domingo, 24 de maio de 2020






PARÓQUIAS DE NISA





Segunda, 25 de maio de 2020








Segunda da VII de Páscoa









ALELUIA! ALELUIA! ALELUIA!

CRISTO RESSUSCITOU!

CELEBREMOS





SEGUNDA-FEIRA da semana VII
S. Beda Venerável, presbítero e doutor da Igreja – MF
S. Gregório VII, papa – MF
S. Maria Madalena de Pazzi, virgem – MF

Branco – Ofício da féria ou da memória (Semana III do Saltério).
Missa da féria ou da memória, pf. pascal.

L 1 Act 19, 1-8; Sal 67 (68), 2-3. 4-5ac. 6-7ab
Ev Jo 16, 29-33

* Na Congregação Salesiana – Nossa Senhora Auxiliadora, Padroeira principal da Família Salesiana e Titular das igrejas salesianas de Évora, Lisboa e Mogofores – SOLENIDADE (transferida)
* No Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – Nossa Senhora Auxiliadora, Padroeira principal do Instituto – SOLENIDADE (transferida)


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Atos 1, 8
Recebereis a força do Espírito Santo,
que descerá sobre vós,
e sereis minhas testemunhas
até aos confins da terra. Aleluia.


ORAÇÃO COLECTA
Desça sobre nós, Senhor, a força do Espírito Santo, para que possamos conhecer fielmente a vossa vontade e dar testemunho dela com a prática das boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Atos 19, 1-8
«Recebestes o Espírito Santo, quando abraçastes a fé?»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou a região alta e chegou a Éfeso. Encontrou lá alguns discípulos e perguntou-lhes: «Recebestes o Espírito Santo, quando abraçastes a fé?». Eles responderam-lhe: «Nem sequer ouvimos falar do Espírito Santo». Paulo perguntou: «Então, que batismo recebestes?». Eles responderam: «O batismo de João». Disse-lhes Paulo: «João administrou um batismo de penitência, dizendo ao povo que acreditasse n’Aquele que ia chegar depois dele, isto é, em Jesus». Depois de ouvirem estas palavras, receberam o Batismo em nome do Senhor Jesus. Quando Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles e começaram a falar línguas e a profetizar. Eram ao todo uns doze homens. Paulo foi em seguida à sinagoga, onde falou com firmeza durante três meses, argumentando de modo convincente sobre o reino de Deus.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Sal. 67 (68), 2-3.4-5ac.6-7ab (R. 33a ou Aleluia)
Refrão: Povos da terra, cantai ao Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Levanta-Se Deus, dispersam-se os inimigos
e fogem diante deles os que O odeiam.
Como se desfaz o fumo, assim eles se dissipam,
assim perecem os ímpios à vista de Deus. Refrão

Os justos exultam na presença de Deus,
exultam e transbordam de alegria.
Cantai a Deus, entoai um cântico ao seu nome;
o seu nome é Senhor: exultai na sua presença. Refrão

Pai dos órfãos e defensor das viúvas
é Deus na sua morada santa.
Aos abandonados Deus prepara uma casa,
conduz os cativos à liberdade. Refrão


ALELUIA Col 3, 1
Refrão: Aleluia Repete-se

Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto,
onde Cristo está sentado à direita de Deus. Refrão


EVANGELHO Jo 16, 29-33
«Tende confiança: Eu venci o mundo»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disseram os discípulos a Jesus: «De facto agora falas abertamente, sem enigmas. Agora vemos que sabes tudo e não precisas que ninguém Te faça perguntas. Por isso acreditamos que saíste de Deus». Respondeu-lhes Jesus: «Agora acreditais? Vai chegar a hora – e já chegou – em que sereis dispersos, cada um para seu lado, e Me deixareis só; mas Eu não estou só, porque o Pai está comigo. Digo-vos isto, para que em Mim tenhais a paz. No mundo sofrereis tribulações. Mas tende confiança: Eu venci o mundo».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Nós Vos pedimos, Senhor, que este santo sacrifício purifique o nosso coração e nos dê o vigor da graça divina. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio pascal ou da Ascensão

