, é mais do que um simples homem, mas antes a de que o Crucificado foi por Deus exaltado e Se tornou, na sua Ressurreição, Senhor e Cristo, isto é, o Ungido de Deus, o Messias, participando, como homem, na glória divina do Senhor. Esta fé em Jesus, Senhor e Cristo, é que há-de levar os que n’Ele creem à conversão e, pelo Batismo, à Igreja.
1 Pedro 2, 20b-25 :A contemplação do mistério da Cruz há-de levar os homens que sabem olhar para ele a deixarem-se dominar pelo amor de Jesus Cristo, que deu a vida para trazer à unidade os filhos de Deus que andavam, e andam, dispersos. Jesus, pela sua Cruz, congrega os homens como o pastor congrega as ovelhas do seu rebanho. A Ele nos convertemos, porque nos deixámos conduzir pelo seu cajado de Bom Pastor.

Jo 10, 1-10: A imagem do pastor é frequente na Sagrada Escritura: ela manifesta o amor e o desvelo de Deus pelos homens, ela ajuda-os a penetrar nos sentimentos do coração de Cristo, que Se entregou à morte por eles, ela faz sentir a alegria da união de uns com os outros em volta do Senhor, que não só cuida das ovelhas fiéis, mas vai à procura da ovelha perdida.




AGENDA DO DIA



12.00 horas: Oração em rede pedindo a erradicação da epidemia covid – 19.
11.00 horas: Missa paroquial transmitida por internet.

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MAIO, MÊS DE MARIA
Terço diário

É um costume muito louvável de rezar o terço todos os dias. Sabemos todos as graças que recebemos por tão bela devoção. Desde há muito que o povo cristão se habituou a rezar o terço comunitariamente na Igreja, durante o mês de maio. Neste ano, devido ao covid-19, e por velarmos pela saúde de todos, não nos reunimos no ambiente apropriado que é a Igreja paroquial. Esperamos que, num dia muito em breve, o possamos realizar com toda a segurança. Entretanto Deus quer que valorizemos o ambiente familiar para que, como igreja doméstica que somos, a santifiquemos com a proteção de Nossa Senhora, rezando diariamente o terço.

Para facilitar, apresentaremos diariamente ume meditação sobre os mistérios do terço. Pensamos que poderá facilitar na oração pessoal e familiar.


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DIA 2


MISTÉRIOS GOZOSOS


INTRODUÇÃO:

“Estas palavras são duras. Quem pode escutá-las?” (Jo 6, 60). Por vezes, temos dificuldades em entender as duras palavras de Jesus e somos assolados pela dúvida e desconfiança. Neste dia, somos convidados a ter confiança, a acreditar naquilo que Deus reserva para nós, a acreditar na nossa missão! “A quem iremos Senhor? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6, 68). A vida é feita de escolhas, e esta resposta de Pedro faz-nos pensar acerca delas, porque seguir Jesus é também uma escolha que, enquanto cristãos, devemos fazer: seguir na companhia de Jesus, conscientes da missão que estamos a abraçar, ou seguir sozinho. “Levanta-te” (Act 9, 34). Depois de ponderarmos as nossas escolhas, é a hora de agir, de nos fazermos ao caminho, de sermos missionários. Sejamos Missão!

PRIMEIRO MISTÉRIO
ANUNCIAÇÃO DO ANJO A NOSSA SENHORA

A derradeira missão: ser mãe de Deus! Um sim de Maria! Mesmo não entendendo perfeitamente o que Deus pretendia dela, Maria entrega-se num sim! Quantas vezes duvidamos do que Deus nos propõe? Quantas vezes nos parece impossível dar o primeiro passo ao encontro de Jesus? A escolha, o sim, o primeiro passo são nossos! Que como Maria nos guie a Fé para nos entregarmos com confiança!

