PARÓQUIAS DE NISA
Sábado, 21 de agosto de 2021
Sábado da XX semana do tempo comum
LITURGIA
Sábado da semana XX
S. Pio X, papa – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 Rut 2, 1-3. 8-11 – 4, 13-17; Sal 127 (128), 1-2. 3. 4-5
Ev Mt 23, 1-12
* Na Diocese de Portalegre – Castelo Branco – Aniversário da criação da Diocese
(1549).
* Na Diocese de Bragança-Miranda (na Catedral e na Cidade de Bragança) – I
Vésp. da Bem-aventurada Virgem Santa Maria, Rainha.
* No Carmelo de Nossa Senhora Rainha do Mundo (Faro) – I Vésp. de Nossa
Senhora, Rainha do Mundo.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
S. PIO X, papa
Nota Histórica:
Nasceu na aldeia de Riese, na região de
Veneza, em 1835. Depois de ter desempenhado santamente o ministério sacerdotal,
foi sucessivamente bispo de Mântua, patriarca de Veneza e papa eleito no ano
1903. Adotou como lema do seu pontificado «Instaurare omnia in Christo», ideal
que de facto orientou a sua ação pontifícia, na simplicidade de espírito,
pobreza e fortaleza, dando assim um novo incremento à vida cristã na Igreja.
Teve também de combater energicamente contra os erros que nela se infiltravam.
Morreu no dia 20 de Agosto de 1914.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA
O Senhor escolheu-o como sumo sacerdote
e abriu-lhe o tesouro de todas as suas bênçãos.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que, para defender a fé católica e instaurar todas as coisas em Cristo,
enchestes de sabedoria divina e de fortaleza apostólica o papa São Pio X,
concedei que, seguindo os seus ensinamentos e exemplos, alcancemos a recompensa
eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na
unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Tes 2, 2b-8
«Desejávamos partilhar convosco
não só o Evangelho de Deus, mas ainda a própria vida»
Leitura da
Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses
Irmãos: Em Deus encontrámos coragem para vos anunciar o seu Evangelho no meio
de grandes lutas. A nossa pregação não nasce do erro, nem da impureza ou da
fraude. Mas como Deus nos encontrou dignos de nos confiar o Evangelho, assim o
pregamos, não para agradar aos homens, mas a Deus que põe à prova os nossos
corações. Bem sabeis que nunca usámos palavras de lisonja nem recursos de
ganância; Deus é testemunha. Também não procurámos as honras humanas, quer da
vossa parte, quer da parte dos outros, embora pudéssemos fazer valer a nossa
autoridade como apóstolos de Cristo. Ao contrário, apresentámo-nos no meio de
vós com bondade, como a mãe que acalenta os filhos que anda a criar. Pela viva
afeição que vos dedicámos, desejávamos partilhar convosco não só o Evangelho de
Deus, mas ainda a própria vida, tão caros vos tínheis tornado para nós.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 88 (89), 2-3.4-5.21-22.25 e 27 (R. 2a)
Refrão: Senhor, cantarei eternamente a
vossa misericórdia.
Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor
e para sempre proclamarei a sua fidelidade.
Vós dissestes:
«A bondade está estabelecida para sempre»;
no céu permanece firme a vossa fidelidade.
«Concluí uma aliança com o meu eleito,
fiz um juramento a David, meu servo:
Conservarei a tua descendência para sempre,
estabelecerei o teu trono por todas as gerações.
Encontrei a David, meu servo,
ungi-o com óleo santo.
Estarei sempre a seu lado
e com a minha força o sustentarei.
A minha fidelidade e bondade estarão com ele,
pelo meu nome será firmado o seu poder.
Ele Me invocará: ‘Vós sois o meu Pai,
meu Deus, meu Salvador’».
