sábado, 28 de agosto de 2021

 



 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Domingo, 29 de agosto de 2021

 

XXII domingo do tempo comum

 

 

 

LITURGIA

 

 

DOMINGO XXII DO TEMPO COMUM

Verde – Ofício do domingo (Semana II do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.

L 1 Deut 4, 1-2. 6-8; Sal 14 (15), 2-3a. 3cd-4ab. 4c-5
L2 Tg 1, 17-18. 21b-22. 27
Ev Mc 7, 1-8.
14-15. 21-23

* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Na Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição – Aniversário da renovação da Congregação (1909).
* Na Congregação das Irmãzinhas dos Pobres – I Vésp. de S. Joana Jugan.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.

MISSA

 ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 85, 3.5
Tende compaixão de mim, Senhor,
que a Vós clamo o dia inteiro.
Vós, Senhor, sois bom e indulgente,
cheio de misericórdia para aqueles que Vos invocam.

ORAÇÃO COLECTA
Deus do universo, de quem procede todo o dom perfeito,
infundi em nossos corações o amor do vosso nome
e, estreitando a nossa união convosco,
dai vida ao que em nós é bom
e protegei com solicitude esta vida nova.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I Deut 4, 1-2.6-8
«Não acrescentareis nada ao que vos ordeno...
mas guardareis os mandamentos do Senhor»


Leitura do Livro do Deuteronómio

Moisés falou ao povo, dizendo: «Agora escuta, Israel, as leis e os preceitos que vos dou a conhecer e ponde-os em prática, para que vivais e entreis na posse da terra que vos dá o Senhor, Deus de vossos pais. Não acrescentareis nada ao que vos ordeno, nem suprimireis coisa alguma, mas guardareis os mandamentos do Senhor vosso Deus, tal como eu vo-los prescrevo. Observai-os e ponde-os em prática: eles serão a vossa sabedoria e a vossa prudência aos olhos dos povos, que, ao ouvirem falar de todas estas leis, dirão: ‘Que povo tão sábio e tão prudente é esta grande nação!’. Qual é, na verdade, a grande nação que tem a divindade tão perto de si como está perto de nós o Senhor, nosso Deus, sempre que O invocamos? E qual é a grande nação que tem mandamentos e decretos tão justos como esta lei que hoje vos apresento?».

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL
Salmo 14 (15), 2-3a.3cd-4ab.5 (R. 1a)
Refrão: Quem habitará, Senhor, no vosso santuário? Repete-se
Ou: Ensinai-nos, Senhor: quem habitará em vossa casa? Repete-se

O que vive sem mancha e pratica a justiça
e diz a verdade que tem no seu coração
e guarda a sua língua da calúnia. Refrão

O que não faz mal ao seu próximo,
nem ultraja o seu semelhante;
o que tem por desprezível o ímpio,
mas estima os que temem o Senhor. Refrão

O que não falta ao juramento,
mesmo em seu prejuízo,
e não empresta dinheiro com usura,
nem aceita presentes para condenar o inocente.
Quem assim proceder jamais será abalado. Refrão


LEITURA II Tg 1, 17-18.21b-22.27
«Sede cumpridores da palavra»


Leitura da Epístola de São Tiago

Caríssimos irmãos: Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vêm do alto, descem do Pai das luzes, no qual não há variação nem sombra de mudança. Foi Ele que nos gerou pela palavra da verdade, para sermos como primícias das suas criaturas. Acolhei docilmente a palavra em vós plantada, que pode salvar as vossas almas. Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes, pois seria enganar-vos a vós mesmos. A religião pura e sem mancha, aos olhos de Deus, nosso Pai, consiste em visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e conservar-se limpo do contágio do mundo.

Palavra do Senhor.

ALELUIA Tg 1, 18
Refrão: Aleluia. Repete-se
Deus Pai nos gerou pela palavra da verdade,
para sermos como primícias das suas criaturas. Refrão


EVANGELHO Mc 7, 1-8.14-15.21-23
«Deixais o mandamento de Deus
para vos prenderdes à tradição dos homens»

e vida, e não apenas letra, que, por si só, pode matar.

 Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Marcos

Naquele tempo, reuniu-se à volta de Jesus um grupo de fariseus e alguns escribas que tinham vindo de Jerusalém. Viram que alguns dos discípulos de Jesus comiam com as mãos impuras, isto é, sem as lavar. – Na verdade, os fariseus e os judeus em geral não comem sem ter lavado cuidadosamente as mãos, conforme a tradição dos antigos. Ao voltarem da praça pública, não comem sem antes se terem lavado. E seguem muitos outros costumes a que se prenderam por tradição, como lavar os copos, os jarros e as vasilhas de cobre –. Os fariseus e os escribas perguntaram a Jesus: «Porque não seguem os teus discípulos a tradição dos antigos, e comem sem lavar as mãos?». Jesus respondeu-lhes: «Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim. É vão o culto que Me prestam, e as doutrinas que ensinam não passam de preceitos humanos’. Vós deixais de lado o mandamento de Deus, para vos prenderdes à tradição dos homens». Depois, Jesus chamou de novo a Si a multidão e começou a dizer-lhe: «Escutai-Me e procurai compreender. Não há nada fora do homem que ao entrar nele o possa tornar impuro. O que sai do homem é que o torna impuro; porque do interior do homem é que saem as más intenções: imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, cobiças, injustiças, fraudes, devassidão, inveja, difamação, orgulho, insensatez. Todos estes vícios saem do interior do homem e são eles que o tornam impuro».

 Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, a oferta que Vos apresentamos
e realizai em nós, com o poder da vossa graça,
a redenção que celebramos nestes mistérios.
Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 30, 20
Como é grande, Senhor,
a vossa bondade para aqueles que Vos servem!


Ou
Mt 5, 9-10
Bem-aventurados os pacíficos,
porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por amor da justiça,
porque deles é o reino dos céus.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão da mesa celeste,
fazei que esta fonte de caridade
fortaleça os nossos corações
e nos leve a servir-Vos nos nossos irmãos.
Por Nosso Senhor.

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS:  Deut 4, 1-2.6-8: Já à vista da Terra Prometida, Moisés recorda ao Povo de Israel a conveniência em observar a Lei de Deus, a sua perfeição e superioridade em comparação com as leis dos outros povos. A lei de Deus é a única luz que ensina aos homens o caminho da vida autêntica e verdadeiramente feliz. Mas essa lei procura antes de mais educar o coração do homem.

Tg 1, 17-18.21b-22.27: Começamos hoje a ler, e leremos ainda durante mais alguns domingos, a Epístola de S. Tiago. A passagem que hoje escutamos diz-nos que tudo o que há de bom vem de Deus, e Deus tudo criou pela sua palavra. Esta palavra continua a fazer ouvir-se no mundo e como que lançou em nós as suas raízes. Por isso, a nossa vida cristã consistirá em fazer que essa palavra desabroche em nós, dando muito fruto.

Mc 7, 1-8.14-15.21-23: A palavra de Deus pode vir a ser adulterada pelas palavras dos homens, mesmo quando pretendem explicar e aplicar a palavra de Deus. O Senhor adverte-nos para que saibamos ler a palavra de Deus à luz do Espírito de Deus, que a inspirou, e não com a visão estreita e acanhada, e, por vezes, interesseira, do nosso espírito, demasiado humano e limitado. A palavra de Deus é espírito e vida, e não apenas letra, que, por si só, pode matar.


AGENDA DO DIA:

09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo.

10.00 horas: Missa em Arez

10.45 horas: Missa em Tolosa

11.00 horas: Missa em Nisa

12.00 horas: Missa em Alpalhão.

12.00 horas: Missa em Gáfete

15.30 horas: Celebração da Palavra em Montalvão

15.30 horas: Missa no Cacheiro

15.30 horas: Missa no Arneiro

17.15 horas: Funeral em Tolosa.

 

 

A VOZ DO PASTOR:

 

 

 

O 1.º DE SETEMBRO E A PEGADA ECOLÓGICA

 

Vivemos um tempo de grande apreço pelos direitos, e bem. Mas direitos e deveres são correlativos, interdependentes. Assim como ninguém deve negar aos outros os seus direitos, também há deveres que ninguém pode negar a si mesmo, não os pode mandar às malvas, nem adiar ou delegar. São imperativos categóricos para todos e cada um. E hoje refiro-me ao dever da educação ou conversão ambiental. A Pegada Ecológica per capita em Portugal, segundo o Relatório Planeta Vivo, aumentou significativamente entre 2018 e 2020. Depois de ter ocupado o 66.º lugar mundial, o país posiciona-se agora, infelizmente, no 46º lugar do ranking mundial. Isto significa que são necessários 4,1 hectares de terra por pessoa, ou seja, para manterem o seu atual estilo de vida, os portugueses precisam de 2,52 planetas.

Como sabem, o Papa Francisco, em 6 de agosto de 2015, instituiu, na Igreja Católica, o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação. E ao estabelecê-lo no 1º dia de setembro, fê-lo num gesto verdadeiramente ecuménico. Já em 1989, o Patriarca ecuménico Bartolomeu I o tinha estabelecido para a Igreja Ortodoxa precisamente nesse dia. A par, Francisco providenciou para que se fizessem  os contactos necessários com o Patriarcado Ecuménico e outras realidades ecuménicas, para que esse Dia Mundial se tornasse, de facto, um caminho para todos os que creem em Cristo e se cuidasse também duma possível coordenação com as iniciativas do Conselho Mundial de Igrejas. Será um ‘Tempo da Criação’ que muitas comunidades prolongam até ao dia 4 de outubro, dia da Festa de São Francisco de Assis.