SEGUNDO MISTÉRIO
VISITAÇÃO DE NOSSA SENHORA A SANTA ISABEL

A gravidez de Isabel mostra-nos que a Deus nada é impossível! Que o Seu amor se manifesta de formas humanamente difíceis de entender! Tudo isto nos maravilha, mas também nos inquieta! Como podemos confiar e seguir quando é tanto aquilo que não entendemos? Que a Fé seja para nós esta união tão íntima com Deus, da confiança além da dúvida, e que nela alcancemos todas as certezas que necessitamos!

TERCEIRO MISTÉRIO
NASCIMENTO DE JESUS NO PRESÉPIO DE BELÉM

“As palavras que Eu vos disse são espírito e vida” (Jo 6, 63). Que maior prova de amor nos poderia dar Deus? Que mais poderia fazer para que entendêssemos a sua Palavra e o seu projeto para nós? Ele deu-nos Jesus, a Sua Palavra, o Seu Espírito! Que o nascimento de Jesus nos recorde sempre esta Esperança do encontro com Deus, esta Esperança que nos é dada pela confiança plena de que somos amados

QUARTO MISTÉRIO
APRESENTAÇÃO DO MENINO JESUS NO TEMPLO

 Na apresentação no templo, a presença de Jesus menino manifesta a Simeão o quão incompreensível e gloriosa é a obra de Deus: Jesus é luz do mundo, é grande a Sua missão e igualmente grande é aquilo que Ele espera de nós! Estaremos nós dispostos a acolher esta missão na nossa vida? Como Jesus, sejamos, no nosso agir, Esperança para o mundo e concretização da missão que Deus nos propõe!

QUINTO MISTÉRIO
ENCONTRO DO MENINO JESUS NO TEMPLO, ENTRE OS DOUTORES

Jesus não vai apenas ao templo, vai ao encontro de Seu Pai. E eu? Como posso eu ir ao encontro de Deus? Estará Deus assim tão longe de mim? Depois de confiar e de escolher abraçar aquilo que Jesus nos propõe, é hora de agir, de nos fazermos ao caminho! Deus está no próximo, está mesmo ao teu lado! Que, na Caridade, encontremos esta certeza de que, no amor ao outro, encontramos o amor de Deus!

PRECE
Maria ajuda-nos a ser instrumento de Jesus, teu Filho! Ajuda-nos a aceitar a missão que Deus nos apresenta, mesmo que as palavras nos pareçam duras! Maria, que, como tu, sejamos exemplo de Fé, no nosso sim a Deus, de Esperança, na nossa alegria de viver a Palavra e de Caridade, na nossa disponibilidade para com o outro!

CONSAGRAÇÃO
Maria, minha Mãe! Tu és a minha companhia, o meu porto de abrigo que não me abandona nos momentos mais difíceis. A Ti, Mãe, confio as minhas fraquezas, os meus sofrimentos, as minhas limitações, pois me confortas e aconchegas. O Teu colo é maternal, e nele encontro abrigo e consolo, encontro forças para continuar, pois suavemente me falas ao ouvido e me incentivas! Mãe, entrego-te o meu coração para que o ilumines, a minha boca para que pronuncie boas palavras, os meus ouvidos para que me ensines a escutar com sabedoria e os meus olhos para que me ajudes a olhar os outros sob o teu olhar materno e com o carinho de uma mãe!





