PARÓQUIAS
DE NISA
Quarta-feira,
06 de maio de 2020
Quarta da IV semana do tempo de Páscoa
ALELUIA!
ALELUIA! ALELUIA!
CRISTO
RESSUSCITOU!
CELEBREMOS
QUARTA-FEIRA
da semana IV
Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal.
L 1 Act 12, 24 – 13, 5a; Sal 66 (67), 2-3. 5. 6 e 8
Ev Jo 12, 44-50
* Na Diocese de Portalegre-Castelo Branco – Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral. Na Sé – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese – FESTA
* Na Congregação Salesiana e no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – S. Domingos Sávio – FESTA
Missa da féria, pf. pascal.
L 1 Act 12, 24 – 13, 5a; Sal 66 (67), 2-3. 5. 6 e 8
Ev Jo 12, 44-50
* Na Diocese de Portalegre-Castelo Branco – Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral. Na Sé – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese – FESTA
* Na Congregação Salesiana e no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – S. Domingos Sávio – FESTA
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo
17, 50; 21, 23
Eu Vos louvarei, Senhor, entre os povos
e anunciarei o vosso nome aos meus irmãos. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Deus todo-poderoso, vida dos fiéis, glória dos humildes e feli¬cidade dos justos, ouvi as súplicas do vosso povo e saciai com a abundância dos vossos dons os que têm sede das vossas promessas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Actos 12, 24 - 13, 5a
«Separai Barnabé e Saulo para o trabalho a que os chamei»
B
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Eu Vos louvarei, Senhor, entre os povos
e anunciarei o vosso nome aos meus irmãos. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Deus todo-poderoso, vida dos fiéis, glória dos humildes e feli¬cidade dos justos, ouvi as súplicas do vosso povo e saciai com a abundância dos vossos dons os que têm sede das vossas promessas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Actos 12, 24 - 13, 5a
«Separai Barnabé e Saulo para o trabalho a que os chamei»
B
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, a palavra de Deus crescia e multiplicava-se. Depois de Barnabé e Saulo cumprirem a sua missão, voltaram de Jerusalém, trazendo consigo João, que tinha o sobrenome de Marcos. Na Igreja de Antioquia havia profetas e doutores: Barnabé, Simeão, chamado o Negro, Lúcio de Cirene, Manaen, irmão colaço do tetrarca Herodes e Saulo. Estando eles a celebrar o culto do Senhor e a jejuar, disse-lhes o Espírito Santo: «Separai Barnabé e Saulo para o trabalho a que os chamei». Então, depois de terem jejuado e orado, impuseram-lhes as mãos e deixaram- nos partir. Enviados pelo Espírito Santo, Barnabé e Saulo desceram a Selêucia e de lá navegaram para Chipre. Tendo chegado a Salamina, começaram a anunciar a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 66 (67), 2-3.6.8 (R. 4)
Refrão: Louvado sejais, Senhor,
pelos povos de toda a terra. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção,
resplandeça sobre nós a luz do seu rosto.
Na terra se conhecerão os vossos caminhos
e entre os povos a vossa salvação. Refrão
Alegrem-se e exultem as nações,
porque julgais os povos com justiça
e governais as nações sobre a terra. Refrão
Os povos Vos louvem, ó Deus,
todos os povos Vos louvem.
Deus nos dê a sua bênção
e chegue o seu louvor aos confins da terra. Refrão
ALELUIA Jo 8, 12
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor;
quem Me segue terá a luz da vida. Refrão
EVANGELHO Jo 12, 44-50
«Eu vim como luz do mundo»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus disse em alta voz: «Quem acredita em Mim não é em Mim que acredita, mas n’Aquele que Me enviou; e quem Me vê, vê Aquele que Me enviou. Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que acredita em Mim não fique nas trevas. Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, não sou Eu que o julgo, porque não vim para julgar o mundo, mas para o salvar. Quem Me rejeita e não acolhe as minhas palavras tem quem o julgue: a palavra que anunciei o julgará no último dia. Porque Eu não falei por Mim próprio: o Pai, que Me enviou, é que determinou o que havia de dizer e anunciar. E Eu sei que o seu mandamento é vida eterna. Portanto, as palavras que Eu digo, digo-as como o Pai Mas disse a Mim».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus, que, pela admirável permuta de dons neste sacrifício, nos fazeis participar na comunhão convosco, único e sumo bem, concedei-nos que, conhecendo a vossa verdade, dêmos testemunho dela na prática das boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio pascal
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 15, 16.19
Eu vos escolhi do mundo e vos destinei, diz o Senhor,
para que deis fruto e o vosso fruto permaneça. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Protegei, Senhor, o vosso povo que saciastes nestes divinos mistérios e fazei-nos passar da antiga condição do pecado à vida nova da graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Fi¬lho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Mais do que uma escolha nossa, a vocação é
resposta a uma chamada gratuita do Senhor».
