PARÓQUIAS
DE NISA
Quarta-feira,
20 de maio de 2020
Quarta da VI semana de Páscoa
ALELUIA!
ALELUIA! ALELUIA!
CRISTO
RESSUSCITOU!
CELEBREMOS
QUARTA-FEIRA
da semana VI
S. Bernardino de Sena, presbítero – MF
Branco – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal.
L 1 Act 17, 15. 22 – 18, 1; Sal 148, 1-2. 11-12ab. 12c-14a. 14bcd
Ev Jo 16, 12-15
* Na Ordem Franciscana – S. Bernardino de Sena, presbítero, da I Ordem – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Bernardino de Sena, presbítero, da I Ordem – MO
* Na Congregação das Irmãs Missionárias Servas do Espírito Santo e na Congregação dos Missionários do Verbo Divino – B. Josefa Stenmanns, Co-fundadora da Congregação – FESTA
* Na Congregação Salesiana (Évora) – Aniversário da Dedicação da igreja de Nossa Senhora Auxiliadora – SOLENIDADE
Branco – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal.
L 1 Act 17, 15. 22 – 18, 1; Sal 148, 1-2. 11-12ab. 12c-14a. 14bcd
Ev Jo 16, 12-15
* Na Ordem Franciscana – S. Bernardino de Sena, presbítero, da I Ordem – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Bernardino de Sena, presbítero, da I Ordem – MO
* Na Congregação das Irmãs Missionárias Servas do Espírito Santo e na Congregação dos Missionários do Verbo Divino – B. Josefa Stenmanns, Co-fundadora da Congregação – FESTA
* Na Congregação Salesiana (Évora) – Aniversário da Dedicação da igreja de Nossa Senhora Auxiliadora – SOLENIDADE
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 17, 50
; 21, 23
Eu Vos louvarei, Senhor, entre os povos
e anunciarei o vosso nome aos meus irmãos. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei-nos, Senhor, que, celebrando agora o mistério da ressurreição do vosso Filho, mereçamos alegrar-nos com todos os Santos, quando Ele vier na sua glória. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Actos 17, 15.22 — 18, 1
«Aquele que venerais sem O conhecer, é esse que eu vos anuncio»
Eu Vos louvarei, Senhor, entre os povos
e anunciarei o vosso nome aos meus irmãos. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei-nos, Senhor, que, celebrando agora o mistério da ressurreição do vosso Filho, mereçamos alegrar-nos com todos os Santos, quando Ele vier na sua glória. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Actos 17, 15.22 — 18, 1
«Aquele que venerais sem O conhecer, é esse que eu vos anuncio»
Leitura dos Actos dos Apóstolos
Naqueles dias, os que acompanhavam Paulo levaram-no a Atenas e voltaram em seguida, encarregados de transmitirem a Silas e a Timóteo a ordem de irem ter com Paulo o mais depressa possível. Um dia, Paulo, de pé no meio do Areópago, disse: «Atenienses, vejo que sois em tudo extremamente reli¬gio¬sos. Na verdade, quando eu andava percorrendo a vossa cidade e observando os vossos monumentos sagrados, encontrei até um altar com a inscrição: ‘Ao Deus desconhecido’. Pois bem: Aquele que venerais sem O conhecer, é esse que eu vos anuncio. O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe é o Senhor do céu e da terra. Não habita em templos feitos por mãos humanas, nem é servido pelas mãos dos homens, como se tivesse necessidade de alguma coisa. É Ele que a todos dá a vida, a respiração e tudo o mais. Criou de um só homem todo o género humano, para habitar sobre a superfície da terra, e fixou períodos determinados e os limites da sua habitação, para que os homens procurassem a Deus e se esforçassem realmente para O atingir e encontrar. Na verdade, Ele não está longe de cada um de nós. É n’Ele que vivemos, nos movemos e existimos, como disseram alguns dos vossos poetas: ‘Somos da raça de Deus’. Se nós somos da raça de Deus, não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra, trabalhados pela arte e engenho do homem. Sem olhar a estes tempos de ignorância, Deus fez saber agora aos homens que todos e em toda a parte se devem arrepender; pois Ele fixou um dia em que há-de julgar o universo com justiça por meio de um homem que escolheu, e deu a todos motivo de crédito, ressuscitando-O de entre os mortos». Ao ouvirem falar da ressurreição dos mortos, alguns zombavam, mas outros disseram: «Havemos de te ouvir falar disto ainda outra vez». Foi assim que Paulo saiu do meio deles. No entanto, alguns homens juntaram-se a Paulo e abraçaram a fé: entre eles, Dionísio, o Areopagita, e também uma mulher chamada Dâmaris, e outros com eles. Depois disto, Paulo saiu de Atenas e foi para Corinto.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 148, 1-2.11-12ab.12bc-14a.14bcd
