PARÓQUIAS
DE NISA
Quinta-feira,
21 de maio de 2020
Quinta da VI semana de Páscoa
ALELUIA!
ALELUIA! ALELUIA!
CRISTO
RESSUSCITOU!
CELEBREMOS
QUINTA-FEIRA
da semana VI
SS. Cristóvão Magallanes,
presbítero,
e Companheiros, mártires – MF
e Companheiros, mártires – MF
Rogações.
Branco ou verm. – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria, ou da memória ou uma das abaixo sugeridas,
pf. pascal.
L 1 Act 18, 1-8; Sal 97 (98), 1. 2-3ab. 3cd-4
Ev Jo 16, 16-20
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. Augusto César Alves Ferreira da Silva, Bispo Emérito de Portalegre-Castelo Branco (1972).
* Na Ordem de São Domingos – B. Jacinto Maria Cormier – MF
* Na Diocese de Angra – I Vésp. do B. João Baptista Machado.
* Na Arquidiocese de Évora (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Salmo 67,
8-9.20
Quando saístes, Senhor, à frente do vosso povo,
abrindo-lhe o caminho e habitando no meio dele,
estremeceu a terra e abriram-se as fontes do céu. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que nos fizestes tomar parte no mistério da redenção, concedei que vivamos sempre na alegria da ressurreição de Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 18, 1-8
«Ficou em casa deles para trabalharem juntos e falava na sinagoga»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Quando saístes, Senhor, à frente do vosso povo,
abrindo-lhe o caminho e habitando no meio dele,
estremeceu a terra e abriram-se as fontes do céu. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que nos fizestes tomar parte no mistério da redenção, concedei que vivamos sempre na alegria da ressurreição de Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 18, 1-8
«Ficou em casa deles para trabalharem juntos e falava na sinagoga»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, Paulo saiu de Atenas e foi para Corinto. Encontrou lá um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, recentemente chegado de Itália, com Priscila, sua mulher, porque o imperador Cláudio tinha decretado que todos os judeus saíssem de Roma. Paulo juntou-se a eles e, como era da mesma profissão, fabricante de tendas, ficou em sua casa para trabalharem juntos. Todos os sábados, Paulo falava na sinagoga, procurando convencer tanto judeus como gregos. Quando Silas e Timóteo chegaram da Macedónia, Paulo consagrou-se totalmente à pregação, afirmando aos judeus que Jesus era o Messias. Mas perante a oposição e blasfémias deles, sacudiu as vestes e declarou-lhes: «O vosso sangue recaia sobre as vossas cabeças. Eu não sou responsável por isso. A partir de agora, vou dirigir-me aos gentios». Saiu dali e foi para casa de Tício Justo, homem que adorava a Deus e morava junto da sinagoga. Entretanto, Crispo, chefe da sinagoga, acreditou no Senhor, ele e a sua família, e muitos coríntios que ouviam a palavra de Paulo abraçavam também a fé e recebiam o Batismo.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 97 (98), 1.2-3ab.3cd-4 (R. cf. 2b)
Refrão: O Senhor manifestou a salvação a todos os povos. Repete-se
Ou: Diante dos povos, manifestou Deus a salvação. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória. Refrão
O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel. Refrão
Os confins da terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, terra inteira,
exultai de alegria e cantai. Refrão
ALELUIA cf. Jo 14, 18
Refrão: Aleluia Repete-se
Não vos deixarei órfãos, diz o Senhor;
voltarei para junto de vós e exultareis de alegria. Refrão
EVANGELHO Jo 16, 16-20
«Estareis tristes, mas a vossa tristeza converter-se-á em alegria»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Daqui a pouco já não Me vereis e pouco depois voltareis a ver-Me». Alguns discípulos disseram entre si: «Que significa isto que nos diz: ‘Daqui a pouco já não Me vereis e pouco depois voltareis a ver-Me’, e ainda: ‘Eu vou para o Pai’?». E perguntavam: «Que é esse pouco tempo de que Ele fala? Não sabemos o que está a dizer». Jesus percebeu que O queriam interrogar e disse-lhes: «Procurais entre vós compreender as minhas palavras: ‘Daqui a pouco já não Me vereis e pouco depois voltareis a ver-Me’. Em verdade, em verdade vos digo: Chorareis e lamentar-vos-eis, enquanto o mundo se alegrará. Estareis tristes, mas a vossa tristeza converter-se-á em alegria».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Subam à vossa presença, Senhor, as nossas orações e as nossas ofertas, de modo que, purificados pela vossa graça, possamos participar dignamente nos sacramentos da vossa misericórdia. Por Nosso Senhor.