Papa Francisco
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS I:
AGENDA DO DIA
12.00 horas: Oração em rede pedindo a erradicação da
epidemia covid – 19.
18.00 horas: Missa
transmitida
_________________________________________
MAIO, MÊS DE MARIA
Terço diário
É um costume muito louvável de rezar o terço
todos os dias. Sabemos todos as graças que recebemos por tão bela devoção.
Desde há muito que o povo cristão se habituou a rezar o terço comunitariamente
na Igreja, durante o mês de maio. Neste ano, devido ao covid-19, e por velarmos
pela saúde de todos, não nos reunimos no ambiente apropriado que é a Igreja paroquial.
Esperamos que, num dia muito em breve, o possamos realizar com toda a
segurança. Entretanto Deus quer que valorizemos o ambiente familiar para que,
como igreja doméstica que somos, a santifiquemos com a proteção de Nossa
Senhora, rezando diariamente o terço.
Para facilitar, apresentaremos diariamente ume
meditação sobre os mistérios do terço. Pensamos que poderá facilitar na oração
pessoal e familiar.
_____________________________________
DIA 6
MISTÉRIOS GLORIOSOS
INTRODUÇÃO:
Só depois da ressurreição de Jesus é que
a missão dos apóstolos se tornou evidente. Apesar de terem percorrido muitos
quilómetros, convivido diariamente e ouvido tudo o que Jesus lhes disse, foi só
depois da sua morte e ressurreição que eles compreenderam tudo, ou seja, só
depois da esperança desabrochada na manhã de Páscoa "fez-se luz" no
seu entendimento. Depois de jejuar e orar, Barnabé e Saulo receberam do
Espírito Santo a sua missão, como nos relata a 1ª leitura de hoje. E a minha missão qual é? Para onde queres,
Senhor, que eu vá? O que tenho de fazer para compreender, aceitar e realizar o
que sonhaste para mim? Ilumina, meu bom Jesus, os meus caminhos e o meu
entendimento para que possa, como Maria, fazer a tua vontade e ser feliz.
PRIMEIRO MISTÉRIO
RESSURREIÇÃO DE JESUS
CRISTO
“No primeiro dia da semana, ao romper da alva,
as mulheres foram ao sepulcro, levando os perfumes que tinham preparado”
(Lc 24, 1). Levantando-se cedo, as mulheres tinham uma missão bem definida,
mas, chegando ao sepulcro, a realidade surpreendeu-as. Que eu saiba entender
que nem sempre as minhas expectativas se realizam como quero, mas que o que Tu
colocas no meu caminho é sempre infinitamente melhor e mais desafiante.
SEGUNDO MISTÉRIO
ASCENSÃO DE JESUS AO
CÉU
“Eles,
partindo, foram pregar por toda a parte; o Senhor cooperava com eles,
confirmando a Palavra com os sinais que a acompanhavam”
(Mc 16, 20). Quando partimos em missão, e se vamos em nome de Deus, nunca
estamos sozinhos. Por isso, Senhor, peço-Te coragem e ânimo para nunca desistir
nem esquecer que Te sirvo pelo amor ao próximo e aos mais necessitados.
TERCEIRO MISTÉRIO
DESCIDA DO ESPÍRITO
SANTO SOBRE NOSSA SENHORA E OS APÓSTOLOS, REUNIDOS NO CENÁCULO
“Atónitos
e maravilhados, diziam: «Mas estes que estão a falar não são todos galileus?»”
(Act 2, 7). Estes galileus eram homens simples, como eu e tu, que se deixaram
tocar por Jesus. Quero escutar a Tua palavra, Senhor, e dar uma resposta
positiva àquilo que, amorosamente, pensaste para mim.
QUARTO MISTÉRIO
ASSUNÇÃO DE NOSSA
SENHORA AO CÉU EM CORPO E ALMA
“Feliz
de ti que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do
Senhor” (Lc 1, 45). Maria acreditou, mesmo não
compreendendo tudo o que lhe estava a acontecer. É o nosso exemplo mais completo
de fé. Ajuda-me, Senhor, a dar-me sem reservas, sem esperar recompensas, mas
com a certeza de que, pelas Tuas mãos, o caminho é sempre o mais belo e pleno
de esperança.