Refrão: O céu e a terra proclamam a vossa glória. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Louvai o Senhor do alto dos céus,
louvai-O nas alturas,
louvai-O, todos os seus Anjos. Refrão
Reis e povos do mundo,
príncipes e todos os juízes da terra,
jovens e donzelas, velhos e crianças; Refrão
Louvem todos o nome do Senhor,
porque o seu nome é sublime,
a sua majestade está acima do céu e da terra. Refrão
Exaltou a força do seu povo:
louvem-n’O todos os seus fiéis,
os filhos de Israel, seu povo eleito. Refrão
ALELUIA cf. Jo 14, 16
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu pedirei ao Pai, que vos dará o Espírito Santo,
para estar convosco para sempre. Refrão
EVANGELHO Jo 16, 12-15
«Tudo o que o Pai tem é meu.
O Espírito receberá do que é meu, para vo-lo anunciar»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tenho ainda muitas coisas para vos dizer, mas não as podeis compreender agora. Quando vier o Espírito da verdade, Ele vos guiará para a verdade plena; porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. Ele Me glorificará, porque receberá do que é meu e vos há de anunciá-lo. Tudo o que o Pai tem é meu. Por isso vos disse que Ele receberá do que é meu e vos há de anunciá-lo».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus, que, pela admirável permuta de dons neste sacrifício, nos fazeis participar na comunhão convosco, único e sumo bem, concedei-nos que, conhecendo a vossa verdade, dêmos testemunho dela na prática das boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio pascal
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 15, 16.19
Eu vos escolhi do mundo e vos destinei, diz o Senhor,
para que deis fruto e o vosso fruto permaneça. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Protegei, Senhor, o vosso povo que saciastes nestes divinos mistérios e fazei-nos passar da antiga condição do pecado à vida nova da graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Fi¬lho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Há necessidade dum cristianismo que se destaque
principalmente pela arte da oração»
S. João Paulo
II
ROSARIUM
VIRGINIS MARIAE , 5
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS I:
Actos 17, 15.22 — 18, 1: Paulo chega
a Atenas, a capital da Grécia, que foi a escola de todo o saber da antiguidade.
À vista da multidão dos deuses adorados pelos pagãos, Paulo anuncia-lhes o Deus
de Jesus Cristo. Pode observar-se como, a não-judeus, Paulo não parte da
Escritura, mas da ordem natural. Partindo de Deus Criador, chega até Jesus
Cristo ressuscitado. Mas, chegando aqui, aqueles homens não conseguiram ouvir
mais; a ressurreição estava acima da sua filosofia
Actos 17, 15.22 — 18,
1: Paulo
chega a Atenas, a capital da Grécia, que foi a escola de todo o saber da antiguidade.
À vista da multidão dos deuses adorados pelos pagãos, Paulo anuncia-lhes o Deus
de Jesus Cristo. Pode observar-se como, a não-judeus, Paulo não parte da
Escritura, mas da ordem natural. Partindo de Deus Criador, chega até Jesus
Cristo ressuscitado. Mas, chegando aqui, aqueles homens não conseguiram ouvir
mais; a ressurreição estava acima da sua filosofia.
AGENDA DO DIA
12.00 horas: Oração em rede pedindo a erradicação da
epidemia covid – 19.
18.00 horas: Missa transmitida
18.45 horsa: Funeral em Gáfete
_________________________________________
MAIO, MÊS DE MARIA
Terço diário
É um costume muito louvável de rezar o terço
todos os dias. Sabemos todos as graças que recebemos por tão bela devoção.
