segunda-feira, 16 de maio de 2022

 

Terça, 17 de maio de 2022

 

Terça-feira da V semana do tempo de Páscoa

 

 

LITURGIA

 

 

Quarta-feira da semana IV

Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal.

L1: At 12, 24 – 13, 5a; Sal 66 (67), 2-3. 5. 6 e 8
Ev: Jo 12, 44-50

* Na Ordem Beneditina – SS. Odo, Máiolo, Odilão e Hugo, e B. Pedro o Venerável, abades de Cluni – MO
* Na Ordem de Cister e na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – SS. Odo, Maiolo, Odilão, Hugo e B. Pedro o Venerável, abades de Cluny – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Inácio de Láconi, religioso, da I Ordem – MO
* Na Prelatura da Santa Cruz e Opus Dei – B. Joana de Portugal – MF; S. Nereu e S. Aquileu – MF; S. Pancrácio – MF
* Na Diocese de Aveiro (Cidade de Aveiro) – I Vésp. de B. Joana de Portugal.

 

MISSA

 Antífona de entrada Cf. Sl 17, 50; 21, 23
Eu Vos louvarei, Senhor, entre os povos
e anunciarei o vosso nome aos meus irmãos. Aleluia.

Oração coleta
Senhor nosso Deus,
vida dos fiéis, glória dos humildes e felicidade dos justos,
ouvi as súplicas do vosso povo
e saciai com a abundância dos vossos dons
os que têm sede das vossas promessas.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

LEITURA I Atos 12, 24 -13, 5a
«Separai Barnabé e Saulo para o trabalho a que os chamei»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, a palavra de Deus crescia e multiplicava-se. Depois de Barnabé e Saulo cumprirem a sua missão, voltaram de Jerusalém, trazendo consigo João, que tinha o sobrenome de Marcos. Na Igreja de Antioquia havia profetas e doutores: Barnabé, Simeão, chamado o Negro, Lúcio de Cirene, Manaen, irmão colaço do tetrarca Herodes e Saulo. Estando eles a celebrar o culto do Senhor e a jejuar, disse-lhes o Espírito Santo: «Separai Barnabé e Saulo para o trabalho a que os chamei». Então, depois de terem jejuado e orado, impuseram-lhes as mãos e deixaram- nos partir. Enviados pelo Espírito Santo, Barnabé e Saulo desceram a Selêucia e de lá navegaram para Chipre. Tendo chegado a Salamina, começaram a anunciar a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 66 (67), 2-3.6.8 (R. 4)
Refrão: Louvado sejais, Senhor,
pelos povos de toda a terra. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção,
resplandeça sobre nós a luz do seu rosto.
Na terra se conhecerão os vossos caminhos
e entre os povos a vossa salvação. Refrão

Alegrem-se e exultem as nações,
porque julgais os povos com justiça
e governais as nações sobre a terra. Refrão

Os povos Vos louvem, ó Deus,
todos os povos Vos louvem.
Deus nos dê a sua bênção
e chegue o seu louvor aos confins da terra. Refrão

ALELUIA Jo 8, 12
Refrão: Aleluia Repete-se

Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor;
quem Me segue terá a luz da vida. Refrão


EVANGELHO Jo 12, 44-50
«Eu vim como luz do mundo»


Jesus continua a afirmar que é o Enviado do Pai, que nos diz as palavras do Pai, que vem cumprir os desígnios do Pai, que são de salvar o mundo, não de o condenar. Ele veio como luz; por isso, haverá trevas onde a sua luz não chegar, haverá condenação para quem não quiser ser salvo.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João


Naquele tempo, Jesus disse em alta voz: «Quem acredita em Mim não é em Mim que acredita, mas n’Aquele que Me enviou; e quem Me vê, vê Aquele que Me enviou. Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que acredita em Mim não fique nas trevas. Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, não sou Eu que o julgo, porque não vim para julgar o mundo, mas para o salvar. Quem Me rejeita e não acolhe as minhas palavras tem quem o julgue: a palavra que anunciei o julgará no último dia. Porque Eu não falei por Mim próprio: o Pai, que Me enviou, é que determinou o que havia de dizer e anunciar. E Eu sei que o seu mandamento é vida eterna. Portanto, as palavras que Eu digo, digo-as como o Pai Mas disse a Mim».

 Palavra da salvação.

Oração sobre as oblatas
Senhor nosso Deus,
que, pela admirável permuta de dons neste sacrifício,
nos fazeis participar na comunhão convosco, único e sumo bem,
concedei-nos que, conhecendo a vossa verdade,
dêmos testemunho dela na prática das boas obras.
Por Cristo nosso Senhor.

