sexta-feira, 15 de maio de 2020







PARÓQUIAS DE NISA




Sábado, 16 de maio de 2020









Sábado da V semana do tempo de Páscoa









ALELUIA! ALELUIA! ALELUIA!

CRISTO RESSUSCITOU!

CELEBREMOS





SÁBADO da semana V

Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal.

L 1 Act 16, 1-10; Sal 99 (100), 2. 3. 5
Ev Jo 15, 18-
21

* Aniversário da Ordenação episcopal de D. Teodoro de Faria, Bispo Emérito do Funchal (1982).
* Na Ordem Agostiniana – SS. Alípio e Possídio, bispos – MO
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Simão Stock, religioso – MF
* Na Ordem Franciscana e na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Margarida de Cortona, da III Ordem – MO
* Na Companhia de Jesus – S. André Bobola, presbítero e mártir – MO
* Na Congregação Salesiana – S. Luís Orione, presbítero – MF
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – S. Gema Galgani, virgem – MO
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.




MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Col 2, 12
Com Cristo fostes sepultados no Baptismo
e também com Ele fostes ressuscitados
pela fé no poder de Deus que O ressuscitou dos mortos. Aleluia.


ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente, que pelo Batismo nos fizestes renascer para a vida eterna, concedei que os vossos filhos, regenerados para a esperança da imortalidade, alcancem com a vossa ajuda a plenitude da glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Atos 16, 1-10
«Passa à Macedónia e vem ajudar-nos»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, Paulo chegou a Derbe e depois a Listra. Havia lá um discípulo chamado Timóteo, filho de uma judia crente e de pai grego. Os irmãos de Listra e de Icónio davam dele bom testemunho. Querendo Paulo levá-lo consigo, mandou-o circuncidar, por causa dos judeus que havia na região, pois todos sabiam que seu pai era grego. Nas cidades por onde passavam, transmitiam as decisões dos Apóstolos e anciãos de Jerusalém, recomendando que se cumprissem. Desse modo as Igrejas eram confirmadas na fé e cresciam em número, de dia para dia. Como o Espírito Santo os tinha impedido de anunciarem a palavra de Deus na Ásia, atravessaram a Frígia e o território da Galácia. Quando chegaram à fronteira da Mísia, tentaram dirigir-se à Bítínia, mas o Espírito de Jesus não lho permitiu. Atravessaram então a Mísia e desceram a Tróade. Durante a noite, Paulo teve uma visão: Um macedónio estava de pé diante dele e fazia-lhe este pedido: «Passa à Macedónia e vem ajudar-nos». Logo que ele teve esta visão, procurámos partir para a Macedónia, convencidos de que Deus nos chamava para anunciar ali o Evangelho.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 99 (100), 2.3.5 (R. 2a)
Refrão: Aclamai o Senhor, terra inteira. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Aclamai o Senhor, terra inteira,
servi o Senhor com alegria,
vinde a Ele com cânticos de júbilo. Refrão

Sabei que o Senhor é Deus,
Ele nos fez, a Ele pertencemos,
somos o seu povo, as ovelhas do seu rebanho. Refrão

Porque o Senhor é bom,
eterna é a sua misericórdia,
a sua fidelidade estende-se de geração em geração. Refrão


ALELUIA Col 3, 1
Refrão: Aleluia Repete-se

Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto,
onde Cristo está sentado à direita de Deus. Refrão


EVANGELHO Jo 15, 18-21
«Não sois do mundo, mas Eu vos escolhi do mundo»




Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro Me odiou a Mim. Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu. Mas porque não sois do mundo, pois a minha escolha vos separou do mundo, é por isso que o mundo vos odeia. Lembrai-vos das palavras que Eu vos disse: ‘O servo não é mais do que o seu senhor’. Se Me perseguiram a Mim, também vos perseguirão a vós. Se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. Mas tudo isto vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem Aquele que Me enviou».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Acolhei benignamente, Senhor, os dons da vossa família e concedei-lhe o auxílio da vossa protecção, para que não perca as graças recebidas e alcance os bens eternos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio pascal


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 17, 20-21
Pai santo, Eu rogo por aqueles
que hão de acreditar em Mim,
para que sejam em Nós confirmados na unidade
e o mundo acredite que Tu Me enviaste. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Guardai sempre, Senhor, com paternal bondade o povo que salvastes, para que se alegrem com a ressurreição do vosso Filho aqueles que foram redimidos pela sua paixão. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

­­­­­­­­­­­­­­­­­­




« Há necessidade dum cristianismo que se destaque principalmente pela arte da oração ».


