PARÓQUIAS DE NISA
Sexta, 20 de agosto de 2021
Sexta-feira da XX semana do tempo comum
LITURGIA
Sexta-feira
da semana XX
S. Bernardo, abade e doutor da
Igreja – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 Rut 1, 1-2a. 3-6. 14b-16. 22; Sal 145 (146), 5-6ab. 7. 8. 9. 10
Ev Mt 22, 34-40
* Ordem de Cister e na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – S. Bernardo,
abade e doutor da Igreja – SOLENIDADE e FESTA
* Nas Congregações e Institutos da Família Paulista – Aniversário da fundação
da Pia Sociedade de S. Paulo (1914).
S. BERNARDO, abade e
doutor da Igreja
Nota
Histórica
Nasceu no ano 1090 perto de Dijon (França) e recebeu uma piedosa
educação. Admitido, no ano 1111, entre os Monges Cistercienses, foi eleito,
pouco tempo depois, abade do mosteiro de Claraval. Com a sua atividade e
exemplo exerceu uma notável influência na formação espiritual dos seus irmãos
religiosos. Por causa dos cismas que ameaçavam a Igreja, percorreu a Europa
para restabelecer a paz e a unidade. Escreveu muitas obras de teologia e
ascética. Morreu em 1153.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo
91, 13-14
O justo florescerá como a palmeira,
crescerá como o cedro do Líbano:
plantado na casa do Senhor,
florescerá nos átrios do nosso Deus.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que fizestes de São Bernardo, abade, inflamado no zelo da vossa
casa, uma luz que na vossa Igreja arde e ilumina, concedei-nos, por sua
intercessão, o mesmo fervor de espírito para vivermos sempre como filhos da
luz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade
do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Rute 1, 1-2a.3-6.14b-16.22
«Noémi regressou dos campos de Moab, com Rute,a moabita,
e chegou a Belém»
Início do Livro
de Rute
No tempo em que os juízes governavam,
houve uma fome no país. Certo homem deixou Belém de Judá e emigrou para os
campos de Moab, com a mulher e dois filhos. Ele chamava-se Elimelec e a mulher
Noémi. Elimelec, marido de Noémi, faleceu e ela ficou só com os seus dois
filhos. Ambos casaram com esposas moabitas, uma chamada Orpa e a outra Rute.
Permaneceram lá cerca de dez anos. Entretanto os filhos também morreram e Noémi
ficou só, sem os dois filhos e sem o marido. Resolveu então voltar dos campos
de Moab, juntamente com as noras, por ter sabido, nos campos de Moab, que o
Senhor tinha abençoado o seu povo, dando-lhe pão. Orpa despediu-se da sogra e
voltou para o seu povo; mas Rute ficou com Noémi. Disse-lhe Noémi: «Olha que a
tua cunhada voltou para o seu povo e para o seu deus. Vai também com ela». Rute
respondeu-lhe: «Não insistas comigo, para que te deixe e me afaste de ti, pois irei
para onde fores e viverei onde viveres. O teu povo será o meu povo e o teu Deus
será o meu Deus». Foi assim que Noémi regressou dos campos de Moab, trazendo
consigo sua nora Rute, a moabita. Chegaram a Belém no início da ceifa da
cevada.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 145 (146), 5-6ab.7.8.9.10 (R. 1)
Refrão: Ó minha alma, louva o Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Feliz o que tem por auxílio o Deus de Jacob,
o que põe a sua confiança no Senhor, seu Deus,
que fez o céu e a terra, o mar e quanto neles existe. Refrão
O Senhor faz justiça aos oprimidos,
dá pão aos que têm fome
e a liberdade aos cativos. Refrão
O Senhor ilumina os olhos dos cegos,
o Senhor levanta os abatidos,
o Senhor ama os justos. Refrão
O Senhor protege os peregrinos,
ampara o órfão e a viúva
e entrava o caminho aos pecadores. Refrão
O Senhor reina eternamente;
o teu Deus, ó Sião,
é rei por todas as gerações. Refrão
ALELUIA Salmo 24 (25), 4b.5a
Refrão: Aleluia. Repete-se
Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos,
guiai-me na vossa verdade. Refrão
EVANGELHO Mt 22, 34-40
«Amarás o Senhor teu Deus e o próximo como a ti mesmo»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, os fariseus, ouvindo dizer que
Jesus tinha feito calar os saduceus, reuniram-se em grupo, e um doutor da Lei
perguntou a Jesus, para O experimentar: «Mestre, qual é o maior mandamento da
Lei?». Jesus respondeu: «‘Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com
toda a tua alma e com todo o teu espírito’. Este é o maior e o primeiro
mandamento. O segundo, porém, é semelhante a este: ‘Amarás o teu próximo como a
ti mesmo’. Nestes dois mandamentos se resumem toda a Lei e os Profetas».
