sábado, 16 de maio de 2020






PARÓQUIAS DE NISA




Domingo, 17 de maio de 2020








VI Domingo de Páscoa









ALELUIA! ALELUIA! ALELUIA!

CRISTO RESSUSCITOU!

CELEBREMOS



 

DOMINGO VI DA PÁSCOA

Branco – Ofício próprio (Semana II do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. pascal.

L 1 Act 8, 5-8. 14-17; Sal 65 (66), 1-3a. 4-5. 6-7a. 16 e 20
ou Act 1, 12-14; Sal 26 (27), 1. 4. 7-8a
L 2 1 Pedro 3, 15-18
Ev Jo 14, 15-21

Em vez destas leituras podem ler-se, neste Domingo VI da Páscoa, a leitura II e o Evangelho indicados para o Domingo VII da Páscoa, como se propõe no Leccionário.

* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.

Lembrar aos fiéis que, no próximo domingo, o ofertório é para os Meios de Comunicação Social.

 

 

MISSA


ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Is 48, 20
Anunciai com brados de alegria, proclamai aos confins da terra: O Senhor libertou o seu povo. Aleluia.

Diz-se o Glória.

ORAÇÃO COLECTA
Concedei-nos, Deus omnipotente,
a graça de viver dignamente estes dias de alegria
em honra de Cristo ressuscitado,
de modo que a nossa vida corresponda sempre
aos mistérios que celebramos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Atos 8, 5-8.14-17
«Impunham as mãos sobre eles e eles recebiam o Espírito Santo»



Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, Filipe desceu a uma cidade da Samaria e começou a pregar o Messias àquela gente. As multidões aderiam unanimemente às palavras de Filipe, ao ouvi-las e ao ver os milagres que fazia. De muitos possessos saíam espíritos impuros, soltando enormes gritos, e numerosos paralíticos e coxos foram curados. E houve muita alegria naquela cidade. Quando os Apóstolos que estavam em Jerusalém ouviram dizer que a Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhes Pedro e João. Quando chegaram lá, rezaram pelos samaritanos, para que recebessem o Espírito Santo, que ainda não tinha descido sobre eles: só estavam batizados em nome do Senhor Jesus. Então impunham-lhes as mãos e eles recebiam o Espírito Santo.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 65 (66), 1-3a.4-5.6-7a.16.20 (R. 1 ou Aleluia)
Refrão: A terra inteira aclame o Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Aclamai a Deus, terra inteira,
cantai a glória do seu nome,
celebrai os seus louvores,
dizei a Deus: «Maravilhosas são as vossas obras». Refrão

«A terra inteira Vos adore e celebre,
entoe hinos ao vosso nome».
Vinde contemplar as obras de Deus,
admirável na sua acção pelos homens. Refrão

Todos os que temeis a Deus, vinde e ouvi,
vou narrar-vos quanto Ele fez por mim.
Bendito seja Deus que não rejeitou a minha prece,
nem me retirou a sua misericórdia. Refrão


LEITURA II 1 Pedro 3, 15-18
«Morreu segundo a carne, mas voltou à vida pelo Espírito»


Leitura da Primeira Epístola de São Pedro

Caríssimos: Venerai Cristo Senhor em vossos corações, prontos sempre a responder, a quem quer que seja, sobre a razão da vossa esperança. Mas seja com brandura e respeito, conservando uma boa consciência, para que, naquilo mesmo em que fordes caluniados, sejam confundidos os que dizem mal do vosso bom procedimento em Cristo. Mais vale padecer por fazer o bem, se for essa a vontade de Deus, do que por fazer o mal. Na verdade, Cristo morreu uma só vez pelos nossos pecados – o Justo pelos injustos – para nos conduzir a Deus. Morreu segundo a carne, mas voltou à vida pelo Espírito.

Palavra do Senhor.


Em vez da leitura precedente, pode utilizar-se a seguinte:

LEITURA II 1 Pe 4, 13-16
«Felizes de vós, se sois ultrajados pelo nome de Cristo»

Leitura da Primeira Epístola de São Pedro

Caríssimos: Alegrai-vos, na medida em que participais nos sofrimentos de Cristo, a fim de que possais também alegrar-vos e exultar no dia em que se manifestar a sua glória. Felizes de vós, se sois ultrajados pelo nome de Cristo, porque o Espírito de glória, o Espírito de Deus, repousa sobre vós. Nenhum de vós tenha de sofrer por ser ladrão ou assassino ou malfeitor ou difamador. Se, porém, sofre por ser cristão, não se envergonhe, mas antes dê glória a Deus por ter esse nome.

