quarta-feira, 11 de maio de 2022

 

Quinta, 12 de maio de 2022

 

Quinta-feira da IV semana do tempo de Páscoa

 

 

LITURGIA

 

 

Quinta-feira da semana IV

B. Joana de Portugal, virgem – MF
S. Nereu e S. Aquileu, mártires – MF
S. Pancrácio, mártir – MF
Branco ou verm. – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal.

L1: At 13, 13-25; Sal 88 (89), 2-3. 21-22. 25 e 27
Ev: Jo 13, 16-20
* Na Diocese de Aveiro – B. Joana de Portugal, Padroeira principal da Diocese e da Cidade. Na Cidade de Aveiro – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese – FESTA
* Na Ordem Agostiniana – B. Guilherme Tirry, presbítero e mártir – MF
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Leopoldo Mandic de Castelnuovo, presbítero, da I Ordem – MO
* Na Ordem de São Domingos – B. Joana de Portugal, virgem – MO
* Na Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue – Nossa Senhora, Mãe da Misericórdia – MF
* Na Prelatura da Santa Cruz e Opus Dei – B. Álvaro del Portillo, bispo – MO
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Ofício e Missa da féria.
* Na Diocese de Leiria-Fátima – I Vésp. da Virgem Santa Maria do Rosário de Fátima.
* Na Congregação das Irmãs Reparadoras de Nossa Senhora de Fátima – I Vésp. da Virgem Santa Maria do Rosário de Fátima.
* Na Congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima – I Vésp. da Virgem Santa Maria do Rosário de Fátima.

 

Missa

 Antífona de entrada Cf. Sl 67, 8-9
Quando saístes, Senhor, à frente do vosso povo,
abrindo-lhe o caminho e habitando no meio dele,
estremeceu a terra e abriram-se as fontes do céu. Aleluia.

Oração coleta
Senhor nosso Deus,
que resgatastes o homem,
elevando-o acima da sua dignidade original,
olhai benigno para o admirável sacramento do vosso amor
e conservai a bênção dos vossos dons
naqueles que foram regenerados pelo Batismo.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

LEITURA I Atos 13, 13-25
«Da descendência de David Deus fez nascer Jesus,
o Salvador de Israel»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, Paulo e os seus companheiros largaram de Pafos e dirigiram-se a Perga da Panfília. Mas João Marcos separou-se deles para voltar a Jerusalém. Eles prosseguiram de Perga e chegaram a Antioquia da Pisídia. A um sábado, entraram na sinagoga e sentaram-se. Depois da leitura da Lei e dos Profetas, os chefes da sinagoga mandaram-lhes dizer: «Irmãos, se tendes alguma exortação a fazer ao povo, falai». Paulo levantou-se, fez sinal com a mão e disse: «Homens de Israel e vós que temeis a Deus, escutai: O Deus deste povo de Israel escolheu os nossos pais e fez deles um grande povo, quando viviam como estrangeiros na terra do Egipto. Com seu braço poderoso tirou-os de lá e durante quarenta anos sustentou-os no deserto e, depois de exterminadas sete nações na terra de Canaã, deu essas terras como herança ao seu povo. Tudo isto durou cerca de quatrocentos e cinquenta anos. Em seguida, deu-lhes juízes até ao profeta Samuel. Então o povo pediu um rei e Deus concedeu-lhes Saul, filho de Cis, da tribo de Benjamim, que reinou durante quarenta anos. Depois, tendo-o rejeitado, suscitou-lhes David como rei, de quem deu este testemunho: ‘Encontrei David, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará sempre a minha vontade’. Da sua descendência, como prometera, Deus fez nascer Jesus, o Salvador de Israel. João tinha proclamado, antes da sua vinda, um baptismo de penitência a todo o povo de Israel. Prestes a terminar a sua carreira, João dizia: ‘Eu não sou quem julgais; mas depois de mim, vai chegar Alguém, a quem eu não sou digno de desatar as sandálias dos seus pés’».

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 88 (89), 2-3.21-22.25.27 (R. cf. 2a)
Refrão: Senhor, cantarei eternamente a vossa bondade.
Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor
e para sempre proclamarei a sua fidelidade.
Vós dissestes:
«A bondade está estabelecida para sempre»,
no céu permanece firme a vossa fidelidade. Refrão

Encontrei David, meu servo,
ungi-o com o óleo santo.
Estarei sempre a seu lado
e com a minha força o sustentarei. Refrão

A minha fidelidade e bondade estarão com ele,
pelo meu nome será firmado o seu poder.
Ele me invocará: «Vós sois meu Pai,
meu Deus, meu Salvador». Refrão

