PARÓQUIAS DE NISA
Sábado, 14 de agosto de 2021
Sábado da XIX semana do tempo comum
LITURGIA
S.
Maximiliano Maria Kolbe, presbítero e mártir – MO
Vermelho – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 Jos 24, 14-29; Sal 15 (16), 1-2a e 5.
7-8. 9-10. 11
Ev Mt 19, 13-15
* Na Ordem Franciscana e na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Maximiliano
Maria Kolbe, presbítero e mártir, da I Ordem – MO
Sábado
à tarde
ASSUNÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA
SOLENIDADE
Branco.
Missa da Vigília, Glória, Credo, pf. próprio.
L 1 Cr 15, 3-4. 15-16; 16, 1-2; Sal 131
(132), 6-7. 9-10. 13-14
L2 1 Cor 15, 54b-57
Ev Lc 11, 27-28
* Nas Dioceses de Cabo Verde – I Vésp. da Assunção da Virgem Santa Maria.
* I Vésperas da solenidade – Compl. dep. I Vésp. dom.
S. MAXIMILIANO MARIA KOLBE, presbítero e mártir
Nota Histórica
Maximiliano Maria Kolbe nasceu na
Polónia no dia 8 de Janeiro; ainda adolescente, entrou na Ordem dos Frades Menores
Conventuais e foi ordenado sacerdote em Roma no ano 1918. Inspirado pela sua
ardente devoção à Virgem Mãe de Deus, fundou uma piedosa associação com o nome
de “Milícia de Maria Imaculada”, que se propagou rapidamente, não só na sua
pátria mas também noutras regiões. Chegando ao Japão como missionário, empenhou
se generosamente na dilatação da fé cristã com o auxílio e sob o patrocínio da
Virgem Imaculada. Finalmente, regressado à Polónia, teve de suportar graves
tormentos no campo de Oswiecim (al. “Auschwitz”), distrito de Cracóvia, por
ocasião da Segunda Guerra Mundial, e terminou as múltiplas actividades da sua
vida oferecendo se em holocausto de caridade, vindo a morrer no dia 14 de
Agosto de 1941.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Mt 25, 34.40
Vinde, benditos de meu Pai, diz o Senhor.
Em verdade vos digo:
Tudo o que fizestes ao mais pequenino dos meus irmãos,
a Mim o fizestes.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de infinita bondade, que inspirastes a São Maximiliano Maria, presbítero e
mártir, uma ardente devoção à Virgem Imaculada e o fortalecestes no zelo das
almas e no amor ao próximo, concedei-nos, por sua intercessão, que, trabalhando
generosamente pela vossa glória ao serviço dos homens, possamos conformar-nos
até à morte com vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele que é Deus convosco
na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Jo 3, 14-18
«Passámos da morte para a vida»
Leitura da
Primeira Epístola de São João
Caríssimos: Nós sabemos que passámos da morte para a vida,
porque amamos os nossos irmãos. Quem não ama permanece na morte. Todo aquele
que odeia o seu irmão é homicida e vós sabeis que nenhum homicida tem a vida
eterna permanecendo em si. Nisto conhecemos o amor: Ele deu a sua vida por nós
e nós devemos também dar a vida pelos nossos irmãos. Se alguém possui bens
deste mundo e, ao ver o seu irmão passar necessidade, lhe fecha o coração, como
pode estar nele o amor de Deus? Meus filhos, não amemos com palavras e com a
língua, mas com obras e em verdade.
Palavra
do Senhor.
Outra leitura à escolha: Sab 3, 1-9
SALMO RESPONSORIAL Salmo 115 (116),
10-11.12-13.16-17 (R. 15)
Refrão: É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis.
Confiei no Senhor, mesmo quando disse:
«Sou um homem de todo infeliz».
Na minha perturbação exclamei:
«É falsa toda a segurança dos homens».
Como agradecerei ao Senhor
tudo quanto Ele me deu?
Elevarei o cálice da salvação,
invocando o nome do Senhor.
Senhor, sou vosso servo, filho da vossa serva:
quebrastes as minhas cadeias.
Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor,
invocando, Senhor, o vosso nome.
ALELUIA Jo 12, 25
Refrão: Aleluia. Repete-se
Quem renuncia à sua vida neste mundo
conservá-la-á para a vida eterna. Refrão
EVANGELHO Jo 15, 12-16
«Ninguém tem maior amor»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «É este o
meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei. Ninguém tem
maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos. Vós sois meus amigos, se
fizerdes o que Eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o
que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o
que ouvi a meu Pai. Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e
destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça. E assim, tudo
quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá».
. Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Trazemos ao vosso altar, Senhor, os nossos dons, implorando humildemente a
vossa misericórdia, para que, a exemplo de São Maximiliano Maria, aprendamos a
oferecer-Vos toda a nossa vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que
é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 15, 13
Não há maior prova de amor do que dar a vida pelos amigos.
ORAÇÃO
DEPOIS DA COMUNHÃO
Humildemente Vos pedimos, Senhor, que a comunhão do vosso Corpo e Sangue nos
inflame no fogo da caridade que São Maximiliano Maria recebeu nesta mesa santa.
Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
Sábado
à tarde
ASSUNÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA
SOLENIDADE
MISSA
Missa da Vigília
Esta Missa utiliza-se na tarde do
dia 14 de Agosto, antes ou depois das Vésperas I da solenidade.
ANTÍFONA DE ENTRADA
Grandes coisas se dizem de Vós, ó Virgem Santa Maria,
que hoje fostes exaltada sobre os coros dos Anjos
e triunfais com Cristo para sempre.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus,
que, olhando para a humildade da Virgem Maria,
A elevastes à dignidade de ser Mãe do Verbo Encarnado
e neste dia A coroastes de glória,
concedei-nos, por sua intercessão,
que, salvos pelo mistério da redenção,
mereçamos ser por Vós glorificados.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Cr 15, 3-4.15-16; 16, 1-2
«Levaram a arca de Deus
e colocaram-na no meio da tenda que David mandara levantar para ela»
Leitura do
Primeiro Livro das Crónicas
Naqueles
dias,
David reuniu em Jerusalém todo o povo de Israel,
a fim de trasladar a arca do Senhor
para o lugar que lhe tinha preparado.
Convocou também os descendentes de Aarão e os levitas.
Os levitas transportaram então a arca de Deus,
por meio de varas que levavam aos ombros,
conforme tinha ordenado Moisés, segundo a palavra do Senhor.
David ordenou aos chefes dos levitas
que dispusessem os seus irmãos cantores,
para que, acompanhados por instrumentos de música
– cítaras, harpas e címbalos – ,
entoassem as suas alegres melodias.
Assim trasladaram a arca de Deus
e colocaram-na no meio da tenda
que David mandara levantar para ela.
Depois ofereceram, diante de Deus,
holocaustos e sacrifícios de comunhão.
Quando David acabou de oferecer
os holocaustos e os sacrifícios de comunhão,
abençoou o povo em nome do Senhor.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 131 (132), 6-7.9-10.13-14 (R. 8)
Refrão: Levantai-Vos, Senhor, e entrai no vosso repouso,
Vós e a arca da vossa majestade.
Ouvimos dizer que a arca estava em Éfrata,
encontrámo-la nas campinas de Jaar.
Entremos no seu santuário,
prostremo-nos a seus pés.
Revistam-se de justiça os vossos sacerdotes,
exultem de alegria os vossos fiéis.
Por amor de David, vosso servo,
não afasteis o rosto do vosso Ungido.
O Senhor escolheu Sião,
preferiu-a para sua morada:
«É este para sempre o lugar do meu repouso,
aqui habitarei, porque o escolhi».
LEITURA II 1 Cor 15, 54b-57
«Deu-nos a vitória por Jesus Cristo»
Leitura da
Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Irmãos:
Quando este nosso corpo mortal se tornar imortal,
então se realizará a palavra da Escritura:
«A morte foi absorvida na vitória.
Ó morte, onde está a tua vitória?
Ó morte, onde está o teu aguilhão?».
O aguilhão da morte é o pecado
e a força do pecado é a Lei.
Mas dêmos graças a Deus,
que nos dá esta vitória por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Palavra do Senhor.
ALELUIA Lc 11, 28
Refrão: Aleluia. Repete-se
Felizes os que ouvem a palavra de Deus
e a põem em prática. Refrão
EVANGELHO Lc 11, 27-28
«Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre!»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele
tempo,
enquanto Jesus falava à multidão,
uma mulher levantou a voz no meio da multidão e disse:
«Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre
e Te amamentou ao seu peito».
Mas Jesus respondeu:
«Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus
e a põem em prática».
Palavra da salvação.
Diz-se o Credo.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei, Senhor, este sacrifício de reconciliação e de louvor
que celebramos na Assunção da Santa Mãe de Deus,
para que alcancemos o perdão dos pecados
e vivamos em contínua acção de graças.
Por Nosso Senhor.
Prefácio próprio
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Lc 11, 27
Bendita seja a Virgem Maria,
que trouxe em seu ventre o Filho de Deus Pai.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus,
que nos fizestes participar na mesa celeste,
ouvi benignamente as nossas súplicas
e livrai de todo o mal
aqueles que celebram a Assunção da Mãe de Deus.
