segunda-feira, 30 de agosto de 2021

 



 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Terça, 31 de agosto de 2021

 

Terça-feira da XXII semana do tempo comum

 

 

 

LITURGIA

 

 

Terça-feira da semana XXII

Verde – Ofício da féria.


L 1 1 Tes 5, 1-6. 9-11; Sal 26 (27), 1. 4. 13. 14
Ev Lc 4, 31-37

 

MISSA

 

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 85, 3.5
Tende compaixão de mim, Senhor,
que a Vós clamo o dia inteiro.
Vós, Senhor, sois bom e indulgente,
cheio de misericórdia para àqueles que Vos invocam.


ORAÇÃO COLECTA
Deus do universo, de quem procede todo o dom perfeito,
infundi em nossos corações o amor do vosso nome
e, estreitando a nossa união convosco,
dai vida ao que em nós é bom
e protegei com solicitude esta vida nova.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) 1 Tes 5, 1-6.9-11
«Para que o dia do Senhor não vos surpreenda como um ladrão»


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses

Irmãos: Sobre o tempo e a ocasião da vinda do Senhor, não precisais que vos escreva, pois vós próprios sabeis perfeitamente que o dia do Senhor vem como um ladrão noturno. E quando disserem: «Paz e segurança», é então que subitamente cairá sobre eles a ruína, como as dores da mulher que está para ser mãe, e não poderão escapar. Mas vós, irmãos, não andais nas trevas, de modo que esse dia vos surpreenda como um ladrão, porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia: nós não somos da noite nem das trevas. Por isso, não durmamos como os outros, mas permaneçamos vigilantes e sóbrios. Deus não nos destinou para sofrermos a sua ira, mas para alcançarmos a salvação por Nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós, a fim de que, velando ou dormindo, vivamos em união com Ele. Por isso, animai-vos mutuamente e edificai-vos uns aos outros, como já fazeis.

 Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 26 (27), 1.4.13-14 (R. cf. 13)
Refrão: Espero contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos. Repete-se

O Senhor é minha luz e salvação:
a quem hei de temer?
O Senhor é a defesa da minha vida:
de quem hei de ter medo? Refrão

Uma coisa peço ao Senhor, por ela anseio:
habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida,
para gozar da suavidade do Senhor
e visitar o seu santuário. Refrão

Espero vir a contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte.
Tem confiança e confia no Senhor. Refrão


ALELUIA Lc 7, 16
Refrão: Aleluia Repete-se
Apareceu no meio de nós um grande profeta:
Deus visitou o seu povo. Refrão


EVANGELHO Lc 4, 31-37
«Eu sei quem Tu és: o Santo de Deus»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia, e ali ensinava aos sábados. Todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque falava com autoridade. Encontrava-se então na sinagoga um homem que tinha um espírito de demónio impuro, que bradou com voz forte: «Ah! Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Eu sei quem Tu és: o Santo de Deus». Disse-lhe Jesus em tom severo: «Cala-te e sai desse homem». O demónio, depois de o ter arremessado para o meio dos presentes, saiu dele sem lhe fazer mal nenhum. Todos se encheram de assombro e diziam entre si: «Que palavra esta! Ordena com autoridade e poder aos espíritos impuros e eles saem!». E a fama de Jesus espalhava-se por todos os lugares da região.

 Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, a oferta que Vos apresentamos
e realizai em nós, com o poder da vossa graça,
a redenção que celebramos nestes mistérios.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 30, 20
Como é grande, Senhor,
a vossa bondade para aqueles que Vos servem!

Ou Mt 5, 9-10
Bem-aventurados os pacíficos,
porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por amor da justiça,
porque deles é o reino dos céus.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão da mesa celeste,
fazei que esta fonte de caridade
fortaleça os nossos corações
e nos leve a servir-Vos nos nossos irmãos.
Por Nosso Senhor.

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS:  1 Tes 5, 1-6.9-11 A vinda do Senhor é certa, embora seja incerta a sua hora. Assim, esta há de ser aguardada na vigilância, como em vigília de oração, na esperança e na alegria, como por quem espera a hora da salvação.


Lc 4, 31-37 De Nazaré, Jesus desce até Cafarnaum, na beira do lago. Mais tarde será aí a sua cidade habitual. Ao sábado, lá está na celebração da Palavra na sinagoga e ensina o povo, que se encanta com as suas palavras e o seu poder revelado na cura do possesso. Palavras e ações, tudo são palavras da Palavra, que é o Verbo, o Filho de Deus, que o Pai envia ao mundo.



AGENDA DO DIA:

11.00 horas: Funeral  no Pé da Serra

16.00 horas: Funeral Alpalhão.

18.00 horas: Celebração da Palavra em Nisa

18.00 horas: Celebração da Palavra em Alpalhão

17.00-19.00 horas: Exposição mariana no Calvário - Nisa

 

 

A VOZ DO PASTOR:

 

 

 

O 1.º DE SETEMBRO E A PEGADA ECOLÓGICA

 

Vivemos um tempo de grande apreço pelos direitos, e bem. Mas direitos e deveres são correlativos, interdependentes. Assim como ninguém deve negar aos outros os seus direitos, também há deveres que ninguém pode negar a si mesmo, não os pode mandar às malvas, nem adiar ou delegar. São imperativos categóricos para todos e cada um. E hoje refiro-me ao dever da educação ou conversão ambiental. A Pegada Ecológica per capita em Portugal, segundo o Relatório Planeta Vivo, aumentou significativamente entre 2018 e 2020. Depois de ter ocupado o 66.º lugar mundial, o país posiciona-se agora, infelizmente, no 46º lugar do ranking mundial. Isto significa que são necessários 4,1 hectares de terra por pessoa, ou seja, para manterem o seu atual estilo de vida, os portugueses precisam de 2,52 planetas.