ALELUIA cf. Ap 1, 5ab
Refrão: Aleluia Repete-se

Jesus Cristo, a Testemunha fiel,
o Primogénito dos mortos,
amou-nos e purificou-nos dos nossos pecados,
pelo seu sangue. Refrão

EVANGELHO Jo 13, 16-20
«Quem recebe aquele a quem Eu enviar é a Mim que recebe»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, Quando Jesus acabou de lavar os pés aos seus discípulos, disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: O servo não é maior do que o seu senhor, nem o enviado é maior do que aquele que o enviou. Sabendo isto, sereis felizes se o puserdes em prática. Não falo de todos vós: Eu conheço aqueles que escolhi; mas tem de cumprir-se a Escritura, que diz: ‘Quem come do meu pão levantou contra Mim o calcanhar’. Desde já vo lo digo antes que aconteça, para que, quando acontecer, acrediteis que Eu Sou. Em verdade, em verdade vos digo: Quem recebe aquele que Eu enviar, a Mim recebe; e quem Me recebe a Mim, recebe Aquele que Me enviou».

Palavra da salvação.

Oração sobre as oblatas
Subam à vossa presença, Senhor,
as nossas orações e as nossas ofertas,
de modo que, purificados pela vossa graça,
possamos participar dignamente
nos sacramentos da vossa misericórdia.
Por Cristo nosso Senhor.

Prefácio Pascal I-V.

Antífona da comunhão Mt 28, 20
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos. Aleluia.

Oração depois da comunhão

Deus todo-poderoso e eterno,
que, em Cristo ressuscitado, nos renovais para a vida eterna,
multiplicai em nós os frutos do sacramento pascal
e infundi em nossos corações
a força do alimento que nos salva.
Por Cristo nosso Senhor.

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 LEITURAS: Atos 13, 13-25: Da ilha de Chipre, pátria de Barnabé, Paulo e os companheiros passam ao continente, à Turquia atual, e prosseguem a sua viagem missionária. Em cada povoação onde chegam vão à sinagoga ao sábado, tomam parte no culto e anunciam Jesus aos Judeus, antes de o fazerem a todos os demais. Paulo mostra que Jesus é o descendente de David, prometido e esperado, e que assim o Antigo Testamento vem a florir e a dar o seu fruto no Novo Testamento.

Jo 13, 16-20: A partir deste dia, a segunda leitura é tirada do discurso de Jesus na última Ceia. Hoje, Jesus faz o comentário ao gesto que acabou de praticar, o de lavar os pés aos Apóstolos, como foi lido na Missa da Ceia do Senhor, em Quinta-feira Santa. Foi uma lição de serviço. Deste modo, Jesus manifesta que a missão do Mestre é servir e não ser servido, missão que os seus discípulos hão de imitar. O maior de todos os seus serviços foi o de dar a vida pelos homens.

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

10.00 horas: Funeral em Alpalhão

11.30 horas: Funeral em Alpalhão

18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo.

Terço na parte da tarde em:

Montalvão

Alpalhão

Gáfete

Tolosa

Amieira do Tejo.

Terço às 21.00 em:

Nisa, Espírito Santo

 

 

MAIO, MÊS DE MARIA

 

 

 

 

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

 

SEM REDES, ANZÓIS, FISGAS, SETAS OU ARPÕES

 

Só com as armas do bem, da palavra, do testemunho e da ação. A palavra é o meio por excelência de comunicação humana. Não para esfarrapar os outros com críticas viperinas, mas para nos dizermos e nos fazermos entender como irmãos, mesmo sabendo que é pela boca que morre o peixe. Quando, porém, a palavra mexe connosco, tende-se a fechar os ouvidos. Escutá-la, prestar-lhe atenção, implica consequências nem sempre fáceis, muito menos cómodas. O mesmo se passa em relação à Palavra de Deus que tantas vezes corta a desmanchar prazeres, projetos e rotinas tranquilizadoras, mesmo que lícitas.

