PARÓQUIAS DE NISA
Quinta, 19 de agosto de 2021
XX semana do tempo comum
LITURGIA
Quinta-feira
da semana XX
S. João Eudes, presbítero – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
L 1 Jz 11, 29-39a; Sal 39 (40), 5. 7-8a. 8b-9. 10-11ab
Ev Mt 22, 1-14
* Na Ordem Agostiniana – S. Ezequiel Moreno, bispo – FESTA
* Na Ordem Beneditina – B. Bernardo Ptolomeu, abade – MF; S. João Eudes – MF
* Na Ordem de Cister e na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – B.
Guerrico, abade – MO
* Na Ordem Franciscana – S. Luís de Tolosa, bispo, da I Ordem – MF
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Luís de Tolosa, bispo, da I Ordem
– MF
* Na Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor – S. João Eudes,
presbítero – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus – S. João Eudes, presbítero
– MO
* Na Ordem de Cister – I Vésperas de S. Bernardo.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo
83, 10-11
Senhor Deus, nosso protetor,
ponde os olhos no rosto do vosso Ungido.
Um dia em vossos átrios vale mais de mil longe de Vós.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de bondade infinita,
que preparastes bens invisíveis para aqueles que Vos amam,
infundi em nós o vosso amor,
para que, amando-Vos em tudo e acima de tudo,
alcancemos as vossas promessas, que excedem todo o desejo.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Jz 11, 29-39a
«A primeira pessoa que sair da porta da minha casa,
eu a oferecerei em holocausto ao Senhor»
Leitura do Livro
dos Juízes
Naqueles dias, o espírito do Senhor
veio sobre Jefté, que percorreu Galaad e Manassés, atravessou Mispá de Galaad e
dali passou ao território dos amonitas. Jefté fez este voto ao Senhor: «Se me
entregardes os amonitas nas minhas mãos e eu voltar em paz da campanha contra
eles, a primeira pessoa que sair da porta da minha casa, para vir ao meu
encontro, pertencerá ao Senhor, e eu a oferecerei em holocausto». Jefté passou
então ao território dos amonitas, para travar combate com eles, e o Senhor
entregou-os nas suas mãos. Desbaratou-os desde Aroer até perto de Minit,
tomando vinte cidades, e chegou até Abel-Queramin. Com esta enorme derrota, os
amonitas ficaram humilhados perante os filhos de Isarel. Quando Jefté voltava
para casa, em Mispá, sua filha saiu ao seu encontro, dançando ao som de
tamborins. Era filha única; além dela não tinha outros filhos ou filhas. Logo
que a viu, Jefté rasgou as vestes e disse: «Ai, minha filha, que me trazes
tanta angústia! És a causa da minha desgraça! Eu tomei um compromisso diante do
Senhor e não posso voltar atrás». Ela respondeu-lhe: «Meu pai, se te
comprometeste com o Senhor, trata-me segundo o compromisso que tomaste, uma vez
que o Senhor te concedeu a desforra contra os filhos de Amon, teus inimigos».
Depois disse ao pai: «Apenas te peço um favor: Deixa-me livre durante dois
meses, para eu ir pelos montes, com as minhas companheiras, e chorar por ter de
morrer virgem». O pai respondeu-lhe: «Então vai!». E deixou-a partir por dois
meses. Ela foi com as suas companheiras e andou a chorar pelos montes, por ter
de morrer virgem. Passados os dois meses, voltou para junto do pai e ele
cumpriu o voto que fizera.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 39 (40), 5.7-8a.8b-9.10-11ab (R. 8a e
9a)
Refrão: Eu venho, Senhor, para fazer a
vossa vontade. Repete-se
Feliz de quem pôs a sua confiança no Senhor
e não se voltou para os arrogantes.
Feliz de quem pôs a sua confiança no Senhor
e não se voltou para os que seguem a mentira. Refrão
Não Vos agradaram sacrifícios nem oblações,
mas abristes-me os ouvidos;
não pedistes holocaustos nem expiações,
então clamei: «Aqui estou». Refrão
«De mim está escrito no livro da Lei
que faça a vossa vontade.
Assim o quero, ó meu Deus,
a vossa lei está no meu coração». Refrão
Proclamei a justiça na grande assembleia,
não fechei os meus lábios, Senhor, bem o sabeis.