Como sabem, o Papa Francisco, em 6 de agosto de 2015, instituiu, na Igreja Católica, o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação. E ao estabelecê-lo no 1º dia de setembro, fê-lo num gesto verdadeiramente ecuménico. Já em 1989, o Patriarca ecuménico Bartolomeu I o tinha estabelecido para a Igreja Ortodoxa precisamente nesse dia. A par, Francisco providenciou para que se fizessem  os contactos necessários com o Patriarcado Ecuménico e outras realidades ecuménicas, para que esse Dia Mundial se tornasse, de facto, um caminho para todos os que creem em Cristo e se cuidasse também duma possível coordenação com as iniciativas do Conselho Mundial de Igrejas. Será um ‘Tempo da Criação’ que muitas comunidades prolongam até ao dia 4 de outubro, dia da Festa de São Francisco de Assis.

Sendo um dever que não pode ser opcional nem secundário, Francisco reconhece que alguns cristãos, até muito comprometidos e piedosos, frequentemente escarnecem das preocupações pelo meio ambiente, outros não se decidem a mudar os seus hábitos, falta-lhes a conversão ecológica e a consciência de que somos cuidadores da obra de Deus (cf. LSi, 217). Ele pede aos cristãos que, neste dia, “em harmonia com as exigências e as situações locais, a celebração seja devidamente organizada com a participação de todo o Povo de Deus: sacerdotes, religiosos, religiosas e fiéis leigos”. E que se implementem “oportunas iniciativas de promoção e de animação, para que esta celebração anual seja um momento forte de oração, reflexão, conversão e uma oportunidade para assumir estilos de vida coerentes”.

Como cristãos – afirma Francisco – “queremos oferecer a nossa contribuição à superação da crise ecológica que a humanidade está a viver”. Coisa que não existirá verdadeiramente “sem uma moção interior que impele, motiva, encoraja e dá sentido à ação pessoal e comunitária. Temos de reconhecer que nós, cristãos, nem sempre recolhemos e fizemos frutificar as riquezas dadas por Deus à Igreja, nas quais a espiritualidade não está desligada do próprio corpo nem da natureza ou das realidades deste mundo, mas vive com elas e nelas, em comunhão com tudo o que nos rodeia (LSi, 216). A crise ecológica chama-nos, pois, a uma profunda e sincera conversão espiritual. Urge ouvir os gritos da Terra e o clamor dos pobres. A consciência da gravidade da crise cultural e ecológica precisa de traduzir-se em novos hábitos, precisa de uma verdadeira conversão ecológica. Não se trata de ideologizar o debate ambiental por má-fé ou ignorância, trata-se de lutar pela sustentabilidade ou sobrevivência. Não se trata apenas de filosofar ou denunciar o que está mal, trata-se de assumir atitudes diversas e, por exemplo, renunciar àquilo que o mercado oferece e promove compulsivamente como se nada tivesse a ver com isso. As mudanças nos hábitos de consumo são determinantes. De nada serve mostrar grande sensibilidade ecológica e lutar pela defesa do meio ambiente se se vive afogado em compras inúteis, gastos supérfluos e consumo obsessivo. Também não basta a informação científica e a existência de leis para limitar os maus comportamentos se as famílias, as escolas, as academias, as universidades, os meios de comunicação social, a catequese e todas as instâncias não se preocuparem com uma séria educação ambiental. É preciso adquirir convicções, vontade própria e motivações, virtudes sólidas, transformação pessoal, verdadeiro compromisso ecológico. Como afirma Francisco, “é muito nobre assumir o dever de cuidar da criação com pequenas ações diárias, e é maravilhoso que a educação seja capaz de motivar para elas até dar forma a um estilo de vida. A educação na responsabilidade ambiental pode incentivar vários comportamentos que têm incidência direta e importante no cuidado do meio ambiente, tais como evitar o uso de plástico e papel, reduzir o consumo de água, diferenciar o lixo, cozinhar apenas aquilo que razoavelmente se poderá comer, tratar com desvelo os outros seres vivos, servir-se dos transportes públicos ou partilhar o mesmo veículo com várias pessoas, plantar árvores, apagar as luzes desnecessárias… Tudo isto faz parte duma criatividade generosa e dignificante que põe a descoberto o melhor do ser humano” (cf. LSi, 211)

A disciplina e a sobriedade pessoal libertam, educam, constroem. Praticar maus hábitos só porque se olha para o lado e se presume que ninguém está a ver o mal que se faz, é hipocrisia refinada. “Não há criatura que possa esconder-se à presença de Deus. Tudo fica nu e descoberto aos olhos daquele a quem devemos prestar contas” (cf. Heb 4, 13).

A cidadania ecológica, se vive preocupada e denuncia a crise ambiental, não pode viver de braço dado com o desleixo individual em relação às pequenas ações. Qualquer gesto, por mais insignificante que nos pareça, pode marcar a diferença e contribuir para a melhoria da situação. A grandeza de cada um está em fazer com amor as mais pequeninas coisas de cada dia. O respeito pela natureza nasce e alimenta-se de pequenos gestos e atitudes. E ninguém pode crer, agir e fomentar a ideia de que a natureza sempre se renova ou regenera.

Assim como à política e à economia se pede que reconheçam os seus erros, mudem de direção e cuidem do bem comum, também não faltam conselhos sobre o que cada um pode e deve fazer no seu dia a dia.

Avaliando com seriedade o nosso desempenho nesse campo, vivamos o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, prolongando-o até ao dia 4 de outubro, dia da Festa de São Francisco de Assis.

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 27-08-2021.

 

 

 

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