PARÓQUIAS
DE NISA
Sábado,
02 de maio de 2020
Sábado da III semana do tempo de
Páscoa
ALELUIA!
ALELUIA! ALELUIA!
CRISTO
RESSUSCITOU!
CELEBREMOS
SÁBADO
da semana III
S. Atanásio, bispo e doutor da Igreja –
MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória, pf. pascal.
L 1 Act 9, 31-42; Sal 115 (116), 12-13. 14-15. 16-17
Ev Jo 6, 60-69
* Na Diocese do Porto – B. Mafalda, virgem – MF
* Na Congregação das Franciscanas Missionárias da Mãe do Divino Pastor – Nossa Senhora, Mãe do Divino Pastor, Padroeira da Congregação – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Rogacionistas do Coração de Jesus – Bem-Aventurada Virgem Santa Maria, Rainha e Mãe do “Rogate” – MO
* Na Prelatura da Santa Cruz e Opus Dei – Aniversário da Dedicação da igreja prelatícia – FESTA
* Na Diocese de Santiago (Cabo Verde) – I Vésp. de S. Tiago Menor.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória, pf. pascal.
L 1 Act 9, 31-42; Sal 115 (116), 12-13. 14-15. 16-17
Ev Jo 6, 60-69
* Na Diocese do Porto – B. Mafalda, virgem – MF
* Na Congregação das Franciscanas Missionárias da Mãe do Divino Pastor – Nossa Senhora, Mãe do Divino Pastor, Padroeira da Congregação – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Rogacionistas do Coração de Jesus – Bem-Aventurada Virgem Santa Maria, Rainha e Mãe do “Rogate” – MO
* Na Prelatura da Santa Cruz e Opus Dei – Aniversário da Dedicação da igreja prelatícia – FESTA
* Na Diocese de Santiago (Cabo Verde) – I Vésp. de S. Tiago Menor.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
S. ATANÁSIO, bispo e doutor da
Igreja
Nota Histórica:
Nasceu em Alexandria no ano 295; no Concílio
de Niceia, acompanhou o bispo Alexandre e foi seu sucessor no episcopado. Lutou
incansavelmente contra a heresia dos arianos; por isso teve de suportar muitos
sofrimentos e foi exilado várias vezes. Escreveu importantes obras doutrinais e
apologéticas. Morreu no ano 373.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA
O Senhor deu-lhe a palavra no meio da assembleia,
encheu-o com o espírito de sabedoria e inteligência
e revestiu-o com um manto de glória. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente, que suscitastes na Igreja o bispo Santo Atanásio para defender a fé na divindade do vosso Filho, concedei-nos que, auxiliados pela sua doutrina e protecção, possamos conhecer-Vos sempre melhor para Vos amar cada vez mais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Jo 5, 1-5
«Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé»
Leitura da Primeira Epístola de São João
O Senhor deu-lhe a palavra no meio da assembleia,
encheu-o com o espírito de sabedoria e inteligência
e revestiu-o com um manto de glória. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente, que suscitastes na Igreja o bispo Santo Atanásio para defender a fé na divindade do vosso Filho, concedei-nos que, auxiliados pela sua doutrina e protecção, possamos conhecer-Vos sempre melhor para Vos amar cada vez mais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Jo 5, 1-5
«Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé»
Leitura da Primeira Epístola de São João
Caríssimos: Quem acredita que Jesus é o Messias nasceu de Deus e quem ama Aquele que gerou ama também Aquele que nasceu d’Ele. Nós sabemos que amamos os filhos de Deus quando amamos a Deus e cumprimos os seus mandamentos, porque o amor de Deus consiste em guardar os seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados, porque todo o que nasceu de Deus vence o mundo. Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Quem é o vencedor do mundo senão aquele que acredita que Jesus é o Filho de Deus?
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 36 (37), 3-4.5-6.30-31 (R. 30a)
Refrão: A boca do justo proclama a sabedoria.
Confia no Senhor e pratica o bem,
possuirás a terra e viverás tranquilo.
