Terça, 24 de maio de 2022
Terça-feira da VI semana do tempo de Páscoa
LITURGIA
Terça-feira da semana VI
Branco –
Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal.
L1: At 16, 22-34; Sal 137 (138), 1-2a. 2bc-3. 7c-8
Ev: Jo 16, 5-11
* Na Ordem Franciscana e na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – Aniversário da
Dedicação da Basílica de S. Francisco de Assis – FESTA
* Na Ordem de São Domingos – Transladação de S. Domingos – MO
* Na Companhia de Jesus – Nossa Senhora da Estrada – MF
* Na Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue – Nossa Senhora,
Auxílio dos Cristãos, Padroeira secundária da Congregação – MO
* Na Congregação Salesiana – Nossa Senhora Auxiliadora, Padroeira principal da
Família Salesiana e Titular das igrejas salesianas de Évora, Lisboa e Mogofores
– SOLENIDADE
* No Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – Nossa Senhora Auxiliadora,
Padroeira principal do Instituto – SOLENIDADE
* Na Congregação das Religiosas de Maria Imaculada – I Vésp. de S. Vicenta
Maria.
Missa
Antífona
de entrada Ap 19, 7.9
Exultemos de alegria e dêmos glória a Deus,
porque o Senhor reina eternamente. Aleluia.
Oração
coleta
Deus omnipotente e misericordioso,
fazei-nos participar verdadeiramente
na ressurreição de Jesus Cristo, vosso Filho.
Ele que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I Atos 16, 22-34
«Acredita no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua família»
Leitura dos Atos
dos Apóstolos
Naqueles
dias, a multidão dos habitantes de Filipos amotinou-se contra Paulo e Silas e
os magistrados mandaram que lhes arrancassem as vestes e os açoitassem. Depois
de lhes terem dado muitas vergastadas, meteram-nos na cadeia e ordenaram ao
carcereiro que os guardasse cuidadosamente. Ao receber semelhante ordem, o
carcereiro lançou-os no calaboiço interior e prendeu-lhes os pés no cepo. Por
volta da meia noite, Paulo e Silas, em oração, entoavam louvores a Deus e os
outros presos escutavam-nos. De repente, sentiu-se um tremor de terra tão
grande que abalou os alicerces da prisão. Todas as portas se abriram e
soltaram-se as cadeias de todos os presos. O carcereiro acordou e, ao ver
abertas as portas da prisão, puxou da espada e queria suicidar-se, julgando que
os presos se tinham evadido. Mas Paulo bradou com voz forte: «Não faças nenhum
mal a ti mesmo, pois nós estamos todos aqui». O carcereiro pediu uma luz,
correu para dentro e lançou-se, a tremer, aos pés de Paulo e Silas. Depois
trouxe-os para fora e perguntou-lhes: «Senhores, que devo fazer para ser salvo?»
Eles responderam-lhe: «Acredita no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua
família». E anunciaram-lhe a palavra do Senhor, bem como a todos os que viviam
em sua casa. O carcereiro, àquela hora da noite, tomou-os consigo, lavou-lhes
as feridas e logo recebeu o Baptismo, juntamente com todos os seus. Depois
mandou-os subir para sua casa, pôs-lhes a mesa e alegrou-se com toda a sua
família, por ter acreditado em Deus.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 137 (138), 1-2a.2bc-3.7c-8 (R. 7c)
Refrão: A vossa mão direita salvou-me,
Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
De todo o coração, Senhor, eu Vos dou graças,
porque ouvistes as palavras da minha boca.
Na presença dos Anjos hei de cantar-Vos
e adorar-Vos, voltado para o vosso templo santo. Refrão
Hei de louvar o vosso nome pela vossa bondade
e fidelidade,
porque exaltastes acima de tudo o vosso nome
e a vossa promessa.
Quando Vos invoquei, me respondestes,
aumentastes a fortaleza da minha alma. Refrão
A vossa mão direita me salvará,
o Senhor completará o que em meu auxílio começou.