A VOZ DO PASTOR


Semana das Vocações


LANÇAR AS REDES PARA ALÉM DO AQUÁRIO


Estamos a viver a semana de oração e ação em prol da cultura vocacional, cuja solicitude no terreno sempre reclama um “salto de qualidade”. Falamos daquela dimensão da vida que procura responder à busca de sentido, que estrutura e dá uma nova compreensão à existência de cada pessoa: “Senhor, que queres de mim, que queres que eu seja?”. Já noutros escritos, apoiado nos documentos da Igreja, me tenho referido a estas grandes opções de vida que são, assim o podemos sintetizar: ou o matrimónio ou o ministério ordenado ou a vida consagrada (religiosa e laical), ou, mesmo quando a pessoa conclui que não se sente chamada a nenhuma das citadas vocações e, por opção responsável, refletida, rezada e acompanhada, permanece solteira, não para fugir a responsabilidades ou para levar uma vida leviana ou descomprometia, mas por opção responsável e determinada. E quantas causas nobres de serviços à sociedade e à Igreja acontecem e se desenvolvem devido à ação destas pessoas que, durante toda a vida, se lhes dedicam total e generosamente. Mas seja qual for a resposta a dar ao estado de vida a que cada um se sente chamado, não se pode dar uma resposta a ver se vai dar certo ou apenas por um determinado tempo, a prazo. Espera-se que seja uma resposta séria e definitiva, para toda a vida. Uma resposta dada com amor, alegria e esperança, o que implica saber o que cada uma reclama de formação, preparação, responsabilidade, atenção constante e capacidade de saber ultrapassar as dificuldades que venham a surgir porque nada é tão linear como se sonha. E, isto, mesmo depois de já se estar a viver no matrimónio ou na vida consagrada ou no ministério ordenado. Se assim não for, este pucarinho de barro que cada um de nós é pode esboroar-se, fazer-nos perder o entusiasmo da primeira hora e conduzir-nos a um desfecho de infidelidade e abandono. Mesmo que se invoquem razões que possam desculpar ou diminuir a responsabilidade desse final, é sempre consequência de algo que correu menos bem, fosse em que tempo fosse. Como refere o Papa Francisco na Mensagem para este ano, é importante “que cada um possa descobrir com GRATIDÃO o chamamento que Deus lhe dirige, encontrar a CORAGEM de dizer «sim», vencer a fadiga com a fé em Cristo e finalmente, como um cântico de LOUVOR, oferecer a própria vida por Deus, pelos irmãos e pelo mundo inteiro”. Se o Senhor nos chamou por este ou aquele caminho, Ele está connosco e devemos-lhe estar gratos por ter passado pela nossa vida, por nos ter dado coragem para arriscarmos na certeza de que Ele nos estende a mão no meio das tempestades da vida, e continua a chamar-nos dentro da vocação e a dizer-nos que não tenhamos medo.

O documento “Novas Vocações para uma Nova Europa”, refere que hoje “são necessários «pais» e «mães» abertos à vida e ao dom da vida; esposos e esposas que testemunhem e celebrem a beleza do amor humano abençoado por Deus; pessoas capazes de diálogo e de «caridade cultural», para a transmissão da mensagem cristã, mediante as linguagens da nossa sociedade; profissionais e pessoas simples, capazes de imprimir a transparência da verdade e a intensidade da caridade cristã ao compromisso na vida civil e às relações de trabalho e de amizade; mulheres que redescubram na fé cristã a possibilidade de viver plenamente o seu gênio feminino; presbíteros de coração grande, como o do Bom Pastor; diáconos permanentes que anunciem a Palavra e a liberdade do serviço aos mais pobres; apóstolos consagrados capazes de se imergirem no mundo e na história com coração contemplativo, e místicos tão familiarizados com o mistério de Deus, que saibam celebrar a experiência do divino e apontar Deus presente no vivo da ação” (NVNE,12).