Põe no Senhor as tuas delícias,
e Ele satisfará os anseios do teu coração.
Confia ao Senhor o teu destino
e tem confiança, que Ele atuará.
Fará brilhar a tua luz como a justiça
e como o sol do meio-dia os teus direitos.
A boca do justo profere a sabedoria
e a sua língua proclama a justiça.
A lei de Deus está no seu coração
e não vacila nos seus passos.
ALELUIA Mt 5, 10
Refrão: Bem-aventurados os que sofrem perseguição
por amor da justiça,
porque deles é o reino dos Céus. Refrão
EVANGELHO Mt 10, 22-25a
«Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Sereis odiados por todos por causa do meu nome; mas quem perseverar até ao fim esse será salvo. Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo: não acabareis de percorrer as cidades de Israel, antes de vir o Filho do homem. O discípulo não é superior ao mestre, nem o servo é superior ao seu senhor. Ao discípulo basta ser como o seu mestre e ao servo ser como o seu senhor».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai, Senhor, para as ofertas que Vos apresentamos na festa de Santo Atanásio e fazei que, professando como ele a verdadeira fé, encontremos na proclamação da verdade o caminho da salvação. Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 15, 15
Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor.
Chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso, pela participação neste sacramento, fazei que a divindade do vosso Filho que firmemente proclamamos com Santo Atanásio, seja sempre para nós fonte de vida e salvação. Por Nosso Senhor.
«A justiça considera o próximo como um outro; a
caridade cristã o percebe como um outro eu, identifica-se com seus sofrimentos
e alegrias».
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS I:
AGENDA DO DIA
12.00 horas: Oração em rede pedindo a erradicação da
epidemia covid – 19.
14.00 horas: Funeral
em Nisa (Misericórdia)
18.00 horas: Missa paroquial transmitida por internet.
MAIO, MÊS DE MARIA
Terço diário
É um costume muito louvável de rezar o terço
todos os dias. Sabemos todos as graças que recebemos por tão bela devoção.
Desde há muito que o povo cristão se habituou a rezar o terço comunitariamente
na Igreja, durante o mês de maio. Neste ano, devido ao covid-19, e por velarmos
pela saúde de todos, não nos reunimos no ambiente apropriado que é a Igreja
paroquial. Esperamos que, num dia muito em breve, o possamos realizar com toda
a segurança. Entretanto Deus quer que valorizemos o ambiente familiar para que,
como igreja doméstica que somos, a santifiquemos com a proteção de Nossa
Senhora, rezando diariamente o terço.
Para facilitar, apresentaremos diariamente ume
meditação sobre os mistérios do terço. Pensamos que poderá facilitar na oração
pessoal e familiar.
_____________________
DIA 2
MISTÉRIOS GOZOSOS
INTRODUÇÃO:
“Estas
palavras são duras. Quem pode escutá-las?” (Jo 6, 60). Por vezes, temos
dificuldades em entender as duras palavras de Jesus e somos assolados pela
dúvida e desconfiança. Neste dia, somos convidados a ter confiança, a acreditar
naquilo que Deus reserva para nós, a acreditar na nossa missão! “A quem iremos Senhor? Tu tens palavras de
vida eterna” (Jo 6, 68). A vida é feita de escolhas, e esta resposta de
Pedro faz-nos pensar acerca delas, porque seguir Jesus é também uma escolha
que, enquanto cristãos, devemos fazer: seguir na companhia de Jesus, conscientes
da missão que estamos a abraçar, ou seguir sozinho. “Levanta-te” (Act 9, 34). Depois de ponderarmos as nossas escolhas,
é a hora de agir, de nos fazermos ao caminho, de sermos missionários. Sejamos
Missão!
PRIMEIRO MISTÉRIO
ANUNCIAÇÃO DO ANJO A NOSSA SENHORA
A
derradeira missão: ser mãe de Deus! Um sim de Maria! Mesmo não entendendo
perfeitamente o que Deus pretendia dela, Maria entrega-se num sim! Quantas
vezes duvidamos do que Deus nos propõe? Quantas vezes nos parece impossível dar
o primeiro passo ao encontro de Jesus? A escolha, o sim, o primeiro passo são
nossos! Que como Maria nos guie a Fé para nos entregarmos com confiança!
