terça-feira, 17 de maio de 2022

 

Quarta, 18 de maio de 2022

 

Quarta-feira da V semana do tempo de Páscoa

 

 

LITURGIA

 

 

Quarta-feira da semana V

S. João I, papa e mártir – MF
Branco ou verm. – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal.

L1: At 15, 1-6; Sal 121 (122), 1-2. 3-4a. 4b-5
Ev: Jo 15, 1-8

* Na Ordem Agostiniana – B. Guilherme de Tolosa, presbítero – MF
* Na Ordem Franciscana – S. Félix de Cantalício, religioso, da I Ordem – MF
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Félix de Cantalício, religioso, da I Ordem – FESTA
* Na Congregação das Escravas do Sagrado Coração de Jesus – S. Rafaela Maria, virgem, Fundadora da Congregação – SOLENIDADE
* Na Ordem de Malta – B. Gerardo Mecatti de Villamagna, religioso – MO
* Na Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição – S. Estanislau Papczynski, Fundador da Congregação – SOLENIDADE.
* Na Prelatura da Santa Cruz e Opus Deis – B. Guadalupe Ortiz de Landázuri – MF
* Na Congregação Salesiana – S. Leonardo Murialdo, presbítero – MF

Missa

 Antífona de entrada Cf. Sl 70, 8.23
Cante a minha boca, Senhor, a vossa glória,
proclamando continuamente os vossos louvores.
Os meus lábios exultem de alegria. Aleluia.

Oração coleta
Senhor nosso Deus,
que amais a inocência
e a restituís aos que a perderam,
dirigi para Vós os corações dos vossos servos,
para que vivam sempre na luz da vossa verdade
aqueles que libertastes das trevas do erro.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

LEITURA I Atos 15, 1-6
«Decidiram que fossem tratar esta questão
com os Apóstolos e os anciãos»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, alguns homens que desceram da Judeia começaram a ensinar aos irmãos de Antioquia: «Se não receberdes a circuncisão, segundo a lei de Moisés, não podereis salvar-vos». Isto provocou um conflito e uma discussão intensa que Paulo e Barnabé tiveram com eles. Então decidiram que Paulo e Barnabé e mais alguns discípulos subissem a Jerusalém para tratarem desta questão com os Apóstolos e os anciãos. Despedidos afavelmente pela Igreja, atravessaram a Fenícia e a Samaria, onde narravam a conversão dos gentios, causando grande contentamento a todos os irmãos. Ao chegarem a Jerusalém, foram recebidos pela Igreja, pelos Apóstolos e pelos anciãos, e contaram tudo o que Deus tinha feito por seu intermédio. Ergueram-se alguns homens do partido dos fariseus que tinham abraçado a fé, para dizerem que era preciso circuncidar os gentios e impor-lhes a observância da Lei de Moisés. Então os Apóstolos e os anciãos reuniram-se para examinar o assunto.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 121 (122), 1-2.3-4a.4b-5 (R. cf. 1)
Refrão: Vamos com alegria para a casa do Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Alegrei-me quando me disseram:
«Vamos para a casa do Senhor».
Detiveram-se os nossos passos
às tuas portas, Jerusalém. Refrão

Jerusalém, cidade bem edificada,
que forma tão belo conjunto!
Para lá sobem as tribos,
as tribos do Senhor. Refrão

Segundo o costume de Israel,
para celebrar o nome do Senhor;
ali estão os tribunais da justiça,
os tribunais da casa de David. Refrão

ALELUIA Jo 15, 4a.5b
Refrão: Aleluia Repete-se

Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós,
diz o Senhor.
Quem permanece em Mim dá fruto abundante. Refrão

EVANGELHO Jo 15, 1-8
«Quem permanece em Mim e Eu nele dá fruto abundante
»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu sou a verdadeira vide e meu Pai é o agricultor. Ele corta todo o ramo que está em Mim e não dá fruto e limpa todo aquele que dá fruto, para que dê ainda mais fruto. Vós já estais limpos, por causa da palavra que vos anunciei. Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em Mim. Eu sou a videira, vós sois os ramos. Se alguém permanece em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto, porque sem Mim nada podeis fazer. Se alguém não permanece em Mim, será lançado fora, como o ramo, e secará. Esses ramos, apanham-nos, lançam-nos ao fogo e eles ardem. Se permanecerdes em Mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes e ser-vos-á concedido. A glória de meu Pai é que deis muito fruto. Então vos tornareis meus discípulos».

Palavra da salvação.

Oração sobre as oblatas
Concedei, Senhor,
que, em todo o tempo, possamos alegrar-nos
com estes mistérios pascais,
de modo que o ato sempre renovado da nossa redenção
seja para nós causa de alegria eterna.
Por Cristo nosso Senhor.