Prefácio Pascal I-V.

Antífona da comunhão Cf. Jo 15, 16.19
Eu vos escolhi do mundo e vos destinei, diz o Senhor,
para que deis fruto e o vosso fruto permaneça. Aleluia.

Oração depois da comunhão
Protegei, Senhor, o vosso povo,
que saciastes nestes divinos mistérios,
e fazei-nos passar da antiga condição do pecado
à vida nova da graça.
Por Cristo nosso Senhor.

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

 LEITURAS: Atos 12, 24 -13, 5a: Barnabé e Paulo vão ser, durante algum tempo, companheiros na expansão missionária do Evangelho. Partem de Antioquia, onde se tinham encontrado, e navegam para a ilha de Chipre, donde Barnabé é oriundo. A sua missão tem origem numa graça do Espírito Santo, e é, ao mesmo tempo, um gesto da Igreja; esta ora por eles, impõe-lhes as mãos e envia-os. O Espírito actua na Igreja, e a Igreja é o lugar onde o Espírito está e Se manifesta.

o 12, 44-50: Jesus continua a afirmar que é o Enviado do Pai, que nos diz as palavras do Pai, que vem cumprir os desígnios do Pai, que são de salvar o mundo, não de o condenar. Ele veio como luz; por isso, haverá trevas onde a sua luz não chegar, haverá condenação para quem não quiser ser salvo.

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

09.00 horas: Funeral em S. Simão do Pé da Serra

18.00 horas: Missa em Nisa

18.00 horas: Missa em Alpalhão

21.00 horas: Procissão de velas em Amieira do Tejo

Terço na parte da tarde em:

Montalvão

Alpalhão

Gáfete

Tolosa

Amieira do Tejo.

21.000 horas: Terço em Nisa, Espírito Santo

 

 

MAIO, MÊS DE MARIA

 

 

 

 

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

 

SEMANA DA VIDA – ONDE ESTÁ A VERDADE?...

 

Quem se julga dono da verdade ensoberbece-se. Não raro, até parece que tem medo da verdade. É muito difícil lidar com gente que se tem como dona da verdade. Tem sempre razão, tem pouca ou nenhuma capacidade para parar, escutar, refletir e permitir ao menos o benefício da dúvida! Dogmatiza a sua verdade e afasta-se do caminho que a ela conduz. A verdade não é monopólio de ninguém, ninguém tem a verdade! Nós somos ou não verdadeiros na medida em que desejamos a verdade, a procuramos, humilde e diligentemente, e a vamos traduzindo em atitudes de vida, em gestos de amor para com Deus, para com os outros, para com a natureza e para connosco próprios. É uma fatura que, por mais que se pague, nunca está liquidada, está sempre em aberto, sempre nos apresenta a possibilidade de mais e melhor em todos os campos do ser do saber e do fazer.

O nosso maior compromisso deve ser sempre com a verdade. Por mais diversos que sejam os caminhos humanos - uns mais sofisticados e sabidos, outros mais simples e humildes -, todos haveremos de nos encontrar na Verdade. Judeu ou grego, escravo ou livre, de perto ou de longe, desta ou daquela raça, cultura ou cor de pele, lá nos encontraremos. Só a verdade nos libertará, só a verdade nos fará viver em comunhão plena. Só a verdade é a verdade, e não depende de maiorias parlamentares ou de outras. Dela vimos, para ela caminhamos apetrechados de instrumentos vários: de Inteligência para aprender e saber caminhar na sua direção; de Sentimento para sentir as diferentes emoções que a vida nos vai oferecendo; de Coração para amar e servir com amor; de Vontade para agirmos o melhor possível. Mas não só, a pessoa também é dotada de Consciência, uma faculdade que, não sujeita à vontade e aos sentimentos, aprova ou desaprova as nossas ações. Mais: temos a fé, uma faculdade inata ao homem, anterior à fé adquirida ou ensinada, mas que não deixa de estimular a busca de Deus e de querer sintonizar com Ele. É interessante perceber como se manifesta a fé dos que se dizem não crentes... Todas estas e outras ferramentas estão entregues à liberdade humana que as deve usar responsavelmente embora nem sempre aconteça.

Em Portugal, está a decorrer a Semana da Vida, de 8 a 15 de maio, Dia Internacional da Família. ‘A Vida que acolhemos’ é o tema desta semana inspirado na parábola do Bom Samaritano. Durante a semana acentuam-se três subtemas: o aborto, uma realidade que brada aos céus; a eutanásia, tema central na realidade política nacional; e a guerra na Europa, com todas as mortes e refugiados que provoca. Cada dia da semana tem o seu item específico: “Os que ainda não nasceram”, “Adoção”, “Os refugiados”, “O que é diferente”, “O que sofre”, “O que cuida”, a “Família, lugar de acolhimento".

