quarta-feira, 18 de maio de 2022

 

Quinta, 19 de maio de 2022

 

Quinta-feira da V semana do tempo de Páscoa

 

 

LITURGIA

 

 

Quinta-feira da semana V

Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal.

L1: At 15, 7-21; Sal 95 (96), 1-2a. 2b-3. 10
Ev: Jo 15, 9-11

* Na Ordem Agostiniana – Bb. Clemente de Osimo e Agostinho de Tarano, presbíteros – MO
* Na Ordem Beneditina – S. Celestino, papa e eremita – MF
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Crispim de Viterbo, religioso, da I Ordem – MO
* Na Congregação das Irmãs Dominicanas da Anunciata – B. Francisco Coll e Guitar, presbítero, Fundador da Congregação – FESTA
* Na Ordem de São Domingos – Francisco Coll Guitart, presbítero – MF
* Na Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs (Lassalistas/La Salle) – B. Rafael Luís Rafiringa, religioso – MF
* Na Congregação Salesiana – (Évora) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da igreja de Nossa Senhora Auxiliadora.

 

Missa

 Antífona de entrada Cf. Ex 15, 1-2
Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória.
O Senhor é a minha força e a minha alegria.
Ele é o meu Salvador. Aleluia.

Oração coleta
Senhor nosso Deus,
que santificais os pecadores e alegrais os infelizes,
confirmai em nós a obra da vossa graça,
para que perseverem firmemente no vosso amor
os que foram justificados pela fé.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

LEITURA I Atos 15, 7-21
«Sou de opinião de que não se devem importunar os pagãos
que se convertem a Deus»


Leitura dos Atos dos Apóstolos


Naqueles dias, depois de longa discussão, Pedro levantou-se e disse aos Apóstolos e aos anciãos: «Irmãos, vós sabeis que, desde os primeiros dias, Deus me escolheu do meio de vós, para que os gentios ouvissem da minha boca a palavra do Evangelho e abraçassem a fé. Deus, que conhece os corações, deu testemunho a favor deles, ao conceder-lhes o Espírito Santo como a nós; não fez qualquer distinção entre nós e eles, porque purificou os seus corações pela fé. Porque tentais agora a Deus, impondo aos ombros dos discípulos um jugo, que nem os nossos pais nem nós mesmos fomos capazes de suportar? Aliás, é pela graça do Senhor Jesus que nós acreditamos que seremos salvos, do mesmo modo que eles». Então, toda a assembleia ficou em silêncio e começou a ouvir Barnabé e Paulo descrever os milagres e prodígios que Deus realizara por seu intermédio entre os gentios. Quando eles acabaram de falar, Tiago tomou a palavra e disse: «Irmãos, escutai-me. Simão contou como Deus, ao princípio, Se dignou intervir, para formar de entre os gentios um povo consagrado ao seu nome. Isto concorda com as palavras dos Profetas, como está escrito: ‘Depois disto, virei para reconstruir a tenda de David, que estava caída; reconstruirei as suas ruínas e erguê-las-ei de novo, para que o resto dos homens procurem o Senhor, com todas as nações consagradas ao meu nome. Assim fala o Senhor, que desde sempre dá a conhecer estas coisas’. Por isso, sou de opinião de que não se devem importunar os gentios convertidos a Deus. Digam-lhes apenas que se abstenham de tudo o que foi contaminado pela idolatria, das relações imorais, das carnes sufocadas e do sangue. Desde os tempos antigos, Moisés tem em cada cidade os seus pregadores e é lido todos os sábados nas sinagogas».

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 95 (96), 1-2a.2b-3.10 (R. cf. 3)
Refrão: Anunciai a todos os povos as maravilhas do Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira,
cantai ao Senhor, bendizei o seu nome. Refrão

Anunciai dia a dia a sua salvação,
publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas. Refrão

Dizei entre as nações: «O Senhor é Rei»,
Sustenta o mundo e ele não vacila,
governa os povos com equidade. Repete-se

ALELUIA Jo 10, 27
Refrão: Aleluia Repete-se

As minhas ovelhas ouvem a minha voz, diz o Senhor;
Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me. Refrão

EVANGELHO Jo 15, 9-11
«Permanecei no meu amor, para que a vossa alegria seja completa»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Assim como o Pai Me amou, também Eu vos amei. Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como Eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor. Disse-vos estas coisas, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja completa».

Palavra da salvação.

Oração sobre as oblatas
Senhor nosso Deus,
que, pela admirável permuta de dons neste sacrifício,
nos fazeis participar na comunhão convosco, único e sumo bem,
concedei-nos que, conhecendo a vossa verdade,
dêmos testemunho dela na prática das boas obras.
Por Cristo nosso Senhor.