QUINTO MISTÉRIO
COROAÇÃO DE NOSSA SENHORA, COMO RAINHA DO CÉU
E DA TERRA
“E
a Mulher fugiu para o deserto onde Deus lhe preparou um lugar, de modo a não
lhe faltar aí o alimento durante mil duzentos e sessenta dias”
(Ap 12, 6). Quantos desertos já atravessei? Quantas vezes senti um vazio na
minha vida? Quantas vezes deixei de acreditar? Que eu seja capaz de, nesses
momentos, com a fé de Maria, compreender que os desertos me conduzem a
banquetes de alegria, e que Deus nunca me abandona.
PRECES
Maria, Mãe da Igreja e Mãe da nossa fé,
nos dirigimos a ti, rezando: Ajudai-nos, ó mãe da nossa fé. Abri os nossos
ouvidos à Palavra, Para reconhecermos a voz de Deus e a Sua chamada.
]
A VOZ DO PASTOR
Semana das Vocações
LANÇAR AS REDES PARA ALÉM DO AQUÁRIO
Estamos a viver a semana de oração e ação em prol da cultura vocacional,
cuja solicitude no terreno sempre reclama um “salto de qualidade”. Falamos
daquela dimensão da vida que procura responder à busca de sentido, que
estrutura e dá uma nova compreensão à existência de cada pessoa: “Senhor, que
queres de mim, que queres que eu seja?”. Já noutros escritos, apoiado nos
documentos da Igreja, me tenho referido a estas grandes opções de vida que são,
assim o podemos sintetizar: ou o matrimónio ou o ministério ordenado ou a vida
consagrada (religiosa e laical), ou, mesmo quando a pessoa conclui que não se
sente chamada a nenhuma das citadas vocações e, por opção responsável,
refletida, rezada e acompanhada, permanece solteira, não para fugir a
responsabilidades ou para levar uma vida leviana ou descomprometia, mas por
opção responsável e determinada. E quantas causas nobres de serviços à
sociedade e à Igreja acontecem e se desenvolvem devido à ação destas pessoas
que, durante toda a vida, se lhes dedicam total e generosamente. Mas seja qual
for a resposta a dar ao estado de vida a que cada um se sente chamado, não se
pode dar uma resposta a ver se vai dar certo ou apenas por um determinado
tempo, a prazo. Espera-se que seja uma resposta séria e definitiva, para toda a
vida. Uma resposta dada com amor, alegria e esperança, o que implica saber o
que cada uma reclama de formação, preparação, responsabilidade, atenção
constante e capacidade de saber ultrapassar as dificuldades que venham a surgir
porque nada é tão linear como se sonha. E, isto, mesmo depois de já se estar a
viver no matrimónio ou na vida consagrada ou no ministério ordenado. Se assim
não for, este pucarinho de barro que cada um de nós é pode esboroar-se,
fazer-nos perder o entusiasmo da primeira hora e conduzir-nos a um desfecho de
infidelidade e abandono. Mesmo que se invoquem razões que possam desculpar ou
diminuir a responsabilidade desse final, é sempre consequência de algo que
correu menos bem, fosse em que tempo fosse. Como refere o Papa Francisco na
Mensagem para este ano, é importante “que cada um possa descobrir com GRATIDÃO
o chamamento que Deus lhe dirige, encontrar a CORAGEM de dizer «sim», vencer a
fadiga com a fé em Cristo e finalmente, como um cântico de LOUVOR, oferecer a
própria vida por Deus, pelos irmãos e pelo mundo inteiro”. Se o Senhor nos
chamou por este ou aquele caminho, Ele está connosco e devemos-lhe estar gratos
por ter passado pela nossa vida, por nos ter dado coragem para arriscarmos na certeza
de que Ele nos estende a mão no meio das tempestades da vida, e continua a
chamar-nos dentro da vocação e a dizer-nos que não tenhamos medo.
O documento “Novas Vocações para uma Nova Europa”, refere que hoje “são
necessários «pais» e «mães» abertos à vida e ao dom da vida; esposos e esposas
que testemunhem e celebrem a beleza do amor humano abençoado por Deus; pessoas
capazes de diálogo e de «caridade cultural», para a transmissão da mensagem
cristã, mediante as linguagens da nossa sociedade; profissionais e pessoas
simples, capazes de imprimir a transparência da verdade e a intensidade da
caridade cristã ao compromisso na vida civil e às relações de trabalho e de
amizade; mulheres que redescubram na fé cristã a possibilidade de viver
plenamente o seu gênio feminino; presbíteros de coração grande, como o do Bom
Pastor; diáconos permanentes que anunciem a Palavra e a liberdade do serviço
aos mais pobres; apóstolos consagrados capazes de se imergirem no mundo e na
história com coração contemplativo, e místicos tão familiarizados com o
mistério de Deus, que saibam celebrar a experiência do divino e apontar Deus
presente no vivo da ação” (NVNE,12).