Prefácio Pascal I-V.

Antífona da comunhão
Fomos resgatados pelo Sangue de Cristo,
que, ressuscitando de entre os mortos,
fez brilhar sobre nós a sua luz. Aleluia.

Oração depois da comunhão
Ouvi, Senhor, as nossas preces
e fazei que estes santos mistérios da nossa redenção
nos auxiliem na vida presente
e nos alcancem as alegrias eternas.
Por Cristo nosso Senhor.

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

 LEITURAS: Atos 15, 1-6: Grande dificuldade, na Igreja primitiva, foi a passagem do Antigo ao Novo Testamento, do judaísmo para o cristianismo. A novidade do cristianismo não era facilmente aceite pelos judeus tradicionalistas. Era a consequência de se confundir o espírito com a letra. A lei de Moisés era o guia para Cristo, e não a palavra definitiva. Para encontrar uma solução para tal questão, reúne-se em Jerusalém um “concílio”.

Jo 15, 1-8: A comparação entre o povo de Deus e a vinha é tradicional na Sagrada Escritura. Mas aqui é o próprio Jesus que Se apresenta como a videira, e aos seus discípulos como as varas da mesma. Tal comparação sublinha a identidade de vida, que, procedendo de Jesus, vivifica os membros da sua Igreja. Não se trata apenas de união exterior, mas de comunhão de vida que d’Ele nos vem.

 

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

10.00 horas: Funeral em S. Simão do Pé da Serra

17.00 horas: Missa em Gáfete

18.00 horas: Missa em Nisa

18.00 horas: Missa em Tolosa

Terço na parte da tarde em:

Montalvão

Alpalhão

Gáfete

Tolosa

Amieira do Tejo

21.000 horas: Terço em Nisa, Espírito Santo.

 

 

MAIO, MÊS DE MARIA

 

 

 

 

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

 

SEMANA DA VIDA – ONDE ESTÁ A VERDADE?...

 

Quem se julga dono da verdade ensoberbece-se. Não raro, até parece que tem medo da verdade. É muito difícil lidar com gente que se tem como dona da verdade. Tem sempre razão, tem pouca ou nenhuma capacidade para parar, escutar, refletir e permitir ao menos o benefício da dúvida! Dogmatiza a sua verdade e afasta-se do caminho que a ela conduz. A verdade não é monopólio de ninguém, ninguém tem a verdade! Nós somos ou não verdadeiros na medida em que desejamos a verdade, a procuramos, humilde e diligentemente, e a vamos traduzindo em atitudes de vida, em gestos de amor para com Deus, para com os outros, para com a natureza e para connosco próprios. É uma fatura que, por mais que se pague, nunca está liquidada, está sempre em aberto, sempre nos apresenta a possibilidade de mais e melhor em todos os campos do ser do saber e do fazer.

O nosso maior compromisso deve ser sempre com a verdade. Por mais diversos que sejam os caminhos humanos - uns mais sofisticados e sabidos, outros mais simples e humildes -, todos haveremos de nos encontrar na Verdade. Judeu ou grego, escravo ou livre, de perto ou de longe, desta ou daquela raça, cultura ou cor de pele, lá nos encontraremos. Só a verdade nos libertará, só a verdade nos fará viver em comunhão plena. Só a verdade é a verdade, e não depende de maiorias parlamentares ou de outras. Dela vimos, para ela caminhamos apetrechados de instrumentos vários: de Inteligência para aprender e saber caminhar na sua direção; de Sentimento para sentir as diferentes emoções que a vida nos vai oferecendo; de Coração para amar e servir com amor; de Vontade para agirmos o melhor possível. Mas não só, a pessoa também é dotada de Consciência, uma faculdade que, não sujeita à vontade e aos sentimentos, aprova ou desaprova as nossas ações. Mais: temos a fé, uma faculdade inata ao homem, anterior à fé adquirida ou ensinada, mas que não deixa de estimular a busca de Deus e de querer sintonizar com Ele. É interessante perceber como se manifesta a fé dos que se dizem não crentes... Todas estas e outras ferramentas estão entregues à liberdade humana que as deve usar responsavelmente embora nem sempre aconteça.

Em Portugal, está a decorrer a Semana da Vida, de 8 a 15 de maio, Dia Internacional da Família. ‘A Vida que acolhemos’ é o tema desta semana inspirado na parábola do Bom Samaritano. Durante a semana acentuam-se três subtemas: o aborto, uma realidade que brada aos céus; a eutanásia, tema central na realidade política nacional; e a guerra na Europa, com todas as mortes e refugiados que provoca. Cada dia da semana tem o seu item específico: “Os que ainda não nasceram”, “Adoção”, “Os refugiados”, “O que é diferente”, “O que sofre”, “O que cuida”, a “Família, lugar de acolhimento".