Desde há muito que o povo cristão se habituou a rezar o terço comunitariamente
na Igreja, durante o mês de maio. Neste ano, devido ao covid-19, e por velarmos
pela saúde de todos, não nos reunimos no ambiente apropriado que é a Igreja
paroquial. Esperamos que, num dia muito em breve, o possamos realizar com toda
a segurança. Entretanto Deus quer que valorizemos o ambiente familiar para que,
como igreja doméstica que somos, a santifiquemos com a proteção de Nossa
Senhora, rezando diariamente o terço.
Para facilitar, apresentaremos diariamente ume
meditação sobre os mistérios do terço. Pensamos que poderá facilitar na oração
pessoal e familiar.
____________________________________
DIA 20
MISTÉRIOS GLORIOSOS
INTRODUÇÃO
“Tudo
o que o Pai tem é meu, o Espírito receberá do que é meu para vo-lo anunciar”.
Hoje, dia 20 de maio, paremos e sintamos a presença do Senhor! Ele está sempre
connosco! Como é bom saber que não estamos sós. O Espírito Santo habita-nos…
Mas, depende de mim deixar-me guiar pelo seu sopro, que vem do Pai!
Alegremo-nos por estar em tão boa companhia e saboreemos a Sua presença.
Conversemos com Maria sobre a forma como a nossa vida fala de Alegria e
peçamos-lhe que nos ajude a crescer na confiança, deixando-nos embalar pelo
sorriso sereno. Rezemos.
PRIMEIRO MISTÉRIO:
RESSURREIÇÃO DE JESUS
CRISTO
“É
Ele que a todos dá a vida, a respiração e tudo o mais”.
A Vida é o dom supremo! Deus, numa atitude de gratuidade, dá-nos vida
diariamente, na coragem e na alegria que assumimos em cada momento, como
cristãos. O Amor ao próximo é o caminho para encontrar a Deus. É pela
disponibilidade, entrega e serviço aos outros que nos tornamos mais sensíveis e
atentos ao que Deus faz por nós e à forma como nos ama. Que, em cada dia,
saibamos ser Vida para aqueles que se cruzam no nosso caminho, e sopro leve que
acolhe cada pessoa, a exemplo de Maria.
SEGUNDO MISTÉRIO:
ASCENSÃO DE JESUS AO CÉU
“Ele
não está longe de cada um de nós!” No segundo mistério,
vamos rezar a Confiança! Apesar de ter ascendido ao Céu, Ele permanece entre
nós, olhando-nos e escutando-nos de forma plena. Só o Pai sabe do que mais
necessitamos. Nós é que nem sempre paramos para O acolher e, como tal,
sentimo-nos sem alento e energia para agir. Mas Ele corre a abraçar-nos, pois
ama-nos por inteiro. A exemplo de Maria, sintamo-nos olhados e escutemos o que
Seu filho tem para nos dizer. Tranquilos, façamos da Sua presença a essência da
nossa Vida, aquilo que nos faz felizes!
TERCEIRO MISTÉRIO:
DESCIDA DO ESPÍRITO
SANTO SOBRE NOSSA SENHORA E OS APÓSTOLOS, REUNIDOS NO CENÁCULO
“Tenho
ainda muitas coisas para vos dizer, mas não as compreendeis agora”.
A nossa vida está cheia de enigmas, por vezes incompreensíveis. A vida futura
parece também misteriosa e incerta… São muitos os medos que nos acercam!... No
entanto, cada um de nós é templo do Espírito Santo, e Ele reza em nós
continuamente. Procuremos dar lugar dentro de nós ao Espírito Santo e desejemos
muito que Ele nos faça sempre à imagem do Senhor Jesus e da Sua nossa Mãe.
Deixemos que o espírito faça de cada um de nós uma terra boa, bem trabalhada e
pronta para acolher. Como Maria, e em silêncio, acolhamos o Espírito Santo e
aquilo que tem reservado para cada um nós, mesmo sem entender. Deixemos que o
Espírito faça de cada um de nós uma terra boa, bem trabalhada e pronta para
acolher o evangelho.
QUARTO MISTÉRIO:
ASSUNÇÃO DE NOSSA
SENHORA AO CÉU EM CORPO E ALMA
“Quando
vier o Espírito da verdade, Ele vos guiará para a verdade plena”.
As agitações do nosso dia a dia levam-nos tantas vezes a esquecer o essencial e
impedem-nos de vermos o que está à frente dos nossos olhos. Neste mistério,
queremos pedir abertura e lucidez ao que o Espírito nos diz, para que possamos,
assim, ser Luz no Mundo, olhando pelo nosso irmão que caminha ao nosso lado.