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 14, 18; 16, 22
Não vos deixarei órfãos, diz o Senhor.
Eu virei de novo e o vosso coração exultará de alegria. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Protegei, Senhor, o vosso povo que saciastes nestes divinos mistérios e fazei-nos passar da antiga condição do pecado à vida nova da graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Fi¬lho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

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« Maria propõe continuamente aos crentes os “mistérios” do seu Filho, desejando que sejam contemplados, para que possam irradiar toda a sua força salvífica. Quando recita o Rosário, a comunidade cristã sintoniza-se com a lembrança e com o olhar de Maria».


S. João Paulo II
ROSARIUM VIRGINIS MARIAE , 11








ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra



LEITURAS I: Atos 19, 1-8: Os futuros cristãos de Éfeso eram ainda, nesta altura, apenas discípulos de João Baptista, que tinham recebido somente o batismo do Precursor. Ora o batismo de João era um rito ascético, que convidava à penitência, ao passo que o batismo cristão é sinal da vida nova dada por Jesus Cristo. É um dom, comunica o Espírito Santo; supõe a conversão por parte de quem o recebe; mas é dom gratuito, fruto do sacrifício pascal do Senhor. Os discípulos de Éfeso ainda não tinham chegado até aqui.

Jo 16, 29-33: Jesus anuncia aos discípulos que, enquanto estiveram no mundo, sentirão, como Ele sentiu, as dificuldades, angústias e até a perseguição inerentes a esta vida, mas pela força do Espírito de Jesus ressuscitado eles vencerão o mundo, como Ele o venceu. É precisamente o momento em que os discípulos fazem um ato de fé e de confiança maior no Mestre, é precisamente esse que Ele escolhe para lhes anunciar maiores provações e lhes pedir maior confiança para as tribulações que os esperam. A confiança no Senhor não pode ter limites!






AGENDA DO DIA



12.00 horas: Oração em rede pedindo a erradicação da epidemia covid – 19
10.30 horas: Funeral em Nisa.
18.00 horas: Missa transmitida por facebook (zona pastoral de Nisa)

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MAIO, MÊS DE MARIA
Terço diário

É um costume muito louvável de rezar o terço todos os dias. Sabemos todos as graças que recebemos por tão bela devoção. Desde há muito que o povo cristão se habituou a rezar o terço comunitariamente na Igreja, durante o mês de maio. Neste ano, devido ao covid-19, e por velarmos pela saúde de todos, não nos reunimos no ambiente apropriado que é a Igreja paroquial. Esperamos que, num dia muito em breve, o possamos realizar com toda a segurança. Entretanto Deus quer que valorizemos o ambiente familiar para que, como igreja doméstica que somos, a santifiquemos com a proteção de Nossa Senhora, rezando diariamente o terço.

Para facilitar, apresentaremos diariamente ume meditação sobre os mistérios do terço. Pensamos que poderá facilitar na oração pessoal e familiar.

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DIA 25
MISTÉRIOS GOZOSOS



INTRODUÇÃO:
A Igreja propõe para nossa oração a meditação dos mistérios gozosos do rosário. Neles podemos contemplar as alegrias de Maria, mas sobretudo a sua humildade. Maria, sendo livre, escolhe ser a “escrava do Senhor”, não sem antes ter pensado e refletido em tudo o que estava em jogo, mas dos seus lábios ouviu-se “faça-se o que dizes”. A maior preocupação de Maria é fazer a vontade de Deus. Como mulher humilde, não pensa só em si mesma. Mal caba de receber a notícia de que sua prima, também ela, espera um filho, põe-se logo a caminho para a ajudar. Precisa de ser útil e levar-lhe uma nova esperança. Deus encontra em Maria um lugar seguro onde Jesus nasce e cresce no silêncio, comungando da humildade de José e Maria, escola onde cresce uma nova esperança para os filhos de Deus, sobretudo os oprimidos e descartados da sociedade.