Jesus é a Verdade que nos faz caminhar certo. Veio trazer-nos a vida e vida em abundância, pediu que nos amássemos uns aos outros como Ele nos amou. Fomentar a cultura da vida é, pois, um desafio constante, um gesto de amor.

Quem se mata, quem mata, quem pede a morte, no fundo no fundo não é porque não ame a vida ou não queira mais viver ou deseje tirar a vida a outros, sem mais. Esse ato é mais um sinal de revolta contra uma sociedade envolvente que o despreza, o não cuida nem ama. Contra uma sociedade que não é capaz de considerar um seu pedido de socorro em hora dura da sua vida, quer de sofrimento, quer por ser vítima de injustiças sociais ou de outras. Toda a gente ama a vida e gosta de viver. Se alguma exceção existe, confirma a regra. A vida humana é preciosa e inviolável, é o primeiro de todos os direitos, fundamenta a nossa cultura, é fonte de confiança. “O seu valor não depende da utilidade, beleza ou papel social que desempenha, mas da sua dignidade intrínseca, única e anterior a todo e qualquer outro critério seja ele a autonomia, a liberdade ou a qualidade de vida”. No entanto, não falta quem, por razões que só eles entendem, invocando a dignidade da vida e a liberdade individual, se arvorem em donos da verdade e queiram subverter o princípio que tanto tem custado a fazer caminho ao longos dos séculos, o qual, aliás, ainda não plenamente assumido: “Não matarás”.

A pessoa só é ética e moralmente livre quando, entre o bem e o mal, tem a capacidade interior de escolher o bem. Se opta pelo mal está a ser escrava da sua fragilidade e de tudo quanto a envolve. Quem mata ou aconselha a matar não opta pelo bem, destrói a liberdade, não há retorno. Somos seres de relação, somos uns com os outros, devemo-nos respeito e amor mútuo. E se, em teoria, todos somos iguais em liberdades, direitos e garantias, na prática, sobretudo as crianças - as pessoas mais frágeis e o melhor do mundo -, são discriminadas. Só em Portugal, por ano, são destruídas cerca de 15.000 crianças antes de nascerem, mas ninguém se alarma ou escandaliza, não são notícia!

Todos precisamos de bons samaritanos em situações de vulnerabilidade e fragilidade. Não de quem olhe para o lado e passe à frente ou acabe connosco. Não de leis que abram a porta para que outros o façam. Precisamos, isso sim, é de quem nos ame e ajude a viver e a morrer com dignidade, naturalmente, até ao fim. É certo que o sofrimento pode despertar “sentimentos e vivência de tristeza, solidão, ser peso para os outros, angústia, interrogações sobre o sentido da vida. Nesses estados de inquietação e sofrimento espiritual, muitos doentes encontram sentido no mistério da morte e ressurreição de Jesus. Outros, porém, sentem-no fútil e absurdo e manifestam o desejo de morrer ou até o pedido para morrer. Em tais pedidos está subjacente o valor da vida e o desejo de viver de outro modo. São sobretudo um pedido angustiado de ajuda face ao sofrimento intolerável e a manifestação da necessidade de proximidade afetiva face à solidão no morrer. Uns e outros pedem terapêuticas adequadas que aliviem ou suprimam a dor; cuidados imbuídos de compreensão empática e calor humano; acompanhamento espiritual; a presença humana, compreensiva e compassiva de familiares, amigos e outros membros da comunidade”.

Agradecemos e aplaudimos a ciência no seu enorme contributo ao bem estar da humanidade. Entendemos que ela deve estar ao serviço do conhecimento, do progresso sustentável, da vida e da qualidade de vida, isto é, da Verdade. Aplaudimos os médicos e todos quantos se manifestam a favor da vida. Um estudante de medicina, porém, numa intervenção que fez algures sobre os desafios da formação nessa área, afirmava que “já nem as faculdades são depositárias da conduta e do olhar devido sobre a ciência: tentam ensinar-nos que a vida nasce da ciência, quando ao invés, tal como tudo, é a ciência que nasce da vida”. E denunciava a subtileza com que até o código deontológico dos médicos está cada vez mais descomprometido com a vida humana, lembrando que “na mais recente atualização do Juramento de Hipócrates, já depois de incontáveis atualizações prévias, foi alterada uma simples frase: passou de “guardarei respeito absoluto pela vida humana”, para “guardarei respeito máximo pela vida”.

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 13-05-2022.

 

 

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