Prefácio pascal
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 28, 20
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor Deus todo-poderoso, que em Cristo ressuscitado nos renovais para a vida eterna, multiplicai em nós os frutos do sacramento pascal e infundi em nossos corações a força do alimento que nos salva. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
« O relançamento do Rosário nas famílias cristãs, no
âmbito de uma pastoral mais ampla da família, propõe-se como ajuda eficaz para
conter os efeitos devastantes desta crise da nossa época».
S. João Paulo
II
ROSARIUM
VIRGINIS MARIAE , 6
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS I:
Atos 18, 1-8: De Atenas, a capital,
Paulo desce a Corinto, cidade marítima, populosa, mal reputada do ponto de vista
moral. A presença de Paulo em Corinto começou de maneira simples e modesta. A
sua palavra foi primeiro dirigida aos judeus, na sinagoga. A recusa, uma vez
mais repetida, dos que estavam mais preparados para a escutar, levou Paulo a
voltar-se para os pagãos, que o escutaram e abraçaram a fé.
Jo 16, 16-20: Será
ao longo de toda a sua vida que a Igreja irá experimentando o mistério da morte
e da vida, de tristeza e de alegria, que é a sua participação na Páscoa de
Cristo. Mas, depois da Ressurreição do Senhor, mesmo as suas tristezas são
agora sofridas na alegria da esperança!
AGENDA DO DIA
12.00 horas: Oração em rede pedindo a erradicação da
epidemia covid – 19.
18.00 horas: Missa transmitida
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MAIO, MÊS DE MARIA
Terço diário
É um costume muito louvável de rezar o terço
todos os dias. Sabemos todos as graças que recebemos por tão bela devoção.
Desde há muito que o povo cristão se habituou a rezar o terço comunitariamente
na Igreja, durante o mês de maio. Neste ano, devido ao covid-19, e por velarmos
pela saúde de todos, não nos reunimos no ambiente apropriado que é a Igreja
paroquial. Esperamos que, num dia muito em breve, o possamos realizar com toda
a segurança. Entretanto Deus quer que valorizemos o ambiente familiar para que,
como igreja doméstica que somos, a santifiquemos com a proteção de Nossa Senhora,
rezando diariamente o terço.
Para facilitar, apresentaremos diariamente ume
meditação sobre os mistérios do terço. Pensamos que poderá facilitar na oração
pessoal e familiar.
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DIA 21
MISTÉRIOS LUMINOSOS
INTRODUÇÃO:
No dia do consagrado a S. Cristóvão Magalhães, missionário
no México, caloroso fomentador do Rosário, perante as autoridades anticlericais
mexicanas, foi fuzilado no não longínquo ano de 1927, apenas porque, com
desassombro, anunciava o Evangelho, protegia, formava e orientava os futuros
sacerdotes naqueles anos adversos, a Liturgia de hoje celebra a preparação dos
Apóstolos, futuros anunciadores do Evangelho para o tempo que se estava a
aproximar: “Daqui a pouco já não Me vereis e pouco depois voltareis a ver-Me” -
ligar as duas afirmações, abandono e promessa, escândalo e missão. É no “pouco
depois” que se fundamenta a Fé da Igreja, é na Luz intensa que sai do Sepulcro
vazio, na Ressurreição que reside a nossa esperança. Na verdade, todo o
mistério de Jesus é luz, Ele é a “luz do mundo”. Meditemos, então, os Mistérios
da Luz e, por intercessão de Maria, deixemos que o Evangelho da Vida ilumine as
nossas famílias e nelas faça ver a vida como um dom.