SEGUNDO MISTÉRIO
VISITAÇÃO DE NOSSA SENHORA A SANTA
ISABEL
A
gravidez de Isabel mostra-nos que a Deus nada é impossível! Que o Seu amor se
manifesta de formas humanamente difíceis de entender! Tudo isto nos maravilha,
mas também nos inquieta! Como podemos confiar e seguir quando é tanto aquilo
que não entendemos? Que a Fé seja para nós esta união tão íntima com Deus, da
confiança além da dúvida, e que nela alcancemos todas as certezas que
necessitamos!
TERCEIRO MISTÉRIO
NASCIMENTO DE JESUS NO PRESÉPIO DE
BELÉM
“As
palavras que Eu vos disse são espírito e vida”
(Jo 6, 63). Que maior prova de amor nos poderia dar Deus? Que mais poderia
fazer para que entendêssemos a sua Palavra e o seu projeto para nós? Ele
deu-nos Jesus, a Sua Palavra, o Seu Espírito! Que o nascimento de Jesus nos
recorde sempre esta Esperança do encontro com Deus, esta Esperança que nos é
dada pela confiança plena de que somos amados
QUARTO MISTÉRIO
APRESENTAÇÃO DO MENINO JESUS NO TEMPLO
Na apresentação no templo, a presença de Jesus
menino manifesta a Simeão o quão incompreensível e gloriosa é a obra de Deus:
Jesus é luz do mundo, é grande a Sua missão e igualmente grande é aquilo que
Ele espera de nós! Estaremos nós dispostos a acolher esta missão na nossa vida?
Como Jesus, sejamos, no nosso agir, Esperança para o mundo e concretização da
missão que Deus nos propõe!
QUINTO MISTÉRIO
ENCONTRO DO MENINO
JESUS NO TEMPLO, ENTRE OS DOUTORES
Jesus
não vai apenas ao templo, vai ao encontro de Seu Pai. E eu? Como posso eu ir ao
encontro de Deus? Estará Deus assim tão longe de mim? Depois de confiar e de
escolher abraçar aquilo que Jesus nos propõe, é hora de agir, de nos fazermos
ao caminho! Deus está no próximo, está mesmo ao teu lado! Que, na Caridade,
encontremos esta certeza de que, no amor ao outro, encontramos o amor de Deus!
PRECE
Maria
ajuda-nos a ser instrumento de Jesus, teu Filho! Ajuda-nos a aceitar a missão
que Deus nos apresenta, mesmo que as palavras nos pareçam duras! Maria, que,
como tu, sejamos exemplo de Fé, no nosso sim a Deus, de Esperança, na nossa
alegria de viver a Palavra e de Caridade, na nossa disponibilidade para com o
outro!
CONSAGRAÇÃO
Maria,
minha Mãe! Tu és a minha companhia, o meu porto de abrigo que não me abandona
nos momentos mais difíceis. A Ti, Mãe, confio as minhas fraquezas, os meus
sofrimentos, as minhas limitações, pois me confortas e aconchegas. O Teu colo é
maternal, e nele encontro abrigo e consolo, encontro forças para continuar,
pois suavemente me falas ao ouvido e me incentivas! Mãe, entrego-te o meu
coração para que o ilumines, a minha boca para que pronuncie boas palavras, os
meus ouvidos para que me ensines a escutar com sabedoria e os meus olhos para
que me ajudes a olhar os outros sob o teu olhar materno e com o carinho de uma
mãe!
