PARÓQUIAS
DE NISA
Sábado,
16 de maio de 2020
Sábado da V semana do tempo de Páscoa
ALELUIA!
ALELUIA! ALELUIA!
CRISTO
RESSUSCITOU!
CELEBREMOS
SÁBADO
da semana V
Branco – Ofício da
féria.
Missa da féria, pf. pascal.
L 1 Act 16, 1-10; Sal 99 (100), 2. 3. 5
Ev Jo 15, 18-21
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. Teodoro de Faria, Bispo Emérito do Funchal (1982).
* Na Ordem Agostiniana – SS. Alípio e Possídio, bispos – MO
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Simão Stock, religioso – MF
* Na Ordem Franciscana e na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Margarida de Cortona, da III Ordem – MO
* Na Companhia de Jesus – S. André Bobola, presbítero e mártir – MO
* Na Congregação Salesiana – S. Luís Orione, presbítero – MF
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – S. Gema Galgani, virgem – MO
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
Missa da féria, pf. pascal.
L 1 Act 16, 1-10; Sal 99 (100), 2. 3. 5
Ev Jo 15, 18-21
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. Teodoro de Faria, Bispo Emérito do Funchal (1982).
* Na Ordem Agostiniana – SS. Alípio e Possídio, bispos – MO
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Simão Stock, religioso – MF
* Na Ordem Franciscana e na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Margarida de Cortona, da III Ordem – MO
* Na Companhia de Jesus – S. André Bobola, presbítero e mártir – MO
* Na Congregação Salesiana – S. Luís Orione, presbítero – MF
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – S. Gema Galgani, virgem – MO
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Col 2, 12
Com Cristo fostes sepultados no Baptismo
e também com Ele fostes ressuscitados
pela fé no poder de Deus que O ressuscitou dos mortos. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente, que pelo Batismo nos fizestes renascer para a vida eterna, concedei que os vossos filhos, regenerados para a esperança da imortalidade, alcancem com a vossa ajuda a plenitude da glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 16, 1-10
«Passa à Macedónia e vem ajudar-nos»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Com Cristo fostes sepultados no Baptismo
e também com Ele fostes ressuscitados
pela fé no poder de Deus que O ressuscitou dos mortos. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente, que pelo Batismo nos fizestes renascer para a vida eterna, concedei que os vossos filhos, regenerados para a esperança da imortalidade, alcancem com a vossa ajuda a plenitude da glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 16, 1-10
«Passa à Macedónia e vem ajudar-nos»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, Paulo chegou a Derbe e depois a Listra. Havia lá um discípulo chamado Timóteo, filho de uma judia crente e de pai grego. Os irmãos de Listra e de Icónio davam dele bom testemunho. Querendo Paulo levá-lo consigo, mandou-o circuncidar, por causa dos judeus que havia na região, pois todos sabiam que seu pai era grego. Nas cidades por onde passavam, transmitiam as decisões dos Apóstolos e anciãos de Jerusalém, recomendando que se cumprissem. Desse modo as Igrejas eram confirmadas na fé e cresciam em número, de dia para dia. Como o Espírito Santo os tinha impedido de anunciarem a palavra de Deus na Ásia, atravessaram a Frígia e o território da Galácia. Quando chegaram à fronteira da Mísia, tentaram dirigir-se à Bítínia, mas o Espírito de Jesus não lho permitiu. Atravessaram então a Mísia e desceram a Tróade. Durante a noite, Paulo teve uma visão: Um macedónio estava de pé diante dele e fazia-lhe este pedido: «Passa à Macedónia e vem ajudar-nos». Logo que ele teve esta visão, procurámos partir para a Macedónia, convencidos de que Deus nos chamava para anunciar ali o Evangelho.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 99 (100), 2.3.5 (R. 2a)
Refrão: Aclamai o Senhor, terra inteira. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Aclamai o Senhor, terra inteira,
servi o Senhor com alegria,