Palavra do Senhor.


ALELUIA Jo 14, 23
Refrão: Aleluia. Repete-se
Se alguém Me ama, guardará a minha palavra.
Meu Pai o amará e faremos nele a nossa morada. Refrão


EVANGELHO Jo 14, 15-21
«Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Defensor»



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se Me amardes, guardareis os meus mandamentos. E Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Paráclito, para estar sempre convosco: Ele é o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê nem O conhece, mas que vós conheceis, porque habita convosco e está em vós. Não vos deixarei órfãos: voltarei para junto de vós. Daqui a pouco o mundo já não Me verá, mas vós ver-Me-eis, porque Eu vivo e vós vivereis. Nesse dia reconhecereis que Eu estou no Pai e que vós estais em Mim e Eu em vós. Se alguém aceita os meus mandamentos e os cumpre, esse realmente Me ama. E quem Me ama será amado por meu Pai e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele».
 
Palavra da salvação.


Em vez do Evangelho precedente, pode utilizar-se o seguinte com o respetivo aleluia.

ALELUIA Jo 14, 18
Refrão: Aleluia.  Repete-se
Não vos deixarei órfãos, diz o Senhor:
vou partir, mas virei de novo
e alegrar-se-á o vosso coração. Refrão


EVANGELHO Jo 17, 1-11a
«Pai, glorifica o teu Filho»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
 
Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho Te glorifique, e, pelo poder que Lhe deste sobre toda a criatura, Ele dê a vida eterna a todos os que Lhe confiaste. É esta a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro, e Aquele que enviaste, Jesus Cristo. Eu glorifiquei-Te sobre a terra, consumando a obra que Me encarregaste de realizar. E agora, Pai, glorifica-Me junto de Ti mesmo com aquela glória que tinha em Ti, antes que houvesse mundo. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo Me deste. Eram teus e Tu mos deste e eles guardam a tua palavra. Agora sabem que tudo quanto Me deste vem de Ti, porque lhes comuniquei as palavras que Me confiaste e eles receberam-nas: reconheceram verdadeiramente que saí de Ti e acreditaram que Me enviaste. É por eles que Eu rogo; não pelo mundo, mas por aqueles que Me deste, porque são teus. Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu; e neles sou glorificado. Eu já não estou no mundo, mas eles estão no mundo, enquanto Eu vou para Ti».

Palavra da salvação.


MEDITAÇÃO

Todos temos a experiência de, em algum momento da nossa vida, termos rompido com as seguranças habituais porque os desafios que se colocaram a isso obrigavam ou, simplesmente porque a situação se alterou de tal maneira, por força das circunstâncias, e tudo o que era suporte da vida desabou. É nesses momentos que mais se sente a necessidade de tomar a iniciativa, recriar, procurar apoios. Estamos a viver estes desafios e temos confiança que Jesus não nos abandona: o Seu Espírito sustenta a nossa liberdade para decidir em favor da vida como bem supremo, superior a tudo o resto.
Ele não deixou um código legislativo aos seus discípulos para eles se organizarem após a sua partida física deste mundo e terem as soluções para todos os problemas. A grande questão colocada à comunidade dos seguidores de Jesus era: como fazer para que o Seu projecto continue sem Ele estar fisicamente presente? Não se dispersarão as ovelhas depois do pastor ter sido ferido? Havia alguns apoios: a consciência de que o estilo de vida que implantou se mede pelo amor. Este é o ADN impresso por Deus no coração humano desde o momento da criação; é através dele que os discípulos e toda a humanidade hão-de crescer: a única lei é o amor.

