domingo, 31 de maio de 2020






PARÓQUIAS DE NISA





Segunda-feira 01 de junho de 2020








Segunda da IX semana do tempo comum







SEGUNDA-FEIRA da semana IX

Santa Maria, Mãe da Igreja – MO
Branco – Ofício da memória (Semana I do Saltério).
Missa da memória.

L 1 Gen 3, 9-15.20 ou Act 1, 12-14; Sal 86 (87), 1-2. 3 e 5. 6-7
Ev Jo 19, 25-34


Onde a segunda-feira depois do Pentecostes é dia de especial afluência de fiéis à Missa, podem tomar-se as leituras do domingo de Pentecostes propostas no Lecionário.

* Na Diocese de Beja – Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral. Na Sé – SOLENIDADE (transferida); nas outras igrejas da Diocese Ofício e Missa da memória.
* Na Diocese de Santarém – Aniversário da Ordenação episcopal de D. José Augusto Traquina Maria (2014).
* Na Ordem da Visitação de Santa Maria – Visitação de Nossa Senhora – SOLENIDADE (transferida)
* Na Congregação das Filhas de Maria, Mãe da Igreja – Maria, Mãe da Igreja, Padroeira da Congregação – SOLENIDADE
* Na Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus – Nossa Senhora do Sagrado Coração de Jesus, Padroeira da Congregação – SOLENIDADE (transferida)
* Na Congregação dos Rogacionistas do Coração de Jesus – S. Aníbal Maria de França, presbítero e Fundador da Congregação – SOLENIDADE
* Nas Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor – Aniversário da fundação da Congregação.
* Na Diocese de Santiago (Cabo Verde) – Inicia-se em Junho um novo ano agrícola. Recomenda-se a celebração das "Rogações" num domingo à escolha, segundo as conveniências pastorais.


Missa Segunda-Feira depois do Pentecostes:
SANTA MARIA, MÃE DA IGREJA

Nota Histórica:
À Virgem Santa Maria foi atribuído o título “Mãe da Igreja”, porque deu à luz a Cabeça da Igreja e se tornou a Mãe dos redimidos quando seu Filho ia morrer na cruz. O papa São Paulo VI confirmou solenemente a mesma designação na alocução aos Padres do Concílio Vaticano II, no dia 21 de Novembro de 1964, e decidiu que todo o povo cristão honrasse, agora ainda mais, com este santíssimo nome, a Mãe de Deus.


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Actos 1, 14
Os discípulos perseveravam unidos na oração com Maria, Mãe de Jesus.

ORAÇÃO COLECTA
Deus, Pai de misericórdia,
cujo Filho Unigénito, pregado na cruz,
nos deu a sua própria Mãe,
a Virgem Santa Maria, como nossa Mãe,
fazei que a Igreja, assistida pelo seu amor materno,
exulte com o número e a santidade dos seus filhos
e reúna numa só família todos os povos da terra.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


Em vez desta leitura, pode utilizar-se a que se lhe segue.

LEITURA I Gen 3, 9-15.20
«A mãe de todos os viventes»

Leitura do Livro do Génesis

Depois de Adão ter comido da árvore,
o Senhor Deus chamou-o e disse-lhe: «Onde estás?».
Ele respondeu:
«Ouvi o rumor dos vossos passos no jardim
e, como estava nu, tive medo e escondi-me».
Disse Deus:
«Quem te deu a conhecer que estavas nu?
Terias tu comido dessa árvore, da qual te proibira comer?».
Adão respondeu:
«A mulher que me destes por companheira
deu-me do fruto da árvore e eu comi».
O Senhor Deus perguntou à mulher:
«Que fizeste?»
E a mulher respondeu:
«A serpente enganou-me e eu comi».
Disse então o Senhor Deus à serpente:
«Por teres feito semelhante coisa,
maldita sejas entre todos os animais domésticos
e todos os animais selvagens.
Hás-de rastejar e comer do pó da terra
todos os dias da tua vida.
Estabelecerei inimizade entre ti e a mulher,
entre a tua descendência e a descendência dela.
Esta há-de atingir-te na cabeça
e tu a atingirás no calcanhar».
O homem deu à sua mulher o nome de ‘Eva’,
porque ela foi a mãe de todos os viventes.
Palavra do Senhor.