QUINTO MISTÉRIO:
COROAÇÃO DE NOSSA
SENHORA, COMO RAINHA DO CÉU E DA TERRA
“O céu e a terra proclamam a vossa glória”.
Neste mistério, confiemos à Mãe de Deus cada dia da nossa vida. Coloquemos nas
mãos de Maria tudo quanto somos: os projetos e as esperanças, mas também os
medos e as ansiedades. Ela leva tudo a Seu Filho, Jesus. E esta certeza faz-nos
avançar. Rezemos à Rainha da Paz, para que sintamos Paz no nosso coração e
sejamos Paz para os outros. Que, a seu exemplo, saibamos levar tudo a Jesus.
PRECE:
Neste tempo de grandes
tumultos dentro da Igreja, rezemos pelo nosso Papa, para que continue a sua
Missão com a coragem e a alegria de proclamar a Ressurreição de Jesus.
A VOZ DO PASTOR
KAROL WOJTYLA NASCEU HÁ CEM ANOS – 18 de maio.
Haverá alguém que dele não se lembre!?... Sim, os
jovens de hoje não presenciaram o entusiasmo contagiante de São João Paulo II.
No entanto, também eles usufruem das suas iniciativas e ensinamentos, dos seus
apelos e desafios. Foi um dos líderes mais influentes da História do século XX.
A sua longa peregrinação pelo mundo fez dele um lutador pela liberdade e pelos
valores essenciais à dignidade humana. Sem medo e apelando à coragem, acelerou
acontecimentos marcantes, destruir paredes e construiu pontes, abriu portas e
rasgou horizontes, aglomerava multidões e falava energicamente. Vibrava com o
entusiasmo da juventude cujas Jornadas Mundiais instituiu, pois, segundo ele,
os jovens são, para a Igreja e para o Mundo, “um dom especial do Espírito de
Deus”, eles sentem “um valor profundo daqueles valores autênticos que têm em
Cristo a sua plenitude” (IN9). Apreciava o desporto, gostava do caiaque e do
esqui, da literatura e do teatro, da poesia e da música, dos combates
intelectuais com abertura às novidades e interrogações do tempo. Prezava a vida
e o viver com fé o serviço à comunidade humana. Trabalhou pela promoção da
família e da vida, das vocações consagradas e laicais, multiplicou os métodos
de evangelização e fez despertar um novo dinamismo missionário, contribuiu
profundamente para a unidade dos cristãos e para que a Igreja fosse
verdadeiramente “a casa e a escola da comunhão”. Exortava os cristãos a que não
ficassem indiferentes nem abdicassem de intervir na gestão pública, isto é, a
que se envolvessem na política, na ação económica, social, legislativa e
cultural para ajudarem a promover, de forma orgânica e institucional, o bem
comum.
Denunciou a irresponsabilidade ecológica e defendeu o
desenvolvimento sustentável, preocupou-se com os desequilíbrios económicos e
sociais no mundo do trabalho e apelou a que o processo da globalização
económica fosse gerido em função da solidariedade e do respeito devido à pessoa
humana. Enfim, deixou um património imenso não só ao tesouro doutrinal da
Igreja, em todas as suas áreas, mas à própria comunidade humana. Pensava no
interior de uma multiplicidade de culturas e sabia expressar-se em italiano,
francês, alemão, inglês, espanhol, português, ucraniano, russo, servo-croata,
esperanto, grego clássico e latim, para além da sua língua materna.
Verdadeiramente ecuménico e missionário, fez-se peregrino de todos os
continentes, anunciando Jesus Cristo com energia, plenamente identificado com a
Igreja e servindo com persistência e humildade. Visitou 129 países, alguns dos
quais mais do que uma vez: em Portugal esteve por três vezes. Foi incansável em
apelar a todos que tivessem a coragem de escancarar as portas a Cristo
Redentor, “o fundamento e centro, o sentido e a meta última da História” (IN5).