Prefácio Pascal I-V.

Antífona da comunhão 2Cor 5, 15
Cristo morreu por todos os homens,
para que já não vivam para si mesmos,
mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou. Aleluia.

Oração depois da comunhão
Protegei, Senhor, o vosso povo,
que saciastes nestes divinos mistérios,
e fazei-nos passar da antiga condição do pecado
à vida nova da graça.
Por Cristo nosso Senhor.

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

 LEITURAS: Atos 15, 7-21: No “concílio” de Jerusalém, foi decisiva a voz de Pedro, ele próprio marcado pelo que acontecera aquando da conversão do pagão Cornélio, confirmada pela narração de Paulo, acabado de regressar da sua primeira missão entre os pagãos. Mas foi a palavra de Tiago que formulou a conclusão: a novidade do Evangelho ao lado da tradição vinda de longe! Verdade na caridade!

Jo 15, 9-11: A alegria de Jesus, e que há de ser também a dos seus discípulos, é a alegria de que Ele seja reconhecido como o Messias, Filho e Enviado de Deus, Salvador dos homens, seu Pastor e Guia para a casa do Pai. É a alegria de que a Igreja faz agora a experiência ao longo do Tempo Pascal.

 

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

10.00 horas: Funeral em S. Simão do Pé da Serra

17.00 horas: Missa em Gáfete

18.00 horas: Missa em Nisa

18.00 horas: Missa em Tolosa

Terço na parte da tarde em:

Montalvão

Alpalhão

Gáfete

Tolosa

Amieira do Tejo

21.000 horas: Terço em Nisa, Espírito Santo.

 

 

MAIO, MÊS DE MARIA

 

 

 

 

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

 

SEMANA DA VIDA – ONDE ESTÁ A VERDADE?...

 

Quem se julga dono da verdade ensoberbece-se. Não raro, até parece que tem medo da verdade. É muito difícil lidar com gente que se tem como dona da verdade. Tem sempre razão, tem pouca ou nenhuma capacidade para parar, escutar, refletir e permitir ao menos o benefício da dúvida! Dogmatiza a sua verdade e afasta-se do caminho que a ela conduz. A verdade não é monopólio de ninguém, ninguém tem a verdade! Nós somos ou não verdadeiros na medida em que desejamos a verdade, a procuramos, humilde e diligentemente, e a vamos traduzindo em atitudes de vida, em gestos de amor para com Deus, para com os outros, para com a natureza e para connosco próprios. É uma fatura que, por mais que se pague, nunca está liquidada, está sempre em aberto, sempre nos apresenta a possibilidade de mais e melhor em todos os campos do ser do saber e do fazer.

O nosso maior compromisso deve ser sempre com a verdade. Por mais diversos que sejam os caminhos humanos - uns mais sofisticados e sabidos, outros mais simples e humildes -, todos haveremos de nos encontrar na Verdade. Judeu ou grego, escravo ou livre, de perto ou de longe, desta ou daquela raça, cultura ou cor de pele, lá nos encontraremos. Só a verdade nos libertará, só a verdade nos fará viver em comunhão plena. Só a verdade é a verdade, e não depende de maiorias parlamentares ou de outras. Dela vimos, para ela caminhamos apetrechados de instrumentos vários: de Inteligência para aprender e saber caminhar na sua direção; de Sentimento para sentir as diferentes emoções que a vida nos vai oferecendo; de Coração para amar e servir com amor; de Vontade para agirmos o melhor possível. Mas não só, a pessoa também é dotada de Consciência, uma faculdade que, não sujeita à vontade e aos sentimentos, aprova ou desaprova as nossas ações. Mais: temos a fé, uma faculdade inata ao homem, anterior à fé adquirida ou ensinada, mas que não deixa de estimular a busca de Deus e de querer sintonizar com Ele. É interessante perceber como se manifesta a fé dos que se dizem não crentes... Todas estas e outras ferramentas estão entregues à liberdade humana que as deve usar responsavelmente embora nem sempre aconteça.

Em Portugal, está a decorrer a Semana da Vida, de 8 a 15 de maio, Dia Internacional da Família. ‘A Vida que acolhemos’ é o tema desta semana inspirado na parábola do Bom Samaritano. Durante a semana acentuam-se três subtemas: o aborto, uma realidade que brada aos céus; a eutanásia, tema central na realidade política nacional; e a guerra na Europa, com todas as mortes e refugiados que provoca. Cada dia da semana tem o seu item específico: “Os que ainda não nasceram”, “Adoção”, “Os refugiados”, “O que é diferente”, “O que sofre”, “O que cuida”, a “Família, lugar de acolhimento".