PRIMEIRO MISTÉRIO:
BATISMO DE JESUS NO RIO
JORDÃO
“Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu
agrado”. Este momento da vida de Jesus é também o início da Nova Aliança. Aqui
passamos do Batismo Penitencial para o Sacramento Vocacional é Baptista quem o
afirma “Ele batizar-vos-á no Espírito Santo”. Pedir o Batismo, leva os pais a
agradecer a Deus o dom da vida, dos seus filhos e o que representa no sonho das
suas famílias. “Meditemos a que dignidade nos eleva o Batismo Sacramental” e
rezemos com Maria pelas vocações.
SEGUNDO MISTÉRIO:
REVELAÇÃO DE JESUS NAS
BODAS DE CANÁ
“Fazei tudo o que Ele vos disser”, o Sacramento do Amor,
estabelecido entre um homem e uma mulher, com momentos em que faltará o vinho
da felicidade, mas sendo também um acto de Fé, contará sempre com a atenção da
Mãe de Jesus e nossa Mãe, que se compadece das famílias em dificuldades. Na
família, comunidade de aprendizagem e prática permanentes da compaixão, a
sensibilidade solidária deve ser exercitada também com outras famílias. Senhor,
confiando-nos à intercessão da Tua Mãe, pedimos que, a seu exemplo, estejamos
sempre atentos aos que se encontram em aflição.
TERCEIRO MISTÉRIO:
ANÚNCIO DO REINO DE
DEUS. UM CONVITE À CONVERSÃO
“O Reino de Deus está próximo”. Deus existe e vem para
oferecer o Seu Reino de salvação a todos os homens. “Acreditai no Evangelho”, à
vinda do Reino de Deus, só podemos responder com fé, com forte concordância de
que somos verdadeiramente amados. “Convertei-vos”, isto é, nascei de novo e
deixai-vos converter pelo próprio Jesus. Com o Papa Francisco, rezemos para que
“as famílias cristãs não esqueçam que a fé não nos tira do mundo, mas
insere-nos mais profundamente nele.”
QUARTO MISTÉRIO:
TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS
NO MONTE TABOR
“Este é o meu Filho predileto. Escutai-O”. Já no Batismo os
céus se abriram para se ouvir a voz do Pai, através do Seu Santo Espírito, este
“Escutai-O” significa mais que crer n’Ele e segui-Lo, Ele quer evangelizadores
que O anunciem não só com palavras mas com uma vida transfigurada. Não quer
proclamadores fechados nas suas “tendas” confortáveis, mas antes no meio das
provações. Por isso ordena “Levanta-te” e vai semear a Esperança onde existe o
desespero e a vida com dificuldades. Rezemos para que saibamos dedicar tempo
aos outros e, com entusiasmo e energia, levar o valor da vida aos que já
perderam a esperança.
QUINTO MISTÉRIO:
INSTITUIÇÃO DA
EUCARISTIA
“E tomando o pão, deu graças, partiu-o e deu-o dizendo,
isto é o meu corpo. Fazei isto em memória de mim”. Jesus, naquela Ceia, não
entregou pão aos que ceavam com Ele, mas antes uma realidade diferente, parecia
pão mas era de facto o Seu corpo. De igual modo, no fim da ceia, tomou o cálice
e disse: “Isto é o Meu sangue, sangue da aliança, que vai ser derramado por
vós”, e termina dizendo, “já não beberei do fruto da videira neste mundo”.
Sendo de despedida, também é de promessa que voltará a tomá-lo connosco no
banquete do Reino. Rezemos este mistério com quem faz Eucaristia, como Memorial
de Cristo Ressuscitado, fonte da luz que nos leva à comunhão.