Em vez da leitura precedente, pode utilizar-se a seguinte:

LEITURA I Atos 1, 12-14
«Perseveravam unidos na oração, com Maria, Mãe de Jesus»

Leitura dos Atos dos Apóstolos

Depois de Jesus ter subido ao Céu,
os Apóstolos voltaram para Jerusalém,
descendo o monte chamado das Oliveiras,
que fica perto de Jerusalém,
à distância de uma caminhada de sábado.
Quando chegaram à cidade, subiram para a sala de cima,
onde se encontravam habitualmente.
Estavam lá Pedro e João, Tiago e André, Filipe e Tomé,
Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu,
Simão, o Zeloso, e Judas, irmão de Tiago.
Todos estes perseveravam unidos em oração,
em companhia de algumas mulheres,
entre as quais Maria, Mãe de Jesus.
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 86 (87), 1-2. 3 e 5.6-7 (R. 3)
Refrão: Grandes coisas se dizem de ti, ó cidade de Deus.


O Senhor ama a cidade,
por Ele fundada sobre os montes santos;
ama as portas de Sião
mais que todas as moradas de Jacob.
Grandes coisas se dizem de ti, ó cidade de Deus.

E dir-se-á em Sião: «Todos lá nasceram,
o próprio Altíssimo a consolidou».
O Senhor escreverá no registo dos povos:
«Este nasceu em Sião».
E irão dançando e cantando:
«Todas as minhas fontes estão em ti».


ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
Sois ditosa, ó Virgem Santa Maria,
sois digníssima de todos os louvores,
porque de Vós nasceu o sol da justiça,
Cristo, nosso Deus. Refrão


EVANGELHO
Jo 19, 25-27
«Eis o teu filho...Eis a tua Mãe»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo,
estavam junto à cruz de Jesus
sua Mãe, a irmã de sua Mãe,
Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.
Ao ver sua Mãe e o discípulo predilecto,
Jesus disse a sua Mãe:
«Mulher, eis o teu filho».
Depois disse ao discípulo:
«Eis a tua Mãe».
E a partir daquela hora,
o discípulo recebeu-a em sua casa.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei, Senhor, as nossas oferendas
e transformai-as em sacramento de salvação,
pelo qual nos confiemos mais fervorosamente
ao amor da Virgem Santa Maria, Mãe da Igreja,
e colaboremos com maior diligência na obra da redenção.
Por Nosso Senhor.


Prefácio de Nossa Senhora III [Maria, Mãe da Igreja]:

V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.


Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte,
e exaltar a vossa infinita bondade
ao celebrarmos a festa [memória] da Virgem Santa Maria.
Recebendo o vosso Verbo em seu coração imaculado,
Ela mereceu concebê-l’O em seu seio virginal
e, dando à luz o Criador do universo,
preparou o nascimento da Igreja.
Junto à cruz, aceitou o testamento da caridade divina
e recebeu todos os homens como seus filhos,
pela morte de Cristo gerados para a vida eterna.
Enquanto esperava, com os Apóstolos,
a vinda do Espírito Santo,
associando-se às preces dos discípulos,
tornou-se modelo admirável da Igreja em oração.
Elevada à glória do céu,
assiste com amor materno
a Igreja ainda peregrina sobre a terra,
protegendo misericordiosamente os seus passos
a caminho da pátria celeste,
enquanto espera a vinda gloriosa do Senhor.
Por isso, com os Anjos e os Santos,
proclamamos a vossa glória, cantando numa só voz:

Santo, Santo, Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 2, 1.11
Celebraram-se umas bodas em Caná da Galileia
e estava lá a Mãe de Jesus.
Ali o Senhor deu início aos seus milagres,
manifestou a sua glória e os discípulos acreditaram n’Ele.