A Igreja valoriza a vocação de todos e confia em todos para promover uma verdadeira cultura vocacional. E se contamos com todos para esse trabalho, nesta Semana das Vocações, porém, todos temos especialmente em conta as vocações ao ministério ordenado e à vida consagrada, as vocações de especial consagração. Hoje é difícil este anúncio vocacional e torna-se fácil a tentação do desânimo em quem tem a missão de o fazer. Os valores que hoje se nos apresentam são diversos e contrastantes. A cultura é pluralista e ambivalente, “politeísta” e neutra. Há excesso de possibilidades, de ocasiões, de solicitações e, a par, a carência de projetos de vida. Há códigos de leitura e de avaliação, de orientação e de comportamento que se repercutem no plano vocacional. E os jovens são fruto deste tempo, desta cultura frágil e complexa, em que a reivindicação da subjetividade se transforma tantas vezes em subjetivismo e o desejo de liberdade em livre arbítrio. E se há quem procure autenticidade e afeto, relacionamentos pessoais e amizades sadias, vastidão de horizontes e simpatia pela vida entendida como valor absoluto, muitas vezes sentem-se um pouco à deriva, sozinhos, feridos pelo bem-estar, desiludidos das ideologias, das políticas não respeitosas do próprio direito à vida, confusos por causa da desorientação ética, como refere o documento que citei. Mas este é o nosso mundo, o mundo em que nós vivemos e exercemos a nossa missão por mandato do Senhor, não temos outro! Além disso, temos de estar conscientes que este trabalho só será possível com o otimismo da fé e através de uma conversão ao dever de mediar a voz que chama, de forma pedagógica e sem perder a força da esperança: o Senhor da messe não deixará faltar operários para a sua messe. Por isso, não pode haver desânimo nem faltar a esperança nos presbíteros, nos educadores, nas famílias cristãs, nas famílias religiosas, nos institutos seculares, nos pais, educadores, professores, catequistas, animadores e nas próprias comunidades cristãs. Todos somos chamados por Deus a colaborar, de muitas maneiras e cada um a seu modo, neste desafio vocacional, contagiando as crianças, os adolescentes e os jovens, com proximidade, gerando empatia e vivendo com alegria. E sem esquecer que Jesus usou o contacto pessoal, chamou-os pelo nome, acompanhou-os por longo tempo tal como eles eram, foi-os formando e orientando, rezou por eles...

A resposta vocacional vai-se descobrindo numa dinâmica relacional, isto é, entre Deus que chama e vai dando sinais e a pessoa que é chamada. Lendo e interpretando os sinais e a própria vida à luz de Jesus Cristo, cada um, com a sorte de ter a seu lado um verdadeiro cireneu que o ajude a discernir, vai-se dizendo e descobrindo a si próprio. E de tal modo que acabará por se tornar numa experiência de resposta livre, concreta e agradecida a Deus que chama. Nesta pedagogia da descoberta vocacional, são indispensáveis a Palavra, os sacramentos, a oração, a comunidade eclesial e a forma como nos relacionamos com os outros e somos para os outros.

 Não podemos julgar-nos conhecedores do terreno e bem entendidos nos projetos divinos. A lógica de Deus não é a nossa lógica. Houve um momento em que os Apóstolos assim fizeram, mas não se saíram bem, tiveram de meter a viola ao saco. Julgando-se conhecedores do mar, experientes naquelas lides da pesca e sem nada terem conseguido ao longo de toda a noite, ripostaram ao que o Senhor lhes pedia, e se o fizeram fizeram-no a contar com o fracasso para Lhe mostrar que eles é que tinham razão. E disse a Pedro: “Avança para as águas mais profundas e lança as redes para a pesca”. Simão respondeu: «Mestre, tentamos a noite inteira e não apanhamos nada. Mas em atenção à Tua palavra, vou lançar as redes». Assim fizeram, e apanharam tamanha quantidade de peixes que as redes se rompiam” (Lc5,4-6).

 Como Igreja em saída, acreditemos na Palavra do Senhor. Avancemos, com esperança. Façamo-nos ao largo, para além do aquário talvez demasiadamente apaparicado mas amoldado a ouvir e a virar as costas a qualquer nova proposta, talvez já inquinado. Lancemos as redes para “águas mais profundas” e reacendamos em nós o zelo das origens (cf. NMI40).

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 26-04-2020.

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A MAIS BELA FLOR PARA CADA MÃE

São muitos os temas que este fim de semana nos oferece para sobre eles se refletir e escrever. É uma boa razão para deixarmos de falar nas consequências  do estado de calamidade e coisas assim. Embora sejam muito importantes para saber como afastar ou exterminar esse hóspede indesejado e recém-chegado da China, a sanidade mental reclama intervalar no meio de tanto ouvir matraquear sobre tal ciência e tal malfeitor. Iniciamos o Mês de Maio, o Mês do Rosário, durante o qual, se outras iniciativas paroquiais não forem possíveis, haverá, com certeza, em cada casa, um nobre e amoroso cantinho com a imagem de Nossa Senhora, as flores mais belas e a oração do Terço em família. Celebramos o Dia do Trabalhador em Dia de São José Operário, o homem da família, do trabalho, do silêncio e da oração. Este ano, vivemos este dia do trabalhador muito sofrido e angustiante pelas razões que todos sabemos e que exigiu criatividade e reorganização na sua celebração: ninguém, amuado com o covid, poderia bater com o pé no chão a exigir que tinha de ser assim porque sempre assim foi. Celebramos também o Dia da Mãe, em Dia do Bom Pastor e Dia Mundial de Oração pelas Vocações.

