PARÓQUIAS DE NISA
Terça, 17 de agosto de 2021
Terça-feira da XX semana do tempo comum
LITURGIA
Terça-feira
da semana XX
S.
Beatriz da Silva, virgem – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
(Missal Romano: a celebração de 1 de setembro passou para hoje)
L 1 Jz 6, 11-24a; Sal 84 (85), 9. 11-12. 13-14
Ev Mt 19, 23-30
* Na Ordem Agostiniana – S. Clara da Cruz de Montefalco, virgem – FESTA
* Na Ordem Carmelita – B. Ângelo Mazzinghi, presbítero – MF
* Na Ordem Franciscana – S. Beatriz da Silva, virgem – MO
* Na Ordem da Imaculada Conceição – S. Beatriz da Silva, virgem, Fundadora da
Ordem – SOLENIDADE
* Na Ordem de São Domingos – S. Jacinto da Polónia, presbítero – MO
S.
BEATRIZ DA SILVA, virgem
Nota
Histórica:
Filha de pais portugueses, nasceu
em Ceuta (África Setentrional) por volta de 1426. Ainda jovem, veio para Campo
Maior (Portugal) e daqui passou à corte de Castela em 1447 como dama de honor
da Infanta D. Isabel de Portugal. Para se poder dedicar a uma vida cristã mais
perfeita, retirou se da corte para um mosteiro de Toledo, onde permaneceu mais
de 30 anos. Em 1484 fundou o Instituto que mais tarde tomou o título da
Imaculada Conceição de Nossa Senhora (Concepcionistas) e que foi aprovado pelo
papa Inocêncio VIII em 1489. Pouco depois de fazer profissão religiosa, faleceu
com fama de santidade. Foi canonizada por Paulo VI a 3 de Outubro de 1976.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Ap 19, 7
Exultemos de alegria no Senhor,
que chamou ao seu amor divino esta virgem santa e gloriosa.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que fizestes resplandecer na virgem Santa Beatriz o
altíssimo dom da contemplação e a adornastes com a singular devoção à Imaculada
Conceição da Virgem Maria, concedei-nos que, seguindo o seu exemplo, busquemos
na terra a verdadeira sabedoria para merecermos contemplar no Céu a glória do
vosso rosto. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na
unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Jz 6, 11-24a
«Gedeão, vai salvar Israel. Não sou Eu que te envio?»
Leitura do Livro
dos Juízes
Naqueles dias, o Anjo do Senhor veio sentar-se debaixo do carvalho de Ofra, que
pertencia a Joás, da família de Abiezer. Seu filho Gedeão estava a malhar trigo
no lagar, para o esconder dos madianitas. O Anjo do Senhor apareceu-lhe e
disse-lhe: «O Senhor está contigo, valente guerreiro». Gedeão respondeu-lhe:
«Perdão, meu senhor. Se o Senhor está connosco, porque nos têm sucedido todas
estas desgraças? Onde estão todos esses prodígios, que os nossos pais nos
contaram, dizendo: ‘O Senhor libertou-nos da terra do Egipto’? Mas agora o
Senhor abandonou-nos e entregou-nos nas mãos de Madiã». Então o Senhor
voltou-Se para ele e disse-lhe: «Vai com essa tua força salvar Israel das mãos
de Madiã. Não sou Eu que te envio?». Gedeão respondeu: «Perdão, meu Senhor.
Como poderei salvar Israel? A minha família é a mais humilde de Manassés e eu
sou o último da casa de meu pai». O Senhor disse-lhe: «Eu estarei contigo e tu
vencerás Madiã como se ele fosse um só homem». Disse Gedeão: «Se encontrei
graça a vossos olhos, dai-me um sinal de que sois Vós que me falais. Não Vos
afasteis daqui, até que eu volte para junto de Vós, trazendo a minha oferta,
para a colocar na vossa presença». O Senhor respondeu: «Ficarei até que
voltes». Gedeão entrou em casa, preparou um cabrito e com uma medida de farinha
fez pães ázimos. Colocou a carne num cesto, deitou o molho num tacho, levou
tudo para debaixo do carvalho e ofereceu-Lho. Disse-lhe o Anjo do Senhor: «Toma
a carne e os pães ázimos, coloca-os sobre essa pedra e derrama o molho sobre
eles». Gedeão assim fez. O Anjo do Senhor estendeu a ponta da vara que tinha na
mão e tocou na carne e nos pães ázimos. Saiu então fogo da rocha e consumiu a
carne e os pães. E o Anjo do Senhor desapareceu da sua vista. Gedeão reconheceu
que era o Anjo do Senhor e disse: «Ai de mim, Senhor Deus! Eu vi face a face o
Anjo do Senhor». Mas o Senhor respondeu-lhe: «A paz esteja contigo. Não tenhas
medo, porque não morrerás». Gedeão ergueu ali um altar ao Senhor e chamou-lhe
«O Senhor é a paz».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 84 (85), 9.11-12.13-14 (R. cf. 9a)
Refrão: O Senhor anuncia a paz ao seu
povo. Repete-se
Escutemos o que diz o Senhor:
Deus fala de paz
ao seu povo e aos seus fiéis
e a quantos de coração a Ele se convertem. Refrão
Encontraram-se a misericórdia e a fidelidade,
abraçaram-se a paz e a justiça.