ALELUIA Mt 23, 9b.10b
Refrão: Aleluia. Repete-se
Um só é o vosso Pai, o Pai celeste;
um só é o vosso mestre, Jesus Cristo. Refrão
EVANGELHO Mt 23, 1-12
«Dizem e não fazem»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus falou à multidão
e aos discípulos, dizendo: «Na cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os
fariseus. Fazei e observai tudo quanto vos disserem, mas não imiteis as suas
obras, porque eles dizem e não fazem. Atam fardos pesados e põem-nos aos ombros
dos homens, mas eles nem com o dedo os querem mover. Tudo o que fazem é para
serem vistos pelos homens: alargam as filactérias e ampliam as borlas; gostam
do primeiro lugar nos banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas, das
saudações nas praças públicas e que os tratem por ‘Mestres’. Vós, porém, não
vos deixeis tratar por ‘Mestres’, porque um só é o vosso Mestre e vós sois
todos irmãos. Na terra não chameis a ninguém vosso ‘Pai’, porque um só é o
vosso pai, o Pai celeste. Nem vos deixeis tratar por ‘Doutores’, porque um só é
o vosso doutor, o Messias. Aquele que for o maior entre vós será o vosso servo.
Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».
Palavra da salvação
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei benignamente, Senhor, as nossas ofertas e fazei que, seguindo os
ensinamentos do papa São Pio X, celebremos com devoção sincera estes divinos
mistérios e os recebamos com verdadeira fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo,
vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 21, 17
Senhor, Vós sabeis tudo; bem sabeis que eu Vos amo.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Ao celebrarmos a memória do papa São Pio X, nós Vos pedimos, Senhor nosso Deus,
que a participação na mesa celeste nos torne fortes na fé e unidos na caridade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo.
MÉTODO
DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: Mt 23, 1-12: As
palavras de Jesus não são apenas uma doutrina para se acreditar, mas a norma de
vida para se viver, a começar pelas atitudes interiores do coração, coisa que
os escribas e os fariseus a que referia não estavam dispostos a fazer.
AGENDA DO DIA:
10.00 horas: Funeral em
Alpalhão
11.00 horas: Missa e Batismos
em Nisa
11.00 horas: Batismo em
Alpalhão
12.00 horas: Bodas de
ouro matrimoniais na Igreja do Espírito Santo em Nisa
16.00 horas: Missa no
Pé da Serra
16.00 horas: Missa no
Pardo
18.00 horas: Missa em
Nisa
18.00 horas: Missa em
Alpalhão.
A VOZ DO PASTOR:
SEMANA
NACIONAL DO MIGRANTE E REFUGIADO
A
Igreja Católica em Portugal está a celebrar, de 8 a 15 de agosto, a 49ª Semana
Nacional de Migrações. A Peregrinação Internacional a Fátima, em 12 e 13, será
presidida pelo Cardeal Jean-Claude Hollerich, arcebispo do Luxemburgo e
presidente da Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia. No último
dia desta semana especial, em 15 de agosto, realiza-se também uma jornada de
solidariedade com a mobilidade humana. O tema da Semana é o da Mensagem do Papa
Francisco para o 107º Dia Mundial do Migrante e Refugiado a celebrar em 26 de
setembro: «Rumo a um ‘nós’ cada vez maior». Para que todos sintonizemos com a
efeméride e o seu tema, faço eco da referida Mensagem que lhe está subjacente.
Apoiando-se na Sagrada Escritura, Francisco recorda que “Deus criou-nos homem e
mulher, seres diferentes e complementares para formarem, juntos, um 'nós'
destinado a tornar-se cada vez maior com a multiplicação das gerações. Deus
criou-nos à sua imagem, à imagem do seu Ser Uno e Trino, comunhão na
diversidade”. Além disso, diz o Papa, “Deus, na sua misericórdia, quis oferecer
um caminho de reconciliação, não a indivíduos isoladamente, mas a um povo, um
nós destinado a incluir toda a família humana, todos os povos” (cf. Ap 21, 3).