Palavra da salvação
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Nós Vos oferecemos, Senhor, o sacramento da unidade e da paz, ao celebrarmos a
memória de São Bernardo, que, ilustre em palavras e obras, trabalhou
incansavelmente pela concórdia na vossa Igreja. Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 33, 9
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que este alimento celeste produza em nós o seu fruto, para que,
animados com o exemplo de São Bernardo e instruídos com a sua doutrina, nos
dediquemos de todo o coração ao amor do Verbo Encarnado. Ele que é Deus
convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO
DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: Rute
1, 1-2a.3-6.14b-16.22: Rute, estrangeira ao povo de Deus por sua origem, nele
entrou pelo casamento com um filho de israelitas enviuvou, mas, depois de
enviuvar, não quis voltar para o seu povo de origem, os moabitas, como podia
ter feito, mas preferiu voltar com a sogra para a terra desta, Belém. Aí casou
de novo com outro israelita, Booz, e assim veio a tornar-se uma das ascendentes
do rei David, e, por este, do Messias.
Mt 22, 34-40:
Não deixa de ser muito impressionante que toda a Lei de Deus se venha a resumir
no amor a Deus e ao próximo, realizando assim a aliança mais perfeita que
jamais existiu, e que é afinal todo o desígnio de Deus sobre o mundo: uma
Aliança de amor perfeita e eterna.
AGENDA DO DIA:
10.00 horas: Funeral em
Gáfete
18.00 horas: Missa em
Nisa
18.00 horas: Missa em Alpalhão.
A VOZ DO PASTOR:
SEMANA
NACIONAL DO MIGRANTE E REFUGIADO
A
Igreja Católica em Portugal está a celebrar, de 8 a 15 de agosto, a 49ª Semana
Nacional de Migrações. A Peregrinação Internacional a Fátima, em 12 e 13, será
presidida pelo Cardeal Jean-Claude Hollerich, arcebispo do Luxemburgo e
presidente da Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia. No último
dia desta semana especial, em 15 de agosto, realiza-se também uma jornada de
solidariedade com a mobilidade humana. O tema da Semana é o da Mensagem do Papa
Francisco para o 107º Dia Mundial do Migrante e Refugiado a celebrar em 26 de
setembro: «Rumo a um ‘nós’ cada vez maior». Para que todos sintonizemos com a
efeméride e o seu tema, faço eco da referida Mensagem que lhe está subjacente.
Apoiando-se na Sagrada Escritura, Francisco recorda que “Deus criou-nos homem e
mulher, seres diferentes e complementares para formarem, juntos, um 'nós'
destinado a tornar-se cada vez maior com a multiplicação das gerações. Deus
criou-nos à sua imagem, à imagem do seu Ser Uno e Trino, comunhão na
diversidade”. Além disso, diz o Papa, “Deus, na sua misericórdia, quis oferecer
um caminho de reconciliação, não a indivíduos isoladamente, mas a um povo, um
nós destinado a incluir toda a família humana, todos os povos” (cf. Ap 21, 3).