1. O amor, dom de Deus
– Não se pode legislar sobre o amor… Esta tendência para a elaboração e a interpretação das leis é uma necessidade das chamadas “sociedades de direito”… Mas, sobre o amor, nem se pode legislar…
– O amor é fruto do Espírito: é um dom, um impulso que nos faz assumir o compromisso pela causa do Reino, um fogo que arde no coração e na alma e que renova constantemente o entusiasmo por tornar presente a Boa Nova do Evangelho; a forma de vida que é consequência do Espírito derramado nos nossos corações… É este Espírito de amor que não nos deixa órfãos…


2. Há forças contrárias ao amor
– Há outras forças no mundo que se opõem ao Espírito do Amor. O diácono Filipe (1ª leit), quando anunciou o Evangelho na Samaria, teve de lutar contra elas…
– Esses “espíritos impuros” de que fala o texto são a discórdia e as forças que quebram a unidade, a luta “dos meus interesses contra os teus interesses”…
– Reconhecer o Paráclito, o Espírito da verdade, é fazer a experiência de que Deus nos ama, que Jesus está connosco e que o seu amor é fiel e dura para sempre…
– Quem reconhece que Deus o ama anuncia a Boa Nova… Aqueles diáconos da comunidade cristã primitiva pareciam ter sido escolhidos para resolver problemas administrativos… Mas o que eles fazem é evangelizar (Estêvão, Filipe,…)

3. Quem é amado comunica o amor
– Depois da morte de Estêvão, a comunidade cristã de Jerusalém dispersou-se por causa da perseguição e muitos saíram da cidade para outros lugares… Esta circunstância foi aproveitada, não para se esconderem, mas para anunciar a Boa Nova de Jesus noutros lugares: Samaria, outras cidades da Judeia…
– Os resultados foram de tal ordem que os próprios apóstolos, que tinham permanecido na cidade, foram depois visitar essas cidades para ratificarem a ação do Espírito Santo naqueles que tinham aderido às palavras de Filipe…
– Quem é amado não pode deixar de comunicar o amor… Evangelizar é dar a razão da nossa esperança (2ª leit), é deixar que o Espírito fale por meio de cada um de nós e juntar outros ao povo da Aliança e do Amor…



ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Subam à vossa presença, Senhor,
as nossas orações e as nossas ofertas,
de modo que, purificados pela vossa graça,
possamos participar dignamente
nos sacramentos da vossa misericórdia.
Por Nosso Senhor.


Prefácio pascal


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 14, 15-16
Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que vos mando, diz o Senhor. Eu pedirei ao Pai e Ele vos dará o Espírito Santo,
que permanecerá convosco para sempre. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor Deus todo-poderoso,
que em Cristo ressuscitado nos renovais para a vida eterna,
multiplicai em nós os frutos do sacramento pascal
e infundi em nossos corações a força do alimento que nos salva.
Por Nosso Senhor.


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« A recitação do Rosário pressupõe um sentir-se chamado a um preciso compromisso de serviço à paz».


S. João Paulo II
ROSARIUM VIRGINIS MARIAE








ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra



LEITURAS I: Atos 8, 5-8.14-17 :  A partir de Jerusalém, a Igreja vai dilatar-se pelo mundo ou, de maneira diferente, os homens começam a entrar na Igreja, à medida que escutam a Palavra de Deus e a ela se convertem. Isto será fruto da pregação dos mensageiros da Palavra e da acção do Espírito Santo, que atua nesta Palavra. Continua a ser o livro dos “Actos dos Apóstolos” que nos dá testemunho desta ação do Espírito de Deus.

1 Pedro 3, 15-18:  Também a palavra de S. Pedro continua a fazer como que uma catequese mistagógica, isto é, a introduzir-nos no mistério da vida cristã, que é o mistério da vida de Cristo na vida dos batizados. Cristo morreu, depois de ter assumido a nossa situação de mortais; mas ressuscitou, e, vencendo assim a morte, deu-nos a sua vida imortal. Ele é a nossa esperança.

Jo 14, 15-21:  Jesus promete aos Apóstolos enviar-lhes o Espírito Santo, que será neles, ao mesmo tempo, o seu auxiliar e advogado no meio das dificuldades que hão de suportar para se manterem fiéis, e o consolador e intercessor nas lutas que hão de sofrer para vencerem os obstáculos que lhes advirão da parte do mundo. Será o Espírito Santo que lhes fará reconhecer o Senhor vivo para além da morte, na glória da ressurreição.





AGENDA DO DIA



11.00 horas: Eucaristia
12.00 horas: Oração em rede pedindo a erradicação da epidemia covid – 19.