S. João Paulo II
ROSARIUM VIRGINIS MARIAE








ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra



LEITURAS I: Atos 16, 1-10: S. Paulo faz segunda viagem apostólica. Parte de novo de Antioquia e pensa visitar as comunidades anteriormente fundadas. A leitura situa-o já em plena viagem, de novo na Ásia Menor, em Derbe, depois em Listra. Chega finalmente a Tróade, no extremo ocidental da Ásia. Em visão, é chamado por certo europeu da região da Macedónia do norte da Grécia. É o apelo da Europa ao Evangelho. Praza a Deus que tal apelo não mais deixe de se fazer ouvir... Paulo viaja agora com Timóteo, que o acompanhará até ao fim. Aparece também nesta passagem, pela primeira vez, o sujeito no plural: “Procurámos partir...”, testemunho de que S. Lucas, o autor do livro, está na comitiva.


Jo 15, 18-21: Ao amor dos discípulos contrapõe-se o ódio do mundo para com eles, como já o tivera para com o próprio Jesus. Mas, também como aconteceu com o Mestre, será com amor que os discípulos vencerão quem os odeia. É a continuação da luta entre a luz e as trevas, a morte e a Vida; mas a luz, a Vida, terão a última palavra: triunfará, por fim, a força e a glória da ressurreição.





AGENDA DO DIA



12.00 horas: Oração em rede pedindo a erradicação da epidemia covid – 19.
18.00 horas: Eucaristia

_________________________________________


MAIO, MÊS DE MARIA
Terço diário

É um costume muito louvável de rezar o terço todos os dias. Sabemos todos as graças que recebemos por tão bela devoção. Desde há muito que o povo cristão se habituou a rezar o terço comunitariamente na Igreja, durante o mês de maio. Neste ano, devido ao covid-19, e por velarmos pela saúde de todos, não nos reunimos no ambiente apropriado que é a Igreja paroquial. Esperamos que, num dia muito em breve, o possamos realizar com toda a segurança. Entretanto Deus quer que valorizemos o ambiente familiar para que, como igreja doméstica que somos, a santifiquemos com a proteção de Nossa Senhora, rezando diariamente o terço.

Para facilitar, apresentaremos diariamente ume meditação sobre os mistérios do terço. Pensamos que poderá facilitar na oração pessoal e familiar.

_____________________________________




DIA 16
MISTÉRIOS GOZOSOS


INTRODUÇÃO:

O mundo desafia-nos para uma Igreja nova, renovada, que abrace os seus membros e que, com eles, destrua muros e construa laços. Esquecemo-nos tantas vezes de que a Igreja é cada um de nós, que todos temos um papel nessa resposta, que é através das nossas obras que essa nova realidade pode ser construída. As palavras de Jesus foram, e continuam a ser, revolucionárias, porque quebram o conforto a que nos habituamos e provocam a que ousemos, através do exemplo, a levar a Palavra a quem não a conhece. Saibamos ser como a Família de Nazaré que, tal como acontece nos nossos dias, numa realidade diferente dos outros lares, aceitou ser exemplo de amor e entrega. Com Maria e José, acolhamos Jesus no seio das nossas vidas.

PRIMEIRO  ANUNCIAÇÃO DO ANJO A NOSSA SENHORA

Maria com o seu “sim” entregou a Vida a um mundo sem amor, para que com amor Aquele que O enviou chegasse ao coração de todos os homens. Quantas vezes procuramos desculpas no mais profundo do nosso ser para responder “não” a Jesus? Rezemos com a Mãe, para que, com humildade, saibamos reconhecer a missão que nos foi confiada e que o nosso “sim” a Jesus seja sempre reflexo nas nossas obras.

SEGUNDO MISTÉRIO: VISITAÇÃO DE NOSSA SENHORA A SANTA ISABEL

Jesus ensinou-nos que “o servo não é mais que o seu senhor”; também Ele se ajoelhou e nos lavou os pés. Deverei eu ficar acomodado e ser mais que o meu Senhor? Maria é a portadora da Palavra em movimento. Sai do conforto do seu lar, da debilidade da sua condição e vai ao encontro de Isabel, ficando ao seu serviço.  Ajuda-nos, Mãe, pela entrega incondicional, a usar os nossos sentidos ao serviço dos mais fragilizados.

TERCEIRO MISTÉRIO: NASCIMENTO DE JESUS NO PRESÉPIO DE BELÉM

Jesus nasceu na simplicidade de uma gruta e os primeiros a visitá-l’O foram os pastores, pobres e humildes, que o que poderiam oferecer era um coração aberto para recebê-l’O. Jesus não nos pede riquezas, somente nos pede amor. Com mansidão e humildade, abramos a porta ao Jesus que pede para entrar no nosso coração e que, com ele, sejamos amor na vida dos outros.

