domingo, 29 de agosto de 2021

 



 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Segunda, 30 de agosto de 2021

 

Segunda-feira da XXII semana do tempo comum

 

 

 

LITURGIA

 

 

Segunda-feira da semana XXII

Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

L 1 1 Tes 4, 13-18; Sal 95 (96), 1 e 3. 4-5. 11-12. 13
Ev Lc 4, 16-30

* Ordem de Cister – SS. Guarino e Amadeu, bispos – MF
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – B. Ghêbré Miguel, presbítero e mártir – MO
* Na Congregação dos Sagrados Corações – B. Eustáquio van Lieshout, presbítero – MF
* Na Congregação das Irmãzinhas dos Pobres – S. Joana Jugan, virgem e Fundadora da Congregação – SOLENIDADE

MISSA

 ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 85, 3.5
Tende compaixão de mim, Senhor,
que a Vós clamo o dia inteiro.
Vós, Senhor, sois bom e indulgente,
cheio de misericórdia para àqueles que Vos invocam.

ORAÇÃO COLECTA
Deus do universo, de quem procede todo o dom perfeito,
infundi em nossos corações o amor do vosso nome
e, estreitando a nossa união convosco,
dai vida ao que em nós é bom
e protegei com solicitude esta vida nova.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I (anos ímpares) 1 Tes 4, 13-18
«Deus levará com Jesus os que em Jesus tiverem morrido»


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses

Não queremos, irmãos, deixar-vos na ignorância a respeito dos defuntos, para não vos contristardes como os outros, que não têm esperança. Se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, do mesmo modo, Deus levará com Jesus os que em Jesus tiverem morrido. Eis o que temos para vos dizer, segundo a palavra do Senhor: Nós, os vivos, os que ficarmos para a vinda do Senhor, não precederemos os que tiverem morrido. Ao sinal dado, à voz do Arcanjo e ao som da trombeta divina, o próprio Senhor descerá do Céu e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Em seguida, nós, os vivos, os que tivermos ficado, seremos arrebatados juntamente com eles sobre as nuvens, para irmos ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Consolai-vos uns aos outros com estas palavras.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 95 (96), l e 3.4-5.11-12.13 (R. 13b)
Refrão: O Senhor vem julgar a terra. Repete-se

Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira.
Publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas. Refrão

O Senhor é grande e digno de louvor,
mais temível que todos os deuses.
Os deuses dos gentios não passam de ídolos,
foi o Senhor quem fez os céus. Refrão

Alegrem-se os céus, exulte a terra,
ressoe o mar e tudo o que ele contém,
exultem os campos e quanto neles existe,
alegrem-se as árvores dos bosques. Refrão

Diante do Senhor que vem,
que vem para julgar a terra.
Julgará o mundo com justiça
e os povos com fidelidade. Refrão

ALELUIA cf. Lc 4, 18
Refrão: Aleluia Repete-se
O Espírito do Senhor está sobre Mim:
Ele me enviou a anunciar a boa nova aos pobres. Refrão

EVANGELHO Lc 4, 16-30
«Ele enviou-Me para anunciar a boa nova aos pobres...
Nenhum profeta é bem recebido na sua terra»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, Jesus foi a Nazaré, onde Se tinha criado. Segundo o seu costume, entrou na sinagoga a um sábado e levantou-Se para fazer a leitura. Entregaram-Lhe o livro do profeta Isaías e, ao abrir o livro, encontrou a passagem em que estava escrito: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Enviou-me a proclamar a redenção aos cativos e a vista aos cegos, a restituir a liberdade aos oprimidos, a proclamar o ano da graça do Senhor». Depois enrolou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-Se. Estavam fixos em Jesus os olhos de toda a sinagoga. Começou então a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir». Todos davam testemunho em seu favor e se admiravam das palavras cheias de graça que saíam da sua boca. E perguntavam: «Não é este o filho de José?». Jesus disse- lhes: «Por certo Me citareis o ditado: ‘Médico, cura-te a ti mesmo’. Faz também aqui na tua terra o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum». E acrescentou: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua terra. Em verdade vos digo que havia em Israel muitas viúvas no tempo do profeta Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra; contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas a uma viúva de Sarepta, na região da Sidónia. Havia em Israel muitos leprosos no tempo do profeta Eliseu; contudo, nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã». Ao ouvirem estas palavras, todos ficaram furiosos na sinagoga. Levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-n’O até ao cimo da colina sobre a qual a cidade estava edificada, a fim de O precipitarem dali abaixo. Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho.

 Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, a oferta que Vos apresentamos
e realizai em nós, com o poder da vossa graça,
a redenção que celebramos nestes mistérios.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 30, 20
Como é grande, Senhor,
a vossa bondade para aqueles que Vos servem!

Ou Mt 5, 9-10
Bem-aventurados os pacíficos,
porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por amor da justiça,
porque deles é o reino dos céus.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão da mesa celeste,
fazei que esta fonte de caridade
fortaleça os nossos corações
e nos leve a servir-Vos nos nossos irmãos.
Por Nosso Senhor.

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS:  1 Tes 4, 13-18: Os cristãos de Tessalónica estavam muito sensibilizados com o que se referia à sorte dos seus defuntos. Era ainda muito viva a ideia da próxima vinda do Senhor, mas, como ela ia tardando, temiam pela sorte dos seus que já tinham falecido. Paulo tranquiliza-os com a afirmação fundamental da fé cristã: Cristo morreu e ressuscitou, todos os que pertencem a Cristo ressuscitarão com Ele, estejam eles vivos ou tenham já morrido quando Ele vier.

Lc 4, 16-30: Começamos hoje a ler, de maneira continua, o Evangelho de S. Lucas. O Senhor começa a pregação na sua terra, Nazaré, e numa celebração litúrgica do sábado. Podemos verificar aqui os elementos fundamentais dessa celebração, em uso já na Sinagoga: Leitura da Lei, depois dos Profetas, depois a homilia. Jesus apresenta-Se como Aquele que Deus ungiu com o seu Espírito e enviou a anunciar a boa nova. Infelizmente os seus conterrâneos não O souberam compreender!


AGENDA DO DIA:

10.00 horas: Funeral em Nisa

18.00 horas: Funeral em Nisa.

 

 

A VOZ DO PASTOR:

 

 

 

O 1.º DE SETEMBRO E A PEGADA ECOLÓGICA

 

Vivemos um tempo de grande apreço pelos direitos, e bem. Mas direitos e deveres são correlativos, interdependentes. Assim como ninguém deve negar aos outros os seus direitos, também há deveres que ninguém pode negar a si mesmo, não os pode mandar às malvas, nem adiar ou delegar. São imperativos categóricos para todos e cada um. E hoje refiro-me ao dever da educação ou conversão ambiental. A Pegada Ecológica per capita em Portugal, segundo o Relatório Planeta Vivo, aumentou significativamente entre 2018 e 2020. Depois de ter ocupado o 66.º lugar mundial, o país posiciona-se agora, infelizmente, no 46º lugar do ranking mundial. Isto significa que são necessários 4,1 hectares de terra por pessoa, ou seja, para manterem o seu atual estilo de vida, os portugueses precisam de 2,52 planetas.

Como sabem, o Papa Francisco, em 6 de agosto de 2015, instituiu, na Igreja Católica, o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação. E ao estabelecê-lo no 1º dia de setembro, fê-lo num gesto verdadeiramente ecuménico. Já em 1989, o Patriarca ecuménico Bartolomeu I o tinha estabelecido para a Igreja Ortodoxa precisamente nesse dia. A par, Francisco providenciou para que se fizessem  os contactos necessários com o Patriarcado Ecuménico e outras realidades ecuménicas, para que esse Dia Mundial se tornasse, de facto, um caminho para todos os que creem em Cristo e se cuidasse também duma possível coordenação com as iniciativas do Conselho Mundial de Igrejas. Será um ‘Tempo da Criação’ que muitas comunidades prolongam até ao dia 4 de outubro, dia da Festa de São Francisco de Assis.

Sendo um dever que não pode ser opcional nem secundário, Francisco reconhece que alguns cristãos, até muito comprometidos e piedosos, frequentemente escarnecem das preocupações pelo meio ambiente, outros não se decidem a mudar os seus hábitos, falta-lhes a conversão ecológica e a consciência de que somos cuidadores da obra de Deus (cf. LSi, 217). Ele pede aos cristãos que, neste dia, “em harmonia com as exigências e as situações locais, a celebração seja devidamente organizada com a participação de todo o Povo de Deus: sacerdotes, religiosos, religiosas e fiéis leigos”. E que se implementem “oportunas iniciativas de promoção e de animação, para que esta celebração anual seja um momento forte de oração, reflexão, conversão e uma oportunidade para assumir estilos de vida coerentes”.