Jesus é a Verdade que nos faz caminhar certo. Veio trazer-nos a vida e vida em abundância, pediu que nos amássemos uns aos outros como Ele nos amou. Fomentar a cultura da vida é, pois, um desafio constante, um gesto de amor.

Quem se mata, quem mata, quem pede a morte, no fundo no fundo não é porque não ame a vida ou não queira mais viver ou deseje tirar a vida a outros, sem mais. Esse ato é mais um sinal de revolta contra uma sociedade envolvente que o despreza, o não cuida nem ama. Contra uma sociedade que não é capaz de considerar um seu pedido de socorro em hora dura da sua vida, quer de sofrimento, quer por ser vítima de injustiças sociais ou de outras. Toda a gente ama a vida e gosta de viver. Se alguma exceção existe, confirma a regra. A vida humana é preciosa e inviolável, é o primeiro de todos os direitos, fundamenta a nossa cultura, é fonte de confiança. “O seu valor não depende da utilidade, beleza ou papel social que desempenha, mas da sua dignidade intrínseca, única e anterior a todo e qualquer outro critério seja ele a autonomia, a liberdade ou a qualidade de vida”. No entanto, não falta quem, por razões que só eles entendem, invocando a dignidade da vida e a liberdade individual, se arvorem em donos da verdade e queiram subverter o princípio que tanto tem custado a fazer caminho ao longos dos séculos, o qual, aliás, ainda não plenamente assumido: “Não matarás”.

A pessoa só é ética e moralmente livre quando, entre o bem e o mal, tem a capacidade interior de escolher o bem. Se opta pelo mal está a ser escrava da sua fragilidade e de tudo quanto a envolve. Quem mata ou aconselha a matar não opta pelo bem, destrói a liberdade, não há retorno. Somos seres de relação, somos uns com os outros, devemo-nos respeito e amor mútuo. E se, em teoria, todos somos iguais em liberdades, direitos e garantias, na prática, sobretudo as crianças - as pessoas mais frágeis e o melhor do mundo -, são discriminadas. Só em Portugal, por ano, são destruídas cerca de 15.000 crianças antes de nascerem, mas ninguém se alarma ou escandaliza, não são notícia!

Todos precisamos de bons samaritanos em situações de vulnerabilidade e fragilidade. Não de quem olhe para o lado e passe à frente ou acabe connosco. Não de leis que abram a porta para que outros o façam. Precisamos, isso sim, é de quem nos ame e ajude a viver e a morrer com dignidade, naturalmente, até ao fim. É certo que o sofrimento pode despertar “sentimentos e vivência de tristeza, solidão, ser peso para os outros, angústia, interrogações sobre o sentido da vida. Nesses estados de inquietação e sofrimento espiritual, muitos doentes encontram sentido no mistério da morte e ressurreição de Jesus. Outros, porém, sentem-no fútil e absurdo e manifestam o desejo de morrer ou até o pedido para morrer. Em tais pedidos está subjacente o valor da vida e o desejo de viver de outro modo. São sobretudo um pedido angustiado de ajuda face ao sofrimento intolerável e a manifestação da necessidade de proximidade afetiva face à solidão no morrer. Uns e outros pedem terapêuticas adequadas que aliviem ou suprimam a dor; cuidados imbuídos de compreensão empática e calor humano; acompanhamento espiritual; a presença humana, compreensiva e compassiva de familiares, amigos e outros membros da comunidade”.

Agradecemos e aplaudimos a ciência no seu enorme contributo ao bem estar da humanidade. Entendemos que ela deve estar ao serviço do conhecimento, do progresso sustentável, da vida e da qualidade de vida, isto é, da Verdade. Aplaudimos os médicos e todos quantos se manifestam a favor da vida. Um estudante de medicina, porém, numa intervenção que fez algures sobre os desafios da formação nessa área, afirmava que “já nem as faculdades são depositárias da conduta e do olhar devido sobre a ciência: tentam ensinar-nos que a vida nasce da ciência, quando ao invés, tal como tudo, é a ciência que nasce da vida”. E denunciava a subtileza com que até o código deontológico dos médicos está cada vez mais descomprometido com a vida humana, lembrando que “na mais recente atualização do Juramento de Hipócrates, já depois de incontáveis atualizações prévias, foi alterada uma simples frase: passou de “guardarei respeito absoluto pela vida humana”, para “guardarei respeito máximo pela vida”.

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 13-05-2022.

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