Senhor, a vossa bondade é eterna,
não abandoneis a obra das vossas mãos. Refrão
ALELUIA cf. Jo 16, 7.13
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu vos enviarei o Espírito da verdade,
diz o Senhor;
Ele vos ensinará toda a verdade. Refrão
EVANGELHO Jo 16, 5-11
«Se Eu não for, o Paráclito não virá a vós»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele
tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Agora vou para Aquele que Me enviou e
nenhum de vós Me pergunta: ‘Para onde vais?’. Mas por Eu vos ter dito estas
coisas, o vosso coração encheu-se de tristeza. No entanto, Eu digo-vos a
verdade: É do vosso interesse que Eu vá. Se Eu não for, o Paráclito não virá a
vós; mas se Eu for, Eu vo-l’O enviarei. Quando Ele vier, convencerá o mundo do
pecado, da justiça e do julgamento: do pecado, porque não acreditam em Mim; da
justiça, porque vou para o Pai e não Me vereis mais; do julgamento, porque o
príncipe deste mundo já está condenado».
Palavra da salvação.
Oração sobre as oblatas
Concedei, Senhor,
que, em todo o tempo, possamos alegrar-nos
com estes mistérios pascais,
de modo que o ato sempre renovado da nossa redenção
seja para nós causa de alegria eterna.
Por Cristo nosso Senhor.
Prefácio Pascal I-V.
Antífona
da comunhão Cf. Lc 24, 46.26
Jesus Cristo tinha de padecer e ressuscitar dos mortos
para entrar na sua glória. Aleluia.
Oração
depois da comunhão
Ouvi, Senhor, as nossas preces
e fazei que estes santos mistérios da nossa redenção
nos auxiliem na vida presente
e nos alcancem as alegrias eternas.
Por Cristo nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: Atos 16, 22-34- Na
cidade de Filipos, a mesma cidade onde se batizara a primeira cristã da Europa,
fruto da pregação de Paulo, aconteceu também a primeira perseguição por parte
das autoridades locais. Paulo e seu companheiro são presos; mas a cadeia
transforma-se num espaço sagrado para acolher uma assembleia em vigília de
oração. E tudo acaba com a iniciação cristã do carcereiro e sua família. A
Páscoa continua assim como em perpétua Vigília Pascal, ao longo de toda a vida
da Igreja sobre a Terra.
Jo 16, 5-11: Jesus
“parte” deste mundo pela sua Morte, e “vai” para o Pai. Mas não Se ausenta. Por
um lado, leva em Si o homem que veio procurar a este mundo: por outro,
continua, e bem vivo e ativo, no meio dos seus, pelo seu Espírito. Foi
precisamente para que o Espírito de Deus fosse a alma da nova humanidade que
Jesus foi até à Cruz e partiu para o Pai. Vivemos agora, no tempo da Igreja, da
vida do Espírito de Deus. Foi por isso bom que o Senhor tivesse partido. E é
agora, pela ação do Espírito, que se pode fazer justiça à causa de Jesus.
AGENDA DO DIA:
18,00
horas: Missa em Alpalhão
18,00
horas: Missa em Nisa.
Terço na parte da tarde em:
Montalvão
Alpalhão
Gáfete
Tolosa
Amieira
do Tejo
17.20
horas: Terço em Nisa, Espírito Santo.
MAIO, MÊS DE MARIA
A VOZ DO PASTOR
BATER
A PORTA NÃO RESOLVE E BANALIZA
A
fé partilha-se e vive-se em comunidade, em Igreja, e anuncia-se na missão.
Bater a porta à comunidade cristã nada resolve, banaliza, empobrece. Empobrece
a comunidade e empobrece quem bate a porta. É certo que nem todas as
comunidades cristãs são mar de rosas. É possível que, numa ou noutra, muita
gente viva de suposições, de tradições, de fé herdada mas não experienciada, e,
por isso, destoe e faça destoar a comunidade. Tornam-se reivindicativas em
exceções, não raro muito consumidoras em ‘coisas do Senhor’, mas facilmente
manipuláveis e pouco ou nada proativas na construção da mesma. Constituídas por
pessoas, as comunidades são muitas vezes espaço de contradições e de tensões,
de falta de acolhimento e de escuta, de individualismos e frustrações, de incapacidade
para se questionarem sobre o que transmitem, o que celebram, o que fazem, o que
defendem e sobre qual a inclusão de quem pensa diferente e muito as poderia
ajudar a darem um salto de qualidade. É verdade, nem sempre são “casa e escola
de comunhão”.