PRIMEIRO MISTÉRIO:
ANUNCIAÇÃO DO ANJO A NOSSA SENHORA

“Eis a serva o Senhor faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). A simples jovem de Nazaré abandona-se ao Amor de Deus de todo o coração, assume a missão a que Deus a chama e confia: ser mãe de seu filho. Na sua disponibilidade e humildade, acredita e aceita ser mãe do filho de Deus, testemunhando a todos os crentes a felicidade de se abandonar por completo ao projeto de Deus. Peçamos a Maria força e humildade para que, assistidos pelo Espírito Santo, possamos transbordar de esperança para todos os pequenos Reinos.
SEGUNDO MISTÉRIO:
VISITAÇÃO DE NOSSA SENHORA A SANTA ISABEL

“Feliz de ti porque acreditaste, cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor” (Lc 1, 45). Maria sente necessidade de socorrer a sua prima Isabel e põe-se a caminho. Que belo exemplo: levantar-se e ir ao encontro daquele que clama por ajuda. Com o seu agir, Maria mostra-nos que o nosso Deus não é um Deus afastado dos Homens, mas um Pai presente que nos coloca num caminho de adoração do Senhor, no serviço a Ele nos Irmãos. Peçamos a Maria, Senhora da visitação, por todas as vocações, para que sintam alegria e felicidade ao abandonar-se no serviço ao próximo.

TERCEIRO MISTÉRIO:
NASCIMENTO DE JESUS NO PRESÉPIO DE BELÉM

No silêncio da noite, num pequeno e humilde estábulo, o céu e a terra unem-se para adorar Deus feito homem, menino que será sinal de esperança para todos que o esperavam. No presépio, somos convidados a admirar o sinal que transforma a nossa vida. Peçamos à Senhora do presépio que interceda, junto do seu filho, por todas as famílias, para que estas saibam vivificar nos seus lares verdadeiras igrejas domésticas.

QUARTO MISTÉRIO:
APRESENTAÇÃO DO MENINO JESUS NO TEMPLO

Chegada a altura, Jesus foi apresentado no templo. O messias era dado a conhecer. Maria e José sentem necessidade de apresentar uma nova esperança aos homens para que estes voltem a viver uma nova alegria ao contemplarem e testemunharem o Salvador. Jesus é-nos dado como uma nova esperança de libertação. Peçamos à Senhora da apresentação para que possamos ver e contemplar neste menino o sinal de mudança nas nossas vidas, testemunhando-O aos irmãos.

QUINTO MISTÉRIO:
ENCONTRO DO MENINO JESUS NO TEMPLO, ENTRE OS DOUTORES

Jesus não se perde no templo. Ele bem sabe qual a missão a que o Pai o chama. Não quer perder a oportunidade de lembrar aos sábios do seu tempo a verdadeira vontade do Pai. Maria e José encontram-no entre os doutores. As suas vidas não têm sentido sem Jesus,  Ele é o fundamento, a razão de ser comunhão em família. Deste encontro resultou comunhão e alegria, a vida voltou ao seu ritmo normal. Peçamos a Maria por todas as famílias, principalmente pelos casais, para que sejam geradoras de novas vidas, e para que os pais sejam verdadeiro testemunho de preocupação com seus filhos, a exemplo da família de Nazaré

PRECE:

Senhor Jesus, intercedei junto do Pai de misericórdia, para que possamos ser testemunhas e semeadores da esperança, para que sejamos todos transformadores e transformados pelos dons do Céu, pois, independentemente da raça, cor ou ideologia, somos filhos do mesmo Deus a quem chamamos Pai-nosso.