A VOZ DO PASTOR
Semana das Vocações
LANÇAR AS REDES PARA ALÉM DO AQUÁRIO
Estamos a viver a semana de oração e ação em prol da cultura vocacional,
cuja solicitude no terreno sempre reclama um “salto de qualidade”. Falamos
daquela dimensão da vida que procura responder à busca de sentido, que
estrutura e dá uma nova compreensão à existência de cada pessoa: “Senhor, que
queres de mim, que queres que eu seja?”. Já noutros escritos, apoiado nos
documentos da Igreja, me tenho referido a estas grandes opções de vida que são,
assim o podemos sintetizar: ou o matrimónio ou o ministério ordenado ou a vida
consagrada (religiosa e laical), ou, mesmo quando a pessoa conclui que não se
sente chamada a nenhuma das citadas vocações e, por opção responsável,
refletida, rezada e acompanhada, permanece solteira, não para fugir a
responsabilidades ou para levar uma vida leviana ou descomprometia, mas por
opção responsável e determinada. E quantas causas nobres de serviços à
sociedade e à Igreja acontecem e se desenvolvem devido à ação destas pessoas
que, durante toda a vida, se lhes dedicam total e generosamente. Mas seja qual
for a resposta a dar ao estado de vida a que cada um se sente chamado, não se
pode dar uma resposta a ver se vai dar certo ou apenas por um determinado
tempo, a prazo. Espera-se que seja uma resposta séria e definitiva, para toda a
vida. Uma resposta dada com amor, alegria e esperança, o que implica saber o
que cada uma reclama de formação, preparação, responsabilidade, atenção
constante e capacidade de saber ultrapassar as dificuldades que venham a surgir
porque nada é tão linear como se sonha. E, isto, mesmo depois de já se estar a
viver no matrimónio ou na vida consagrada ou no ministério ordenado. Se assim
não for, este pucarinho de barro que cada um de nós é pode esboroar-se,
fazer-nos perder o entusiasmo da primeira hora e conduzir-nos a um desfecho de
infidelidade e abandono. Mesmo que se invoquem razões que possam desculpar ou
diminuir a responsabilidade desse final, é sempre consequência de algo que
correu menos bem, fosse em que tempo fosse. Como refere o Papa Francisco na
Mensagem para este ano, é importante “que cada um possa descobrir com GRATIDÃO
o chamamento que Deus lhe dirige, encontrar a CORAGEM de dizer «sim», vencer a
fadiga com a fé em Cristo e finalmente, como um cântico de LOUVOR, oferecer a
própria vida por Deus, pelos irmãos e pelo mundo inteiro”. Se o Senhor nos
chamou por este ou aquele caminho, Ele está connosco e devemos-lhe estar gratos
por ter passado pela nossa vida, por nos ter dado coragem para arriscarmos na
certeza de que Ele nos estende a mão no meio das tempestades da vida, e
continua a chamar-nos dentro da vocação e a dizer-nos que não tenhamos medo.
O documento “Novas Vocações para uma Nova Europa”, refere que hoje “são
necessários «pais» e «mães» abertos à vida e ao dom da vida; esposos e esposas
que testemunhem e celebrem a beleza do amor humano abençoado por Deus; pessoas
capazes de diálogo e de «caridade cultural», para a transmissão da mensagem
cristã, mediante as linguagens da nossa sociedade; profissionais e pessoas
simples, capazes de imprimir a transparência da verdade e a intensidade da
caridade cristã ao compromisso na vida civil e às relações de trabalho e de
amizade; mulheres que redescubram na fé cristã a possibilidade de viver
plenamente o seu gênio feminino; presbíteros de coração grande, como o do Bom
Pastor; diáconos permanentes que anunciem a Palavra e a liberdade do serviço
aos mais pobres; apóstolos consagrados capazes de se imergirem no mundo e na
história com coração contemplativo, e místicos tão familiarizados com o mistério
de Deus, que saibam celebrar a experiência do divino e apontar Deus presente no
vivo da ação” (NVNE,12).