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MAIO, MÊS DE MARIA
Terço diário

É um costume muito louvável de rezar o terço todos os dias. Sabemos todos as graças que recebemos por tão bela devoção. Desde há muito que o povo cristão se habituou a rezar o terço comunitariamente na Igreja, durante o mês de maio. Neste ano, devido ao covid-19, e por velarmos pela saúde de todos, não nos reunimos no ambiente apropriado que é a Igreja paroquial. Esperamos que, num dia muito em breve, o possamos realizar com toda a segurança. Entretanto Deus quer que valorizemos o ambiente familiar para que, como igreja doméstica que somos, a santifiquemos com a proteção de Nossa Senhora, rezando diariamente o terço.

Para facilitar, apresentaremos diariamente ume meditação sobre os mistérios do terço. Pensamos que poderá facilitar na oração pessoal e familiar.

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DIA 17
MISTÉRIOS GLORIOSO

INTRODUÇÃO:

A leitura do livro dos Atos dos Apóstolos, proclamada nas celebrações deste domingo, apresenta o Evangelho em movimento. Afirma que “Filipe desceu a uma cidade da Samaria e começou a pregar o Messias àquela gente” (At 8, 5). A Missão acontece por caminhos nem sempre claros para nós, mas na força do Espírito, seu verdadeiro protagonista. A nós compete-nos, para fazermos parte deste movimento, em atitude de livre adesão, dizer sim e deixarmo-nos enviar para onde o Espírito nos mandar. Foi assim com Maria de Nazaré, foi assim com Filipe, foi assim com tantos homens e mulheres ao longo da história… e continua a ser assim neste nosso tempo. Rezemos por todas as pessoas que proclamam a Palavra, para que se deixem habitar plenamente pela Palavra.

PRIMEIRO MISTÉRIO:
RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO

“O anjo tomou a palavra e disse às mulheres: «Não tenhais medo. Sei que buscais Jesus, o crucificado; não está aqui, pois ressuscitou, como tinha dito»” (Mt 28, 5-6). Quantas vezes o medo continua a impedir-nos de arriscar a vida em Deus! No entanto, o Ressuscitado não se cansa de vir ao nosso encontro. Ele encurta as distâncias. Desse encontro depende a vida nova a acontecer em nós. Rezemos por todos os cristãos para que, deixando-se encontrar pelo Senhor, sejam testemunhas do Evangelho da alegria.

SEGUNDO MISTÉRIO:
ASCENSÃO DE JESUS AO CÉU

“Depois, levou-os até junto de Betânia e, erguendo as mãos, abençoou-os. Enquanto os abençoava, separou-se deles e elevava-se ao Céu” (Lc 24, 50-51). Abençoados para serem bênção para os outros. Assim continua hoje a ser pedido aos discípulos do Senhor Jesus: ser bênção! O caminho vivido no amor só pode terminar no amor recolhido pelo Pai. Que, meditando a ascensão de Jesus, a Igreja faça memória dos caminhos por Ele percorridos. Rezemos por todas as pessoas que se encontram mais desanimadas.

TERCEIRO MISTÉRIO:
 DESCIDA DO ESPÍRITO SANTO SOBRE NOSSA SENHORA E OS APÓSTOLOS, REUNIDOS NO CENÁCULO

“Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes inspirava que se exprimissem” (At 2, 4). É o Espírito Santo a alma da evangelização. Sem Ele o anúncio não passaria de pura ideologia. É a força do Espírito que rompe com os medos, que, por caminhos vários e pela diversidade dos dons, vai construindo a unidade das comunidades cristãs. Rezemos pelos pastores para que, na atenção e no respeito pela diversidade, sejam artesãos da unidade.

QUARTO MISTÉRIO:
ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA AO CÉU EM CORPO E ALMA

“Felizes os que escutam a Palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 11, 28). Maria não só acolhe o Verbo no seu seio como já O acolhera, bem antes, no seu coração aberto aos planos de Deus. Aquela que O acolhera só poderia ser elevada para estar com o Filho! Possam também hoje os cristãos acolher a Palavra e dar aos homens e mulheres deste tempo a verdadeira alegria: a Boa Nova de Jesus Cristo. Rezemos por todas as mães que acolhem a vida no seu seio e no seu coração.