CONSAGRAÇÃO
Mãe de Deus, Mãe Nossa
cremos que sois Mãe sempre virgem
do Verbo encarnado, o Salvador do mundo.
Intercedei junto de Jesus por nós,
por todos os vossos filhos dispersos,
 pelos mais pobres e esquecidos da sociedade
e, às vezes, pela própria família.
Sede Mãe da esperança para todos
como foste nas bodas de Canaã para os noivos.
Mãe, ajuda-nos
a responder com responsabilidade
ao Amor de Cristo.
Livrai-nos de todo o mal do maligno,
das suas perseguições
e do pecado que nos faz afastar
de Jesus e do próximo. Amém.





A VOZ DO PASTOR




MÉDICOS EM TERAPIA HÁ MUITO TESTADA

Sejam quais forem as ferramentas que cada pessoa tem de usar no seu trabalho, desde o delicado bisturi ao pincel, do teclado ao tubo de ensaio, do pensamento à vassoura de rua, dos telescópios às panelas da cozinha, da máscara de carnaval à da pandemia (e mais pode acrescentar o leitor!...), seja qual for essa ferramenta, será bom aceitar o conselho de Anselmo de Cantuária: “Ó homem, deixa um momento as tuas ocupações habituais. Entra um instante em ti mesmo, longe do tumulto dos teus pensamentos. Põe de parte os cuidados que te apoquentam e liberta-te agora das inquietações que te absorvem. Entrega-te uns momentos a Deus, descansa por algum tempo na sua presença. Entra no íntimo da tua alma. Remove tudo, exceto Deus e o que te possa ajudar a procurá-lo no silêncio”.

Este autor do século XI aconselha o homem a pedir a Deus que ensine o seu coração a saber onde e como o procurar e encontrar. E coloca o homem a fazer perguntas para saber quem o poderá ajudar, como, com que sinais, com que aspeto poderá ele encontrar Deus!

Li, há dias, no “Ecos do Sameiro”, o testemunho de um jovem médico da Lombardia, Julian Urban, de 38 anos, um dos testemunhos compilados por Gianni Giardinelli, e que, com a devida vénia, aqui transcrevo. Diz ele: “Nunca, nos meus piores pesadelos, eu imaginei ter uma experiência como a que estou a ter, nas últimas semanas, no hospital onde trabalho. O pesadelo continua – o rio está cada vez mais caudaloso. No princípio vieram alguns pacientes, depois, dezenas – por fim, centenas. Neste momento já não somos mais médicos: tornámo-nos uma espécie de ‘classificadores’ na ‘linha de montagem’, decidindo quem vive e quem é enviado para casa para morrer – mesmo aqueles que durante toda a sua vida pagaram os seus impostos ao Estado italiano. Até há duas semanas atrás, eu e os meus colegas éramos ateus; isso era o mais normal, pois como médicos aprendemos que a ciência exclui a presença de Deus. Sempre trocei do facto de os meus pais irem à Igreja. Um pastor, já idoso, de 75 anos, veio ter connosco há 9 dias atrás, era um homem afável, de modos gentis e estava com sérias dificuldades em respirar, mas trazia uma Bíblia consigo e ficámos impressionados com ele ao lê-la aos moribundos, segurando-lhes as mãos. Estávamos todos cansados, desencorajados, física e mentalmente exaustos, quando, finalmente, tivemos tempo para o ouvir. Agora, temos de admitir: como seres humanos chegámos ao limite, não podemos fazer mais – mas as pessoas estão a morrer diariamente, e cada vez mais. E estamos exaustos: dois dos nossos colegas já morreram e há outros que estão infetados. Chegámos à conclusão de que o que quer que seja que o homem pode fazer, precisamos de Deus – e começamos a pedir-Lhe ajuda, sempre que temos alguns minutos disponíveis. Falamos uns com os outros e é incrível como nós, ateus empedernidos, estamos agora diariamente em busca da nossa paz, pedindo ao Senhor para nos ajudar a resistir, a fim de podermos cuidar dos doentes. Ontem, o idoso Pastor de 75 anos morreu – e apesar de termos tido mais de 120 mortes aqui, nas últimas semanas, e estarmos todos exaustos, destruídos, aquele Pastor trouxe-nos paz como nós nunca pensámos ter nesta altura, apesar das nossas condições e dificuldades. O Pastor partiu para estar com o Senhor e bem depressa nós iremos também, seguindo-o se as coisas continuarem como até aqui. Há seis dias que não vou a casa; nem sei quando comi pela última vez e estou a tomar consciência da minha ociosidade na terra. Quero dedicar o meu último sopro de vida a ajudar o meu próximo. Estou feliz porque me voltei para Deus, novamente, rodeado do sofrimento e da morte dos meus concidadãos”. 