vinde a Ele com cânticos de júbilo. Refrão
Sabei que o Senhor é Deus,
Ele nos fez, a Ele pertencemos,
somos o seu povo, as ovelhas do seu rebanho. Refrão
Porque o Senhor é bom,
eterna é a sua misericórdia,
a sua fidelidade estende-se de geração em geração. Refrão
ALELUIA Col 3, 1
Refrão: Aleluia Repete-se
Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto,
onde Cristo está sentado à direita de Deus. Refrão
EVANGELHO Jo 15, 18-21
«Não sois do mundo, mas Eu vos escolhi do mundo»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro Me odiou a Mim. Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu. Mas porque não sois do mundo, pois a minha escolha vos separou do mundo, é por isso que o mundo vos odeia. Lembrai-vos das palavras que Eu vos disse: ‘O servo não é mais do que o seu senhor’. Se Me perseguiram a Mim, também vos perseguirão a vós. Se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. Mas tudo isto vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem Aquele que Me enviou».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Acolhei benignamente, Senhor, os dons da vossa família e concedei-lhe o auxílio da vossa protecção, para que não perca as graças recebidas e alcance os bens eternos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio pascal
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 17, 20-21
Pai santo, Eu rogo por aqueles
que hão de acreditar em Mim,
para que sejam em Nós confirmados na unidade
e o mundo acredite que Tu Me enviaste. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Guardai sempre, Senhor, com paternal bondade o povo que salvastes, para que se alegrem com a ressurreição do vosso Filho aqueles que foram redimidos pela sua paixão. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
« Há necessidade
dum cristianismo que se destaque principalmente pela arte da oração ».
S. João Paulo
II
ROSARIUM
VIRGINIS MARIAE
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS I:
Atos 16, 1-10: S. Paulo faz segunda
viagem apostólica. Parte de novo de Antioquia e pensa visitar as comunidades
anteriormente fundadas. A leitura situa-o já em plena viagem, de novo na Ásia
Menor, em Derbe, depois em Listra. Chega finalmente a Tróade, no extremo
ocidental da Ásia. Em visão, é chamado por certo europeu da região da Macedónia
do norte da Grécia. É o apelo da Europa ao Evangelho. Praza a Deus que tal
apelo não mais deixe de se fazer ouvir... Paulo viaja agora com Timóteo, que o
acompanhará até ao fim. Aparece também nesta passagem, pela primeira vez, o
sujeito no plural: “Procurámos partir...”, testemunho de que S. Lucas, o autor
do livro, está na comitiva.
Jo 15, 18-21: Ao
amor dos discípulos contrapõe-se o ódio do mundo para com eles, como já o
tivera para com o próprio Jesus. Mas, também como aconteceu com o Mestre, será
com amor que os discípulos vencerão quem os odeia. É a continuação da luta
entre a luz e as trevas, a morte e a Vida; mas a luz, a Vida, terão a última
palavra: triunfará, por fim, a força e a glória da ressurreição.
AGENDA DO DIA
12.00 horas: Oração em rede pedindo a erradicação da epidemia
covid – 19.
18.00 horas:
Eucaristia
_________________________________________
MAIO, MÊS DE MARIA
Terço diário
É um costume muito louvável de rezar o terço
todos os dias. Sabemos todos as graças que recebemos por tão bela devoção. Desde
há muito que o povo cristão se habituou a rezar o terço comunitariamente na
Igreja, durante o mês de maio. Neste ano, devido ao covid-19, e por velarmos
pela saúde de todos, não nos reunimos no ambiente apropriado que é a Igreja
paroquial. Esperamos que, num dia muito em breve, o possamos realizar com toda
a segurança. Entretanto Deus quer que valorizemos o ambiente familiar para que,
como igreja doméstica que somos, a santifiquemos com a proteção de Nossa
Senhora, rezando diariamente o terço.
Para facilitar, apresentaremos diariamente ume
meditação sobre os mistérios do terço. Pensamos que poderá facilitar na oração
pessoal e familiar.