Jesus é a Verdade que nos faz caminhar certo. Veio trazer-nos a vida e vida em abundância, pediu que nos amássemos uns aos outros como Ele nos amou. Fomentar a cultura da vida é, pois, um desafio constante, um gesto de amor.

Quem se mata, quem mata, quem pede a morte, no fundo no fundo não é porque não ame a vida ou não queira mais viver ou deseje tirar a vida a outros, sem mais. Esse ato é mais um sinal de revolta contra uma sociedade envolvente que o despreza, o não cuida nem ama. Contra uma sociedade que não é capaz de considerar um seu pedido de socorro em hora dura da sua vida, quer de sofrimento, quer por ser vítima de injustiças sociais ou de outras. Toda a gente ama a vida e gosta de viver. Se alguma exceção existe, confirma a regra. A vida humana é preciosa e inviolável, é o primeiro de todos os direitos, fundamenta a nossa cultura, é fonte de confiança. “O seu valor não depende da utilidade, beleza ou papel social que desempenha, mas da sua dignidade intrínseca, única e anterior a todo e qualquer outro critério seja ele a autonomia, a liberdade ou a qualidade de vida”. No entanto, não falta quem, por razões que só eles entendem, invocando a dignidade da vida e a liberdade individual, se arvorem em donos da verdade e queiram subverter o princípio que tanto tem custado a fazer caminho ao longos dos séculos, o qual, aliás, ainda não plenamente assumido: “Não matarás”.

A pessoa só é ética e moralmente livre quando, entre o bem e o mal, tem a capacidade interior de escolher o bem. Se opta pelo mal está a ser escrava da sua fragilidade e de tudo quanto a envolve. Quem mata ou aconselha a matar não opta pelo bem, destrói a liberdade, não há retorno. Somos seres de relação, somos uns com os outros, devemo-nos respeito e amor mútuo. E se, em teoria, todos somos iguais em liberdades, direitos e garantias, na prática, sobretudo as crianças - as pessoas mais frágeis e o melhor do mundo -, são discriminadas. Só em Portugal, por ano, são destruídas cerca de 15.000 crianças antes de nascerem, mas ninguém se alarma ou escandaliza, não são notícia!

Todos precisamos de bons samaritanos em situações de vulnerabilidade e fragilidade. Não de quem olhe para o lado e passe à frente ou acabe connosco. Não de leis que abram a porta para que outros o façam. Precisamos, isso sim, é de quem nos ame e ajude a viver e a morrer com dignidade, naturalmente, até ao fim. É certo que o sofrimento pode despertar “sentimentos e vivência de tristeza, solidão, ser peso para os outros, angústia, interrogações sobre o sentido da vida. Nesses estados de inquietação e sofrimento espiritual, muitos doentes encontram sentido no mistério da morte e ressurreição de Jesus. Outros, porém, sentem-no fútil e absurdo e manifestam o desejo de morrer ou até o pedido para morrer. Em tais pedidos está subjacente o valor da vida e o desejo de viver de outro modo. São sobretudo um pedido angustiado de ajuda face ao sofrimento intolerável e a manifestação da necessidade de proximidade afetiva face à solidão no morrer. Uns e outros pedem terapêuticas adequadas que aliviem ou suprimam a dor; cuidados imbuídos de compreensão empática e calor humano; acompanhamento espiritual; a presença humana, compreensiva e compassiva de familiares, amigos e outros membros da comunidade”.

Agradecemos e aplaudimos a ciência no seu enorme contributo ao bem estar da humanidade. Entendemos que ela deve estar ao serviço do conhecimento, do progresso sustentável, da vida e da qualidade de vida, isto é, da Verdade. Aplaudimos os médicos e todos quantos se manifestam a favor da vida. Um estudante de medicina, porém, numa intervenção que fez algures sobre os desafios da formação nessa área, afirmava que “já nem as faculdades são depositárias da conduta e do olhar devido sobre a ciência: tentam ensinar-nos que a vida nasce da ciência, quando ao invés, tal como tudo, é a ciência que nasce da vida”. E denunciava a subtileza com que até o código deontológico dos médicos está cada vez mais descomprometido com a vida humana, lembrando que “na mais recente atualização do Juramento de Hipócrates, já depois de incontáveis atualizações prévias, foi alterada uma simples frase: passou de “guardarei respeito absoluto pela vida humana”, para “guardarei respeito máximo pela vida”.

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 13-05-2022.

 

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