Por Nosso Senhor.
MÉTODO
DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: - Jos 24, 1-13: Uma
vez chegado à Terra Prometida, Josué, numa grande assembleia, recorda ao povo
as grandes maravilhas que Deus tinha feito em seu favor, para que ele se lembre
delas, as reconheça, louve a Deus por todas elas e Lhe seja fiel. Os
acontecimentos que ouvimos ler na história da salvação querem fazer-nos tomar
consciência de tudo o que Deus, através de todos os tempos, tem feito ao seu
povo para o conduzir pelo caminho da salvação, e despertar em nós o espírito de
louvor e de ação de graças.
Mt 19, 3-12: Jesus
afirma a indissolubilidade do matrimónio e exalta o celibato escolhido por amor
do reino de Deus, e que é dom do mesmo Deus. O campo onde tão frequentemente se
afirma o egoísmo humano, o das opções do coração, é também aquele onde mais se
hão de mostrar as atitudes da fé e do verdadeiro amor, que vencerá toda a
espécie de divórcios.
AGENDA DO DIA:
15.00
horas: Missa na Falagueira
16.00
horas: Missa em Monte Claro
16.00
horas: Missa no Pado
18.00
horas: Missa em Nisa
18.00
horas: Missa em Alpalhão.
A VOZ DO PASTOR:
EMPENHO
OLÍMPICO NOS JOGOS DA VIDA
A
festa é global! Vivamos as festas da vida para fazer da vida uma festa! Os
Jogos Olímpicos cativam pelo que são e significam. São espetáculo e arte,
destroem barreiras entre raças e culturas, fomentam a amizade, o diálogo e a
paz entre os povos. Nasceram em Olímpia, na Grécia antiga, muitos séculos antes
de Cristo, lembram-se? Nestes jogos em Tóquio, 91 atletas portugueses,
distribuídos por 17 modalidades, têm dado o seu melhor, nem sempre com o êxito
que esperavam, mas cuja participação, só por si, já é digna de elevado apreço e
registo. Parabéns para eles, com medalha ou sem medalha.
Sendo
um valor de grande relevância para toda a humanidade, a Assembleia-Geral da ONU, por uma decisão de 2013, assumiu o dia 6 de
abril como Dia Internacional do Desporto ao Serviço do Desenvolvimento e da
Paz. A Igreja, consciente do aforisma "mens sana in corpore
sano”, sempre sublinhou a importância do desporto. O próprio Papa Pio X foi promotor dos Jogos Olímpicos, em 1908. Muitos
são os pronunciamentos da Igreja sobre as vantagens do desporto e o seu valor
para o desenvolvimento integral da pessoa. O Concílio Vaticano II recomenda que
os tempos livres sejam também ocupados com exercícios e manifestações
desportivas, muito úteis para manter o equilíbrio psíquico e estabelecer
relações fraternas entre os homens de todas as condições, raças e países (cf.
GS61). São João Paulo II, o “atleta de Deus”, afirmava que o desporto é “um dos
fenómenos típicos da modernidade”, é um "sinal dos tempos" capaz de
interpretar as novas exigências e as renovadas expectativas da humanidade”. Ele
desejava que os atletas fossem campeões no estádio, mas também lhes pedia que
fossem “modelo para milhões de jovens que têm necessidade de “líderes” e não de
“ídolos”». Bento XVI até lembrou que a luz da chama olímpica «remete para o
Verbo encarnado, luz do mundo que ilumina o homem em todas as dimensões,
incluindo a desportiva». Francisco tem deixado interessantes desafios nesta
área, promoveu a iniciativa sobre o “Desporto ao Serviço da Humanidade”, onde
muitos líderes mundiais, incluindo o secretário-geral da ONU e o presidente do
Comité Olímpico Internacional, marcaram presença. Na Exortação Apostólica Cristo
Vive, realça a importância da prática desportiva, cujas potencialidades a
Igreja não deve subestimar (cf. CV227).
Todas
as modalidades desportivas sentem o dever de formar, cuidar e estimular,
aceitando as vitórias e as derrotas com dignidade e fair play. Os treinadores
esmeram-se por fomentar a competência, a literacia, o entusiasmo e o
encorajamento desportivos por entre planos, técnicas,
táticas e estratégias que implicam a exigência e o domínio pessoal, o
entendimento e a compreensão das mesmas.
E
quer queiramos quer não, a vida também é um jogo, um jogo nem sempre fácil. Não
raro, dá muita água pela barba e leva a correr alguns riscos nos estádios da
vida. Também envolve disciplina, espírito de sacrifício, autocontrolo,
equilíbrio, respeito pelas regras, lealdade, justiça e perseverança,
alimentando sempre a esperança de vencer embora por entre êxitos e fracassos.