QUARTO MISTÉRIO: APRESENTAÇÃO DO MENINO JESUS NO TEMPLO

Disse-nos Jesus: “tudo isto vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem Aquele que Me enviou”. Quando vemos apenas com os olhos, não permitimos que a luz entre nas nossas vidas e conheçamos o caminho para a felicidade eterna. A apresentação do Senhor fez Simeão ver a salvação, enchendo-se de paz e confiança na redenção do mundo.

QUINTO MISTÉRIO: ENCONTRO DO MENINO JESUS NO TEMPLO, ENTRE OS
 DOUTORES

 Mesmo vivendo em santidade, Maria e José perderam-se de Jesus. Na nossa condição de pecadores perdemo-nos tantas vezes d’Ele e, encontrando-nos em aflição, procuramos a Sua presença, esquecendo que Ele está sempre no mesmo sítio, que nos recebe sempre com o mesmo amor e nunca nos abandona. Saibamos ser como a Sagrada Família, que reconhece a ausência do Salvador e não descansa enquanto não O encontra.
Mãe, olha para mim, para os meus irmãos, para os nossos pastores, ampara-nos no nosso caminho e ajuda-nos contigo a acolher Deus nos nossos corações e a levá-l’O a quem mais precisa.

PRECE:

Entrego-me hoje a ti, Mãe, com todas as minhas fragilidades e os meus medos, com todo o meu fardo e o meu pecado, com toda a verdade do meu ser, para que contigo possa aprender a aceitar e amar mais e melhor o Teu Filho, Aquele que criaste e choraste na cruz, para que eu conhecesse a salvação. Ajuda-me a sentir o teu amparo nos momentos menos felizes da minha vida, nas alturas em que O ofendo em que me esqueço que Ele morreu por mim. Orienta-me na minha entrega, guia-me nas minhas escolhas, encaminha a minha vontade, para nunca me perder nos meus passos. Faz de mim, Maria, uma bíblia aberta como tu.

CONSAGRAÇÃO:

Entrego-me hoje a ti, Mãe, com todas as minhas fragilidades e os meus medos, com todo o meu fardo e o meu pecado, com toda a verdade do meu ser, para que contigo possa aprender a aceitar e amar mais e melhor o Teu Filho, Aquele que criaste e choraste na cruz, para que eu conhecesse a salvação. Ajuda-me a sentir o teu amparo nos momentos menos felizes da minha vida, nas alturas em que O ofendo em que me esqueço que Ele morreu por mim. Orienta-me na minha entrega, guia-me nas minhas escolhas, encaminha a minha vontade, para nunca me perder nos meus passos. Faz de mim, Maria, uma bíblia aberta como tu.





A VOZ DO PASTOR




A FRAGILIDADE HUMANIZA A VIDA

O Sr. Presidente da Assembleia da República, em 25 de abril, marcou pontos ao propor um minuto de silêncio pelos mortos com o covid-19. Com certeza que colocou muitos portugueses em guerra com as lágrimas que teimavam em rolar por cara abaixo. Eu vi, foi um momento solene, bonito e humano, também me perfilei! Mas logo pensei: que bom seria se o mesmo sentimento fizesse levantar os senhores parlamentares a fazer um minuto de silêncio por dezenas e dezenas de milhar de crianças saudáveis que foram mortas antes de nascer. Ou será que dizer que “as crianças são o melhor do mundo”, é coisa de poetas?... Segundo um recente estudo feito com números oficiais do INE e da DGS, já ultrapassam 200 mil as crianças abortadas desde julho de 2007, fora os que não se sabe ou fogem ao controle. A culpa daquelas mortes que mereceram um minuto de silêncio no Parlamento não foi dos ilustres deputados ali mui solenes. Foi do covid-19. A morte de dezenas e dezenas de milhar de crianças que foram mortas não foi culpa do covid-19. Foi das leis que os senhores representantes do povo ali amassaram e cozinharam em nome da liberdade, lavando tranquilamente as mãos ensanguentadas e como se a verdade e a vida dependessem de maiorias parlamentares. Como se não bastasse, ainda se esticam a carpir mágoas pelo calamitoso “inverno demográfico” que atravessamos! Aquelas mortes foram consequência “de uma grave pandemia internacional”, disse o Sr. Presidente, e bem. Estas, a das crianças, são a prova de um enorme descarte nacional apoiado pelo Estado insensível aos gritos de quem pede socorro e não se pode defender, isto digo eu e muitos, mas não vale nada. Para os legisladores sábios e omnipotentes, somos retrógrados demais para entender os sentimentos e a ciência daquelas cátedras e os seus pinchos civilizacionais!... Ai se essas 200 mil crianças se pudessem manifestar em direção ao Parlamento!... como seria bonito!... como seria uma vergonha!... No entanto, se tal bonito não pode acontecer, a vergonha não deixará de o ser!..
.
“Onde está o teu irmão Abel?”. Caim, que tinha amuado com os êxitos do irmão e o matara, respondeu: “Não sei. Sou, porventura, o guarda do meu irmão?”. E de novo: “Que fizeste? Ouço o sangue do teu irmão a clamar da terra por Mim”. E Caim, caindo em si, disse a Deus: “A minha culpa é grande e atormenta-me...” (cf. Gn4, 9-13).