Sendo um dever que não pode ser opcional nem secundário, Francisco reconhece que alguns cristãos, até muito comprometidos e piedosos, frequentemente escarnecem das preocupações pelo meio ambiente, outros não se decidem a mudar os seus hábitos, falta-lhes a conversão ecológica e a consciência de que somos cuidadores da obra de Deus (cf. LSi, 217). Ele pede aos cristãos que, neste dia, “em harmonia com as exigências e as situações locais, a celebração seja devidamente organizada com a participação de todo o Povo de Deus: sacerdotes, religiosos, religiosas e fiéis leigos”. E que se implementem “oportunas iniciativas de promoção e de animação, para que esta celebração anual seja um momento forte de oração, reflexão, conversão e uma oportunidade para assumir estilos de vida coerentes”.

Como cristãos – afirma Francisco – “queremos oferecer a nossa contribuição à superação da crise ecológica que a humanidade está a viver”. Coisa que não existirá verdadeiramente “sem uma moção interior que impele, motiva, encoraja e dá sentido à ação pessoal e comunitária. Temos de reconhecer que nós, cristãos, nem sempre recolhemos e fizemos frutificar as riquezas dadas por Deus à Igreja, nas quais a espiritualidade não está desligada do próprio corpo nem da natureza ou das realidades deste mundo, mas vive com elas e nelas, em comunhão com tudo o que nos rodeia (LSi, 216). A crise ecológica chama-nos, pois, a uma profunda e sincera conversão espiritual. Urge ouvir os gritos da Terra e o clamor dos pobres. A consciência da gravidade da crise cultural e ecológica precisa de traduzir-se em novos hábitos, precisa de uma verdadeira conversão ecológica. Não se trata de ideologizar o debate ambiental por má-fé ou ignorância, trata-se de lutar pela sustentabilidade ou sobrevivência. Não se trata apenas de filosofar ou denunciar o que está mal, trata-se de assumir atitudes diversas e, por exemplo, renunciar àquilo que o mercado oferece e promove compulsivamente como se nada tivesse a ver com isso. As mudanças nos hábitos de consumo são determinantes. De nada serve mostrar grande sensibilidade ecológica e lutar pela defesa do meio ambiente se se vive afogado em compras inúteis, gastos supérfluos e consumo obsessivo. Também não basta a informação científica e a existência de leis para limitar os maus comportamentos se as famílias, as escolas, as academias, as universidades, os meios de comunicação social, a catequese e todas as instâncias não se preocuparem com uma séria educação ambiental. É preciso adquirir convicções, vontade própria e motivações, virtudes sólidas, transformação pessoal, verdadeiro compromisso ecológico. Como afirma Francisco, “é muito nobre assumir o dever de cuidar da criação com pequenas ações diárias, e é maravilhoso que a educação seja capaz de motivar para elas até dar forma a um estilo de vida. A educação na responsabilidade ambiental pode incentivar vários comportamentos que têm incidência direta e importante no cuidado do meio ambiente, tais como evitar o uso de plástico e papel, reduzir o consumo de água, diferenciar o lixo, cozinhar apenas aquilo que razoavelmente se poderá comer, tratar com desvelo os outros seres vivos, servir-se dos transportes públicos ou partilhar o mesmo veículo com várias pessoas, plantar árvores, apagar as luzes desnecessárias… Tudo isto faz parte duma criatividade generosa e dignificante que põe a descoberto o melhor do ser humano” (cf. LSi, 211)

A disciplina e a sobriedade pessoal libertam, educam, constroem. Praticar maus hábitos só porque se olha para o lado e se presume que ninguém está a ver o mal que se faz, é hipocrisia refinada. “Não há criatura que possa esconder-se à presença de Deus. Tudo fica nu e descoberto aos olhos daquele a quem devemos prestar contas” (cf. Heb 4, 13).

A cidadania ecológica, se vive preocupada e denuncia a crise ambiental, não pode viver de braço dado com o desleixo individual em relação às pequenas ações. Qualquer gesto, por mais insignificante que nos pareça, pode marcar a diferença e contribuir para a melhoria da situação. A grandeza de cada um está em fazer com amor as mais pequeninas coisas de cada dia. O respeito pela natureza nasce e alimenta-se de pequenos gestos e atitudes. E ninguém pode crer, agir e fomentar a ideia de que a natureza sempre se renova ou regenera.

Assim como à política e à economia se pede que reconheçam os seus erros, mudem de direção e cuidem do bem comum, também não faltam conselhos sobre o que cada um pode e deve fazer no seu dia a dia.

Avaliando com seriedade o nosso desempenho nesse campo, vivamos o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, prolongando-o até ao dia 4 de outubro, dia da Festa de São Francisco de Assis.

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 27-08-2021.

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