O tempo presente, porém, “mostra-nos que o nós querido por Deus está dilacerado
e dividido, ferido e desfigurado ... E o preço mais alto é pago por aqueles que
mais facilmente se podem tornar os outros: os estrangeiros, os migrantes, os
marginalizados, que habitam as periferias existenciais”. Por isso, o Papa apela
ao empenho “para que não existam mais muros que nos separam, nem existam mais
os outros, mas só um nós, do tamanho da humanidade inteira”. Se este apelo é
para todos, para os católicos “traduz-se num esforço por se configurarem cada vez
mais fielmente ao seu ser de católicos, tornando realidade aquilo que São Paulo
recomendava à comunidade de Éfeso: “Um só corpo e um só espírito, assim como a
vossa vocação vos chama a uma só esperança; um só Senhor, uma só fé, um só
batismo” (Ef 4, 4-5).
Com
a presença do Senhor e a força do Espírito, os cristãos devem tornar-se
“capazes de abraçar a todos para se fazer comunhão na diversidade, harmonizando
as diferenças sem nunca impor uma uniformidade que despersonaliza. No encontro
com a diversidade dos estrangeiros, dos migrantes, dos refugiados e no diálogo
intercultural que daí pode brotar, é-nos dada a oportunidade de crescer como
Igreja, enriquecer-nos mutuamente”. Numa Igreja cada vez mais inclusive, “todo
o batizado, onde quer que se encontre, é membro de pleno direito da comunidade
eclesial local e membro da única Igreja, habitante na única casa, componente da
única família”.
Nesta
maneira de ser e estar, “a Igreja é chamada a sair pelas estradas das
periferias existenciais para cuidar de quem está ferido e procurar quem anda
extraviado, sem preconceitos nem medo, sem proselitismo, mas pronta a ampliar a
sua tenda para acolher a todos. Entre os habitantes das periferias
existenciais, encontraremos muitos migrantes e refugiados, deslocados e vítimas
de tráfico humano, aos quais o Senhor deseja que seja manifestado o seu amor e
anunciada a sua salvação”.
Caminhando
juntos rumo a um 'nós' cada vez maior, construiremos “em conjunto o nosso
futuro de justiça e paz, tendo o cuidado de ninguém ficar excluído. O futuro
das nossas sociedades é um futuro «a cores», enriquecido pela diversidade e as
relações interculturais. Por isso, hoje, devemos aprender a viver, juntos, em
harmonia e paz. Encanta-me duma forma particular aquele quadro que descreve, no
dia do «batismo» da Igreja no Pentecostes, as pessoas de Jerusalém que escutam
o anúncio da salvação logo após a descida do Espírito Santo: «Partos, medos,
elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da
Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia cirenaica,
colonos de Roma, judeus e prosélitos, cretenses e árabes ouvimo-los anunciar,
nas nossas línguas, as maravilhas de Deus» (At 2, 9-11).
E
Francisco acentua que “para alcançar este ideal, devemos todos empenhar-nos por
derrubar os muros que nos separam e construir pontes que favoreçam a cultura do
encontro, cientes da profunda interconexão que existe entre nós. Nesta
perspetiva, as migrações contemporâneas oferecem-nos a oportunidade de superar
os nossos medos para nos deixarmos enriquecer pela diversidade do dom de cada
um. Então, se quisermos, poderemos transformar as fronteiras em lugares
privilegiados de encontro, onde possa florescer o milagre de um nós cada vez
maior”.
O
Senhor deu-nos dons e talentos e confiou em nós conservar e tornar ainda mais
bela a sua criação e, disso, o Senhor pedir-nos-á contas. “Mas, para assegurar
o justo cuidado à nossa Casa comum, devemos constituir-nos num nós cada vez
maior, cada vez mais corresponsável, na forte convicção de que todo o bem feito
ao mundo é feito às gerações presentes e futuras. Trata-se dum compromisso
pessoal e coletivo, que se ocupa de todos os irmãos e irmãs que continuarão a
sofrer enquanto procuramos realizar um desenvolvimento mais sustentável, equilibrado
e inclusivo. Um compromisso que não faz distinção entre autóctones e
estrangeiros, entre residentes e hóspedes, porque se trata dum tesouro comum,
de cujo cuidado e de cujos benefícios ninguém deve ficar excluído”.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 11-08-2021.
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