_____________________________________
DIA 16
MISTÉRIOS GOZOSOS
INTRODUÇÃO:
O mundo desafia-nos para uma Igreja
nova, renovada, que abrace os seus membros e que, com eles, destrua muros e
construa laços. Esquecemo-nos tantas vezes de que a Igreja é cada um de nós,
que todos temos um papel nessa resposta, que é através das nossas obras que
essa nova realidade pode ser construída. As palavras de Jesus foram, e
continuam a ser, revolucionárias, porque quebram o conforto a que nos
habituamos e provocam a que ousemos, através do exemplo, a levar a Palavra a
quem não a conhece. Saibamos ser como a Família de Nazaré que, tal como
acontece nos nossos dias, numa realidade diferente dos outros lares, aceitou
ser exemplo de amor e entrega. Com Maria e José, acolhamos Jesus no seio das
nossas vidas.
PRIMEIRO ANUNCIAÇÃO DO ANJO A NOSSA SENHORA
Maria com o seu “sim” entregou a Vida a
um mundo sem amor, para que com amor Aquele que O enviou chegasse ao coração de
todos os homens. Quantas vezes procuramos desculpas no mais profundo do nosso
ser para responder “não” a Jesus? Rezemos com a Mãe, para que, com humildade,
saibamos reconhecer a missão que nos foi confiada e que o nosso “sim” a Jesus
seja sempre reflexo nas nossas obras.
SEGUNDO MISTÉRIO:
VISITAÇÃO DE NOSSA SENHORA A SANTA ISABEL
Jesus ensinou-nos que “o servo não é
mais que o seu senhor”; também Ele se ajoelhou e nos lavou os pés. Deverei eu
ficar acomodado e ser mais que o meu Senhor? Maria é a portadora da Palavra em
movimento. Sai do conforto do seu lar, da debilidade da sua condição e vai ao
encontro de Isabel, ficando ao seu serviço.
Ajuda-nos, Mãe, pela entrega incondicional, a usar os nossos sentidos ao
serviço dos mais fragilizados.
TERCEIRO MISTÉRIO:
NASCIMENTO DE JESUS NO PRESÉPIO DE BELÉM
Jesus nasceu na simplicidade de uma
gruta e os primeiros a visitá-l’O foram os pastores, pobres e humildes, que o
que poderiam oferecer era um coração aberto para recebê-l’O. Jesus não nos pede
riquezas, somente nos pede amor. Com mansidão e humildade, abramos a porta ao
Jesus que pede para entrar no nosso coração e que, com ele, sejamos amor na
vida dos outros.
QUARTO MISTÉRIO:
APRESENTAÇÃO DO MENINO JESUS NO TEMPLO
Disse-nos Jesus: “tudo isto vos farão
por causa do meu nome, porque não conhecem Aquele que Me enviou”. Quando vemos
apenas com os olhos, não permitimos que a luz entre nas nossas vidas e
conheçamos o caminho para a felicidade eterna. A apresentação do Senhor fez
Simeão ver a salvação, enchendo-se de paz e confiança na redenção do mundo.
QUINTO MISTÉRIO:
ENCONTRO DO MENINO JESUS NO TEMPLO, ENTRE OS
DOUTORES
Mesmo vivendo em santidade, Maria e José
perderam-se de Jesus. Na nossa condição de pecadores perdemo-nos tantas vezes
d’Ele e, encontrando-nos em aflição, procuramos a Sua presença, esquecendo que
Ele está sempre no mesmo sítio, que nos recebe sempre com o mesmo amor e nunca
nos abandona. Saibamos ser como a Sagrada Família, que reconhece a ausência do
Salvador e não descansa enquanto não O encontra.
Mãe, olha para mim, para os meus irmãos,
para os nossos pastores, ampara-nos no nosso caminho e ajuda-nos contigo a
acolher Deus nos nossos corações e a levá-l’O a quem mais precisa.
PRECE:
Entrego-me hoje a ti, Mãe, com todas as
minhas fragilidades e os meus medos, com todo o meu fardo e o meu pecado, com
toda a verdade do meu ser, para que contigo possa aprender a aceitar e amar
mais e melhor o Teu Filho, Aquele que criaste e choraste na cruz, para que eu
conhecesse a salvação. Ajuda-me a sentir o teu amparo nos momentos menos
felizes da minha vida, nas alturas em que O ofendo em que me esqueço que Ele
morreu por mim. Orienta-me na minha entrega, guia-me nas minhas escolhas,
encaminha a minha vontade, para nunca me perder nos meus passos. Faz de mim,
Maria, uma bíblia aberta como tu.