Mas
sempre há algumas diferenças. Nas provas desportivas, embora todos os atletas
corram e lutem pela conquista de um prémio, só um ganha esse prémio, um prémio,
aliás, perecível. Não assim no jogo da vida. Aqui, não há acessão de pessoas,
os mais saudáveis e os estropiados, todos, todos são desafiados a entrar na
prova, todos podem chegar à meta que não está tanto na distância a percorrer
mas no esforço, na qualidade do percurso que se faz. E todos podem ganhar o
prémio, um prémio de valor incalculável. A lógica do desporto é, de facto, a
lógica da vida, ambas acarretam amor à camisola, dedicação, empenho e
sacrifícios para que o resultado seja o ideal.
Para
encorajar à perseverança e à fidelidade nesta prova, a Sagrada Escritura também
utiliza linguagem desportiva. São Paulo, em Corinto, junto ao estádio dos
grandes jogos ístmicos dedicados a Posídon, chama a atenção para isso e
estimula a ingressar na grande prova da vida com confiança e determinação: «Não sabeis que os que correm no estádio correm todos, mas
só um ganha o prémio? Correi, pois, assim, para o alcançardes. Os atletas
impõem a si mesmos toda a espécie de privações: eles, para ganhar uma coroa
corruptível; nós, porém, para ganhar uma coroa incorruptível» (1 Cor 9, 24-26).
Numa
carta ao seu amigo Timóteo, Paulo chama-lhe a atenção para a necessidade de se
cumprirem as regras nesse jogo da vida que outras não são senão seguir o
exemplo de Jesus: perseverar na oração, exercitar-se nas virtudes e levar a
cruz de cada dia, com Cristo, em Cristo, ao jeito de Cristo: «Aquele que
participa numa competição não recebe o prémio se não competir segundo as
regras» (2 Tim 2, 5).
A
tão acarinhada cultura do deixa correr e da indiferença, a “cultura do sofá” e
do zapping, a tentação de ir adiando os “treinos” para mais tarde ou de pensar
que qualquer coisa serve para vencer, podem fazer-nos esquecer a exigência da
prova que nos é proposta. Esta atitude até pode antecipar o “inverno da vida”,
não aquele inverno inevitável e caraterizado pelo envelhecimento físico, mas
sim aquele que nos tira a capacidade de sonhar e avançar na vida com alegria e
esperança, sendo úteis à comunidade humana. Este inverno acontece na vida
sempre que nos fechamos em copas e nos deixamos fustigar pelas ventanias do
egoísmo e das importâncias balofas. E são muitas e sofisticadas as modalidades
deste inverno da vida: protestar, gemer, desistir, amuar, maldizer, espirrar,
tossir, descartar, são algumas dessas expressões.
Mais:
desde que o desporto se profissionalizou e o prémio deixou de ser uma coroa de
louros ou uma coroa de oliveira brava, há por lá muita ambiguidade e interesses
associados, perdeu muito do seu encanto e sentido, e, a par, saltita a
corrupção, a exploração e a idolatria. Tal
como no desporto, não podemos permitir que o pó da vida nos faça desistir ou
perder o encanto e a razão de ser da nossa prova, e nos leve a entrar também
pelos caminhos da corrupção de costumes e de idolatrias várias. Sabendo qual é
o objetivo que realmente nos deve atrair, poderemos dizer como São Paulo: “uma
coisa eu faço: esquecendo-me daquilo que está para trás e lançando-me para o
que vem à frente, corro em direção à meta, para o prémio a que Deus, lá do
alto, nos chama em Cristo Jesus» (Fl 3, 13-14).
Ora,
quem nos avisa nosso amigo é. E Cristo alertou-nos ao nos dizer que só quem
perseverar até ao fim vencerá a coroa da glória (Mt 24, 12-13). Por isso,
avaliar as regras do jogo que usamos é um imperativo quotidiano apreciado sob aquela luz que ilumina todo o percurso da estrada, a
luz que nos vem de Cristo ressuscitado, estrela da manhã que não tem ocaso
(LF1). Só assim cada um será capaz de prestar as provas da vida de forma mais
rápida {Citius}, mais alto {Altius}, com mais força {Fortius}. E no regresso à
Pátria definitiva, o acolhimento será sem igual, o Prémio e a Festa serão
inimagináveis, tal como está escrito: nem os olhos viram, nem os ouvidos
escutaram, nem jamais o coração humano percebeu o que Deus tem preparado para
aqueles que o amam (cf. 1Cor 2,9).
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo Branco, 06-09-2021.
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