Eis um exemplo, um sinal, um aspeto pelo qual podemos encontrar Deus. Ele serve-se de tudo para que o possamos encontrar!... É particularmente sensível à vida humana, sejam quais forem os seus caminhos, êxitos e fracassos. Conhece-nos, chama-nos pelo nome, dá ânimo ao cansado e firmeza ao enfraquecido, estende-nos a mão mas sem nos obrigar a que Lhe dêmos a nossa. Porque respeita a liberdade de cada um e cada um nem sempre a sabe usar, o bem e o mal coexistem, o trigo e o joio crescem juntos, lado a lado, até à ceifa (cf. Mt13,24-30). E, se, porventura, nos parece que o mal e o joio predominam, isso não acontece porque Deus é indiferente ou nos abandona. Acontece, sim, porque nós o abandonamos, porque entendemos que a liberdade é fazer o que quero, o que me dá na gana,  e não fazer o que devo. Deus não nos esquece, não foge nem se esconde, acompanha-nos, respeitando a nossa liberdade, tantas vezes confundida com libertinagem! Esta atitude de Deus parece-nos estranha. Sim, é estranha! Conforme lemos na Sagrada Escritura, é uma sabedoria demasiado profunda para nós, tão sublime que não temos capacidade para ela (cf. Sl 139,6).

No entanto, Deus, na sua condescendência infinita, deu-nos um sinal por excelência, um sinal para o encontrarmos. Enviou-nos o seu Filho, para nos falar, para nos dar a conhecer o próprio Pai e o seu amor por nós. Para isso, Jesus assumiu a nossa condição humana, trabalhou com mãos humanas, pensou com inteligência humana, agiu com vontade humana, amou com coração humano, tornou-se verdadeiramente um de nós e morreu por cada um de nós, para nos salvar (cf. GS22). Sentiu fome e sede, cansaço e sono, sentiu a dor e a tristeza, a alegria e a traição, a perseguição e o abandono, chorou. Porque sempre falava do Pai e com o Pai, um dia, Filipe, entusiasmado com a conversa de Jesus, saiu-se com esta: “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta!”. Disse-lhe Jesus: “Há tanto tempo que estou convosco e não me conheces, Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como dizes tu: ‘Mostra-nos o Pai!’? Não acreditas que Eu estou no Pai, e o Pai está em mim? As palavras que Eu vos digo, não as digo por mim mesmo; o Pai, que permanece em mim, realiza as suas obras. Acreditai em mim: Eu estou no Pai, e o Pai em mim. Se não, acreditai por causa das obras em si” (Jo 14, 8-11).

Cristo é, de facto, o Sinal, o Sacramento do Pai, o Filho de Deus, o Caminho a conhecer e a trilhar! Quantas vezes Ele já nos terá tocado no ombro!... Quantas vezes teremos feito de conta que não percebemos!... Adotar o conselho que a CP nos dá nas passagens de nível, pode ser um bom método para perceber os sinais que Deus nos vai dando para que não sejamos trucidados pelas rodas da vida: PARE, ESCUTE E OLHE...

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 22-05-2020.




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