Não escondi a vossa justiça no fundo do coração,
proclamei a vossa fidelidade e salvação. Refrão
ALELUIA cf. Salmo 94 (95), 8ab
Refrão: Aleluia. Repete-se
Se hoje ouvirdes a voz do Senhor,
não fecheis os vossos corações. Refrão
EVANGELHO Mt 22, 1-14
«Convidai para as bodas todos os que encontrardes»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus dirigiu-Se de
novo aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo e, falando em
parábolas, disse-lhes: «O reino dos Céus pode comparar-se a um rei que preparou
um banquete nupcial para o seu filho. Mandou os servos chamar os convidados
para as bodas, mas eles não quiseram vir. Mandou ainda outros servos,
ordenando-lhes: ‘Dizei aos convidados: Preparei o meu banquete, os bois e
cevados foram abatidos, tudo está pronto. Vinde às bodas’. Mas eles, sem
fazerem caso, foram um para o seu campo e outro para o seu negócio; os outros
apoderaram-se dos servos, trataram-nos mal e mataram-nos. O rei ficou muito
indignado e enviou os seus exércitos, que acabaram com aqueles assassinos e incendiaram
a cidade. Disse então aos servos: ‘O banquete está pronto, mas os convidados
não eram dignos. Ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas
todos os que encontrardes’. Então os servos, saindo pelos caminhos, reuniram
todos os que encontraram, maus e bons. E a sala do banquete encheu-se de
convidados. O rei, quando entrou para ver os convidados, viu um homem que não
estava vestido com o traje nupcial e disse-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui sem
o traje nupcial?’. Mas ele ficou calado. O rei disse então aos servos:
‘Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o às trevas exteriores; aí haverá choro
e ranger de dentes’. Na verdade, muitos são os chamados, mas poucos os
escolhidos».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, o que trazemos ao vosso altar,
nesta admirável permuta de dons,
de modo que, oferecendo-Vos o que nos destes,
mereçamos receber-Vos a Vós mesmo.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 129, 7
No Senhor está a misericórdia,
no Senhor está a plenitude da redenção.
Ou Jo 6, 51-52
Eu sou o pão vivo descido do Céu, diz o Senhor.
Quem comer deste pão viverá eternamente.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que neste sacramento
nos fizestes participar mais intimamente no mistério de Cristo,
transformai-nos à sua imagem na terra
para merecermos ser associados à sua glória no Céu.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO
DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: Jz
11, 29-39a: Esta
narração, de carácter muito antigo, mostra uma determinada maneira de encarar
os conceitos religiosos em tempos ainda muito primitivos, mas que o Evangelho
viria a esclarecer e a espiritualizar. Deus nunca exigiu sacrifícios humanos,
que estiveram, no entanto, em uso entre os povos vizinhos do povo de Deus.
Mt
22, 1-14: As núpcias
são uma das imagens simbólicas para significar a união feliz de Deus com o seu
povo, sobretudo em Jesus Cristo, que é chamado o Esposo, bem como a Igreja é
chamada a Esposa. O convite para as bodas, e consequentemente o convite para
entrar na Igreja de Cristo, a sua Esposa, é dirigido a todos os homens. Esta
parábola mostra a generosidade de Deus que a todos convida, mas também a
necessidade de responder ao convite de Deus e de tomar parte no seu banquete.
AGENDA DO DIA:
10.30 horas: Funeral em
Arez
18.00 horas: Missa em
Nisa
21.00 horas: Adoração
ao Santíssimo em Nisa.
A VOZ DO PASTOR:
SEMANA
NACIONAL DO MIGRANTE E REFUGIADO
A
Igreja Católica em Portugal está a celebrar, de 8 a 15 de agosto, a 49ª Semana
Nacional de Migrações. A Peregrinação Internacional a Fátima, em 12 e 13, será
presidida pelo Cardeal Jean-Claude Hollerich, arcebispo do Luxemburgo e
presidente da Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia. No último
dia desta semana especial, em 15 de agosto, realiza-se também uma jornada de
solidariedade com a mobilidade humana. O tema da Semana é o da Mensagem do Papa
Francisco para o 107º Dia Mundial do Migrante e Refugiado a celebrar em 26 de
setembro: «Rumo a um ‘nós’ cada vez maior». Para que todos sintonizemos com a
efeméride e o seu tema, faço eco da referida Mensagem que lhe está subjacente.
Apoiando-se na Sagrada Escritura, Francisco recorda que “Deus criou-nos homem e
mulher, seres diferentes e complementares para formarem, juntos, um 'nós'
destinado a tornar-se cada vez maior com a multiplicação das gerações. Deus
criou-nos à sua imagem, à imagem do seu Ser Uno e Trino, comunhão na
diversidade”. Além disso, diz o Papa, “Deus, na sua misericórdia, quis oferecer
um caminho de reconciliação, não a indivíduos isoladamente, mas a um povo, um
nós destinado a incluir toda a família humana, todos os povos” (cf. Ap 21, 3).