A fidelidade vai germinar da terra
e a justiça descerá do Céu. Refrão
O Senhor dará ainda o que é bom
e a nossa terra produzirá os seus frutos.
A justiça caminhará à sua frente
e a paz seguirá os seus passos. Refrão
ALELUIA 2 Cor 8, 9
Refrão: Aleluia Repete-se
Jesus Cristo, sendo rico, fez-Se pobre,
para nos enriquecer na sua pobreza. Refrão
EVANGELHO Mt 19, 23-30
«É mais fácil passar um camelo pelo fundo duma agulha
do que um rico entrar no reino de Deus»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Em verdade vos digo: Um rico
dificilmente entrará no reino dos Céus. É mais fácil passar um camelo pelo
fundo duma agulha do que um rico entrar no reino de Deus». Ao ouvirem estas
palavras, os discípulos ficaram muito admirados e disseram: «Quem poderá então
salvar-se?». Jesus olhou para eles e respondeu: «Aos homens isso é impossível,
mas a Deus tudo é possível». Então Pedro tomou a palavra e disse-Lhe: «Nós
deixámos tudo para Te seguir. Que recompensa teremos?». Jesus respondeu: «Em
verdade vos digo: No mundo renovado, quando o Filho do homem vier sentar-Se no
seu trono de glória, também vós que Me seguistes vos sentareis em doze tronos
para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas,
irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras, por causa do meu nome, receberá cem
vezes mais e terá como herança a vida eterna. Muitos dos primeiros serão os
últimos e muitos dos últimos serão os primeiros».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei, Senhor, estes dons que humildemente Vos apresentamos e concedei, por
intercessão de Santa Beatriz, que, oferecendo-nos a Vós de todo o coração,
também nós, neste sacrifício, nos transformemos numa oblação viva, santa e
agradável a vossos olhos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é
Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Ap 3, 20
Eu estou à porta e chamo, diz o Senhor.
Se alguém ouvir a minha voz e Me abrir a porta,
entrarei em sua casa, cearei com ele e ele comigo.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Alimentados pela participação neste divino sacramento, humildemente Vos
pedimos, Senhor nosso Deus, que, por intercessão de Santa Beatriz, sintamos
neste mundo a suavidade da vossa sabedoria e nos saciemos com as delícias
eternas na pátria celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é
Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO
DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: Jz 6, 11-24a: De
origem modesta, Gedeão é chamado por Deus para salvar o seu povo. É sempre Deus
quem salva; basta-Lhe que os que Ele envia sejam dóceis à sua voz. De facto, a força
do homem está na força de Deus, quando ele se sabe colocar nas suas mãos.
Mt 19, 23-30: O
Senhor não condena nem os ricos nem as riquezas; mas adverte os seus discípulos
do perigo que correm, se lhes entregarem o coração. Em contrapartida, a atitude
desprendida de Pedro e dos outros Apóstolos é caminho certo para entrar no
reino de Deus. O mundo novo que o Filho de Deus nos revelou na sua morte e
ressurreição inaugurou a regeneração do Universo, em que tudo é julgado por
outros critérios.
AGENDA DO DIA:
11.30 horas: Funeral em Tolosa
17.00 horas: Funeral em
Nisa
18.00 horas: Missa em
Nisa
18.00 horas: Missa em
Apalhão.
A VOZ DO PASTOR:
SEMANA
NACIONAL DO MIGRANTE E REFUGIADO
A
Igreja Católica em Portugal está a celebrar, de 8 a 15 de agosto, a 49ª Semana
Nacional de Migrações. A Peregrinação Internacional a Fátima, em 12 e 13, será
presidida pelo Cardeal Jean-Claude Hollerich, arcebispo do Luxemburgo e
presidente da Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia. No último
dia desta semana especial, em 15 de agosto, realiza-se também uma jornada de
solidariedade com a mobilidade humana. O tema da Semana é o da Mensagem do Papa
Francisco para o 107º Dia Mundial do Migrante e Refugiado a celebrar em 26 de
setembro: «Rumo a um ‘nós’ cada vez maior». Para que todos sintonizemos com a
efeméride e o seu tema, faço eco da referida Mensagem que lhe está subjacente.