Ou cf. Jo 19, 26-27
Suspenso na cruz, Jesus disse ao discípulo: Eis a tua Mãe.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que neste admirável sacramento
nos destes o penhor da redenção e da vida,
fazei que a vossa Igreja,
com o auxílio materno da Virgem Santa Maria,
leve a todos os povos o anúncio do Evangelho
e renove a face da terra com os dons do vosso Espírito.
Por Nosso Senhor.
.






“A Igreja é feminina, porque é igreja, esposa: é feminina. É mãe, dá à luz. Esposa e mãe. E os Padres vão além e dizem: ‘A sua alma também é esposa de Cristo e mãe’. Nessa atitude de Maria, que é Mãe da Igreja, neste comportamento podemos entender essa dimensão feminina da Igreja que, quando não existe, a Igreja perde a verdadeira identidade e se torna uma associação beneficente ou um clube de futebol ou qualquer outra coisa, mas não a Igreja.”


Papa Francisco








ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra



LEITURAS I:






AGENDA DO DIA



12.00 horas: Funeral em Montalvão







A VOZ DO PASTOR


MÉDICOS EM TERAPIA HÁ MUITO TESTADA

Sejam quais forem as ferramentas que cada pessoa tem de usar no seu trabalho, desde o delicado bisturi ao pincel, do teclado ao tubo de ensaio, do pensamento à vassoura de rua, dos telescópios às panelas da cozinha, da máscara de carnaval à da pandemia (e mais pode acrescentar o leitor!...), seja qual for essa ferramenta, será bom aceitar o conselho de Anselmo de Cantuária: “Ó homem, deixa um momento as tuas ocupações habituais. Entra um instante em ti mesmo, longe do tumulto dos teus pensamentos. Põe de parte os cuidados que te apoquentam e liberta-te agora das inquietações que te absorvem. Entrega-te uns momentos a Deus, descansa por algum tempo na sua presença. Entra no íntimo da tua alma. Remove tudo, exceto Deus e o que te possa ajudar a procurá-lo no silêncio”.

Este autor do século XI aconselha o homem a pedir a Deus que ensine o seu coração a saber onde e como o procurar e encontrar. E coloca o homem a fazer perguntas para saber quem o poderá ajudar, como, com que sinais, com que aspeto poderá ele encontrar Deus!

Li, há dias, no “Ecos do Sameiro”, o testemunho de um jovem médico da Lombardia, Julian Urban, de 38 anos, um dos testemunhos compilados por Gianni Giardinelli, e que, com a devida vénia, aqui transcrevo. Diz ele: “Nunca, nos meus piores pesadelos, eu imaginei ter uma experiência como a que estou a ter, nas últimas semanas, no hospital onde trabalho. O pesadelo continua – o rio está cada vez mais caudaloso. No princípio vieram alguns pacientes, depois, dezenas – por fim, centenas. Neste momento já não somos mais médicos: tornámo-nos uma espécie de ‘classificadores’ na ‘linha de montagem’, decidindo quem vive e quem é enviado para casa para morrer – mesmo aqueles que durante toda a sua vida pagaram os seus impostos ao Estado italiano. Até há duas semanas atrás, eu e os meus colegas éramos ateus; isso era o mais normal, pois como médicos aprendemos que a ciência exclui a presença de Deus. Sempre trocei do facto de os meus pais irem à Igreja. Um pastor, já idoso, de 75 anos, veio ter connosco há 9 dias atrás, era um homem afável, de modos gentis e estava com sérias dificuldades em respirar, mas trazia uma Bíblia consigo e ficámos impressionados com ele ao lê-la aos moribundos, segurando-lhes as mãos. Estávamos todos cansados, desencorajados, física e mentalmente exaustos, quando, finalmente, tivemos tempo para o ouvir. Agora, temos de admitir: como seres humanos chegámos ao limite, não podemos fazer mais – mas as pessoas estão a morrer diariamente, e cada vez mais. E estamos exaustos: dois dos nossos colegas já morreram e há outros que estão infetados. Chegámos à conclusão de que o que quer que seja que o homem pode fazer, precisamos de Deus – e começamos a pedir-Lhe ajuda, sempre que temos alguns minutos disponíveis. Falamos uns com os outros e é incrível como nós, ateus empedernidos, estamos agora diariamente em busca da nossa paz, pedindo ao Senhor para nos ajudar a resistir, a fim de podermos cuidar dos doentes. Ontem, o idoso Pastor de 75 anos morreu – e apesar de termos tido mais de 120 mortes aqui, nas últimas semanas, e estarmos todos exaustos, destruídos, aquele Pastor trouxe-nos paz como nós nunca pensámos ter nesta altura, apesar das nossas condições e dificuldades. O Pastor partiu para estar com o Senhor e bem depressa nós iremos também, seguindo-o se as coisas continuarem como até aqui. Há seis dias que não vou a casa; nem sei quando comi pela última vez e estou a tomar consciência da minha ociosidade na terra. Quero dedicar o meu último sopro de vida a ajudar o meu próximo. Estou feliz porque me voltei para Deus, novamente, rodeado do sofrimento e da morte dos meus concidadãos”. 