CONSAGRAÇÃO:
Entrego-me hoje a ti, Mãe, com todas as
minhas fragilidades e os meus medos, com todo o meu fardo e o meu pecado, com
toda a verdade do meu ser, para que contigo possa aprender a aceitar e amar
mais e melhor o Teu Filho, Aquele que criaste e choraste na cruz, para que eu
conhecesse a salvação. Ajuda-me a sentir o teu amparo nos momentos menos
felizes da minha vida, nas alturas em que O ofendo em que me esqueço que Ele
morreu por mim. Orienta-me na minha entrega, guia-me nas minhas escolhas,
encaminha a minha vontade, para nunca me perder nos meus passos. Faz de mim,
Maria, uma bíblia aberta como tu.
A VOZ DO PASTOR
A FRAGILIDADE HUMANIZA A VIDA
O
Sr. Presidente da Assembleia da República, em 25 de abril, marcou pontos ao
propor um minuto de silêncio pelos mortos com o covid-19. Com certeza que
colocou muitos portugueses em guerra com as lágrimas que teimavam em rolar por
cara abaixo. Eu vi, foi um momento solene, bonito e humano, também me perfilei!
Mas logo pensei: que bom seria se o mesmo sentimento fizesse levantar os
senhores parlamentares a fazer um minuto de silêncio por dezenas e dezenas de
milhar de crianças saudáveis que foram mortas antes de nascer. Ou será que
dizer que “as crianças são o melhor do mundo”, é coisa de poetas?... Segundo um
recente estudo feito com números oficiais do INE e da DGS, já ultrapassam 200
mil as crianças abortadas desde julho de 2007, fora os que não se sabe ou fogem
ao controle. A culpa daquelas mortes que mereceram um minuto de silêncio no
Parlamento não foi dos ilustres deputados ali mui solenes. Foi do covid-19. A
morte de dezenas e dezenas de milhar de crianças que foram mortas não foi culpa
do covid-19. Foi das leis que os senhores representantes do povo ali amassaram
e cozinharam em nome da liberdade, lavando tranquilamente as mãos
ensanguentadas e como se a verdade e a vida dependessem de maiorias parlamentares.
Como se não bastasse, ainda se esticam a carpir mágoas pelo calamitoso “inverno
demográfico” que atravessamos! Aquelas mortes foram consequência “de uma grave
pandemia internacional”, disse o Sr. Presidente, e bem. Estas, a das crianças,
são a prova de um enorme descarte nacional apoiado pelo Estado insensível aos
gritos de quem pede socorro e não se pode defender, isto digo eu e muitos, mas
não vale nada. Para os legisladores sábios e omnipotentes, somos retrógrados
demais para entender os sentimentos e a ciência daquelas cátedras e os seus
pinchos civilizacionais!... Ai se essas 200 mil crianças se pudessem manifestar
em direção ao Parlamento!... como seria bonito!... como seria uma vergonha!...
No entanto, se tal bonito não pode acontecer, a vergonha não deixará de o
ser!..
.
“Onde
está o teu irmão Abel?”. Caim, que tinha amuado com os êxitos do irmão e o
matara, respondeu: “Não sei. Sou, porventura, o guarda do meu irmão?”. E de
novo: “Que fizeste? Ouço o sangue do teu irmão a clamar da terra por Mim”. E
Caim, caindo em si, disse a Deus: “A minha culpa é grande e atormenta-me...”
(cf. Gn4, 9-13).
O
projeto inicial da fraternidade era fazer com que cada um fosse protetor e se alegrasse
com a presença do outro, em liberdade. É certo que o egoísmo e a dureza do
coração humano desvirtuaram este projeto. Cristo, porém, veio restabelecê-lo,
dando a vida, por amor. Ele é o Senhor da Vida! Dois mil anos depois, a
humanidade ainda não entendeu, não quer entender, é preconceituosa demais. O
direito à vida é um direito natural fundamental: “não matarás”! É reconhecido
pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e todos os tratados que abordam
tais direitos. A Constituição Portuguesa escreve que “a vida humana é
inviolável”, que “em caso algum haverá pena de morte”, que “a integridade moral
e física das pessoas é inviolável”, que “ninguém pode ser submetido a tortura,
nem a tratos ou penas cruéis, degradantes ou desumanos” (Artigos 24º e 25º).