O tempo presente, porém, “mostra-nos que o nós querido por Deus está dilacerado
e dividido, ferido e desfigurado ... E o preço mais alto é pago por aqueles que
mais facilmente se podem tornar os outros: os estrangeiros, os migrantes, os
marginalizados, que habitam as periferias existenciais”. Por isso, o Papa apela
ao empenho “para que não existam mais muros que nos separam, nem existam mais
os outros, mas só um nós, do tamanho da humanidade inteira”. Se este apelo é
para todos, para os católicos “traduz-se num esforço por se configurarem cada
vez mais fielmente ao seu ser de católicos, tornando realidade aquilo que São
Paulo recomendava à comunidade de Éfeso: “Um só corpo e um só espírito, assim
como a vossa vocação vos chama a uma só esperança; um só Senhor, uma só fé, um
só batismo” (Ef 4, 4-5).
Com
a presença do Senhor e a força do Espírito, os cristãos devem tornar-se
“capazes de abraçar a todos para se fazer comunhão na diversidade, harmonizando
as diferenças sem nunca impor uma uniformidade que despersonaliza. No encontro
com a diversidade dos estrangeiros, dos migrantes, dos refugiados e no diálogo
intercultural que daí pode brotar, é-nos dada a oportunidade de crescer como
Igreja, enriquecer-nos mutuamente”. Numa Igreja cada vez mais inclusive, “todo
o batizado, onde quer que se encontre, é membro de pleno direito da comunidade
eclesial local e membro da única Igreja, habitante na única casa, componente da
única família”.
Nesta
maneira de ser e estar, “a Igreja é chamada a sair pelas estradas das
periferias existenciais para cuidar de quem está ferido e procurar quem anda
extraviado, sem preconceitos nem medo, sem proselitismo, mas pronta a ampliar a
sua tenda para acolher a todos. Entre os habitantes das periferias
existenciais, encontraremos muitos migrantes e refugiados, deslocados e vítimas
de tráfico humano, aos quais o Senhor deseja que seja manifestado o seu amor e
anunciada a sua salvação”.
Caminhando
juntos rumo a um 'nós' cada vez maior, construiremos “em conjunto o nosso
futuro de justiça e paz, tendo o cuidado de ninguém ficar excluído. O futuro
das nossas sociedades é um futuro «a cores», enriquecido pela diversidade e as
relações interculturais. Por isso, hoje, devemos aprender a viver, juntos, em
harmonia e paz. Encanta-me duma forma particular aquele quadro que descreve, no
dia do «batismo» da Igreja no Pentecostes, as pessoas de Jerusalém que escutam
o anúncio da salvação logo após a descida do Espírito Santo: «Partos, medos,
elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da
Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia cirenaica,
colonos de Roma, judeus e prosélitos, cretenses e árabes ouvimo-los anunciar,
nas nossas línguas, as maravilhas de Deus» (At 2, 9-11).
E
Francisco acentua que “para alcançar este ideal, devemos todos empenhar-nos por
derrubar os muros que nos separam e construir pontes que favoreçam a cultura do
encontro, cientes da profunda interconexão que existe entre nós. Nesta
perspetiva, as migrações contemporâneas oferecem-nos a oportunidade de superar
os nossos medos para nos deixarmos enriquecer pela diversidade do dom de cada
um. Então, se quisermos, poderemos transformar as fronteiras em lugares
privilegiados de encontro, onde possa florescer o milagre de um nós cada vez
maior”.
O
Senhor deu-nos dons e talentos e confiou em nós conservar e tornar ainda mais
bela a sua criação e, disso, o Senhor pedir-nos-á contas. “Mas, para assegurar
o justo cuidado à nossa Casa comum, devemos constituir-nos num nós cada vez
maior, cada vez mais corresponsável, na forte convicção de que todo o bem feito
ao mundo é feito às gerações presentes e futuras. Trata-se dum compromisso
pessoal e coletivo, que se ocupa de todos os irmãos e irmãs que continuarão a
sofrer enquanto procuramos realizar um desenvolvimento mais sustentável,
equilibrado e inclusivo. Um compromisso que não faz distinção entre autóctones
e estrangeiros, entre residentes e hóspedes, porque se trata dum tesouro comum,
de cujo cuidado e de cujos benefícios ninguém deve ficar excluído”.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 11-08-2021.
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