PRECE:
Por todos os jornalistas e profissionais, em geral, da
Comunicação Social, para que nos seus conteúdos e no seu modo de comunicar
saibam fomentar o respeito e a defesa da dignidade da pessoa humana e possam
ser um bom contributo à implementação da cultura da vida.
A VOZ DO PASTOR
KAROL WOJTYLA NASCEU HÁ CEM ANOS – 18 de maio.
Haverá alguém que dele não se lembre!?... Sim, os
jovens de hoje não presenciaram o entusiasmo contagiante de São João Paulo II.
No entanto, também eles usufruem das suas iniciativas e ensinamentos, dos seus
apelos e desafios. Foi um dos líderes mais influentes da História do século XX.
A sua longa peregrinação pelo mundo fez dele um lutador pela liberdade e pelos
valores essenciais à dignidade humana. Sem medo e apelando à coragem, acelerou
acontecimentos marcantes, destruir paredes e construiu pontes, abriu portas e
rasgou horizontes, aglomerava multidões e falava energicamente. Vibrava com o
entusiasmo da juventude cujas Jornadas Mundiais instituiu, pois, segundo ele,
os jovens são, para a Igreja e para o Mundo, “um dom especial do Espírito de
Deus”, eles sentem “um valor profundo daqueles valores autênticos que têm em
Cristo a sua plenitude” (IN9). Apreciava o desporto, gostava do caiaque e do
esqui, da literatura e do teatro, da poesia e da música, dos combates
intelectuais com abertura às novidades e interrogações do tempo. Prezava a vida
e o viver com fé o serviço à comunidade humana. Trabalhou pela promoção da
família e da vida, das vocações consagradas e laicais, multiplicou os métodos
de evangelização e fez despertar um novo dinamismo missionário, contribuiu
profundamente para a unidade dos cristãos e para que a Igreja fosse
verdadeiramente “a casa e a escola da comunhão”. Exortava os cristãos a que não
ficassem indiferentes nem abdicassem de intervir na gestão pública, isto é, a
que se envolvessem na política, na ação económica, social, legislativa e
cultural para ajudarem a promover, de forma orgânica e institucional, o bem
comum.
Denunciou a irresponsabilidade ecológica e defendeu o
desenvolvimento sustentável, preocupou-se com os desequilíbrios económicos e
sociais no mundo do trabalho e apelou a que o processo da globalização
económica fosse gerido em função da solidariedade e do respeito devido à pessoa
humana. Enfim, deixou um património imenso não só ao tesouro doutrinal da
Igreja, em todas as suas áreas, mas à própria comunidade humana. Pensava no
interior de uma multiplicidade de culturas e sabia expressar-se em italiano,
francês, alemão, inglês, espanhol, português, ucraniano, russo, servo-croata,
esperanto, grego clássico e latim, para além da sua língua materna.
Verdadeiramente ecuménico e missionário, fez-se peregrino de todos os
continentes, anunciando Jesus Cristo com energia, plenamente identificado com a
Igreja e servindo com persistência e humildade. Visitou 129 países, alguns dos
quais mais do que uma vez: em Portugal esteve por três vezes. Foi incansável em
apelar a todos que tivessem a coragem de escancarar as portas a Cristo
Redentor, “o fundamento e centro, o sentido e a meta última da História” (IN5).
Teve um papel fundamental no esboroar de alguns regimes totalitários bem como
na melhoria das relações da Igreja Católica com o Judaísmo, o Islão, a Igreja
Ortodoxa, as Religiões orientais e a Comunhão Anglicana. Teve opositores, é
verdade, estranho seria se os não tivesse! Sofreu atentados, entre os quais o
de 13 de maio de 1981, na praça de São Pedro, no Vaticano. Uma das balas que o
atingiu está incrustada na coroa da imagem principal do Santuário de Nossa
Senhora de Fátima, a quem ele se sentia muito grato por lhe ter salvo a vida.