Tais crianças foram condenadas à morte, injustamente, com tratos desumanos e
degradantes, por quem abriu as portas ao aborto e disponibilizou, para o
efeito, o Serviço Nacional de Saúde e os estabelecimentos de saúde privados e
autorizados. Tudo foi facilitado para destruir os mais frágeis, para lhes negar
o primeiro e fundamental direito e promover a cultura da morte. O aborto
clandestino, uma tragédia que a todos envergonha, impõe saber as causas que
levam a isso, erradicá-las tanto quanto possível e educar para o respeito pela
vida própria e alheia, e apoiar a maternidade e as famílias. À pergunta sobre
“onde está o teu irmão?”, ninguém, muito menos quem tem o dever de cuidar e
proteger a vida e de promover a sua qualidade, ninguém, poderá assobiar para o
ar e esquivar-se à responsabilidade, dizendo: “Não sei. Sou, porventura, o
guarda do meu irmão?”. Sim, és, somos!
Agora,
estão sobre a mesa quatro projetos de lei que se propõem definir e regular os
casos e as condições em que não seja punível a provocação intencional da morte
de uma pessoa, a seu pedido, homicídio, ou por si própria, suicídio. Os artigos
134º e 135º do Código Penal afirmam que quem matar outra pessoa a seu pedido
sério e expresso, ou quem incitar outra pessoa a suicidar-se, ou lhe prestar
ajuda para esse fim, seja punido com pena de prisão. Para levarem a água ao seu
moinho, usam-se eufemismos, como, “antecipação da morte a pedido” ou “morte
medicamente assistida”. E também se usam, acentuam e exploram os sentimentos de
humanidade e compaixão para com quem sofre, como a quererem convencer que pedir
que o matem ou matar-se seja um exercício da liberdade para se morrer com
dignidade e acabar com o sofrimento. É por isso que o resultado de um
Referendo, quando a campanha se torna camaleónica e empática para explorar os
sentimentos do povo, é sempre problemático, o povo rege-se mais pelos
sentimentos de compaixão que lhe fizeram despertar do que pela razão e a
verdade que lhe esconderam, para, no fim, baterem palmas e cantarem vitória, mas
não deixará de ser uma verdadeira derrota para a humanidade! Com a morte
suprime-se a própria raiz da liberdade, não se acaba com o sofrimento, acaba-se
com a vida. Também afirmam que é só para casos excecionais. Há dados conhecidos
de países em que tal prática se liberalizou, que os critérios para a sua
aplicação estão em constante alargamento, já aumentaram cem vezes mais, e
sempre em nome da perda da dignidade da pessoa! Depois da demência na mira de
alguns partidos, também já lançaram a discussão política e social para
legalizar a eutanásia para aqueles que, não tendo qualquer doença, estão fartos
de viver e querem requisitar os serviços da barca de Caronte. E mais
veremos!...
Garantir
ao doente um fim de vida digno não é levá-lo a pedir a morte. É garantir-lhe os
cuidados paliativos que aliviem o sofrimento físico e psíquico e todos os
cuidados a que tem direito, os quais revestem a natureza de uma imposição
constitucional, conforme o artigo 64º da Constituição. E como é bom saber que
profissionais da saúde cumprem os seus deveres de solicitude e de compromisso
para com os mais frágeis e os mais vulneráveis, sentindo-se chamados a tratar a
pessoa e não apenas a sua doença. Um abraço de gratidão para eles nestes tempos
tão difíceis! Uma sociedade que não cuida dos mais velhos carrega o vírus da
morte e os jovens não têm futuro (Francisco).
“A
Fragilidade humaniza a vida” é o tema da Semana da Vida que em Portugal, este
ano, decorre de 10 a 17 deste mês de maio.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 08-04-2020.
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