O tempo presente, porém, “mostra-nos que o nós querido por Deus está dilacerado
e dividido, ferido e desfigurado ... E o preço mais alto é pago por aqueles que
mais facilmente se podem tornar os outros: os estrangeiros, os migrantes, os
marginalizados, que habitam as periferias existenciais”. Por isso, o Papa apela
ao empenho “para que não existam mais muros que nos separam, nem existam mais
os outros, mas só um nós, do tamanho da humanidade inteira”. Se este apelo é
para todos, para os católicos “traduz-se num esforço por se configurarem cada vez
mais fielmente ao seu ser de católicos, tornando realidade aquilo que São Paulo
recomendava à comunidade de Éfeso: “Um só corpo e um só espírito, assim como a
vossa vocação vos chama a uma só esperança; um só Senhor, uma só fé, um só
batismo” (Ef 4, 4-5).
Com
a presença do Senhor e a força do Espírito, os cristãos devem tornar-se
“capazes de abraçar a todos para se fazer comunhão na diversidade, harmonizando
as diferenças sem nunca impor uma uniformidade que despersonaliza. No encontro
com a diversidade dos estrangeiros, dos migrantes, dos refugiados e no diálogo
intercultural que daí pode brotar, é-nos dada a oportunidade de crescer como
Igreja, enriquecer-nos mutuamente”. Numa Igreja cada vez mais inclusive, “todo
o batizado, onde quer que se encontre, é membro de pleno direito da comunidade
eclesial local e membro da única Igreja, habitante na única casa, componente da
única família”.
Nesta
maneira de ser e estar, “a Igreja é chamada a sair pelas estradas das
periferias existenciais para cuidar de quem está ferido e procurar quem anda
extraviado, sem preconceitos nem medo, sem proselitismo, mas pronta a ampliar a
sua tenda para acolher a todos. Entre os habitantes das periferias
existenciais, encontraremos muitos migrantes e refugiados, deslocados e vítimas
de tráfico humano, aos quais o Senhor deseja que seja manifestado o seu amor e
anunciada a sua salvação”.
Caminhando
juntos rumo a um 'nós' cada vez maior, construiremos “em conjunto o nosso
futuro de justiça e paz, tendo o cuidado de ninguém ficar excluído. O futuro
das nossas sociedades é um futuro «a cores», enriquecido pela diversidade e as
relações interculturais. Por isso, hoje, devemos aprender a viver, juntos, em
harmonia e paz. Encanta-me duma forma particular aquele quadro que descreve, no
dia do «batismo» da Igreja no Pentecostes, as pessoas de Jerusalém que escutam
o anúncio da salvação logo após a descida do Espírito Santo: «Partos, medos,
elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da
Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia cirenaica,
colonos de Roma, judeus e prosélitos, cretenses e árabes ouvimo-los anunciar,
nas nossas línguas, as maravilhas de Deus» (At 2, 9-11).
E
Francisco acentua que “para alcançar este ideal, devemos todos empenhar-nos por
derrubar os muros que nos separam e construir pontes que favoreçam a cultura do
encontro, cientes da profunda interconexão que existe entre nós. Nesta
perspetiva, as migrações contemporâneas oferecem-nos a oportunidade de superar
os nossos medos para nos deixarmos enriquecer pela diversidade do dom de cada
um. Então, se quisermos, poderemos transformar as fronteiras em lugares
privilegiados de encontro, onde possa florescer o milagre de um nós cada vez
maior”.
O
Senhor deu-nos dons e talentos e confiou em nós conservar e tornar ainda mais
bela a sua criação e, disso, o Senhor pedir-nos-á contas. “Mas, para assegurar
o justo cuidado à nossa Casa comum, devemos constituir-nos num nós cada vez
maior, cada vez mais corresponsável, na forte convicção de que todo o bem feito
ao mundo é feito às gerações presentes e futuras. Trata-se dum compromisso
pessoal e coletivo, que se ocupa de todos os irmãos e irmãs que continuarão a
sofrer enquanto procuramos realizar um desenvolvimento mais sustentável, equilibrado
e inclusivo. Um compromisso que não faz distinção entre autóctones e
estrangeiros, entre residentes e hóspedes, porque se trata dum tesouro comum,
de cujo cuidado e de cujos benefícios ninguém deve ficar excluído”.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 11-08-2021.
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