Eis um exemplo, um sinal, um aspeto pelo qual podemos encontrar Deus. Ele serve-se de tudo para que o possamos encontrar!... É particularmente sensível à vida humana, sejam quais forem os seus caminhos, êxitos e fracassos. Conhece-nos, chama-nos pelo nome, dá ânimo ao cansado e firmeza ao enfraquecido, estende-nos a mão mas sem nos obrigar a que Lhe dêmos a nossa. Porque respeita a liberdade de cada um e cada um nem sempre a sabe usar, o bem e o mal coexistem, o trigo e o joio crescem juntos, lado a lado, até à ceifa (cf. Mt13,24-30). E, se, porventura, nos parece que o mal e o joio predominam, isso não acontece porque Deus é indiferente ou nos abandona. Acontece, sim, porque nós o abandonamos, porque entendemos que a liberdade é fazer o que quero, o que me dá na gana,  e não fazer o que devo. Deus não nos esquece, não foge nem se esconde, acompanha-nos, respeitando a nossa liberdade, tantas vezes confundida com libertinagem! Esta atitude de Deus parece-nos estranha. Sim, é estranha! Conforme lemos na Sagrada Escritura, é uma sabedoria demasiado profunda para nós, tão sublime que não temos capacidade para ela (cf. Sl 139,6).

No entanto, Deus, na sua condescendência infinita, deu-nos um sinal por excelência, um sinal para o encontrarmos. Enviou-nos o seu Filho, para nos falar, para nos dar a conhecer o próprio Pai e o seu amor por nós. Para isso, Jesus assumiu a nossa condição humana, trabalhou com mãos humanas, pensou com inteligência humana, agiu com vontade humana, amou com coração humano, tornou-se verdadeiramente um de nós e morreu por cada um de nós, para nos salvar (cf. GS22). Sentiu fome e sede, cansaço e sono, sentiu a dor e a tristeza, a alegria e a traição, a perseguição e o abandono, chorou. Porque sempre falava do Pai e com o Pai, um dia, Filipe, entusiasmado com a conversa de Jesus, saiu-se com esta: “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta!”. Disse-lhe Jesus: “Há tanto tempo que estou convosco e não me conheces, Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como dizes tu: ‘Mostra-nos o Pai!’? Não acreditas que Eu estou no Pai, e o Pai está em mim? As palavras que Eu vos digo, não as digo por mim mesmo; o Pai, que permanece em mim, realiza as suas obras. Acreditai em mim: Eu estou no Pai, e o Pai em mim. Se não, acreditai por causa das obras em si” (Jo 14, 8-11).

Cristo é, de facto, o Sinal, o Sacramento do Pai, o Filho de Deus, o Caminho a conhecer e a trilhar! Quantas vezes Ele já nos terá tocado no ombro!... Quantas vezes teremos feito de conta que não percebemos!... Adotar o conselho que a CP nos dá nas passagens de nível, pode ser um bom método para perceber os sinais que Deus nos vai dando para que não sejamos trucidados pelas rodas da vida: PARE, ESCUTE E OLHE...

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 22-05-2020.



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