O projeto inicial da fraternidade era fazer com que cada um fosse protetor e se alegrasse com a presença do outro, em liberdade. É certo que o egoísmo e a dureza do coração humano desvirtuaram este projeto. Cristo, porém, veio restabelecê-lo, dando a vida, por amor. Ele é o Senhor da Vida! Dois mil anos depois, a humanidade ainda não entendeu, não quer entender, é preconceituosa demais. O direito à vida é um direito natural fundamental: “não matarás”! É reconhecido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e todos os tratados que abordam tais direitos. A Constituição Portuguesa escreve que “a vida humana é inviolável”, que “em caso algum haverá pena de morte”, que “a integridade moral e física das pessoas é inviolável”, que “ninguém pode ser submetido a tortura, nem a tratos ou penas cruéis, degradantes ou desumanos” (Artigos 24º e 25º). Tais crianças foram condenadas à morte, injustamente, com tratos desumanos e degradantes, por quem abriu as portas ao aborto e disponibilizou, para o efeito, o Serviço Nacional de Saúde e os estabelecimentos de saúde privados e autorizados. Tudo foi facilitado para destruir os mais frágeis, para lhes negar o primeiro e fundamental direito e promover a cultura da morte. O aborto clandestino, uma tragédia que a todos envergonha, impõe saber as causas que levam a isso, erradicá-las tanto quanto possível e educar para o respeito pela vida própria e alheia, e apoiar a maternidade e as famílias. À pergunta sobre “onde está o teu irmão?”, ninguém, muito menos quem tem o dever de cuidar e proteger a vida e de promover a sua qualidade, ninguém, poderá assobiar para o ar e esquivar-se à responsabilidade, dizendo: “Não sei. Sou, porventura, o guarda do meu irmão?”. Sim, és, somos!

Agora, estão sobre a mesa quatro projetos de lei que se propõem definir e regular os casos e as condições em que não seja punível a provocação intencional da morte de uma pessoa, a seu pedido, homicídio, ou por si própria, suicídio. Os artigos 134º e 135º do Código Penal afirmam que quem matar outra pessoa a seu pedido sério e expresso, ou quem incitar outra pessoa a suicidar-se, ou lhe prestar ajuda para esse fim, seja punido com pena de prisão. Para levarem a água ao seu moinho, usam-se eufemismos, como, “antecipação da morte a pedido” ou “morte medicamente assistida”. E também se usam, acentuam e exploram os sentimentos de humanidade e compaixão para com quem sofre, como a quererem convencer que pedir que o matem ou matar-se seja um exercício da liberdade para se morrer com dignidade e acabar com o sofrimento. É por isso que o resultado de um Referendo, quando a campanha se torna camaleónica e empática para explorar os sentimentos do povo, é sempre problemático, o povo rege-se mais pelos sentimentos de compaixão que lhe fizeram despertar do que pela razão e a verdade que lhe esconderam, para, no fim, baterem palmas e cantarem vitória, mas não deixará de ser uma verdadeira derrota para a humanidade! Com a morte suprime-se a própria raiz da liberdade, não se acaba com o sofrimento, acaba-se com a vida. Também afirmam que é só para casos excecionais. Há dados conhecidos de países em que tal prática se liberalizou, que os critérios para a sua aplicação estão em constante alargamento, já aumentaram cem vezes mais, e sempre em nome da perda da dignidade da pessoa! Depois da demência na mira de alguns partidos, também já lançaram a discussão política e social para legalizar a eutanásia para aqueles que, não tendo qualquer doença, estão fartos de viver e querem requisitar os serviços da barca de Caronte. E mais veremos!...

Garantir ao doente um fim de vida digno não é levá-lo a pedir a morte. É garantir-lhe os cuidados paliativos que aliviem o sofrimento físico e psíquico e todos os cuidados a que tem direito, os quais revestem a natureza de uma imposição constitucional, conforme o artigo 64º da Constituição. E como é bom saber que profissionais da saúde cumprem os seus deveres de solicitude e de compromisso para com os mais frágeis e os mais vulneráveis, sentindo-se chamados a tratar a pessoa e não apenas a sua doença. Um abraço de gratidão para eles nestes tempos tão difíceis! Uma sociedade que não cuida dos mais velhos carrega o vírus da morte e os jovens não têm futuro (Francisco).

“A Fragilidade humaniza a vida” é o tema da Semana da Vida que em Portugal, este ano, decorre de 10 a 17 deste mês de maio.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 08-04-2020.



Sem comentários:

Enviar um comentário