Como cristãos – afirma Francisco – “queremos oferecer a nossa contribuição à superação da crise ecológica que a humanidade está a viver”. Coisa que não existirá verdadeiramente “sem uma moção interior que impele, motiva, encoraja e dá sentido à ação pessoal e comunitária. Temos de reconhecer que nós, cristãos, nem sempre recolhemos e fizemos frutificar as riquezas dadas por Deus à Igreja, nas quais a espiritualidade não está desligada do próprio corpo nem da natureza ou das realidades deste mundo, mas vive com elas e nelas, em comunhão com tudo o que nos rodeia (LSi, 216). A crise ecológica chama-nos, pois, a uma profunda e sincera conversão espiritual. Urge ouvir os gritos da Terra e o clamor dos pobres. A consciência da gravidade da crise cultural e ecológica precisa de traduzir-se em novos hábitos, precisa de uma verdadeira conversão ecológica. Não se trata de ideologizar o debate ambiental por má-fé ou ignorância, trata-se de lutar pela sustentabilidade ou sobrevivência. Não se trata apenas de filosofar ou denunciar o que está mal, trata-se de assumir atitudes diversas e, por exemplo, renunciar àquilo que o mercado oferece e promove compulsivamente como se nada tivesse a ver com isso. As mudanças nos hábitos de consumo são determinantes. De nada serve mostrar grande sensibilidade ecológica e lutar pela defesa do meio ambiente se se vive afogado em compras inúteis, gastos supérfluos e consumo obsessivo. Também não basta a informação científica e a existência de leis para limitar os maus comportamentos se as famílias, as escolas, as academias, as universidades, os meios de comunicação social, a catequese e todas as instâncias não se preocuparem com uma séria educação ambiental. É preciso adquirir convicções, vontade própria e motivações, virtudes sólidas, transformação pessoal, verdadeiro compromisso ecológico. Como afirma Francisco, “é muito nobre assumir o dever de cuidar da criação com pequenas ações diárias, e é maravilhoso que a educação seja capaz de motivar para elas até dar forma a um estilo de vida. A educação na responsabilidade ambiental pode incentivar vários comportamentos que têm incidência direta e importante no cuidado do meio ambiente, tais como evitar o uso de plástico e papel, reduzir o consumo de água, diferenciar o lixo, cozinhar apenas aquilo que razoavelmente se poderá comer, tratar com desvelo os outros seres vivos, servir-se dos transportes públicos ou partilhar o mesmo veículo com várias pessoas, plantar árvores, apagar as luzes desnecessárias… Tudo isto faz parte duma criatividade generosa e dignificante que põe a descoberto o melhor do ser humano” (cf. LSi, 211)

A disciplina e a sobriedade pessoal libertam, educam, constroem. Praticar maus hábitos só porque se olha para o lado e se presume que ninguém está a ver o mal que se faz, é hipocrisia refinada. “Não há criatura que possa esconder-se à presença de Deus. Tudo fica nu e descoberto aos olhos daquele a quem devemos prestar contas” (cf. Heb 4, 13).

A cidadania ecológica, se vive preocupada e denuncia a crise ambiental, não pode viver de braço dado com o desleixo individual em relação às pequenas ações. Qualquer gesto, por mais insignificante que nos pareça, pode marcar a diferença e contribuir para a melhoria da situação. A grandeza de cada um está em fazer com amor as mais pequeninas coisas de cada dia. O respeito pela natureza nasce e alimenta-se de pequenos gestos e atitudes. E ninguém pode crer, agir e fomentar a ideia de que a natureza sempre se renova ou regenera.

Assim como à política e à economia se pede que reconheçam os seus erros, mudem de direção e cuidem do bem comum, também não faltam conselhos sobre o que cada um pode e deve fazer no seu dia a dia.

Avaliando com seriedade o nosso desempenho nesse campo, vivamos o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, prolongando-o até ao dia 4 de outubro, dia da Festa de São Francisco de Assis.

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 27-08-2021.

 

 

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