PARÓQUIAS DE NISA
Quarta, 18 de agosto de 2021
Quarta-feira da XX semana do tempo comum
LITURGIA
Quarta-feira
da semana XX
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).
L 1 Jz 9, 6-15; Sal 20 (21), 2-3. 4-5. 6-7
Ev Mt 20, 1-16a
* Na Ordem dos Carmelitas Descalços – Bb. João Batista Duverneuil, Miguel Luís
Brulard e Tiago Gagnot, presbíteros e companheiros, mártires – MF
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – Bb. João Luís Loir, Protásio Bourdon
e Sebastião François, presbíteros e mártires, da I Ordem – MF
* Na Ordem de São Domingos – B. Manés, presbítero – MF
* Na Companhia de Jesus – S. Alberto Hurtado Cruchaga, presbítero – MF
* Na Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor – I Vésp. de S.
João Eudes.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo
83, 10-11
Senhor Deus, nosso protetor,
ponde os olhos no rosto do vosso Ungido.
Um dia em vossos átrios vale mais de mil longe de Vós.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de bondade infinita,
que preparastes bens invisíveis para aqueles que Vos amam,
infundi em nós o vosso amor,
para que, amando-Vos em tudo e acima de tudo,
alcancemos as vossas promessas, que excedem todo o desejo.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Jz 9, 6-15
«Vós dissestes ‘Um rei nos governará’;
e o Senhor vosso Deus era o vosso rei (1 Sam 12, 12)»
Leitura do Livro
dos Juízes
Naqueles dias, todos os chefes de
Siquém e todo o Bet-Milo se reuniram junto do carvalho da estela que está em
Siquém e proclamaram rei Abimelec. Quando deram a notícia a Joatão, ele foi
colocar-se no cimo do monte Garizim e levantou a voz, dizendo: «Escutai-me,
chefes de Siquém e Deus também vos escutará. Certo dia, as árvores resolveram
escolher um rei. Disseram à oliveira: ‘Reina sobre nós’. A oliveira
respondeu-lhes: ‘Terei de renunciar ao meu azeite, que dá honra aos deuses e
aos homens, para me baloiçar por cima das árvores?’. Então as árvores disseram
à figueira: ‘Vem tu reinar sobre nós’. Mas a figueira respondeu-lhes: ‘Terei de
renunciar à doçura do meu saboroso fruto, para ir baloiçar-me por cima das
árvores?’. E as árvores disseram à videira: ‘Vem tu reinar sobre nós’. Mas a
videira respondeu-lhes: ‘Terei de renunciar ao meu vinho novo, que alegra os
deuses e os homens, para ir baloiçar-me por cima das árvores?’. Então todas as
árvores disseram ao espinheiro: ‘Vem tu reinar sobre nós’. E o espinheiro
respondeu às árvores: ‘Se é de boa fé que me quereis ungir como vosso rei,
vinde acolher-vos à minha sombra. Se não, sairá fogo do espinheiro e devorará
os cedros do Líbano’».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 20 (21), 2-3.4-5.6-7 (R. cf. 2a)
Refrão: O vosso triunfo, Senhor, é a
alegria do rei. Repete-se
Senhor, o rei alegra-se com o vosso poder
e exulta de contente com o vosso auxílio.
Satisfizestes os anseios do seu coração,
não rejeitastes o pedido de seus lábios. Refrão
Vós o cumulastes de bênçãos preciosas,
cingistes sua fronte com uma coroa de ouro fino.
Pediu-vos a vida e Vós lha concedestes,
uma vida longa para muitos anos. Refrão
Graças à vossa proteção, é grande a sua glória,
Vós o revestistes de esplendor e majestade.