QUINTO MISTÉRIO:
COROAÇÃO DE NOSSA SENHORA, COMO RAINHA DO CÉU E DA TERRA

“Apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida de sol, com a lua debaixo dos pés e com uma coroa de doze estrelas na cabeça” (Ap 12, 1). Maria acreditou, acolheu e acompanhou o seu Filho. Foi Mãe e Discípula. Nela habitou o Amor, e por ela O recebemos. Ela continua hoje a Mãe que acompanha os seus filhos, a Mulher que fascina pela sua atitude de entrega e disponibilidade, a Estrela da evangelização. Que Maria interceda por muitas e santas vocações.
Que Nossa Senhora interceda por cada uma das comunidades cristãs das nossas dioceses, para que sejam semeadoras de esperança com a palavra e com a vida.

PRECE:

Senhora da disponibilidade, Que não ficaste à volta de ti mesma, Que foste lar para Jesus, Braços de ternura para O embalar, Pés para O seguir, Regaço para O acolher desfigurado da cruz, Presença junto dos discípulos, Coração imenso para amar, Ajuda-nos a responder sim ao Teu Filho, A semear, com a palavra e a vida, sementes de esperança, A dizer ao mundo que o Teu Filho é o Caminho, A calçar as sandálias e percorrer o caminho do outro, A ser ponte para o encontro com o Teu Filho Jesus.





A VOZ DO PASTOR




KAROL WOJTYLA NASCEU HÁ CEM ANOS – 18 de maio.

Haverá alguém que dele não se lembre!?... Sim, os jovens de hoje não presenciaram o entusiasmo contagiante de São João Paulo II. No entanto, também eles usufruem das suas iniciativas e ensinamentos, dos seus apelos e desafios. Foi um dos líderes mais influentes da História do século XX. A sua longa peregrinação pelo mundo fez dele um lutador pela liberdade e pelos valores essenciais à dignidade humana. Sem medo e apelando à coragem, acelerou acontecimentos marcantes, destruir paredes e construiu pontes, abriu portas e rasgou horizontes, aglomerava multidões e falava energicamente. Vibrava com o entusiasmo da juventude cujas Jornadas Mundiais instituiu, pois, segundo ele, os jovens são, para a Igreja e para o Mundo, “um dom especial do Espírito de Deus”, eles sentem “um valor profundo daqueles valores autênticos que têm em Cristo a sua plenitude” (IN9). Apreciava o desporto, gostava do caiaque e do esqui, da literatura e do teatro, da poesia e da música, dos combates intelectuais com abertura às novidades e interrogações do tempo. Prezava a vida e o viver com fé o serviço à comunidade humana. Trabalhou pela promoção da família e da vida, das vocações consagradas e laicais, multiplicou os métodos de evangelização e fez despertar um novo dinamismo missionário, contribuiu profundamente para a unidade dos cristãos e para que a Igreja fosse verdadeiramente “a casa e a escola da comunhão”. Exortava os cristãos a que não ficassem indiferentes nem abdicassem de intervir na gestão pública, isto é, a que se envolvessem na política, na ação económica, social, legislativa e cultural para ajudarem a promover, de forma orgânica e institucional, o bem comum.

Denunciou a irresponsabilidade ecológica e defendeu o desenvolvimento sustentável, preocupou-se com os desequilíbrios económicos e sociais no mundo do trabalho e apelou a que o processo da globalização económica fosse gerido em função da solidariedade e do respeito devido à pessoa humana. Enfim, deixou um património imenso não só ao tesouro doutrinal da Igreja, em todas as suas áreas, mas à própria comunidade humana. Pensava no interior de uma multiplicidade de culturas e sabia expressar-se em italiano, francês, alemão, inglês, espanhol, português, ucraniano, russo, servo-croata, esperanto, grego clássico e latim, para além da sua língua materna. Verdadeiramente ecuménico e missionário, fez-se peregrino de todos os continentes, anunciando Jesus Cristo com energia, plenamente identificado com a Igreja e servindo com persistência e humildade. Visitou 129 países, alguns dos quais mais do que uma vez: em Portugal esteve por três vezes. Foi incansável em apelar a todos que tivessem a coragem de escancarar as portas a Cristo Redentor, “o fundamento e centro, o sentido e a meta última da História” (IN5). Teve um papel fundamental no esboroar de alguns regimes totalitários bem como na melhoria das relações da Igreja Católica com o Judaísmo, o Islão, a Igreja Ortodoxa, as Religiões orientais e a Comunhão Anglicana. Teve opositores, é verdade, estranho seria se os não tivesse! Sofreu atentados, entre os quais o de 13 de maio de 1981, na praça de São Pedro, no Vaticano. Uma das balas que o atingiu está incrustada na coroa da imagem principal do Santuário de Nossa Senhora de Fátima, a quem ele se sentia muito grato por lhe ter salvo a vida.