A Igreja valoriza a vocação de todos e confia em todos para promover uma verdadeira cultura vocacional. E se contamos com todos para esse trabalho, nesta Semana das Vocações, porém, todos temos especialmente em conta as vocações ao ministério ordenado e à vida consagrada, as vocações de especial consagração. Hoje é difícil este anúncio vocacional e torna-se fácil a tentação do desânimo em quem tem a missão de o fazer. Os valores que hoje se nos apresentam são diversos e contrastantes. A cultura é pluralista e ambivalente, “politeísta” e neutra. Há excesso de possibilidades, de ocasiões, de solicitações e, a par, a carência de projetos de vida. Há códigos de leitura e de avaliação, de orientação e de comportamento que se repercutem no plano vocacional. E os jovens são fruto deste tempo, desta cultura frágil e complexa, em que a reivindicação da subjetividade se transforma tantas vezes em subjetivismo e o desejo de liberdade em livre arbítrio. E se há quem procure autenticidade e afeto, relacionamentos pessoais e amizades sadias, vastidão de horizontes e simpatia pela vida entendida como valor absoluto, muitas vezes sentem-se um pouco à deriva, sozinhos, feridos pelo bem-estar, desiludidos das ideologias, das políticas não respeitosas do próprio direito à vida, confusos por causa da desorientação ética, como refere o documento que citei. Mas este é o nosso mundo, o mundo em que nós vivemos e exercemos a nossa missão por mandato do Senhor, não temos outro! Além disso, temos de estar conscientes que este trabalho só será possível com o otimismo da fé e através de uma conversão ao dever de mediar a voz que chama, de forma pedagógica e sem perder a força da esperança: o Senhor da messe não deixará faltar operários para a sua messe. Por isso, não pode haver desânimo nem faltar a esperança nos presbíteros, nos educadores, nas famílias cristãs, nas famílias religiosas, nos institutos seculares, nos pais, educadores, professores, catequistas, animadores e nas próprias comunidades cristãs. Todos somos chamados por Deus a colaborar, de muitas maneiras e cada um a seu modo, neste desafio vocacional, contagiando as crianças, os adolescentes e os jovens, com proximidade, gerando empatia e vivendo com alegria. E sem esquecer que Jesus usou o contacto pessoal, chamou-os pelo nome, acompanhou-os por longo tempo tal como eles eram, foi-os formando e orientando, rezou por eles...
A resposta vocacional vai-se descobrindo numa dinâmica relacional, isto é,
entre Deus que chama e vai dando sinais e a pessoa que é chamada. Lendo e
interpretando os sinais e a própria vida à luz de Jesus Cristo, cada um, com a
sorte de ter a seu lado um verdadeiro cireneu que o ajude a discernir, vai-se
dizendo e descobrindo a si próprio. E de tal modo que acabará por se tornar
numa experiência de resposta livre, concreta e agradecida a Deus que chama.
Nesta pedagogia da descoberta vocacional, são indispensáveis a Palavra, os
sacramentos, a oração, a comunidade eclesial e a forma como nos relacionamos
com os outros e somos para os outros.
Não podemos julgar-nos conhecedores do terreno e bem entendidos nos
projetos divinos. A lógica de Deus não é a nossa lógica. Houve um momento em
que os Apóstolos assim fizeram, mas não se saíram bem, tiveram de meter a viola
ao saco. Julgando-se conhecedores do mar, experientes naquelas lides da pesca e
sem nada terem conseguido ao longo de toda a noite, ripostaram ao que o Senhor
lhes pedia, e se o fizeram fizeram-no a contar com o fracasso para Lhe mostrar
que eles é que tinham razão. E disse a Pedro: “Avança para as águas mais
profundas e lança as redes para a pesca”. Simão respondeu: «Mestre, tentamos a
noite inteira e não apanhamos nada. Mas em atenção à Tua palavra, vou lançar as
redes». Assim fizeram, e apanharam tamanha quantidade de peixes que as redes se
rompiam” (Lc5,4-6).
Como Igreja em saída, acreditemos na Palavra do Senhor. Avancemos,
com esperança. Façamo-nos ao largo, para além do aquário talvez demasiadamente
apaparicado mas amoldado a ouvir e a virar as costas a qualquer nova proposta,
talvez já inquinado. Lancemos as redes para “águas mais profundas” e
reacendamos em nós o zelo das origens (cf. NMI40).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 26-04-2020.
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