Pedindo uma oração por quem já nos deixou, saudando todos os trabalhadores de hoje entre os quais (e de que maneira!...), também se encontram todas as mães, tendo presente a complexidade dos problemas que persistentemente batem à porta de todos e de todas, muitos dos quais também São José e Maria tiveram de enfrentar, vou fixar-me apenas no mês de maio, o mês tão querido da nossa gente e que, de uma forma ou de outra, a todos interpela e envolve, inclusive os pastores.

É o mês que torna ainda mais palpável a promessa que o Senhor fez de que quando dois ou mais estivessem reunidos em seu nome Ele estaria no meio deles. Alegrias e dores, esperanças e tristezas, êxitos e fracassos, nascimentos e mortes, aniversários e festas, partidas e regressos, escolhas e recusas, trabalho e descanso, tudo, tudo o que faz parte da vida familiar deve ser conteúdo da oração em família. Não só com o sentimento de ação de graças pela intervenção de Deus na vida, mas também para pedir a sua ajuda, com humildade e confiança. O Rosário foi sempre considerado pela Igreja como uma das mais excelentes orações que a família cristã é convidada a fazer em comum. Aliada às outras formas de oração litúrgica, também ajuda a introduzir os filhos, de forma natural, na oração da Igreja, podendo ser eles os protagonistas, liderando esse momento de oração em família. Rezando por eles e ensinando-os a rezar pelas grandes causas da Igreja e do Mundo, irão sentindo a necessidade de se interrogarem sobre o sentido da sua própria vida, qual a sua vocação, que caminho o Senhor lhes apontará, podendo ser o do ministério ordenado ou o da vida consagrada. A insistência é constante: «Mães, ensinais aos vossos filhos as orações do cristão? Em consonância com os Sacerdotes, preparais os vossos filhos para os sacramentos da primeira idade: confissão, comunhão, crisma? Habituai-los, quando enfermos, a pensar em Cristo que sofre? a invocar o auxílio de Nossa Senhora e dos Santos? Rezais o terço em família? E vós, Pais, sabeis rezar com os vossos filhos, com toda a comunidade doméstica, pelo menos algumas vezes? O vosso exemplo, na retidão do pensamento e da ação, sufragada com alguma oração comum, tem o valor de uma lição de vida, tem o valor de um ato de culto de mérito particular; levais assim a paz às paredes domésticas”, construis a Igreja (FC60). Que as crianças nunca fiquem sem resposta na sua curiosidade de saber e aprendam desde pequeninas que todos somos irmãos e devemos dar as mãos em amor e verdade. Cristo morreu em defesa da Verdade. Em honra das mães que sabem falar de Jesus aos seus filhos e dos filhos que gostam de saber e fazem perguntas, recordo o lindo poema de João de Deus, o grande pedagogo e poeta

 autor da Cartilha Maternal: CRUCIFIXO:

“Minha mãe, quem é aquele
Pregado naquela cruz?”
- Aquele, filho, é Jesus…
É a santa imagem d’Ele!

“E quem é Jesus?” – É Deus!
“E quem é Deus?” – Quem nos cria,
Quem nos dá a luz do dia
E fez a terra e o céu;

E veio ensinar à gente
Que todos somos irmãos
E devemos dar as mãos
Uns aos outros irmamente:

Todo amor, todo bondade!
“E morreu?” – Para mostrar
Que a gente, pela Verdade
Se deve deixar matar”.
                  
++++

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 01-05-2020.




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