A
Igreja, porém, ‘não é uma massa, mas uma comunidade formada por pessoas
identificáveis, que viveram a experiência da intimidade com Jesus’. Quando os
compromissos batismais são verdadeiramente assumidos e exercitados na
comunidade cristã, sem fanatismos nem superficialidade, eles são sempre novos e
sempre desafiantes. Não permitem que nos acomodemos, que nos fechemos em nós
próprios, que coloquemos trancas na porta da própria comunidade com medo que
alguém saia ou entre, como se ela fosse uma ilha ou um gueto sem sentido nem
faísca criativa. Se aquela comunidade onde estamos integrados não corresponde
ao que pensamos ou àquilo que deveria ser, importante será arregaçar as mangas
e meter mãos à obra para que venha a ser o que pretendemos que ela seja, diferente.
Amuar, virar as costas ou tornar-se indiferente é morrinha que nada resolve.
Não podemos esquecer que temos uma dívida para com a comunidade cristã, uma
dívida que não se paga desertando. Ela escancarou-nos as portas, nela fomos
acolhidos e gerados para a fé, nela nos fomos e vamos tornando mais cristãos,
de forma gradual e progressiva, num processo em que se vai conjugando a graça
de Deus, o testemunho da própria comunidade e o esforço pessoal de conversão.
Aí,
e através das pessoas que lhe deram e dão rosto – pais, avós, famílias,
pastores, catequistas e fiéis cristãos – fizemos ‘a descoberta do mistério de
Jesus Cristo e da alegria da vocação cristã’. Aí crescemos, formamos,
fortalecemos, celebramos e nos confirmamos na fé uns aos outros, sendo todos um
só em Cristo Jesus. Aí, através de um constante esforço para uma pastoral
descentrada de si própria e alicerçada na escuta da Palavra, na oração conjunta
e no amor recíproco se oferecem constantemente espaços de descoberta da fé, se
desenvolve e dinamiza a fé, se celebram os sacramentos, se faz catequese, se
promove o voluntariado e a ação social em favor da sociedade envolvente, se
convive e faz festa, se experimenta um modo de vida inspirado no Evangelho. Ao
fomentar o crescimento pessoal, familiar e social dos seus membros, ela
possibilita a complementaridade, enriquece, rasga horizontes e caminhos,
motiva, estimula, convida à comunhão, à mudança de vida, à vida com sentido.
Os
grupos, como espaço de reflecção, de partilha de vida, de sentimentos, de
ideias e de ação solidária, fortalecem, ampliam o nível de compreensão acerca
do mundo e da Igreja, geram novos recursos interiores para que cada um se mova
com mais autonomia e destreza na realidade concreta da sua própria vida. Todas
estas experiências comunitárias, com mais ou menos diversidade de culturas ou
de origem, promovem uma postura ética como convém, abrem à missão, fazem pôr a
render os carismas e os talentos ao serviço da construção de um mundo melhor no
respeito pelas realidades terrenas sobre as quais se aprende e se procura fazer
uma leitura à luz da Palavra de Deus.
Da
comunidade se parte para a missão, para a comunidade se converge da missão. E
se a comunidade é essencial para a missão, a missão também é essencial para a
comunidade. Onde está um cristão a fazer seus os sentimentos de Cristo, aí
está, de alguma forma, a presença da Igreja como fermento, luz e sal: seja na
medicina, na economia, na política, na escola, na universidade, na família, nas
artes, no desporto, na ciência, na sociedade em que se vive, onde quer que for.
Como sabemos, “Há um só corpo e um só Espírito, como existe uma só esperança,
para a qual Deus nos chamou. Há um só Senhor, uma só fé e um só batismo. Há um
só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, atua por meio de todos e está
em todos” (Ef 4, 4-6).
Que
bom seria se todas as pessoas e famílias cristãs tivessem esta consciência ou
brio de pertença à comunidade cristã e agissem como tal, sempre abertos às
surpresas do Espírito e dispostos a colaborar. E que bom seria se todas as
comunidades conseguissem fomentar a tal pastoral de proposta, de iniciação, de
gestação, com padrões de coerência evangélica e de alegria cristã. Só os
valores de referência são capazes de orientar opções e de fundamentar
compromissos.
Conforme
o dom que cada um recebeu, a Igreja exorta-nos a que nos consagremos ao serviço
uns dos outros, como bons administradores da multiforme graça de Deus (cf. 1Ped
4, 10). De facto, se cada um fizer a sua parte, tudo será bem diferente!
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 20-05-2022.
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