A Igreja valoriza a vocação de todos e confia em todos para promover uma verdadeira cultura vocacional. E se contamos com todos para esse trabalho, nesta Semana das Vocações, porém, todos temos especialmente em conta as vocações ao ministério ordenado e à vida consagrada, as vocações de especial consagração. Hoje é difícil este anúncio vocacional e torna-se fácil a tentação do desânimo em quem tem a missão de o fazer. Os valores que hoje se nos apresentam são diversos e contrastantes. A cultura é pluralista e ambivalente, “politeísta” e neutra. Há excesso de possibilidades, de ocasiões, de solicitações e, a par, a carência de projetos de vida. Há códigos de leitura e de avaliação, de orientação e de comportamento que se repercutem no plano vocacional. E os jovens são fruto deste tempo, desta cultura frágil e complexa, em que a reivindicação da subjetividade se transforma tantas vezes em subjetivismo e o desejo de liberdade em livre arbítrio. E se há quem procure autenticidade e afeto, relacionamentos pessoais e amizades sadias, vastidão de horizontes e simpatia pela vida entendida como valor absoluto, muitas vezes sentem-se um pouco à deriva, sozinhos, feridos pelo bem-estar, desiludidos das ideologias, das políticas não respeitosas do próprio direito à vida, confusos por causa da desorientação ética, como refere o documento que citei. Mas este é o nosso mundo, o mundo em que nós vivemos e exercemos a nossa missão por mandato do Senhor, não temos outro! Além disso, temos de estar conscientes que este trabalho só será possível com o otimismo da fé e através de uma conversão ao dever de mediar a voz que chama, de forma pedagógica e sem perder a força da esperança: o Senhor da messe não deixará faltar operários para a sua messe. Por isso, não pode haver desânimo nem faltar a esperança nos presbíteros, nos educadores, nas famílias cristãs, nas famílias religiosas, nos institutos seculares, nos pais, educadores, professores, catequistas, animadores e nas próprias comunidades cristãs. Todos somos chamados por Deus a colaborar, de muitas maneiras e cada um a seu modo, neste desafio vocacional, contagiando as crianças, os adolescentes e os jovens, com proximidade, gerando empatia e vivendo com alegria. E sem esquecer que Jesus usou o contacto pessoal, chamou-os pelo nome, acompanhou-os por longo tempo tal como eles eram, foi-os formando e orientando, rezou por eles...
A resposta vocacional vai-se descobrindo numa dinâmica relacional, isto é,
entre Deus que chama e vai dando sinais e a pessoa que é chamada. Lendo e
interpretando os sinais e a própria vida à luz de Jesus Cristo, cada um, com a
sorte de ter a seu lado um verdadeiro cireneu que o ajude a discernir, vai-se dizendo
e descobrindo a si próprio. E de tal modo que acabará por se tornar numa
experiência de resposta livre, concreta e agradecida a Deus que chama. Nesta
pedagogia da descoberta vocacional, são indispensáveis a Palavra, os
sacramentos, a oração, a comunidade eclesial e a forma como nos relacionamos
com os outros e somos para os outros.
Não podemos julgar-nos conhecedores do terreno e bem entendidos nos
projetos divinos. A lógica de Deus não é a nossa lógica. Houve um momento em
que os Apóstolos assim fizeram, mas não se saíram bem, tiveram de meter a viola
ao saco. Julgando-se conhecedores do mar, experientes naquelas lides da pesca e
sem nada terem conseguido ao longo de toda a noite, ripostaram ao que o Senhor
lhes pedia, e se o fizeram fizeram-no a contar com o fracasso para Lhe mostrar
que eles é que tinham razão. E disse a Pedro: “Avança para as águas mais
profundas e lança as redes para a pesca”. Simão respondeu: «Mestre, tentamos a
noite inteira e não apanhamos nada. Mas em atenção à Tua palavra, vou lançar as
redes». Assim fizeram, e apanharam tamanha quantidade de peixes que as redes se
rompiam” (Lc5,4-6).
Como Igreja em saída, acreditemos na Palavra do Senhor. Avancemos,
com esperança. Façamo-nos ao largo, para além do aquário talvez demasiadamente
apaparicado mas amoldado a ouvir e a virar as costas a qualquer nova proposta,
talvez já inquinado. Lancemos as redes para “águas mais profundas” e
reacendamos em nós o zelo das origens (cf. NMI40).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 26-04-2020.
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