Teve um papel fundamental no esboroar de alguns regimes totalitários bem como
na melhoria das relações da Igreja Católica com o Judaísmo, o Islão, a Igreja
Ortodoxa, as Religiões orientais e a Comunhão Anglicana. Teve opositores, é
verdade, estranho seria se os não tivesse! Sofreu atentados, entre os quais o
de 13 de maio de 1981, na praça de São Pedro, no Vaticano. Uma das balas que o
atingiu está incrustada na coroa da imagem principal do Santuário de Nossa
Senhora de Fátima, a quem ele se sentia muito grato por lhe ter salvo a vida.
Nasceu em 18 de maio de 1920, na Polónia e viveu
tempos politicamente difíceis e humilhantes, experiências inesquecíveis como a
ocupação nazi do seu país, conforme ele dá conta: “vivi esse momento trágico
quando o governador nazi Hans Frank se estabeleceu no castelo do Wawel, sobre o
qual foi içada a bandeira da cruz gamada. Para mim foi uma experiência
particularmente dolorosa”. Fecharam-se as universidades, os professores foram
presos, os estudos interrompidos. Para evitar ser deportado, trabalhou como
tarefeiro em restaurantes, como operário de minas e da indústria química.
Cedo ficou órfão, cedo perdeu os seus irmãos: "Eu
não estive presente na morte de minha mãe, nem na do meu irmão e nem na do meu
pai (...) Aos vinte, eu já tinha perdido todos os que amava".
Após a morte de seu pai, e ficando sozinho, começou a
considerar seriamente a ideia do sacerdócio. Bateu às portas do seu Bispo,
o Arcebispo de Cracóvia, e logo começou a ter aulas no seminário clandestino.
Em agosto de 1944, quando a Gestapo arrebanhou os homens de Cracóvia para que
se evitassem revoltas, Karol conseguiu escapar, escondendo-se detrás de uma
porta no porão de uma casa. Milhares de homens e rapazes foram levados
prisioneiros naquele dia. Dali, refugiou-se em casa do Arcebispo de Cracóvia,
onde permaneceu até à retirada dos alemães. Terminado os estudos no seminário
de Cracóvia, foi ordenado sacerdote, no Dia de Todos os Santos de 1946.
Continuou estudos em Roma e, no regresso à Polónia, foi-lhe entregue a sua
primeira tarefa pastoral, uma paróquia. Ao chegar ao local, a sua primeira ação
foi ajoelhar-se e beijar o chão, gesto que o Cura d’Ars tinha feito e que ele
iria usar, mais tarde, como Papa, nos países que visitava. Foi mais tarde
transferido para outra paróquia, foi professor universitário, tinha dois
doutoramentos e publicava trabalhos de vários saberes, em revistas e livros.
Nomeado Bispo-Auxiliar de Cracóvia, participou no Concílio Vaticano II e na
redação de alguns dos seus documentos mais importantes. Fez parte de todos os
sínodos posteriores, foi nomeado Arcebispo de Cracóvia e, depois, Cardeal. Após
a morte de Paulo VI, participou na eleição de João Paulo I, que morreu 33 dias
depois. O Cardeal Karol Wojtyla foi o eleito no conclave seguinte, tendo
escolhido o nome de João Paulo II, com o lema Totus Tuus, tinha 58 anos de
idade. À multidão reunida na Praça de São Pedro referiu que aceitara receber
esta nomeação “com espírito de obediência a Nosso Senhor e com a confiança
total na sua Mãe, a Virgem Santíssima...”
Teve o terceiro maior pontificado da história, quase
27 anos: desde 16 de outubro de 1978 a 02 de abril de 2005, dia do seu
falecimento, com Parkinson, abandonando-se em Deus e confiando-se a Maria
Santíssima. Um ano depois da sua morte, uma morte esperada mas muito dolorosa,
afirmava Bento XVI: “Nos últimos anos, o Senhor despojou-o gradualmente de
tudo, para o assimilar plenamente a si. E quando já não podia viajar, e depois
nem caminhar, e enfim nem falar, o seu gesto, o seu anúncio reduziu-se ao
essencial: ao dom de si próprio até ao fim. A sua morte foi o cumprimento de um
coerente testemunho de fé, que tocou o coração de tantos homens de boa vontade”
.
Em 27 de abril de 2014, numa celebração presidida pelo
Papa Francisco e com a presença do Papa Emérito Bento XVI, foi canonizado
conjuntamente com o Papa João XXIII.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 15-05-2020.
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