Nasceu em 18 de maio de 1920, na Polónia e viveu
tempos politicamente difíceis e humilhantes, experiências inesquecíveis como a
ocupação nazi do seu país, conforme ele dá conta: “vivi esse momento trágico
quando o governador nazi Hans Frank se estabeleceu no castelo do Wawel, sobre o
qual foi içada a bandeira da cruz gamada. Para mim foi uma experiência
particularmente dolorosa”. Fecharam-se as universidades, os professores foram
presos, os estudos interrompidos. Para evitar ser deportado, trabalhou como
tarefeiro em restaurantes, como operário de minas e da indústria química.
Cedo ficou órfão, cedo perdeu os seus irmãos: "Eu
não estive presente na morte de minha mãe, nem na do meu irmão e nem na do meu
pai (...) Aos vinte, eu já tinha perdido todos os que amava".
Após a morte de seu pai, e ficando sozinho, começou a
considerar seriamente a ideia do sacerdócio. Bateu às portas do seu Bispo,
o Arcebispo de Cracóvia, e logo começou a ter aulas no seminário clandestino.
Em agosto de 1944, quando a Gestapo arrebanhou os homens de Cracóvia para que
se evitassem revoltas, Karol conseguiu escapar, escondendo-se detrás de uma
porta no porão de uma casa. Milhares de homens e rapazes foram levados
prisioneiros naquele dia. Dali, refugiou-se em casa do Arcebispo de Cracóvia,
onde permaneceu até à retirada dos alemães. Terminado os estudos no seminário
de Cracóvia, foi ordenado sacerdote, no Dia de Todos os Santos de 1946.
Continuou estudos em Roma e, no regresso à Polónia, foi-lhe entregue a sua
primeira tarefa pastoral, uma paróquia. Ao chegar ao local, a sua primeira ação
foi ajoelhar-se e beijar o chão, gesto que o Cura d’Ars tinha feito e que ele
iria usar, mais tarde, como Papa, nos países que visitava. Foi mais tarde
transferido para outra paróquia, foi professor universitário, tinha dois
doutoramentos e publicava trabalhos de vários saberes, em revistas e livros.
Nomeado Bispo-Auxiliar de Cracóvia, participou no Concílio Vaticano II e na
redação de alguns dos seus documentos mais importantes. Fez parte de todos os
sínodos posteriores, foi nomeado Arcebispo de Cracóvia e, depois, Cardeal. Após
a morte de Paulo VI, participou na eleição de João Paulo I, que morreu 33 dias
depois. O Cardeal Karol Wojtyla foi o eleito no conclave seguinte, tendo
escolhido o nome de João Paulo II, com o lema Totus Tuus, tinha 58 anos de
idade. À multidão reunida na Praça de São Pedro referiu que aceitara receber
esta nomeação “com espírito de obediência a Nosso Senhor e com a confiança
total na sua Mãe, a Virgem Santíssima...”
Teve o terceiro maior pontificado da história, quase
27 anos: desde 16 de outubro de 1978 a 02 de abril de 2005, dia do seu
falecimento, com Parkinson, abandonando-se em Deus e confiando-se a Maria
Santíssima. Um ano depois da sua morte, uma morte esperada mas muito dolorosa,
afirmava Bento XVI: “Nos últimos anos, o Senhor despojou-o gradualmente de
tudo, para o assimilar plenamente a si. E quando já não podia viajar, e depois
nem caminhar, e enfim nem falar, o seu gesto, o seu anúncio reduziu-se ao
essencial: ao dom de si próprio até ao fim. A sua morte foi o cumprimento de um
coerente testemunho de fé, que tocou o coração de tantos homens de boa vontade”
.
Em 27 de abril de 2014, numa celebração presidida pelo
Papa Francisco e com a presença do Papa Emérito Bento XVI, foi canonizado
conjuntamente com o Papa João XXIII.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 15-05-2020.
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