Para sempre o abençoastes
e enchestes de alegria na vossa presença. Refrão
ALELUIA Hebr 4, 12
Refrão: Aleluia Repete-se
A palavra de Deus é viva e eficaz,
conhece os pensamentos e intenções do coração. Refrão
EVANGELHO Mt 20, 1-16a
«Serão maus os teus olhos porque eu sou bom?»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos
a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a um proprietário, que
saiu muito cedo a contratar trabalhadores para a sua vinha. Ajustou com eles um
denário por dia e mandou-os para a sua vinha. Saiu a meia manhã, viu outros que
estavam na praça ociosos e disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha e
dar-vos-ei o que for justo’. E eles foram. Voltou a sair, por volta do meio-dia
e pelas três horas da tarde, e fez o mesmo. Saindo ao cair da tarde, encontrou
ainda outros que estavam parados e disse-lhes: ‘Porque ficais aqui todo o dia
sem trabalhar?’. Eles responderam-lhe: ‘Ninguém nos contratou’. Ele disse-lhes:
‘Ide vós também para a minha vinha’. Ao anoitecer, o dono da vinha disse ao
capataz: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, a começar pelos últimos
e a acabar nos primeiros’. Vieram os do entardecer e receberam um denário cada
um. Quando vieram os primeiros, julgaram que iam receber mais, mas receberam
também um denário cada um. Depois de o terem recebido, começaram a murmurar
contra o proprietário, dizendo: ‘Estes últimos trabalharam só uma hora e
deste-lhes a mesma paga que a nós, que suportámos o peso do dia e o calor’. Mas
o proprietário respondeu a um deles: ‘Amigo, em nada te prejudico. Não foi um
denário que ajustaste comigo? Leva o que é teu e segue o teu caminho. Eu quero
dar a este último tanto como a ti. Não me será permitido fazer o que quero do
que é meu? Ou serão maus os teus olhos porque eu sou bom?’. Assim, os últimos
serão os primeiros e os primeiros serão os últimos».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, o que trazemos ao vosso altar,
nesta admirável permuta de dons,
de modo que, oferecendo-Vos o que nos destes,
mereçamos receber-Vos a Vós mesmo.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 129, 7
No Senhor está a misericórdia,
no Senhor está a plenitude da redenção.
Ou Jo 6, 51-52
Eu sou o pão vivo descido do Céu, diz o Senhor.
Quem comer deste pão viverá eternamente.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que neste sacramento
nos fizestes participar mais intimamente no mistério de Cristo,
transformai-nos à sua imagem na terra
para merecermos ser associados à sua glória no Céu.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO
DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: Jz 9, 6-15 :Esta
fábula, que apresenta aqui as árvores a falar, chama-se um apólogo, e é raro na
Bíblia, embora frequente noutros países antigos. Aqui vem a propósito num
momento de sucessão difícil, talvez mesmo a prevenir contra o regime da
realeza, concretamente neste momento da história de Israel.
Mt 20, 1-16a : Nesta
parábola, Jesus quer fazer-nos compreender que a bondade de Deus ultrapassa
muito os critérios humanos. Os trabalhadores da última hora receberam tanto
como os da primeira. Estes, porém, não foram tratados com injustiça: receberam
o que tinha sido ajustado. Mas a parábola tem certamente alcance mais vasto: a
Igreja dos pagãos, chegados no fim dos judeus, e que foram igualmente acolhidos
por misericórdia!
AGENDA DO DIA:
17.00 horas: Missa em
Gáfete
18.00 horas: Missa em
Nisa
18.00 horas: Missa em Tolosa.
A VOZ DO PASTOR:
SEMANA
NACIONAL DO MIGRANTE E REFUGIADO
A
Igreja Católica em Portugal está a celebrar, de 8 a 15 de agosto, a 49ª Semana Nacional
de Migrações. A Peregrinação Internacional a Fátima, em 12 e 13, será presidida
pelo Cardeal Jean-Claude Hollerich, arcebispo do Luxemburgo e presidente da
Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia. No último dia desta
semana especial, em 15 de agosto, realiza-se também uma jornada de
solidariedade com a mobilidade humana. O tema da Semana é o da Mensagem do Papa
Francisco para o 107º Dia Mundial do Migrante e Refugiado a celebrar em 26 de
setembro: «Rumo a um ‘nós’ cada vez maior». Para que todos sintonizemos com a
efeméride e o seu tema, faço eco da referida Mensagem que lhe está subjacente.
Apoiando-se na Sagrada Escritura, Francisco recorda que “Deus criou-nos homem e
mulher, seres diferentes e complementares para formarem, juntos, um 'nós'
destinado a tornar-se cada vez maior com a multiplicação das gerações. Deus
criou-nos à sua imagem, à imagem do seu Ser Uno e Trino, comunhão na
diversidade”. Além disso, diz o Papa, “Deus, na sua misericórdia, quis oferecer
um caminho de reconciliação, não a indivíduos isoladamente, mas a um povo, um
nós destinado a incluir toda a família humana, todos os povos” (cf. Ap 21, 3).