Apoiando-se na Sagrada Escritura, Francisco recorda que “Deus criou-nos homem e
mulher, seres diferentes e complementares para formarem, juntos, um 'nós'
destinado a tornar-se cada vez maior com a multiplicação das gerações. Deus
criou-nos à sua imagem, à imagem do seu Ser Uno e Trino, comunhão na
diversidade”. Além disso, diz o Papa, “Deus, na sua misericórdia, quis oferecer
um caminho de reconciliação, não a indivíduos isoladamente, mas a um povo, um
nós destinado a incluir toda a família humana, todos os povos” (cf. Ap 21, 3).
O tempo presente, porém, “mostra-nos que o nós querido por Deus está dilacerado
e dividido, ferido e desfigurado ... E o preço mais alto é pago por aqueles que
mais facilmente se podem tornar os outros: os estrangeiros, os migrantes, os
marginalizados, que habitam as periferias existenciais”. Por isso, o Papa apela
ao empenho “para que não existam mais muros que nos separam, nem existam mais
os outros, mas só um nós, do tamanho da humanidade inteira”. Se este apelo é
para todos, para os católicos “traduz-se num esforço por se configurarem cada
vez mais fielmente ao seu ser de católicos, tornando realidade aquilo que São
Paulo recomendava à comunidade de Éfeso: “Um só corpo e um só espírito, assim
como a vossa vocação vos chama a uma só esperança; um só Senhor, uma só fé, um
só batismo” (Ef 4, 4-5).
Com
a presença do Senhor e a força do Espírito, os cristãos devem tornar-se
“capazes de abraçar a todos para se fazer comunhão na diversidade, harmonizando
as diferenças sem nunca impor uma uniformidade que despersonaliza. No encontro
com a diversidade dos estrangeiros, dos migrantes, dos refugiados e no diálogo
intercultural que daí pode brotar, é-nos dada a oportunidade de crescer como
Igreja, enriquecer-nos mutuamente”. Numa Igreja cada vez mais inclusive, “todo
o batizado, onde quer que se encontre, é membro de pleno direito da comunidade
eclesial local e membro da única Igreja, habitante na única casa, componente da
única família”.
Nesta
maneira de ser e estar, “a Igreja é chamada a sair pelas estradas das
periferias existenciais para cuidar de quem está ferido e procurar quem anda
extraviado, sem preconceitos nem medo, sem proselitismo, mas pronta a ampliar a
sua tenda para acolher a todos. Entre os habitantes das periferias
existenciais, encontraremos muitos migrantes e refugiados, deslocados e vítimas
de tráfico humano, aos quais o Senhor deseja que seja manifestado o seu amor e
anunciada a sua salvação”.
Caminhando
juntos rumo a um 'nós' cada vez maior, construiremos “em conjunto o nosso
futuro de justiça e paz, tendo o cuidado de ninguém ficar excluído. O futuro
das nossas sociedades é um futuro «a cores», enriquecido pela diversidade e as
relações interculturais. Por isso, hoje, devemos aprender a viver, juntos, em
harmonia e paz. Encanta-me duma forma particular aquele quadro que descreve, no
dia do «batismo» da Igreja no Pentecostes, as pessoas de Jerusalém que escutam
o anúncio da salvação logo após a descida do Espírito Santo: «Partos, medos,
elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da
Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia cirenaica,
colonos de Roma, judeus e prosélitos, cretenses e árabes ouvimo-los anunciar,
nas nossas línguas, as maravilhas de Deus» (At 2, 9-11).
E
Francisco acentua que “para alcançar este ideal, devemos todos empenhar-nos por
derrubar os muros que nos separam e construir pontes que favoreçam a cultura do
encontro, cientes da profunda interconexão que existe entre nós. Nesta
perspetiva, as migrações contemporâneas oferecem-nos a oportunidade de superar
os nossos medos para nos deixarmos enriquecer pela diversidade do dom de cada
um. Então, se quisermos, poderemos transformar as fronteiras em lugares
privilegiados de encontro, onde possa florescer o milagre de um nós cada vez
maior”.
O
Senhor deu-nos dons e talentos e confiou em nós conservar e tornar ainda mais
bela a sua criação e, disso, o Senhor pedir-nos-á contas. “Mas, para assegurar
o justo cuidado à nossa Casa comum, devemos constituir-nos num nós cada vez
maior, cada vez mais corresponsável, na forte convicção de que todo o bem feito
ao mundo é feito às gerações presentes e futuras. Trata-se dum compromisso
pessoal e coletivo, que se ocupa de todos os irmãos e irmãs que continuarão a
sofrer enquanto procuramos realizar um desenvolvimento mais sustentável,
equilibrado e inclusivo. Um compromisso que não faz distinção entre autóctones
e estrangeiros, entre residentes e hóspedes, porque se trata dum tesouro comum,
de cujo cuidado e de cujos benefícios ninguém deve ficar excluído”.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 11-08-2021.
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