Nasceu em 18 de maio de 1920, na Polónia e viveu tempos politicamente difíceis e humilhantes, experiências inesquecíveis como a ocupação nazi do seu país, conforme ele dá conta: “vivi esse momento trágico quando o governador nazi Hans Frank se estabeleceu no castelo do Wawel, sobre o qual foi içada a bandeira da cruz gamada. Para mim foi uma experiência particularmente dolorosa”. Fecharam-se as universidades, os professores foram presos, os estudos interrompidos. Para evitar ser deportado, trabalhou como tarefeiro em restaurantes, como operário de minas e da indústria química.
Cedo ficou órfão, cedo perdeu os seus irmãos: "Eu não estive presente na morte de minha mãe, nem na do meu irmão e nem na do meu pai (...) Aos vinte, eu já tinha perdido todos os que amava".

Após a morte de seu pai, e ficando sozinho, começou a considerar seriamente a ideia do sacerdócio. Bateu às portas do seu Bispo, o Arcebispo de Cracóvia, e logo começou a ter aulas no seminário clandestino. Em agosto de 1944, quando a Gestapo arrebanhou os homens de Cracóvia para que se evitassem revoltas, Karol conseguiu escapar, escondendo-se detrás de uma porta no porão de uma casa. Milhares de homens e rapazes foram levados prisioneiros naquele dia. Dali, refugiou-se em casa do Arcebispo de Cracóvia, onde permaneceu até à retirada dos alemães. Terminado os estudos no seminário de Cracóvia, foi ordenado sacerdote, no Dia de Todos os Santos de 1946. Continuou estudos em Roma e, no regresso à Polónia, foi-lhe entregue a sua primeira tarefa pastoral, uma paróquia. Ao chegar ao local, a sua primeira ação foi ajoelhar-se e beijar o chão, gesto que o Cura d’Ars tinha feito e que ele iria usar, mais tarde, como Papa, nos países que visitava. Foi mais tarde transferido para outra paróquia, foi professor universitário, tinha dois doutoramentos e publicava trabalhos de vários saberes, em revistas e livros. Nomeado Bispo-Auxiliar de Cracóvia, participou no Concílio Vaticano II e na redação de alguns dos seus documentos mais importantes. Fez parte de todos os sínodos posteriores, foi nomeado Arcebispo de Cracóvia e, depois, Cardeal. Após a morte de Paulo VI, participou na eleição de João Paulo I, que morreu 33 dias depois. O Cardeal Karol Wojtyla foi o eleito no conclave seguinte, tendo escolhido o nome de João Paulo II, com o lema Totus Tuus, tinha 58 anos de idade. À multidão reunida na Praça de São Pedro referiu que aceitara receber esta nomeação “com espírito de obediência a Nosso Senhor e com a confiança total na sua Mãe, a Virgem Santíssima...”

Teve o terceiro maior pontificado da história, quase 27 anos: desde 16 de outubro de 1978 a 02 de abril de 2005, dia do seu falecimento, com Parkinson, abandonando-se em Deus e confiando-se a Maria Santíssima. Um ano depois da sua morte, uma morte esperada mas muito dolorosa, afirmava Bento XVI: “Nos últimos anos, o Senhor despojou-o gradualmente de tudo, para o assimilar plenamente a si. E quando já não podia viajar, e depois nem caminhar, e enfim nem falar, o seu gesto, o seu anúncio reduziu-se ao essencial: ao dom de si próprio até ao fim. A sua morte foi o cumprimento de um coerente testemunho de fé, que tocou o coração de tantos homens de boa vontade” .

Em 27 de abril de 2014, numa celebração presidida pelo Papa Francisco e com a presença do Papa Emérito Bento XVI, foi canonizado conjuntamente com o Papa João XXIII.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 15-05-2020.




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