Há mais de dois mil anos, Jesus, nas margens do mar da Galileia, entabulou conversa com uns pescadores, que, ao longo dos tempos, artistas há que os têm pintado como se de pessoas idosas se tratasse, barbudas e carecas. E nada há que nos leve a crer que de facto o fossem. Não prova nada, mas Jesus até se dirige a eles chamando-os de rapazes: “Rapazes, tendes aí alguma coisa de comer?” E os rapazes não tinham mesmo nada para comer! Sentiam-se pescadores de mãos a abanar após uma noite de pesca sem qualquer resultado. Os peixes tinham ido ao futebol ou saído para experimentar algum passadiço lá por aquelas bandas. E se tais pescadores, ao romper da manhã, ficaram muito surpreendidos por Jesus lhes ter aparecido nas margens do mar, não ficaram menos estranhos quando Jesus lhes ordenou que arremessassem as redes para o outro lado do barco (Jo 21, 1-19). Algo incrédulos, talvez a esboçar um sorriso irónico à espera do fracasso desta ordem do Mestre, aceitaram o repto. Pelo sim, pelo não, lá obedeceram a Jesus, lançaram as redes para o outro lado do barco. E contra toda a lógica e sabedoria deles (o seu know-how, como gente fina costuma dizer), deu-se o impensável, a pescaria encheu o barco, fez arregalar os olhos aos pescadores que tiveram de meter a viola ao saco e corrigir a sua incredulidade. Entretanto, ainda boquiabertos perante este acontecimento tão extraordinário, Jesus vai mais longe, desafia-os a serem antes ‘pescadores de homens’, mas sem redes, anzóis, fisgas, setas ou arpões. Se pescar no mar, apesar de ser a sua profissão, e terem muita experiência nessa arte, era difícil, esta pesca para a qual Jesus agora os convida não iria ser mais fácil. Apesar disso, e exigindo outro saber, outras técnicas e apetrechos, eles não hesitaram, deixaram as redes e o barco, deixaram o seu trabalho e seguranças e lançaram-se nessa feliz aventura de seguir Jesus, dispostos a enfrentar as mais felizes e as mais duras consequências desse seguimento. Preparados na escola e na convivência de Jesus, sentiram-se atraídos com o seu jeito, a sua palavra, a sua ação, a sua liberdade e o seu amor, e acabaram por dar a vida pela sua pessoa, por tudo quanto dele tinham ouvido e por tudo quanto tinham visto acontecer, nunca tinham visto coisa assim. Colocaram-se, tal como Jesus, com toda a sua energia e entusiasmo ao serviço da implantação do Reino de Deus na história, esperando a vitória do bem, da justiça, da igualdade e do respeito por todos, sem distinção. Confiantes na promessa de Jesus de que estaria com eles para os ajudar a enfrentar as tempestades e as adversidades neste mar-mundo, partiram, sem medo, com muita esperança e entusiasmo, mesmo quando no horizonte da missão faiscava a perseguição e a morte. Ao longo dos tempos, Jesus jamais deixou de estabelecer conversa com os jovens, rapazes e raparigas, convidando-os a segui-lo com alegria e esperança. E para quê? Para os enviar em seu nome à faina neste mar-mundo, sempre em rebuliço e tumultuoso, a sacudir o barco que é a sua própria Igreja.

À proposta de Jesus, é possível que as redes, o barco e os projetos pessoais de alguns a quem Jesus convida, sejam empecilho, os impeçam dessa decisão, de correr riscos, de se lançarem ao largo e irem mais além, preferindo continuar presos ao seu tudo, passando a vida acomodados e a remendar as redes nas areias movediças da sua praia.

Sabemos que pelo batismo todos somos consagrados e chamados à santidade (cf. LG39-42). Mas há pessoas cristãs que, mais atentas à ação do Espírito e cada uma com a sua história, se sentem chamadas a uma consagração especial, tendo como modelo e inspiração o próprio Jesus, pobre, casto e obediente (cf. LG 43-47). São jovens, rapazes e raparigas, adultos e casais que deixam as suas redes, os seus barcos, os seus projetos pessoais, para se consagrarem à causa evangélica, ao serviço missionário e apostólico, quer no ministério ordenado, quer na vida consagrada religiosa ou laical, quer na oração em mosteiros, abadias e conventos, quer confundidas com a sociedade. São uma força viva e atuante no tecido social e eclesial, agindo como fermento e sal, como luz. São homens e mulheres que, com a sua vida e ação, testemunham o amor misericordioso de Deus no mundo, em parlamentos e auditórios, em escolas, colégios e universidades, em aldeias, vilas e cidades, no trabalho, no desporto e no convívio, junto de crianças, jovens e adultos, de refugiados, migrantes e deserdados de sorte, em ambientes de pobreza, de guerra e de paz...

Em qualquer vocação cristã, o Senhor chama a si aquelas pessoas que entende para estarem com Ele e as enviar em seu nome. É um inefável diálogo entre o amor de Deus que chama e a liberdade da pessoa que no amor responde a Deus (cf. PdV36). Depois de uma semana vivida nesse contexto, vamos viver o Dia Mundial de Oração pelas Vocações de especial consagração, em Dia do Bom Pastor. Como nos pede a Igreja, cada comunidade cristã, cada família, através da oração pessoal e comunitária, através da escuta, do silêncio e da ação pastoral que sabe animar e propor, é desafiada a criar o espaço ideal para que cada um dos seus membros possa discernir o projeto de vida, pessoal e irrepetível, que o Pai lhe confia.

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 06-05-2022.

 

 

 

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