O tempo presente, porém, “mostra-nos que o nós querido por Deus está dilacerado
e dividido, ferido e desfigurado ... E o preço mais alto é pago por aqueles que
mais facilmente se podem tornar os outros: os estrangeiros, os migrantes, os
marginalizados, que habitam as periferias existenciais”. Por isso, o Papa apela
ao empenho “para que não existam mais muros que nos separam, nem existam mais
os outros, mas só um nós, do tamanho da humanidade inteira”. Se este apelo é
para todos, para os católicos “traduz-se num esforço por se configurarem cada
vez mais fielmente ao seu ser de católicos, tornando realidade aquilo que São
Paulo recomendava à comunidade de Éfeso: “Um só corpo e um só espírito, assim
como a vossa vocação vos chama a uma só esperança; um só Senhor, uma só fé, um
só batismo” (Ef 4, 4-5).
Com
a presença do Senhor e a força do Espírito, os cristãos devem tornar-se “capazes
de abraçar a todos para se fazer comunhão na diversidade, harmonizando as
diferenças sem nunca impor uma uniformidade que despersonaliza. No encontro com
a diversidade dos estrangeiros, dos migrantes, dos refugiados e no diálogo
intercultural que daí pode brotar, é-nos dada a oportunidade de crescer como
Igreja, enriquecer-nos mutuamente”. Numa Igreja cada vez mais inclusive, “todo
o batizado, onde quer que se encontre, é membro de pleno direito da comunidade
eclesial local e membro da única Igreja, habitante na única casa, componente da
única família”.
Nesta
maneira de ser e estar, “a Igreja é chamada a sair pelas estradas das
periferias existenciais para cuidar de quem está ferido e procurar quem anda
extraviado, sem preconceitos nem medo, sem proselitismo, mas pronta a ampliar a
sua tenda para acolher a todos. Entre os habitantes das periferias
existenciais, encontraremos muitos migrantes e refugiados, deslocados e vítimas
de tráfico humano, aos quais o Senhor deseja que seja manifestado o seu amor e
anunciada a sua salvação”.
Caminhando
juntos rumo a um 'nós' cada vez maior, construiremos “em conjunto o nosso
futuro de justiça e paz, tendo o cuidado de ninguém ficar excluído. O futuro
das nossas sociedades é um futuro «a cores», enriquecido pela diversidade e as
relações interculturais. Por isso, hoje, devemos aprender a viver, juntos, em
harmonia e paz. Encanta-me duma forma particular aquele quadro que descreve, no
dia do «batismo» da Igreja no Pentecostes, as pessoas de Jerusalém que escutam
o anúncio da salvação logo após a descida do Espírito Santo: «Partos, medos,
elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da
Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia cirenaica,
colonos de Roma, judeus e prosélitos, cretenses e árabes ouvimo-los anunciar,
nas nossas línguas, as maravilhas de Deus» (At 2, 9-11).
E
Francisco acentua que “para alcançar este ideal, devemos todos empenhar-nos por
derrubar os muros que nos separam e construir pontes que favoreçam a cultura do
encontro, cientes da profunda interconexão que existe entre nós. Nesta
perspetiva, as migrações contemporâneas oferecem-nos a oportunidade de superar
os nossos medos para nos deixarmos enriquecer pela diversidade do dom de cada
um. Então, se quisermos, poderemos transformar as fronteiras em lugares
privilegiados de encontro, onde possa florescer o milagre de um nós cada vez
maior”.
O
Senhor deu-nos dons e talentos e confiou em nós conservar e tornar ainda mais
bela a sua criação e, disso, o Senhor pedir-nos-á contas. “Mas, para assegurar
o justo cuidado à nossa Casa comum, devemos constituir-nos num nós cada vez
maior, cada vez mais corresponsável, na forte convicção de que todo o bem feito
ao mundo é feito às gerações presentes e futuras. Trata-se dum compromisso
pessoal e coletivo, que se ocupa de todos os irmãos e irmãs que continuarão a
sofrer enquanto procuramos realizar um desenvolvimento mais sustentável,
equilibrado e inclusivo. Um compromisso que não faz distinção entre autóctones
e estrangeiros, entre residentes e hóspedes, porque se trata dum tesouro comum,
de cujo cuidado e de cujos benefícios ninguém deve ficar excluído”.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo Branco, 11-08-2021.
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